The Queen - Recordar bons e já "velhos" tempos
Liberdade e o Direito de Expressão
Neste blog praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão, próprios de Sociedades Avançadas !
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
Conclusão esclorosada...
PS não atingiu objectivos nas presidenciais
O porta-voz do partido, Fernando Medina, não admite extrapolações para as legislativas, mas assume a derrota do seu candidato. “As eleições presidenciais são unipessoais, não são os partidos que estão a votos. Qualquer leitura de extrapolação dos resultados das eleições para eleições de carácter legislativo é perfeitamente abusiva. Naturalmente, é um facto, o candidato apoiado pelo PS era o candidato Manuel Alegre que não ganhou as eleições nem atingiu a segunda volta. Nesse sentido não foi um resultado em que o PS tenha visto cumpridos os seus objectivos”, disse. Fernando Medina, à semelhança do que fez José Sócrates, volta a falar de uma noite eleitoral em que os portugueses optaram pela “estabilidade política”. Entretanto, o congresso do PS vai realizar-se no Porto entre 8 e 10 de Abril e as eleições directas para a liderança a 25 e 26 de Março, tudo confirmado e votado por uma larga maioria esta manhã em reunião da comissão nacional dos socialistas
Rui Pereira devia demitir-se, diz Marcelo
Comentador considera que após a polémica com o cartão do cidadão, Rui Pereira não devia continuar na Administração Interna. Marcelo Rebelo de Sousa diz que não há condições para o ministro da Administração Interna continuar no cargo. No habitual comentário de domingo da TVI, o comentador entende que o melhor caminho de Rui Pereira era a demissão. “Enfiou o carapuço quando pediu desculpa. Quando alguém pede desculpa é porque reconhece que é responsável e só podia ser responsabilidade política objectiva. Não sei como isto vai acabar: ou não sai ninguém e ficam todos muito mal ou sai a secretária de Estado para o ministro ficar, mas ficando todos ou ficando só o ministro já não fica bem. Se houver remodelação devia sair , se não houver remodelação é um ministro muito enfraquecido numa pasta fundamental do Governo, mas ele é que sabe se quer ficar agarrado ao lugar ou não”, disse. Em causa está ainda a polémica da votação nas eleições presidenciais em que milhares de pessoas não conseguiram exercer o direito de voto por causa do novo cartão do cidadão.
PSD exige reestruturação séria do sector empresarial do Estado
Passos Coelho está especialmente preocupado com o sector dos transportes. Pedro Passos Coelho quer que o Governo faça uma reestruturação séria do sector empresarial do Estado e que o faça depressa. O presidente do PSD foi esta tarde muito claro no repto que lançou ao Executivo socialista. Seja por via das privatizações, seja pela venda das empresas, o Governo tem que acabar com os prejuízos crónicos que algumas delas continuam a dar, sobretudo na área dos transportes. “Nós esperamos que o Governo apresente com rapidez, não espere pelo próximo programa de estabilidade e crescimento, um programa de reestruturação séria de todo o sector público e nomeadamente do sector empresarial do Estado”, disse. Pedro Passos Coelho esteve esta tarde em Ílhavo com militantes da JSD
Partido queria que o seu candidato Manuel Alegre fosse à segunda volta, mas não conseguiu. O PS reconhece que não atingiu os objectivos nas eleições presidenciais: chegar à segunda volta e eleger Manuel Alegre.
O porta-voz do partido, Fernando Medina, não admite extrapolações para as legislativas, mas assume a derrota do seu candidato. “As eleições presidenciais são unipessoais, não são os partidos que estão a votos. Qualquer leitura de extrapolação dos resultados das eleições para eleições de carácter legislativo é perfeitamente abusiva. Naturalmente, é um facto, o candidato apoiado pelo PS era o candidato Manuel Alegre que não ganhou as eleições nem atingiu a segunda volta. Nesse sentido não foi um resultado em que o PS tenha visto cumpridos os seus objectivos”, disse. Fernando Medina, à semelhança do que fez José Sócrates, volta a falar de uma noite eleitoral em que os portugueses optaram pela “estabilidade política”. Entretanto, o congresso do PS vai realizar-se no Porto entre 8 e 10 de Abril e as eleições directas para a liderança a 25 e 26 de Março, tudo confirmado e votado por uma larga maioria esta manhã em reunião da comissão nacional dos socialistas
Rui Pereira devia demitir-se, diz Marcelo
Comentador considera que após a polémica com o cartão do cidadão, Rui Pereira não devia continuar na Administração Interna. Marcelo Rebelo de Sousa diz que não há condições para o ministro da Administração Interna continuar no cargo. No habitual comentário de domingo da TVI, o comentador entende que o melhor caminho de Rui Pereira era a demissão. “Enfiou o carapuço quando pediu desculpa. Quando alguém pede desculpa é porque reconhece que é responsável e só podia ser responsabilidade política objectiva. Não sei como isto vai acabar: ou não sai ninguém e ficam todos muito mal ou sai a secretária de Estado para o ministro ficar, mas ficando todos ou ficando só o ministro já não fica bem. Se houver remodelação devia sair , se não houver remodelação é um ministro muito enfraquecido numa pasta fundamental do Governo, mas ele é que sabe se quer ficar agarrado ao lugar ou não”, disse. Em causa está ainda a polémica da votação nas eleições presidenciais em que milhares de pessoas não conseguiram exercer o direito de voto por causa do novo cartão do cidadão.
PSD exige reestruturação séria do sector empresarial do Estado
Passos Coelho está especialmente preocupado com o sector dos transportes. Pedro Passos Coelho quer que o Governo faça uma reestruturação séria do sector empresarial do Estado e que o faça depressa. O presidente do PSD foi esta tarde muito claro no repto que lançou ao Executivo socialista. Seja por via das privatizações, seja pela venda das empresas, o Governo tem que acabar com os prejuízos crónicos que algumas delas continuam a dar, sobretudo na área dos transportes. “Nós esperamos que o Governo apresente com rapidez, não espere pelo próximo programa de estabilidade e crescimento, um programa de reestruturação séria de todo o sector público e nomeadamente do sector empresarial do Estado”, disse. Pedro Passos Coelho esteve esta tarde em Ílhavo com militantes da JSD
sábado, 29 de janeiro de 2011
ASAE fecha clínica ilegal em Faro
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica encerrou esta semana uma clínica de tratamentos anti-celulite, em Faro, no Algarve. No processo-crime que instaurou, a ASAE fala em corrupção de substâncias médicas e prática de medicina por pessoa não habilitada. Na clínica, que funcionava nas traseiras de um cabeleireiro, os inspectores encontraram e apreenderam centenas de embalagens de medicamentos na sua maioria fora de prazo, diversos produtos homeopáticos sem identificação nem rotulagem e ainda uma quantidade significativa de seringas e agulhas cirúrgicas. O estabelecimento em causa já tinha sido alvo de queixas-crime apresentadas por três pacientes, a quem os tratamentos terão provocado lesões permanentes. Agora está encerrada e o responsável, de nacionalidade portuguesa, é alvo de um processo-crime.
3,5 milhões de material contrafeito apreendido
São números referentes a 2010 e excluem a apreensão de computadores, CDs e DVDs, no valor de 436 milhões de euros e englobados no crime de usurpação de direitos de autor. Três milhões e 405 mil euros é o valor do material contrafeito apreendido pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) em 2010. Vestuário e acessórios representam a grande fatia dos produtos apreendidos. Comparando com 2009, houve o dobro de apreensões. O relatório anual da ASAE dá conta de um aumento de operações de combate à contrafacção, mas também de uma aposta na investigação.
"Aumentámos a eficácia e apostámos na investigação"
“Conseguimos aumentar a nossa actividade e penso que, mais importante que isso, conseguimos aumentar a nossa eficácia em termos de actuação, não só na parte visível, ao nível de colaboração nas feiras, mas também ao nível do serviço de investigação que está a ser feito, [em que] conseguimos óptimos resultados”, refere à Renascença Pedro Pitchioki, director de operações da ASAE. As feiras são um local onde a fiscalização é apertada, mas não só: existem fábricas clandestinas a pôr no mercado artigos contrafeitos, na sua maioria vestuário.
Maior parte das apreensões são peças têxteis
“Os produtos mais apreendidos por nós referem-se à parte têxtil. Depois, vem a outra, em termos de marroquinaria, óculos, sapatos, perfumes. Tem uma expressão menor. Os têxteis são a fatia maior em termos de apreensões”, indica o responsável. Os três milhões e 405 mil euros em material apreendido excluem computadores, CDs e DVDs, que representam 436 milhões de euros e estão englobados no crime de usurpação de direitos de autor. Apesar do aumento das apreensões, a procura não diminuiu. Milhares de portugueses continuam a comprar artigos de imitação. A Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica é um dos parceiros do portal anti-contrafacção que hoje é apresentado em Lisboa e que foi criado para combater este tipo de crime.
Nova base de dados permite comparar e poupar nos medicamentos
Num medicamento para a trombose, a poupança chega aos 300 euros por ano. Está disponível na Internet uma base de dados que permite comparar preços de cinco mil medicamentos. A iniciativa é da Deco e tem como objectivo promover uma maior transparência ao nível dos preços. “Queremos informar os consumidores de que há outras opções e ver na nossa base de dados, ou pelo nome comercial ou por princípio activo, qual a opção mais barata”, explica à Renascença Cristina Cabrita, da associação de defesa do consumidor. “Depois de analisar o medicamento mais barato, poderá falar com o seu médico ou na farmácia, caso a receita permita a substituição”, acrescenta.
O consumidor tem, assim, oportunidade de optar por um medicamento mais barato. A poupança, de acordo com estudos feitos pela associação, pode chegar aos 300 euros anuais. Num medicamento para a trombose, a poupança pode chegar aos 300€/ano. “Temos um exemplo de um medicamento para prevenir tromboses, em que uma embalagem de marca é de 29,49 euros – já com o desconto, com a participação – e se o consumidor optar por uma alternativa mais barata fica a quatro euros. No total, no ano, porque isto é um medicamento que se toma cronicamente, o consumidor poupa 300 euros”, revela Cristina Cabrita. A nova ferramenta para ajudar os portugueses em tempo de crise está disponível a partir desta sexta-feira na Internet, aqui, no site da Deco/Proteste.
Antero Luís vai coordenar todas as forças de segurança
O Conselho Superior de Magistratura já autorizou a comissão de serviço que foi pedida pelo Governo. Antero Luís, actual director geral do Serviço de Informações e Segurança (SIS), vai ser o substituto de Mário Mendes e será o próximo secretário-geral do Sistema de Segurança Interna. Como avançou a Renascença avançou há 15 dias. O Conselho Superior de Magistratura já autorizou a comissão de serviço que foi pedida pelo Governo. O pedido do gabinete do primeiro-ministro chegou em mãos no início da semana ao presidente do Conselho Superior da Magistratura. E, como já tinha havido nas duas últimas semanas uma consulta informal aos restantes 17 membros do Conselho, Noronha do Nascimento decidiu responder praticamente de imediato.
Na quarta-feira, concluiu o despacho onde autoriza a comissão de serviço de Antero Luís como secretário-geral do Sistema de Segurança Interna. Uma decisão que já valida o pedido do Governo, permitindo, por exemplo, que se vá tratando da indigitação, da marcação da obrigatória audição parlamentar e até mesmo de uma data para a tomada de posse. No entanto, só ficará totalmente concluída com a ratificação do Conselho, o que só deverá acontecer no próximo plenário, marcado para 15 e 16 de Fevereiro. Esta "luz verde" do órgão que tutela os juízes portugueses era o passo decisivo que faltava para que Antero Luís possa assumir o cargo. Era aliás considerado um obstáculo, tendo em conta que nem todos os conselheiros concordam que este juiz desembargador tenha uma terceira comissão de serviço consecutiva.
Quem é o homem que vai coordenar todas as forças de segurança?
Antero Luís é natural de Vinhais, em Trás-os-Montes, e tem 50 anos, acabados de fazer em Dezembro. Na magistratura está há 25, para onde entrou depois da licenciatura em Direito concluída em 1981, na Universidade de Lisboa. Bragança, Macedo de Cavaleiros, Vila Nova de Gaia, Faro e Porto foram as comarcas por onde passou. Um percurso que fica marcado por quatro outras tarefas. Entre 1996 e 2001, por dois mandatos consecutivos, foi secretário-geral da Associação Sindical dos Juízes Portugueses. Em 2000 e 2001 esteve em Timor Leste, ao serviço das Nações Unidas como juiz formador, tendo participado nalguns colectivos que julgaram líderes de milícias.
Em 2004 e 2005, foi vogal e porta-voz do Conselho Superior da Magistratura, para onde foi eleito pelos juízes. E em Outubro de 2005, foi escolhido por José Sócrates para ser director-geral do Serviço de Informações de Segurança (SIS), cargo onde permaneceu até agora sem alterações. Um pouco mais de cinco anos de mandato que fazem deste juiz desembargador o segundo director do SIS que mais tempo se manteve em funções. Antero Luís vai substituir o juiz conselheiro Mário Mendes que, tendo-se jubilado em Dezembro, optou por cessar as funções públicas que desempenhava. Mário Mendes foi o primeiro secretário-geral do Sistema de Segurança Interna. Iniciou funções em Outubro de 2008. Deixará o gabinete em Fevereiro de 2011.
Clínica funcionava nas traseiras de um cabeleireiro. Os inspectores encontraram e apreenderam centenas de embalagens de medicamentos, seringas e agulhas cirúrgicas. "Queremos informar os consumidores de que há opções".
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica encerrou esta semana uma clínica de tratamentos anti-celulite, em Faro, no Algarve. No processo-crime que instaurou, a ASAE fala em corrupção de substâncias médicas e prática de medicina por pessoa não habilitada. Na clínica, que funcionava nas traseiras de um cabeleireiro, os inspectores encontraram e apreenderam centenas de embalagens de medicamentos na sua maioria fora de prazo, diversos produtos homeopáticos sem identificação nem rotulagem e ainda uma quantidade significativa de seringas e agulhas cirúrgicas. O estabelecimento em causa já tinha sido alvo de queixas-crime apresentadas por três pacientes, a quem os tratamentos terão provocado lesões permanentes. Agora está encerrada e o responsável, de nacionalidade portuguesa, é alvo de um processo-crime.
3,5 milhões de material contrafeito apreendido
São números referentes a 2010 e excluem a apreensão de computadores, CDs e DVDs, no valor de 436 milhões de euros e englobados no crime de usurpação de direitos de autor. Três milhões e 405 mil euros é o valor do material contrafeito apreendido pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) em 2010. Vestuário e acessórios representam a grande fatia dos produtos apreendidos. Comparando com 2009, houve o dobro de apreensões. O relatório anual da ASAE dá conta de um aumento de operações de combate à contrafacção, mas também de uma aposta na investigação.
"Aumentámos a eficácia e apostámos na investigação"
“Conseguimos aumentar a nossa actividade e penso que, mais importante que isso, conseguimos aumentar a nossa eficácia em termos de actuação, não só na parte visível, ao nível de colaboração nas feiras, mas também ao nível do serviço de investigação que está a ser feito, [em que] conseguimos óptimos resultados”, refere à Renascença Pedro Pitchioki, director de operações da ASAE. As feiras são um local onde a fiscalização é apertada, mas não só: existem fábricas clandestinas a pôr no mercado artigos contrafeitos, na sua maioria vestuário.
Maior parte das apreensões são peças têxteis
“Os produtos mais apreendidos por nós referem-se à parte têxtil. Depois, vem a outra, em termos de marroquinaria, óculos, sapatos, perfumes. Tem uma expressão menor. Os têxteis são a fatia maior em termos de apreensões”, indica o responsável. Os três milhões e 405 mil euros em material apreendido excluem computadores, CDs e DVDs, que representam 436 milhões de euros e estão englobados no crime de usurpação de direitos de autor. Apesar do aumento das apreensões, a procura não diminuiu. Milhares de portugueses continuam a comprar artigos de imitação. A Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica é um dos parceiros do portal anti-contrafacção que hoje é apresentado em Lisboa e que foi criado para combater este tipo de crime.
Nova base de dados permite comparar e poupar nos medicamentos
Num medicamento para a trombose, a poupança chega aos 300 euros por ano. Está disponível na Internet uma base de dados que permite comparar preços de cinco mil medicamentos. A iniciativa é da Deco e tem como objectivo promover uma maior transparência ao nível dos preços. “Queremos informar os consumidores de que há outras opções e ver na nossa base de dados, ou pelo nome comercial ou por princípio activo, qual a opção mais barata”, explica à Renascença Cristina Cabrita, da associação de defesa do consumidor. “Depois de analisar o medicamento mais barato, poderá falar com o seu médico ou na farmácia, caso a receita permita a substituição”, acrescenta.
O consumidor tem, assim, oportunidade de optar por um medicamento mais barato. A poupança, de acordo com estudos feitos pela associação, pode chegar aos 300 euros anuais. Num medicamento para a trombose, a poupança pode chegar aos 300€/ano. “Temos um exemplo de um medicamento para prevenir tromboses, em que uma embalagem de marca é de 29,49 euros – já com o desconto, com a participação – e se o consumidor optar por uma alternativa mais barata fica a quatro euros. No total, no ano, porque isto é um medicamento que se toma cronicamente, o consumidor poupa 300 euros”, revela Cristina Cabrita. A nova ferramenta para ajudar os portugueses em tempo de crise está disponível a partir desta sexta-feira na Internet, aqui, no site da Deco/Proteste.
Antero Luís vai coordenar todas as forças de segurança
O Conselho Superior de Magistratura já autorizou a comissão de serviço que foi pedida pelo Governo. Antero Luís, actual director geral do Serviço de Informações e Segurança (SIS), vai ser o substituto de Mário Mendes e será o próximo secretário-geral do Sistema de Segurança Interna. Como avançou a Renascença avançou há 15 dias. O Conselho Superior de Magistratura já autorizou a comissão de serviço que foi pedida pelo Governo. O pedido do gabinete do primeiro-ministro chegou em mãos no início da semana ao presidente do Conselho Superior da Magistratura. E, como já tinha havido nas duas últimas semanas uma consulta informal aos restantes 17 membros do Conselho, Noronha do Nascimento decidiu responder praticamente de imediato.
Na quarta-feira, concluiu o despacho onde autoriza a comissão de serviço de Antero Luís como secretário-geral do Sistema de Segurança Interna. Uma decisão que já valida o pedido do Governo, permitindo, por exemplo, que se vá tratando da indigitação, da marcação da obrigatória audição parlamentar e até mesmo de uma data para a tomada de posse. No entanto, só ficará totalmente concluída com a ratificação do Conselho, o que só deverá acontecer no próximo plenário, marcado para 15 e 16 de Fevereiro. Esta "luz verde" do órgão que tutela os juízes portugueses era o passo decisivo que faltava para que Antero Luís possa assumir o cargo. Era aliás considerado um obstáculo, tendo em conta que nem todos os conselheiros concordam que este juiz desembargador tenha uma terceira comissão de serviço consecutiva.
Quem é o homem que vai coordenar todas as forças de segurança?
Antero Luís é natural de Vinhais, em Trás-os-Montes, e tem 50 anos, acabados de fazer em Dezembro. Na magistratura está há 25, para onde entrou depois da licenciatura em Direito concluída em 1981, na Universidade de Lisboa. Bragança, Macedo de Cavaleiros, Vila Nova de Gaia, Faro e Porto foram as comarcas por onde passou. Um percurso que fica marcado por quatro outras tarefas. Entre 1996 e 2001, por dois mandatos consecutivos, foi secretário-geral da Associação Sindical dos Juízes Portugueses. Em 2000 e 2001 esteve em Timor Leste, ao serviço das Nações Unidas como juiz formador, tendo participado nalguns colectivos que julgaram líderes de milícias.
Em 2004 e 2005, foi vogal e porta-voz do Conselho Superior da Magistratura, para onde foi eleito pelos juízes. E em Outubro de 2005, foi escolhido por José Sócrates para ser director-geral do Serviço de Informações de Segurança (SIS), cargo onde permaneceu até agora sem alterações. Um pouco mais de cinco anos de mandato que fazem deste juiz desembargador o segundo director do SIS que mais tempo se manteve em funções. Antero Luís vai substituir o juiz conselheiro Mário Mendes que, tendo-se jubilado em Dezembro, optou por cessar as funções públicas que desempenhava. Mário Mendes foi o primeiro secretário-geral do Sistema de Segurança Interna. Iniciou funções em Outubro de 2008. Deixará o gabinete em Fevereiro de 2011.
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
Óbito
Faleceu António Marques
Fundador e diretor do jornal Correio Meriodinal, faleceu vitima de doença oncológica.
António Augusto Fernandes Marques nasceu a 29/09/36, em Vila Verde.
Iniciou-se no jornalismo nos anos 60, como correspondente no Algarve de vários jornais como “O Século” e o “Comércio do Porto”. Em 1987, fundou o jornal “Correio Meridional” a que se seguiram outros titulos da Imprensa Regional Algarvia, particularmente dedicados a alguns Concelhos e Freguesias.
Jornalista polémico, quer pelas prosas, quer pelos métodos de ética profissional utilizada no meio, deixa seguidores que não são de invejar.
C.F.
Combustíveis
ACP processa Autoridade da Concorrência
O Automóvel Clube de Portugal (ACP) leva Autoridade da Concorrência a tribunal por causa dos preços dos combustíveis. O ACP quer obrigar a Autoridade da Concorrência a abrir um inquérito para investigar eventuais práticas anti-concorrenciais nos combustíveis, nomeadamente as estratégias das gasolineiras ao nível dos produtos "low cost". Carlos Barbosa, presidente do ACP, diz que a Autoridade da Concorrência se escusou a investigar uma denúncia do Automóvel Clube de Portugal. “A Autoridade da Concorrência é que tem os meios para isso e, como se escusa a fazê-lo, nós metemos um processo no Tribunal Administrativo para que ela seja obrigada a fazê-lo”, sublinha. O presidente do Automóvel Clube de Portugal insiste na convicção de que há “um grande índice de concertação de preços” entre as gasolineiras. “A APETRO agora, pelo seu presidente, utiliza uma expressão chamada seguidismo, ou seja, as petrolíferas agora fazem seguidismo. Eu continuo a achar que existem indícios de concertação de preços”, refere Carlos Barbosa
Gasolina nunca esteve tão cara em Portugal
A gasolina nunca esteve tão cara em Portugal, apesar da descida verificada no valor do barril de petróleo. A Galp aumentou a gasolina em 2 cêntimos e o gasóleo em 3. Isto significa que um litro de gasolina custa agora 1,53 euros, um novo máximo histórico, batendo por um cêntimo o valor anterior, que foi fixado quando o petróleo estava 50 dólares mais caro do que hoje. Nas bombas da CEPSA, o aumento foi de 1 cêntimo na gasolina e de 0,9 cêntimos no gasóleo. Certo é que o preço da matéria-prima está a descer. O barril de Brent, que serve de referência para Portugal, desceu para 96,8 dólares, sobretudo devido às notícias relativas ao aumento de produção de petróleo
ACP defende investigação a eventuais práticas anti-concorrenciais nos combustíveis, nomeadamente as estratégias das gasolineiras ao nível dos produtos "low cost". Um litro de gasolina custa agora 1,53 euros, batendo por um cêntimo o máximo anterior, fixado quando o petróleo estava 50 dólares mais caro do que hoje.
O Automóvel Clube de Portugal (ACP) leva Autoridade da Concorrência a tribunal por causa dos preços dos combustíveis. O ACP quer obrigar a Autoridade da Concorrência a abrir um inquérito para investigar eventuais práticas anti-concorrenciais nos combustíveis, nomeadamente as estratégias das gasolineiras ao nível dos produtos "low cost". Carlos Barbosa, presidente do ACP, diz que a Autoridade da Concorrência se escusou a investigar uma denúncia do Automóvel Clube de Portugal. “A Autoridade da Concorrência é que tem os meios para isso e, como se escusa a fazê-lo, nós metemos um processo no Tribunal Administrativo para que ela seja obrigada a fazê-lo”, sublinha. O presidente do Automóvel Clube de Portugal insiste na convicção de que há “um grande índice de concertação de preços” entre as gasolineiras. “A APETRO agora, pelo seu presidente, utiliza uma expressão chamada seguidismo, ou seja, as petrolíferas agora fazem seguidismo. Eu continuo a achar que existem indícios de concertação de preços”, refere Carlos Barbosa
Gasolina nunca esteve tão cara em Portugal
A gasolina nunca esteve tão cara em Portugal, apesar da descida verificada no valor do barril de petróleo. A Galp aumentou a gasolina em 2 cêntimos e o gasóleo em 3. Isto significa que um litro de gasolina custa agora 1,53 euros, um novo máximo histórico, batendo por um cêntimo o valor anterior, que foi fixado quando o petróleo estava 50 dólares mais caro do que hoje. Nas bombas da CEPSA, o aumento foi de 1 cêntimo na gasolina e de 0,9 cêntimos no gasóleo. Certo é que o preço da matéria-prima está a descer. O barril de Brent, que serve de referência para Portugal, desceu para 96,8 dólares, sobretudo devido às notícias relativas ao aumento de produção de petróleo
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
O Inimigo Público
Teixeira dos Santos diz que foi obrigado a mentir sobre as contas públicas: "O Sócrates drogava-me".
Ler em: http://inimigo.publico.pt/Noticia/Detail/1477269
Por João Henrique
Numa entrevista gravada pela revista Focus, e de que a SIC passou parte no Jornal da Noite, Teixeira dos Santos, ministro das Finanças, assume que foi forçado por José Sócrates a mentir ao longo de toda a anterior legislatura e da actual.
O ministro assume que ao longo destes anos todos tem gerido as finanças do país sob o efeito de medicação e que só agora percebeu que tem sido usado para condenar milhões de contribuintes inocentes. “O Sócrates obrigava-me a beber um copo com água e a assinar papeladas. E depois obrigava-me a dizer que estava tudo bem, que Portugal não estava a sofrer com a crise internacional e que a despesa pública estava controlada. Tive que dizer tudo com pena dos rapazes, que levavam bastante porrada do Sócrates. Mas eu não sou o único. O José Sócrates anda há anos a dar copos com água a todos os ministros, deputados do PS, militantes do PS, ao Passos Coelho, ao Emídio Rangel, aos juízes do Freeport e do Face Oculta, aos jornalistas, aos investidores estrangeiros para comprarem a dívida portuguesa e agora até já conseguiu drogar a Angela Merkel e os senhores do FMI”.
JH
Ler em: http://inimigo.publico.pt/Noticia/Detail/1477269
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Graças ao descrédito dos políticos e Governo PS...
Cavaco "é o Presidente com menos votos de sempre", diz Silva Pereira
Em entrevista, o ministro da Presidência não acredita que Cavaco Silva se torne numa "força de bloqueio" e diz que Manuel Alegre foi "o melhor candidato possível".
Em entrevista ao programa "Terça à Noite" da Rádio Renascença, Pedro Silva Pereira salientou que Cavaco Silva ganhou as eleições, “mas com menos votos do que em 2005 e é o Presidente reeleito que obtém menor percentagem”. O ministro da Presidência considera que este é um facto que o Presidente da Repúbica deve ter em conta quando tomar posse para um segundo mandato, sobretudo porque vai exercer as suas funções com “um Governo minoritário que enfrenta circunstâncias nacionais muito difíceis”.
Pedro Silva Pereira deixa no ar que espera agora um mandato diferente de Cavaco Silva, até porque “a forma como exerceu o seu primeiro mandato não deixou margem ao Governo para ponderar um apoio ao actual Presidente”.
Quanto à ideia, lançada pelo Presidente em campanha eleitoral, de se criar um imposto suplementar a partir de um determinado rendimento para fazer face às dificuldades do país, Silva Pereira diz que essa é uma proposta feita no calor da campanha eleitoral, porque “o Presidente sabe bem que o Governo estava obrigado a reduzir a despesa e não a aumentar a receita, e porque, o PSD recusava qualquer aumento de impostos.” Nesta entrevista programa "Terça à Noite" da Renascença, Silva Pereira admitiu que o apoio a Manuel Alegre nas eleições presidenciais dividiu o PS e garantiu que a decisão de apoiar este candidato se deu porque ninguém melhor apareceu para se candidatar.
Nota do AR: "Não há pior cego do que aquele que não quer vêr"
Em entrevista, o ministro da Presidência não acredita que Cavaco Silva se torne numa "força de bloqueio" e diz que Manuel Alegre foi "o melhor candidato possível".
Em entrevista ao programa "Terça à Noite" da Rádio Renascença, Pedro Silva Pereira salientou que Cavaco Silva ganhou as eleições, “mas com menos votos do que em 2005 e é o Presidente reeleito que obtém menor percentagem”. O ministro da Presidência considera que este é um facto que o Presidente da Repúbica deve ter em conta quando tomar posse para um segundo mandato, sobretudo porque vai exercer as suas funções com “um Governo minoritário que enfrenta circunstâncias nacionais muito difíceis”.
Pedro Silva Pereira deixa no ar que espera agora um mandato diferente de Cavaco Silva, até porque “a forma como exerceu o seu primeiro mandato não deixou margem ao Governo para ponderar um apoio ao actual Presidente”.
Quanto à ideia, lançada pelo Presidente em campanha eleitoral, de se criar um imposto suplementar a partir de um determinado rendimento para fazer face às dificuldades do país, Silva Pereira diz que essa é uma proposta feita no calor da campanha eleitoral, porque “o Presidente sabe bem que o Governo estava obrigado a reduzir a despesa e não a aumentar a receita, e porque, o PSD recusava qualquer aumento de impostos.” Nesta entrevista programa "Terça à Noite" da Renascença, Silva Pereira admitiu que o apoio a Manuel Alegre nas eleições presidenciais dividiu o PS e garantiu que a decisão de apoiar este candidato se deu porque ninguém melhor apareceu para se candidatar.
Nota do AR: "Não há pior cego do que aquele que não quer vêr"
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Eleições Presidenciais
Cavaco Silva reeleito com 52,94%
Cavaco Silva venceu as presidenciais deste domingo, com 52, 94%. Cavaco Silva garante a reeleição à primeira volta, vencendo em todos os distritos e nas regiões dos Açores e da Madeira. O segundo candidato mais votado foi Manuel Alegre. Apoiado por PS, Bloco de Esquerda e PCTP-MRPP, Alegre conseguiu 19,75%, um resultado abaixo do obtido nas eleições de 2006, onde registou 20,74%. Em terceiro lugar surge Fernando Nobre. O candidato independente conquistou 14,09% dos votos, na primeira vez que concorre a um acto eleitoral. Francisco Lopes, o candidato apoiado pelo PCP, conseguiu 7,14%, seguido de José Manuel Coelho, com 4,5%. No último lugar ficou o socialista Defensor Moura, com 1,57%. A abstenção rondou os 54%, o nível de abstenção mais elevado em todas as eleições para a Presidência da República realizadas desde 1976.
“Vitória da verdade sobre a calúnia”
“Esta foi a vitória da verdade sobre a calúnia” numa campanha muito difícil em que foram “cinco contra um”, disse o candidato presidencial Cavaco Silva na sua declaração de vitória no CCB. Num discurso muito duro para os seus adversários nestas eleições, Cavaco Silva referiu que “vencidos são aqueles políticos que preferem a mentira e a calúnia ao debate de ideias. Foi o povo que os derrotou”.
“Uma vez mais o povo português não se deixou enganar e esta foi a vitória da dignidade. Os portugueses souberam ver de que lado estava a verdade e condenaram uma forma de fazer política que é imprópria para uma democracia adulta”, acrescentou o candidato presidente. “A Democracia ganhou. Venceram os que acreditam em Portugal, os que fizeram campanha com ideias e projectos”. Nesta declaração de vitória, Cavaco Silva aproveitou para saudar todos os portugueses que foram votar. “Mostraram sentido de responsabilidade e merecem uma palavra de reconhecimento porque não se alhearam do futuro”. No entanto, aproveitou para comentar o tema do dia ao “deixar uma palavra a todos os portugueses que quiseram votar, mas não o fizeram por questões burocráticas”.
O Presidente agradeceu aos seus mandatários e apoiantes, bem como à família essenciais para a vitória clara em que ganhou em todos os distritos. “Agradeço a todos os que me deram a honra da sua escolha, serei Presidente de Portugal inteiro, de todos, porque comigo Portugal estará sempre primeiro”. Para o futuro, Cavaco reforça que vai continuar a apostar na “confiança, estabilidade, solidariedade, sem abdicar dos poderes”, realizar uma “magistratura activa”, sempre em “defesa dos interesses nacionais”.
As prioridades são o combate ao desemprego e ao endividamento externo, bem como o reforço da economia portuguesa. Saúde, ensino e justiça são outras áreas também não esquecidas em que o Presidente estará sempre ao lado dos portugueses que não se resignam e dos empresários que apostam na inovação. A fechar uma nota especial aos jovens para que “lutem pelo vosso futuro”. Cavaco Silva tinha entrado na sala do CCB onde estavam os seus apoiantes às 22h20 recebido por palmas e com gritos de “Vitória, vitória, vitória” e “Portugal, Portugal”.
“Estou convicto” que Cavaco vai dissolver Parlamento
“Ou faz em Junho, para proporcionar ao novo Governo oportunidade de preparar o Orçamento do Estado, ou deixa que se chegue à discussão do OE, em 2012”, diz Alfredo Barreto. “Estou convicto que o vai dissolver” afirma Alfredo Barroso. O comentador acrescenta que a grande questão é saber quando. “Cavaco, apesar da sua aura de moderação, é um homem de direita”, diz Alfredo Barroso. “Não sei é quando ele vai dissolver”, acrescenta. Segundo o comentador só há duas hipóteses: “ou faz em Junho, para proporcionar ao novo Governo oportunidade de preparar o Orçamento do Estado, ou deixa que se chegue à discussão do OE, em 2012”, vaticina.
Ribeiro e Castro, do CDS, um dos partidos que apoiou o Presidente agora reeleito, não descarta a possibilidade de uma dissolução da Assembleia. “Não digo que não vai haver ruptura nos próximos cinco anos”. O deputado diz que reeleição é “boa para Cavaco, mas para uma mudança o sinal é morninho”, acrescentando que estas eleições “foram uma oportunidade perdida para a mudança”. Por seu lado, Maria de Belém Roseira sublinha que o exercício orçamental deste ano vai ser “seguido de forma muito próxima”. “Não tenho dúvidas que haverá sempre pretextos” para dissolver o Parlamento, acrescenta. Cavaco Silva conseguiu reeleger-se à primeira este domingo com 52, 94% dos votos. O segundo candidato mais votado foi Manuel Alegre que conseguiu 19,75%.
“A derrota é minha”, diz Alegre
Candidato presidencial saudou Cavaco Silva, que renova mandato em Belém, e retira o peso da derrota dos partidos que o apoiaram. O candidato presidencial Manuel Alegre, generoso, assumiu pessoalmente a derrota. “A derrota é minha, não é daqueles que me apoiaram”. Na sua declaração de derrota, Alegre saudou o vencedor Cavaco Silva esperando que ele faça um bom trabalho em Belém. Manuel Alegre reforça que “em Democracia não é vergonha perder, vergonha é fugir ao combate”. Depois do resultado, “as minhas preocupações permanecem” e “peço-vos desculpa por não ter conseguido fazer melhor”. “Todos os que me apoiaram vão continuar a lutar pelo Serviço Nacional de Saúde e a escola pública”, reafirma Alegre. O candidato aproveitou para saudar ainda PS e José Sócrates, o Bloco de Esquerda e Francisco Louçã, entre outros movimentos cívicos que apoiaram a sua candidatura.
PCP tira o "papão" do saco
Jerónimo de Sousa critica Presidente reeleito e elogia candidatura de Francisco Lopes. A reeleição de Cavaco Silva vai levar ao agravamento do rumo e da injustiça social, diz o líder do PCP. Jerónimo de Sousa reafirma que a candidatura de Cavaco Silva foi baseada nos “meios da presidência e numa “intolerável chantagem aos eleitores”. Já quanto ao candidato apoiado pelos comunistas, o secretário-geral comunista elogiou Francisco Lopes que assumiu uma “candidatura alternativa a Cavaco Silva”, contra as candidaturas de “direita”, liberta dos grupos económicos. “Francisco Lopes defendia outro rumo para Portugal, falou dos problemas do país, trouxe questões essenciais ao debate” e a sua votação “traduz o apoio de milhares de comunistas.
Embora usando ataques "sórdidos", o socialista Defensor Moura diz que falhou
O candidato lamentou não ter conseguido evitar a reeleição de Cavaco Silva na primeira volta, admindo ontem, em Viana do Castelo, que saiu derrotado do ato eleitoral de hoje porque não conseguiu evitar a reeleição de Cavaco Silva na primeira volta. O antigo autarca de Viana do Castelo foi recebido com uma salva de palmas pelas cerca de três dezenas de apoiantes que o esperavam num restaurante onde marcou encontro com a comunicação social para reagir aos resultados das presidenciais.
“Tal como todos os candidatos que se opunham à reeleição de Cavaco Silva saio derrotado e assumo isso com toda a naturalidade", afirmou o deputado socialista que concorreu como independente. Defensor Moura assumiu como principal objectivo da sua candidatura evitar a reeleição à primeira volta de Cavaco Silva, alegando motivos relacionados com o perfil do candidato. “Com toda a tranquilidade estou aqui a assumir que perdi as eleições, não consegui a segunda volta, mas estou tranquilo porque consegui fazer passar esta mensagem", acrescentou. O antigo autarca recusou felicitar o vencedor deste ato eleitoral. "Não é mau perder, não é falta de espírito democrático, é ser coerente", sustentou. Isto porque, durante a pré-campanha e campanha oficial, Defensor Moura atacou o Chefe de Estado, criticando os "meios utilizados para vender uma imagem que não existe para enganar os portugueses".
"O que disse aos portugueses e mantenho é que o perfil do recandidato não se adequa ao exercício da Presidência da República num período difícil para Portugal, em que a luta contra corrupção e clientelismo são fundamentais", sublinhou. O candidato do norte diz que quebrou o "verniz do ex-imaculado candidato Cavaco Silva", demonstrando que "ele não é isento, não é leal, favorece os amigos e correligionários e pactua e beneficia com negócios considerados ilícitos pelos tribunais".
Nestas eleições, que representam a primeira derrota política do antigo autarca, Defensor Moura ficou em último lugar, atrás do candidato José Manuel Coelho. O deputado frisou que as suas candidaturas eram diferentes mas, mesmo assim, fez questão de destacar a votação alcançada pelo adversário madeirense. "José Manuel Coelho que explorou a veia satírica dos portugueses, criticou o que é de facto ridículo na nossa democracia, que é absterem-se de discutir problemas concretos e sérios. A minha candidatura foi um exercício de dever cívico", sublinhou.
Numa campanha “cinco contra um”, “foi o povo que os derrotou”, disse o presidente candidato numa declaração muito critica no CCB. “A Democracia ganhou. Venceram os que acreditam em Portugal, os que fizeram campanha limpa com ideias e projectos”, disse Cavaco no discurso de uma folgada vitória.
Cavaco Silva venceu as presidenciais deste domingo, com 52, 94%. Cavaco Silva garante a reeleição à primeira volta, vencendo em todos os distritos e nas regiões dos Açores e da Madeira. O segundo candidato mais votado foi Manuel Alegre. Apoiado por PS, Bloco de Esquerda e PCTP-MRPP, Alegre conseguiu 19,75%, um resultado abaixo do obtido nas eleições de 2006, onde registou 20,74%. Em terceiro lugar surge Fernando Nobre. O candidato independente conquistou 14,09% dos votos, na primeira vez que concorre a um acto eleitoral. Francisco Lopes, o candidato apoiado pelo PCP, conseguiu 7,14%, seguido de José Manuel Coelho, com 4,5%. No último lugar ficou o socialista Defensor Moura, com 1,57%. A abstenção rondou os 54%, o nível de abstenção mais elevado em todas as eleições para a Presidência da República realizadas desde 1976.
“Vitória da verdade sobre a calúnia”
“Esta foi a vitória da verdade sobre a calúnia” numa campanha muito difícil em que foram “cinco contra um”, disse o candidato presidencial Cavaco Silva na sua declaração de vitória no CCB. Num discurso muito duro para os seus adversários nestas eleições, Cavaco Silva referiu que “vencidos são aqueles políticos que preferem a mentira e a calúnia ao debate de ideias. Foi o povo que os derrotou”.
“Uma vez mais o povo português não se deixou enganar e esta foi a vitória da dignidade. Os portugueses souberam ver de que lado estava a verdade e condenaram uma forma de fazer política que é imprópria para uma democracia adulta”, acrescentou o candidato presidente. “A Democracia ganhou. Venceram os que acreditam em Portugal, os que fizeram campanha com ideias e projectos”. Nesta declaração de vitória, Cavaco Silva aproveitou para saudar todos os portugueses que foram votar. “Mostraram sentido de responsabilidade e merecem uma palavra de reconhecimento porque não se alhearam do futuro”. No entanto, aproveitou para comentar o tema do dia ao “deixar uma palavra a todos os portugueses que quiseram votar, mas não o fizeram por questões burocráticas”.
O Presidente agradeceu aos seus mandatários e apoiantes, bem como à família essenciais para a vitória clara em que ganhou em todos os distritos. “Agradeço a todos os que me deram a honra da sua escolha, serei Presidente de Portugal inteiro, de todos, porque comigo Portugal estará sempre primeiro”. Para o futuro, Cavaco reforça que vai continuar a apostar na “confiança, estabilidade, solidariedade, sem abdicar dos poderes”, realizar uma “magistratura activa”, sempre em “defesa dos interesses nacionais”.
As prioridades são o combate ao desemprego e ao endividamento externo, bem como o reforço da economia portuguesa. Saúde, ensino e justiça são outras áreas também não esquecidas em que o Presidente estará sempre ao lado dos portugueses que não se resignam e dos empresários que apostam na inovação. A fechar uma nota especial aos jovens para que “lutem pelo vosso futuro”. Cavaco Silva tinha entrado na sala do CCB onde estavam os seus apoiantes às 22h20 recebido por palmas e com gritos de “Vitória, vitória, vitória” e “Portugal, Portugal”.
“Estou convicto” que Cavaco vai dissolver Parlamento
“Ou faz em Junho, para proporcionar ao novo Governo oportunidade de preparar o Orçamento do Estado, ou deixa que se chegue à discussão do OE, em 2012”, diz Alfredo Barreto. “Estou convicto que o vai dissolver” afirma Alfredo Barroso. O comentador acrescenta que a grande questão é saber quando. “Cavaco, apesar da sua aura de moderação, é um homem de direita”, diz Alfredo Barroso. “Não sei é quando ele vai dissolver”, acrescenta. Segundo o comentador só há duas hipóteses: “ou faz em Junho, para proporcionar ao novo Governo oportunidade de preparar o Orçamento do Estado, ou deixa que se chegue à discussão do OE, em 2012”, vaticina.
Ribeiro e Castro, do CDS, um dos partidos que apoiou o Presidente agora reeleito, não descarta a possibilidade de uma dissolução da Assembleia. “Não digo que não vai haver ruptura nos próximos cinco anos”. O deputado diz que reeleição é “boa para Cavaco, mas para uma mudança o sinal é morninho”, acrescentando que estas eleições “foram uma oportunidade perdida para a mudança”. Por seu lado, Maria de Belém Roseira sublinha que o exercício orçamental deste ano vai ser “seguido de forma muito próxima”. “Não tenho dúvidas que haverá sempre pretextos” para dissolver o Parlamento, acrescenta. Cavaco Silva conseguiu reeleger-se à primeira este domingo com 52, 94% dos votos. O segundo candidato mais votado foi Manuel Alegre que conseguiu 19,75%.
“A derrota é minha”, diz Alegre
Candidato presidencial saudou Cavaco Silva, que renova mandato em Belém, e retira o peso da derrota dos partidos que o apoiaram. O candidato presidencial Manuel Alegre, generoso, assumiu pessoalmente a derrota. “A derrota é minha, não é daqueles que me apoiaram”. Na sua declaração de derrota, Alegre saudou o vencedor Cavaco Silva esperando que ele faça um bom trabalho em Belém. Manuel Alegre reforça que “em Democracia não é vergonha perder, vergonha é fugir ao combate”. Depois do resultado, “as minhas preocupações permanecem” e “peço-vos desculpa por não ter conseguido fazer melhor”. “Todos os que me apoiaram vão continuar a lutar pelo Serviço Nacional de Saúde e a escola pública”, reafirma Alegre. O candidato aproveitou para saudar ainda PS e José Sócrates, o Bloco de Esquerda e Francisco Louçã, entre outros movimentos cívicos que apoiaram a sua candidatura.
PCP tira o "papão" do saco
Jerónimo de Sousa critica Presidente reeleito e elogia candidatura de Francisco Lopes. A reeleição de Cavaco Silva vai levar ao agravamento do rumo e da injustiça social, diz o líder do PCP. Jerónimo de Sousa reafirma que a candidatura de Cavaco Silva foi baseada nos “meios da presidência e numa “intolerável chantagem aos eleitores”. Já quanto ao candidato apoiado pelos comunistas, o secretário-geral comunista elogiou Francisco Lopes que assumiu uma “candidatura alternativa a Cavaco Silva”, contra as candidaturas de “direita”, liberta dos grupos económicos. “Francisco Lopes defendia outro rumo para Portugal, falou dos problemas do país, trouxe questões essenciais ao debate” e a sua votação “traduz o apoio de milhares de comunistas.
Embora usando ataques "sórdidos", o socialista Defensor Moura diz que falhou
O candidato lamentou não ter conseguido evitar a reeleição de Cavaco Silva na primeira volta, admindo ontem, em Viana do Castelo, que saiu derrotado do ato eleitoral de hoje porque não conseguiu evitar a reeleição de Cavaco Silva na primeira volta. O antigo autarca de Viana do Castelo foi recebido com uma salva de palmas pelas cerca de três dezenas de apoiantes que o esperavam num restaurante onde marcou encontro com a comunicação social para reagir aos resultados das presidenciais.
“Tal como todos os candidatos que se opunham à reeleição de Cavaco Silva saio derrotado e assumo isso com toda a naturalidade", afirmou o deputado socialista que concorreu como independente. Defensor Moura assumiu como principal objectivo da sua candidatura evitar a reeleição à primeira volta de Cavaco Silva, alegando motivos relacionados com o perfil do candidato. “Com toda a tranquilidade estou aqui a assumir que perdi as eleições, não consegui a segunda volta, mas estou tranquilo porque consegui fazer passar esta mensagem", acrescentou. O antigo autarca recusou felicitar o vencedor deste ato eleitoral. "Não é mau perder, não é falta de espírito democrático, é ser coerente", sustentou. Isto porque, durante a pré-campanha e campanha oficial, Defensor Moura atacou o Chefe de Estado, criticando os "meios utilizados para vender uma imagem que não existe para enganar os portugueses".
"O que disse aos portugueses e mantenho é que o perfil do recandidato não se adequa ao exercício da Presidência da República num período difícil para Portugal, em que a luta contra corrupção e clientelismo são fundamentais", sublinhou. O candidato do norte diz que quebrou o "verniz do ex-imaculado candidato Cavaco Silva", demonstrando que "ele não é isento, não é leal, favorece os amigos e correligionários e pactua e beneficia com negócios considerados ilícitos pelos tribunais".
Nestas eleições, que representam a primeira derrota política do antigo autarca, Defensor Moura ficou em último lugar, atrás do candidato José Manuel Coelho. O deputado frisou que as suas candidaturas eram diferentes mas, mesmo assim, fez questão de destacar a votação alcançada pelo adversário madeirense. "José Manuel Coelho que explorou a veia satírica dos portugueses, criticou o que é de facto ridículo na nossa democracia, que é absterem-se de discutir problemas concretos e sérios. A minha candidatura foi um exercício de dever cívico", sublinhou.
domingo, 23 de janeiro de 2011
Crónica de Domingo
Homicidio em New York - à procura de um sonho
Toda a gente tem sonhos. E segredos. E pecados.
Quem não sonha está morto; quem não se resguarda é um tonto; quem não peca é santo ou anormal. Sonhos, segredos e pecados não são crime. O problema está na fronteira que determina estas respectivas definições. E, mais importante, na maturidade e no bom-senso necessários para suportar e superar cada um deles. Como em tudo de resto, na vida, de vez em quando é preciso colocar o pé no travão.
Renato Seabra, 21 anos, finalista de Ciências do Desporto, em Coimbra, tinha uma vida cheia à sua frente, e um sonho que não era crime: ser manequim, provavelmente internacional. Ambição legítima. Candidatou-se a um concurso televisivo, que a televisão estimula e parece ser o único veículo reconhecido como eficaz fábrica de sonhos pela geração à qual pertence. Ficou em segundo lugar. A família há-de ter ficado feliz, com razão. Os amigos também. Ninguém questionou. Ninguém accionou o travão. Neste tempo, nada parece satisfazer mais as pessoas do que exibir o seu talento, seja ele qual for, na televisão - e a televisão - que dá para tudo e para todos, serve-se "deles": para cantar, dançar, representar, desfilar, cozinhar, emagrecer ou só para simular o quotidiano dentro de uma jaula. Vale tudo. Daqui a cem ou duzentos anos, há-de falar-se deste tempo televisivo como um tempo sinistro. Mas nem a televisão, com toda a sua pressa, parece ter conseguido responder à urgência do sonho de Renato. E, por isso, talvez ele tivesse também um segredo.
Que mal teria acionar outra velocidade, e aproximar-se de alguém que o pudesse "empurrar" ao encontro do sonho, num País de excelência para cunhas, compadrios e corrupção? Foi Carlos Castro, 65 anos, velho colunista do suposto glamour nacional, homossexual assumido e conhecido de muitos políticos, autarcas e empresários deste País que lhe davam ganhos chorudos a troco de visibilidade nas miseras prosas nas colunas sociais onde escrevinhava (como vai ser agora António Costa, Fernando Seabra, Desidério Silva, Manuel da Luz, étc, étc, étc....), e a quem os transeuntes desse suposto glamour agradeciam a rampa de lançamento, se com isso conseguissem acelerar a projecção das suas carreiras? Aparentemente, não teria mal nenhum. Se tivesse havido o tal travão, e não estivessem em causa o trunfo maior do colunista: tráfico de influências.
Além de maturidade e bom senso. É verdade, já agora, que é coisa que também começa a escassear. Ou alguém por ele. Se tivesse havido uma mãe ou um pai que tivesse pensado duas vezes antes de autorizar o filho jovem a viajar (para Madrid, Londres e Nova Iorque) com aquele homem, por muito conhecido que fosse. Com aquele ou com qualquer outro. Mas os holofotes cegam quem nos holofotes quer ser feliz.
E foi seguramente um Renato cego, independentemente de ser homo ou heterossexual, que matou outro homem, também ele cego para chegar aos seus intentos, Carlos Castro. O primeiro, cego pela ambição natural de juventude; o segundo, cego pela devoção de um sentimento que não soube dosear nem reprimir por um rapaz muito mais novo que ele. Tudo acabando num crime hediondo e abjecto - sabe-se lá por que causas iniciais, que se presta agora a tanto folclore e homofobia - as piadas e insultos já por aí proliferam. Porém, o que mais me choca não é a morte, por mais monstruosa que tenha sido. O que verdadeiramente me choca é a disponibilidade mental que as pessoas cada vez mais parecem ter para permutar a honra pela desonra. Mesmo que para sempre consigam manter a desonra em segredo. E, neste caso, não sei quem a permutou primeiro: se o homem que não teve coragem para se afastar de um miúdo sequioso de fama, preferindo acreditar que este o amava; se o miúdo, que para mim é uma perigosíssima e preocupante amostra de uma geração, numa sociedade que é capaz de quase tudo, para se violentar ao ponto de fingir amar alguém só para daí retirar algum benefício.
Choca-me ainda mais a quantidade de histórias destas que pululam por aí sem que delas se tenha conhecimento só porque não tiveram um desfecho trágico. E choca-me, finalmente, que a comunicação social, tão sedenta e empenhada que está em abordar o assunto com pinças e pruridos (por nele estar um "deles"), esteja a passar ao lado do assunto que mais interessa: quem é o verdadeiro responsável pela desintegração dos valores desta gente, que é muita, para quem a vida só é vida se for mediática?
E quem os protege?
Toda a gente tem sonhos. E segredos. E pecados.
Quem não sonha está morto; quem não se resguarda é um tonto; quem não peca é santo ou anormal. Sonhos, segredos e pecados não são crime. O problema está na fronteira que determina estas respectivas definições. E, mais importante, na maturidade e no bom-senso necessários para suportar e superar cada um deles. Como em tudo de resto, na vida, de vez em quando é preciso colocar o pé no travão.
Renato Seabra, 21 anos, finalista de Ciências do Desporto, em Coimbra, tinha uma vida cheia à sua frente, e um sonho que não era crime: ser manequim, provavelmente internacional. Ambição legítima. Candidatou-se a um concurso televisivo, que a televisão estimula e parece ser o único veículo reconhecido como eficaz fábrica de sonhos pela geração à qual pertence. Ficou em segundo lugar. A família há-de ter ficado feliz, com razão. Os amigos também. Ninguém questionou. Ninguém accionou o travão. Neste tempo, nada parece satisfazer mais as pessoas do que exibir o seu talento, seja ele qual for, na televisão - e a televisão - que dá para tudo e para todos, serve-se "deles": para cantar, dançar, representar, desfilar, cozinhar, emagrecer ou só para simular o quotidiano dentro de uma jaula. Vale tudo. Daqui a cem ou duzentos anos, há-de falar-se deste tempo televisivo como um tempo sinistro. Mas nem a televisão, com toda a sua pressa, parece ter conseguido responder à urgência do sonho de Renato. E, por isso, talvez ele tivesse também um segredo.
Que mal teria acionar outra velocidade, e aproximar-se de alguém que o pudesse "empurrar" ao encontro do sonho, num País de excelência para cunhas, compadrios e corrupção? Foi Carlos Castro, 65 anos, velho colunista do suposto glamour nacional, homossexual assumido e conhecido de muitos políticos, autarcas e empresários deste País que lhe davam ganhos chorudos a troco de visibilidade nas miseras prosas nas colunas sociais onde escrevinhava (como vai ser agora António Costa, Fernando Seabra, Desidério Silva, Manuel da Luz, étc, étc, étc....), e a quem os transeuntes desse suposto glamour agradeciam a rampa de lançamento, se com isso conseguissem acelerar a projecção das suas carreiras? Aparentemente, não teria mal nenhum. Se tivesse havido o tal travão, e não estivessem em causa o trunfo maior do colunista: tráfico de influências.
Além de maturidade e bom senso. É verdade, já agora, que é coisa que também começa a escassear. Ou alguém por ele. Se tivesse havido uma mãe ou um pai que tivesse pensado duas vezes antes de autorizar o filho jovem a viajar (para Madrid, Londres e Nova Iorque) com aquele homem, por muito conhecido que fosse. Com aquele ou com qualquer outro. Mas os holofotes cegam quem nos holofotes quer ser feliz.
E foi seguramente um Renato cego, independentemente de ser homo ou heterossexual, que matou outro homem, também ele cego para chegar aos seus intentos, Carlos Castro. O primeiro, cego pela ambição natural de juventude; o segundo, cego pela devoção de um sentimento que não soube dosear nem reprimir por um rapaz muito mais novo que ele. Tudo acabando num crime hediondo e abjecto - sabe-se lá por que causas iniciais, que se presta agora a tanto folclore e homofobia - as piadas e insultos já por aí proliferam. Porém, o que mais me choca não é a morte, por mais monstruosa que tenha sido. O que verdadeiramente me choca é a disponibilidade mental que as pessoas cada vez mais parecem ter para permutar a honra pela desonra. Mesmo que para sempre consigam manter a desonra em segredo. E, neste caso, não sei quem a permutou primeiro: se o homem que não teve coragem para se afastar de um miúdo sequioso de fama, preferindo acreditar que este o amava; se o miúdo, que para mim é uma perigosíssima e preocupante amostra de uma geração, numa sociedade que é capaz de quase tudo, para se violentar ao ponto de fingir amar alguém só para daí retirar algum benefício.
Choca-me ainda mais a quantidade de histórias destas que pululam por aí sem que delas se tenha conhecimento só porque não tiveram um desfecho trágico. E choca-me, finalmente, que a comunicação social, tão sedenta e empenhada que está em abordar o assunto com pinças e pruridos (por nele estar um "deles"), esteja a passar ao lado do assunto que mais interessa: quem é o verdadeiro responsável pela desintegração dos valores desta gente, que é muita, para quem a vida só é vida se for mediática?
E quem os protege?
Do sonho de Renato, restou-lhe apenas o pecado. Capital. Aliado ao fruto das traficâncias de influências, que é igualmente um crime. Poderia ser tudo mais triste?
Carlos Ferreira
algarve_reporter@live.com.ptRecorte de Imprensa
Eu gosto de votar e vou votar amanhã
Não quero ser representado, como cidadão português, por vários dos candidatos e só por isso já era obrigação colocar o voto na urna
Há quem tenha escrito que não vai votar porque acha que é inútil a eleição de um Presidente da República no nosso sistema político, há quem acha (e esses acham quase sempre) que a campanha eleitoral não teve interesse nenhum e que votar também não terá. Eu gosto de votar e vou votar amanhã, como sempre fiz.
O Presidente da República não tem poderes de governo, mas tem outros e tem sempre a sua magistratura de influência. E desde logo é quem representa o Povo e o País e personifica a unidade do estado e até da Nação, e só essa já é uma função (em si mesmo, também, um poder) importante para que qualquer português se sinta no dever de ir colocar o voto na urna. Não quero ser representado por vários dos candidatos - e nisso estaremos todos de acordo - e por isso tenho a obrigação de ir votar.
A campanha, é verdade, teve muito ruído e pouco debate de ideias (e assim pouco esclarecimento) sobre poderes presidenciais. E não falta quem ache que o PR devia ter uma voz mais activa nas Forças Armadas, de que é comandante em chefe, e na nomeação de alguns cargos de relevo (autoridades reguladoras, provedor de Justiça, por exemplo). Nenhum dos candidatos defendeu essas alterações de forma a que a mensagem se tornasse um programa, pelo menos. Como nenhum candidato defendeu verdadeiramente uma revisão constitucional e esse é um dos problemas com que se pode deparar o futuro Presidente, porque esta é uma legislatura com poderes constitucionais. (Houve quem se definisse contra determinado tipo de revisão, mas não a favor de outra). Claro que o Presidente só pode assinar a revisão constitucional, mas ainda assim a sua palavra pode ser importante em qualquer momento. E ninguém se comprometeu, a não ser pela negativa. Foi pena. Mas se o processo tiver mais desenvolvimentos, seja qual for o Presidente há-de-dizer alguma coisa. Nem que seja sobre os poderes do próprio cargo. Um Presidente, seja ele qual for, nunca é neutro ou rigorosamente imparcial. Isso não existe.
Num regime semipresidencial com pendor parlamentar, como é o nosso (e há outros na Europa), o Presidente da República tem um poder moderador e é tão mais interventivo quanto mais o quadro parlamentar for fragmentado, como tem sido a tradição. E essa é a realidade actual e é outra das razões pelas quais é importante participar na escolha da que é comummente designada por primeira figura do Estado.
E o Presidente da República tem poderes importantes no nosso sistema político, como o da dissolução da Assembleia da República, a chamada "bomba atómica" o que faz do ocupante do cargo tudo menos uma figura só simbólica ou sem poder. Eu posso ser a favor de outros poderes e outra arquitectura institucional, mas não posso dizer que o PR é apenas a Rainha de Inglaterra ou que desempenha um cargo que é apenas um gasto de dinheiro para o Estado. E nem que fosse apenas um símbolo da República, um símbolo também é importante.
Publicado no i on line, em 22 de Janeiro de 2011
Ler em: http://www.ionline.pt/conteudo/99861-eu-gosto-votar-e-vou-votar-amanha
por Manuel Queiroz
Não quero ser representado, como cidadão português, por vários dos candidatos e só por isso já era obrigação colocar o voto na urna
Há quem tenha escrito que não vai votar porque acha que é inútil a eleição de um Presidente da República no nosso sistema político, há quem acha (e esses acham quase sempre) que a campanha eleitoral não teve interesse nenhum e que votar também não terá. Eu gosto de votar e vou votar amanhã, como sempre fiz.
O Presidente da República não tem poderes de governo, mas tem outros e tem sempre a sua magistratura de influência. E desde logo é quem representa o Povo e o País e personifica a unidade do estado e até da Nação, e só essa já é uma função (em si mesmo, também, um poder) importante para que qualquer português se sinta no dever de ir colocar o voto na urna. Não quero ser representado por vários dos candidatos - e nisso estaremos todos de acordo - e por isso tenho a obrigação de ir votar.
A campanha, é verdade, teve muito ruído e pouco debate de ideias (e assim pouco esclarecimento) sobre poderes presidenciais. E não falta quem ache que o PR devia ter uma voz mais activa nas Forças Armadas, de que é comandante em chefe, e na nomeação de alguns cargos de relevo (autoridades reguladoras, provedor de Justiça, por exemplo). Nenhum dos candidatos defendeu essas alterações de forma a que a mensagem se tornasse um programa, pelo menos. Como nenhum candidato defendeu verdadeiramente uma revisão constitucional e esse é um dos problemas com que se pode deparar o futuro Presidente, porque esta é uma legislatura com poderes constitucionais. (Houve quem se definisse contra determinado tipo de revisão, mas não a favor de outra). Claro que o Presidente só pode assinar a revisão constitucional, mas ainda assim a sua palavra pode ser importante em qualquer momento. E ninguém se comprometeu, a não ser pela negativa. Foi pena. Mas se o processo tiver mais desenvolvimentos, seja qual for o Presidente há-de-dizer alguma coisa. Nem que seja sobre os poderes do próprio cargo. Um Presidente, seja ele qual for, nunca é neutro ou rigorosamente imparcial. Isso não existe.
Num regime semipresidencial com pendor parlamentar, como é o nosso (e há outros na Europa), o Presidente da República tem um poder moderador e é tão mais interventivo quanto mais o quadro parlamentar for fragmentado, como tem sido a tradição. E essa é a realidade actual e é outra das razões pelas quais é importante participar na escolha da que é comummente designada por primeira figura do Estado.
E o Presidente da República tem poderes importantes no nosso sistema político, como o da dissolução da Assembleia da República, a chamada "bomba atómica" o que faz do ocupante do cargo tudo menos uma figura só simbólica ou sem poder. Eu posso ser a favor de outros poderes e outra arquitectura institucional, mas não posso dizer que o PR é apenas a Rainha de Inglaterra ou que desempenha um cargo que é apenas um gasto de dinheiro para o Estado. E nem que fosse apenas um símbolo da República, um símbolo também é importante.
Publicado no i on line, em 22 de Janeiro de 2011
Ler em: http://www.ionline.pt/conteudo/99861-eu-gosto-votar-e-vou-votar-amanha
sábado, 22 de janeiro de 2011
Eleições Presidenciais
Terminou ontem a campanha das presidenciais
A campanha eleitoral para as eleições presidenciais de domingo termina esta sexta-feira, com quatro dos seis candidatos a encerrarem uma autêntica "Volta a Portugal" com comícios em Lisboa, Porto e Guimarães. Depois de um périplo de 13 etapas, Cavaco Silva cumpre o "sprint" final no Coliseu de Lisboa. Manuel Alegre vai ao pavilhão do Académico do Porto, Fernando Nobre escolheu o Centro de Congressos de Lisboa e Francisco Lopes a Universidade do Minho, em Guimarães. Bem mais contidos nas deslocações durante a campanha, Defensor Moura andará pela "sua" Viana do Castelo e José Manuel Coelho fica-se pela “sua” Madeira, com passagens por Funchal e Porto Santo.
Eventual segunda volta a 13 de Fevereiro
Para o sufrágio de domingo estão inscritos mais de nove milhões de eleitores. Uma eventual segunda volta será realizada a 13 de Fevereiro, 21 dias após o primeiro escrutínio, com a campanha eleitoral a decorrer entre 3 e 11 do mesmo mês. Segundo a Direcção-Geral da Administração Interna, foram gastos cerca de 9,5 milhões de euros com a campanha de sensibilização e toda a operação logística em torno das eleições, o mesmo valor que há cinco anos. Em 2006, Cavaco Silva ganhou as eleições presidenciais com 50,54%, seguido de Manuel Alegre (20,74%), Mário Soares (14,31%), Jerónimo de Sousa (8,64%), Francisco Louçã (5,32%) e Garcia Pereira (0,44%). A abstenção foi de 38,47%, segundo a Comissão Nacional de Eleições. A maior abstenção em eleições presidenciais pós-25 de Abril foi registada na reeleição de Jorge Sampaio, em 2001: 50,29%. O menor valor da abstenção verificou-se quando Ramalho Eanes foi eleito para um segundo mandato, em 1980: 15,61%.
Votar onde?
Para votar no próximo domingo, tem apenas de apresentar a sua identificação e dizer qual o número de eleitor. Se não sabe o número (com o cartão do cidadão deixou de existir o cartão de eleitor) - ou se não sabe sequer onde vai votar -, basta seguir um de quatro passos simples. Uma das opções é através da Internet, no endereço www.recenseamento.mai.gov.pt. Pode ainda enviar uma mensagem telefónica (SMS) para o número 3838 e escrever: RE [espaço] número do Bilhete de Identidade ou do Cartão do Cidadão [espaço] e data de nascimento (a começar pelo ano). Mais fácil ainda será ligar para o 808 206 206. Por último, pode deslocar-se à comissão recenseadora na junta de freguesia da sua área de residência.
Sabe onde vai votar no domingo? Há quatro maneiras de descobrir... Mas nunca se esqueça do Bilhete de Identidade!
A campanha eleitoral para as eleições presidenciais de domingo termina esta sexta-feira, com quatro dos seis candidatos a encerrarem uma autêntica "Volta a Portugal" com comícios em Lisboa, Porto e Guimarães. Depois de um périplo de 13 etapas, Cavaco Silva cumpre o "sprint" final no Coliseu de Lisboa. Manuel Alegre vai ao pavilhão do Académico do Porto, Fernando Nobre escolheu o Centro de Congressos de Lisboa e Francisco Lopes a Universidade do Minho, em Guimarães. Bem mais contidos nas deslocações durante a campanha, Defensor Moura andará pela "sua" Viana do Castelo e José Manuel Coelho fica-se pela “sua” Madeira, com passagens por Funchal e Porto Santo.
Eventual segunda volta a 13 de Fevereiro
Para o sufrágio de domingo estão inscritos mais de nove milhões de eleitores. Uma eventual segunda volta será realizada a 13 de Fevereiro, 21 dias após o primeiro escrutínio, com a campanha eleitoral a decorrer entre 3 e 11 do mesmo mês. Segundo a Direcção-Geral da Administração Interna, foram gastos cerca de 9,5 milhões de euros com a campanha de sensibilização e toda a operação logística em torno das eleições, o mesmo valor que há cinco anos. Em 2006, Cavaco Silva ganhou as eleições presidenciais com 50,54%, seguido de Manuel Alegre (20,74%), Mário Soares (14,31%), Jerónimo de Sousa (8,64%), Francisco Louçã (5,32%) e Garcia Pereira (0,44%). A abstenção foi de 38,47%, segundo a Comissão Nacional de Eleições. A maior abstenção em eleições presidenciais pós-25 de Abril foi registada na reeleição de Jorge Sampaio, em 2001: 50,29%. O menor valor da abstenção verificou-se quando Ramalho Eanes foi eleito para um segundo mandato, em 1980: 15,61%.
Votar onde?
Para votar no próximo domingo, tem apenas de apresentar a sua identificação e dizer qual o número de eleitor. Se não sabe o número (com o cartão do cidadão deixou de existir o cartão de eleitor) - ou se não sabe sequer onde vai votar -, basta seguir um de quatro passos simples. Uma das opções é através da Internet, no endereço www.recenseamento.mai.gov.pt. Pode ainda enviar uma mensagem telefónica (SMS) para o número 3838 e escrever: RE [espaço] número do Bilhete de Identidade ou do Cartão do Cidadão [espaço] e data de nascimento (a começar pelo ano). Mais fácil ainda será ligar para o 808 206 206. Por último, pode deslocar-se à comissão recenseadora na junta de freguesia da sua área de residência.
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
Eleições Presidenciais / Sondagem
Descida nas intenções de voto não põe em causa reeleição de Cavaco à primeira
Quase a terminar a campanha, o número de indecisos também desce mas ligeiramente situando-se agora nos 14,3%. Na comparação entre os candidatos presidenciais, Cavaco Silva é visto como o mais credível, indica um estudo da Eurosondagem para a Renascença, SIC e “Expresso”.
Cavaco Silva pode ser eleito na primeira volta apesar de uma descida nas intenções de voto. Manuel Alegre também desce e não ultrapassa os 25%. Fernando Nobre sobe e alcança os dois dígitos. Defensor Moura e José Manuel Coelho também reforçam ligeiramente as intenções de voto. São as conclusões do estudo da Eurosondagem para a Renascença, Expresso e SIC quando falta apenas um dia para o final da campanha eleitoral. A descida de Cavaco Silva nas intenções de voto não põe em perigo a sua reeleição à primeira volta. O actual presidente desce 3,7% para os 56,3, uma percentagem ao nível da que obteve Jorge Sampaio no seu segundo mandato, mesmo assim aumenta a sua distância para o seu principal rival.
Manuel Alegre desce 5% para os 25% e não chega sequer à soma aritmética dos votos que obteve em 2006 mais os de Francisco Louçã. A crescer está a candidatura de Fernando Nobre. O candidato independente soma mais 5,3% em relação à última sondagem realizada há cerca de um mês, chegando aos dois dígitos, 10,1%. O quarto candidato mais votado é Francisco Lopes com 5,2%, uma percentagem bastante distante dos 8,59% obtidos por Jerónimo de Sousa há cinco anos. Na cauda do pelotão aparecem Defensor Moura e José Manuel Coelho. O deputado socialista cresce 1,3% e chega aos 2%. O candidato madeirense alcança 1,4%.
Cavaco Silva tem os seus melhores resultados no norte, área metropolitana do Porto e centro e fica aquém dos 50% na área metropolitana de Lisboa e no sul, precisamente as regiões onde Manuel Alegre tem os seus melhores resultados, acima da média nacional. Quase a terminar a campanha, o número de indecisos também desce mas ligeiramente situando-se agora nos 14,3%.
Cavaco é o candidato mais "competente" e "honesto"
O actual Presidente da República é, para os inquiridos, o candidato mais competente, mais conhecedor, mais honesto, mais determinado e com mais sentido de Estado. Apenas no que respeita à honestidade e determinação Manuel Alegre se aproxima do nível de Cavaco Silva, que ganha em toda a linha, incluindo na capacidade de influenciar o Governo do PS, partido que apoia Manuel Alegre.
Quanto aos outros candidatos, no que respeita a competência, Fernando Nobre tem mais opiniões negativas que o candidato do PCP, Francisco Lopes, o mesmo acontecendo quanto ao nível de conhecimento dos problemas do país. Defensor Moura, por exemplo, tem mais opiniões negativas quanto à honestidade do que o candidato madeirense José Manuel Coelho. Associado ao cargo de presidente está geralmente o sentido de Estado. Cavaco Silva atinge 59,4% de opiniões positivas, seguido de Manuel Alegre (36,1%), Fernando Nobre (29,7% ), Francisco Lopes (24,7%), Defensor Moura (24,6%) e finalmente José Manuel Coelho, com 10,9%.
Ficha Técnica:
Estudo de opinião feito pela Eurosondagem para a Renascença, SIC e Expresso, entre 13 e 18 de Janeiro, tendo como universo a população com mais de 18 anos, residente em Portugal Continental.
Foram efectuadas entrevistas directas e pessoais em 20 freguesias do país escolhidas de modo a que, no seu conjunto, o resultado verificado nas últimas eleições para a Presidência da República se aproxima do resultado eleitoral.
Aos entrevistados foi solicitado que assinalassem no boletim de voto a sua intenção de voto e o colocassem em urna fechada.
Foram validadas 2.630 respostas a que corresponde uma taxa de resposta de 78,4% assim distribuídas geograficamente: 21% na região norte; 15% na área metropolitana do Porto; 29% na região centro e 25% na área metropolitana de Lisboa e 10% na região sul.
A intenção de voto resulta de um exercício meramente matemático em que se considera como abstencionistas os 14,3 % que "não sabe" ou não responde. O erro máximo da amostra é de 2,16% para um grau de probabilidade de 95%.
Cavaco Silva apela a “grande votação” envolvido por "mar de gente" no coração do Porto
Candidato presidencial disse no Porto que "é da maior importância que exista uma grande votação no próximo domingo”. Nas eleições de domingo é preciso uma grande votação e presença maciça, apelou Cavaco Silva, num comício realizado esta noite, no Coliseu do Porto. “Apelo a que, até ao próximo domingo, procurem esclarecer quem ainda não está esclarecido quanto à importância do voto no próximo domingo. É da maior importância que exista uma grande votação no próximo domingo”, declarou o candidato presidencial apoiado por PSD e Bloco de Esquerda. Numa altura em que a campanha eleitoral se aproxima do seu final, depois de duas semanas de arruadas e comícios e de muitos quilómetros percorridos, Cavaco Silva falou da importância do voto para o futuro do país. “É mais fácil enfrentar-mos os problemas que temos à nossa frente se o povo português, de forma maciça, vier para a rua dizer o que quer para o futuro da nossa terra”, sublinhou.
Cavaco Silva realizou ontem a tradicional acção de campanha na Rua de Santa Catarina, no Porto. Santa Catarina é o verdadeiro barómetro de qualquer campanha eleitoral. Cavaco Silva, a mulher e o presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, foram envolvidos por um mar de gente, uma dor de cabeça para os dez elementos do corpo de segurança, hoje reforçado por agentes da PSP. Houve muitos encontrões, algumas quedas aparatosas e uma senhora foi mesmo amparada pelo candidato presidencial. Cavaco Silva distribuiu beijos e abraços, mas também ouviu os protestos de uma jovem, que quis entregar um nariz de palhaço ao candidato, enquanto gritava “fascista, fascista”. A jovem foi afastada da arruada e recebeu algumas “bandeiradas” por parte dos apoiantes do actual Presidente. Apesar de tudo, Rui Rio até que a arruada correu bem e considera que as eleições vão ficar resolvidas à primeira volta.
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