Liberdade e o Direito de Expressão

Neste blog praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão, próprios de Sociedades Avançadas !

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

RTP - ANTENA ABERTA

O momento e o futuro da classe média em Portugal.Quais são os riscos da sua extinção?

RTP - ANTENA ABERTA

Portugal a reboque da Grécia

Miguel Sousa Tavares analisa alegada “guerra” entre Belém e São Bento
                                                                                                           

São rumores, rumores...

Passos Coelho nega qualquer problema com PR e rejeita perder "um minuto sequer" com assunto
                                                                                 
O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho negou hoje em Bruxelas qualquer contencioso entre o seu Governo e o Presidente da República e garantiu que não perde nem "um minuto sequer" a discutir notícias sem fundamento. O primeiro-ministro considerou também que "existem melhores maneiras" de a União Europeia garantir que o apoio que presta à Grécia será bem concretizado do que através da diminuição da soberania de Atenas.
                                               
Questionado no final de um Conselho Europeu sobre alegadas divergências entre São Bento e Belém, designadamente em torno da condução da política orçamental por parte do Governo, Passos Coelho garantiu que "não existe em Portugal nenhum contencioso nem nenhuma disputa entre órgãos de soberania". "Não vou perder um minuto sequer a discutir notícias de jornais que têm dado conta de que existem supostas vozes anónimas dizendo que o Presidente da República pode pensar isto ou pensar aquilo. Não perco um momento a fazer análise sobre essas matérias", declarou. O chefe de Governo asseverou ainda que a relação entre São Bento e o Palácio de Belém "é institucionalmente inatacável e tem sido substancialmente positiva", como tem enfatizado repetidamente.
O chefe da Casa Civil da Presidência da República rejeitou também hoje o envolvimento de Cavaco Silva em "interpretações especulativas" sobre o relacionamento entre órgãos de soberania, esclarecendo que não têm fundamento notícias de desentendimentos com o Governo. "Na sequência de notícias veiculadas nos últimos dias em órgãos de comunicação e que tentam envolver o Presidente da República na origem de meras interpretações especulativas sobre o relacionamento entre órgãos de soberania, esclarece-se que essas notícias não têm fundamento", referiu Nunes Liberato, numa declaração escrita enviada à Agência Lusa.
No sábado, o semanário Expresso noticiou a existência de uma "divisão profunda" entre o Presidente da República e o Governo, com o chefe de Estado a discordar de alguns cortes na despesa e a temer "sangrias" na função pública e na Saúde. No domingo, o Público referia que "é absoluta a discordância de algumas das mais proeminentes personalidades do cavaquismo e do próprio Presidente da República sobre a condução da política orçamental e as prioridades para a organização das finanças públicas, que têm sido adotadas pelo Governo".
                                                   
Passos Coelho opõe-se em Bruxelas a diminuição de soberania da Grécia
                                                                             
Falando no final de um Conselho Europeu no qual, disse, a situação grega foi discutida apenas no final, o primeiro-ministro considerou que a proposta, avançada pela Alemanha, de colocar a Grécia sob uma vigilância orçamental comunitária não é o melhor caminho, nem para a UE, nem para a Grécia. "Creio que existem melhores maneiras de a UE garantir que o apoio que presta à Grécia será bem concretizado e de a própria Grécia ganhar mais confiança na execução do seu próprio programa", afirmou o primeiro-ministro português. Passos Coelho escusou-se a adiantar de que outra forma podem ser dadas essas garantias, insistindo apenas que "há com certeza melhores maneiras de garantir", dos dois lados, que os resultados sejam alcançados. Apontando que "a situação portuguesa não foi discutida", o primeiro-ministro revelou que só no final do Conselho Europeu houve oportunidade de se ouvir um ponto da situação do que se está a passar com o novo programa da Grécia e a renegociação (de Atenas) com credores privados que antecederá esse segundo programa. "Existe em toda a UE um desejo claro de que esse processo se possa encerrar o mais depressa possível. A situação grega continua a ser, ao fim de todo este tempo, o principal fator de instabilidade", disse.
                                                                                         
                                                                                             
                                                                                                                 

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Opinião do Leitor

As grandes famílias que governam o mundo...‏
                                                                                                                    
Algumas pessoas já começaram a perceber que são os grandes grupos financeiros que dominam o mundo. Esqueçam as intrigas políticas, os conflitos, as revoluções e as guerras. Não é puro acaso. Tudo está planeado de longa data.
Alguns chamam-lhe "teorias da conspiração" ou Nova Ordem Mundial. Seja como for, a chave para compreender os acontecimentos políticos e económicos actuais, está num restrito núcleo de famílias que têm vindo a acumular cada vez mais riqueza e poder.
Fala-se em 6, 8 ou talvez 12 as famílias que dominam verdadeiramente o mundo. Saber quais são é um mistério difícil de desvendar.
Não estaremos muito longe da verdade ao citar os Goldman Sachs, Rockefellers, Lehmans e Kuh Loebs de Nova Iorque, os Rothschild de Paris e Londres, os Warburg de Hamburgo, os Lazards de Paris e os Israel Moses Seifs de Roma.
Muita gente já ouviu falar no Clube de Bilderberg, da Trilateral ou dos Illuminatis. Mas, quais são nomes das famílias que dirigem o mundo acima dos Estados e controlam os organismos internacionais como a ONU, a NATO ou o FMI?
Para tentar responder a essa pergunta, podemos começar pelo mais fácil: recensear os maiores bancos mundiais e verificar quem são os accionistas, os que decidem.
As maiores empresas mundiais são actualmente: Bank of America, JP Morgan, Citigroup, Wells Fargo, Goldman Sachs e Morgan Stanley.
                                                
Vejamos agora quem são os seus accionistas.
                                                                       
Bank of America:
State Street Corporation, Vanguard Group, BlackRock, FMR (Fidelity), Paulson, JP Morgan, T. Rowe, Capital World Investor, AXA e Bank of NY Mellon.
                                                
JP Morgan:
State Street Corp., Vanguard Group, FMR, BlackRock, T. Rowe, AXA, Capital World Investor, Capital Research Global Investor, Northern Trust Corp. e Bank of Mellon.
                                                                    
Citigroup:
State Street Corporation, Vanguard Group, BlackRock, Paulson, FMR, Capital World Investor, JP Morgan, Northern Trust Corporation, Fairhome Capital Mgmt e Bank of NY Mellon.
                                                                                              
Well Fargo:
Berkshire Hathaway, FMR, State Street, Vanguard Group, Capital World Investors, BlackRock, Wellington Mgmt, AXA, T. Rowe e Davis Selected Advisers.
                                                                                       
Podemos desde já constatar que aparece um núcleo presente em todas as entidades bancárias: State Street Corporation, Vanguard Group, BlackRock e FMR (Fidelity).
Para não as repetir vamos chama-los, daqui para frente os "quatro grandes"
                                                                 
Goldman Sachs:
"os quatro grandes", Wellington, Capital World Investors, AXA, Massachusetts Financial Service e T. Rowe.
                                                                                           
Morgan Stanley:
"os quatro grandes", Mitsubishi UFJ, Franklin Resources, AXA, T. Rowe, Bank of NY Mellon e Jennison Associates.
                                                                                        
Como acabamos de verificar são praticamente sempre os nomes dos accionistas principais. Para ir mais longe, podemos agora tentar saber quais são os accionistas destas empresas accionistas desses maiores bancos mundiais.
                                                                        
Bank of NY Mellon:
Davis Selected, Massachusetts Financial Services, Capital Research Global Investor, Dodge, Cox, Southeatern Asset Mgmt e ... "os quatro grandes".
                                                                                           
State Street Corporation (um dos "quatro grandes"):
Massachusetts Financial services, Capital Research Global Investor, Barrow Hanley, GE, Putnam Investment e ... "os quatro grandes" (accionistas deles próprios!).
                                                                                              
BlackRock (outro dos "quatro grandes"):
PNC, Barclays e CIC.
                                                       
Quem é que está por trás de PNC? FMR (fidelity), BlackRock, State Street, etc
E por trás de Barclays? BlackRock
                                                                                                    
E podíamos continuar durante horas, passando pelos paraísos fiscais nas Ilhas Caimão, domiciliações jurídicas no Mónaco ou sociedades fictícias no Liechtenstein. Uma rede onde aparecem sempre as mesmas sociedades, mas nunca um nome de uma família.
Resumindo: as 8 maiores empresas financeiras dos Estados Unidos (JP Morgan, Wells Fargo, Bank of America, Citigroup, Goldman Sachs, US Bancorp, Bank of New York Mellon e Morgan Stanley) são controladas a 100% por dez accionistas e temos quatros empresas sempre presentes em todas as decisões: BlackRock, State Street, Vanguard e Fidelity.
Além disso, a Reserva Federal é formada por 12 instituições bancárias, representadas por um conselho de administração de 7 pessoas, do qual fazem parte os representantes dos "quatro grandes", que por sua vez estão presentes em todas as outras entidades.
Resumindo: a Reserva Federal está controlada por quatro grandes empresas privadas: BlackRock, State Street, Vanguard e Fidelity. Estas empresas controlam assim a políticas monetária americana (e mundial) sem qualquer controlo ou eleição "democrática". Estas empresas desencadearam e participaram na crise económica mundial actual e graça a ela enriqueceram ainda mais.
                                                                                                          
Para acabar, uma vista de olhos para algumas das empresas controladas por este grupo dos "quatro grandes":
                                                
Alcoa Inc.,
Altria Group Inc.,
American International Group Inc.,
AT&T Inc.,
Boeing Co.,
Caterpillar Inc.,
Coca-Cola Co.,
EI DuPont de Nemours & Co.,
Exxon Mobil Corp.,
General Electric Co.,
General Motors Corporation,
Hewlett-Packard Co.,
Home Depot Inc.,
Honeywell International Inc.,
Intel Corp.,
International Business Machines Corp.,
Johnson & Johnson,
JP Morgan Chase & Co.,
McDonald's Corp.,
Merck & Co. Inc.,
Microsoft Corp.,
3M Co.,
Pfizer Inc.,
Procter & Gamble Co.,
United Technologies Corp.,
Verizon Communications Inc.,
Wal-Mart Stores Inc.
Time Warner,
Walt Disney,
Viacom,
Rupert Murdoch's News Corp.,
CBS Corporation,
NBC Universal,
... / ...
                                                                                                                               
O mesmo se passa na Europa. Os "quatro grandes" controlam a grande maioria das empresas europeias contadas em bolsa.
Além disso, todos os homens que dirigem os grandes organismos financeiros, seja o FMI, o Banco Central Europeu ou o Banco Mundial, foram "formados" e permanecem os "empregados" dos "quatro grandes" que os formaram.
Quando aos nomes das famílias que controlam os "quatro grandes", esses nomes nunca aparecem...
                                                                                      
                                                                                  
                                                                   

domingo, 29 de janeiro de 2012

Crónica de Domingo

Um castigo nunca vem só
                                                                                                                                                        
Nem tudo são desastres no soporífero consulado de Seguro. Uma das poucas vantagens de ter um líder apagado é que notamos melhor quem está à sua volta, pessoas que normalmente viveriam na sombra de um líder carismático sem se notabilizarem para o exterior, mas que têm nestes periodos a sua oportunidade de exibirem algum brilho.
                                                             
Tratou-se apenas da mais importante prova da estratégia de continuada mentira que o PSD e o CDS seguiram na preparação para o derrube do anterior Governo, na campanha eleitoral e mesmo depois de terem conquistado o poder. Vinda da UTAO, um grupo de técnicos independentes, a informação confirma que a execução orçamental de 2011 ia no caminho certo da redução das despesas quando foi interrompida por uma crise política que foi catastrófica para as receitas. Eis a evidência: caso o actual Presidente da República – que se pavoneia como mestre de Economia e Finanças, e que, portanto, sabia melhor do que ninguém quais seriam as consequências de ir para eleições naquele tempo e naquelas circunstâncias – tivesse algum tipo de respeito por Portugal e pelos portugueses, jamais teria patrocinado o derrube do Governo no pior momento para os nossos interesses, antes teria feito das tripas coração de forma a promover uma solução que permitisse atravessar a tempestade europeia nas melhores condições possíveis. Cavaco teria realmente cumprido com a sua palavra, tantas vezes repetida, em vez de a violar literalmente na primeira oportunidade.
E eis outra evidência: caso os actuais políticos que lideram o PSD e o CDS tivessem algum tipo de respeito a Portugal e aos portugueses, pediriam desculpa pelos colossais prejuízos causados pela sua colossal cobiça. Finalmente, eis a última evidência: fazer política neste país, para o bem ou para o mal, passa por compreender o humilhante fenómeno de apenas se encontrarem 1 ou 2 comentários numa notícia deste género no site de um jornal qualquer, e 500 ou 1000 numa outra qualquer que permita a orgia populista dos assassinatos de carácter apontados a políticos seleccionados.
Tivesse um Governo de Sócrates, ou tão-só do PS fosse quem fosse o primeiro-ministro, intentado acabar com os feriados de 5 de Outubro e de 1 de Dezembro, assistiríamos fatalmente a uma explosão de violência emocional desvairada que de imediato inundaria a comunicação social com túnicas rasgadas, juras de vingança, martírios públicos em nome da Pátria. À esquerda, esse Governo seria visto como o braço armado do imperialismo mundial a esmagar a memória proletária e antifascista inscrita no 5 de Outubro. À direita, esse Governo seria visto como o punho de ferro dos internacionalistas maçónicos, comunistas e ateus, apagando a mais valiosa memória da independência nacional. Grupos de manifestantes profissionais comunas ocupariam a Praça do Município para lá dormirem, tomarem banho e aprovarem estatutos revolucionários, enquanto a extrema-direita ficaria no sobe e desce da Avenida da Liberdade impedindo a circulação automóvel e perseguindo os estrangeiros, de preferência os mais torrados. Os nacionalistas de pacotilha que andaram nos últimos anos a dizer mal de tudo o que dissesse bem de Portugal, exactamente iguais no fel - tantos os de direita como de esquerda, estão agora com o rabo enfiado entre as bambas pernas como inveterados hipócritas que são.
Têm redobrada razão todos que pedem explicações aos seus concidadãos para o absurdo da manutenção em estatuto de igualdade dos feriados do Estado com os da Igreja dentro desse mesmo Estado. Que o Estado conceda privilégios à Igreja por via de acordo que um qualquer momento histórico justifique, será bondoso na sua abstracção. Que em 2012 se invoque esse acordo para moldar uma decisão política que apenas compete ao Estado e aos representantes eleitos, é sofisma. Com que causas, para que efeitos, cada um que tire as suas conclusões. O que não podemos é fingir que na asinina abolição dos feriados não está também em causa uma questão de regime.
A direita partidária tem sempre uma acusação pronta contra os socialistas onde estes aparecem como déspotas de um Estado tentacular e opressor dos exaltados indivíduos e suas privacidades. Contudo, têm vindo dessa mesma direita as experiências mais radicais de engenharia social, como aconteceu com o genial plano de um Governo de Cavaco para levar o povo a ficar a bronzear-se na praia até às 11 da noite e mandar os filhos para a escola nas horas mais frias e escuras da madrugada. Tudo ao serviço do horário de trabalho da alta finança, o ecossistema destes senhores. Ou como acontece agora com a fúria para o desmantelamento e redução dos serviços sociais do Estado, pretendendo substituir a obrigação pública enquanto direito pelo assistencialismo privado como esmola. Neste caso dos feriados, a retórica é toda ela moralista, fazendo parte da vilania de se considerar Portugal como um país de preguiçosos e esbanjadores a precisar de castigo, a precisar de trabalhar mais e de ganhar menos. A precisar de aprender a comportar-se. E quem melhor do que a gente séria para nos dar essas lições?
Nem tudo são desastres no soporífero consulado de Seguro. Uma das poucas vantagens de ter um líder apagado é que notamos melhor quem está à sua volta, pessoas que normalmente viveriam na sombra de um líder carismático sem se notabilizarem para o exterior, mas que têm nestes periodos a sua oportunidade de exibirem algum brilho. É o caso de Carlos Zorrinho. A sua escolha para líder parlamentar, para quem como eu não está dentro das lógicas internas do PS, é algo misteriosa. Não lhe noto nenhuns dotes oratórios especiais, não aparenta a combatividade necessária para o lugar, as suas críticas ao governo, presidente e adversários políticos são, devido à praga do politicamente correcto e “sereno”, de uma inconsequência atroz, e a gestão do grupo parlamentar do PS fica, enfim, um pouco abaixo do nível de José Mourinho. Ou de Paulo Bento. Ou de Carlos Queiroz. E depois há ainda quem diga isto: "Finalmente temos um acordo. Um mau acordo. Um acordo que garante um empobrecimento consentido do País mas um acordo necessário. Viva portanto o acordo". - Perceberam? Eu também não. Talvez perceba quando parar de rir.
Convido-vos no entanto a descobrir outra faceta. Esqueçam as entrevistas aos media, as colunas de opinião no Correio da Manhã (a sério, não havia outro?), ignorem tudo isso e dêem um salto ao twitter, onde o nosso homem na liderança da bancada é um comentador entusiasta de futebol, onde apresenta e defende as iniciativas do PS, divulga notícias, comenta programas e politica, e se envolve em frequentes polémicas com os restantes frequentadores do mais famoso espaço de insta-bitaites. E, mais importante, onde apanha forte e feio sem nunca se escusar a responder. Há políticos, muitos, para quem as redes sociais são apenas outro meio de divulgar sound-bites e propaganda. Não é, definitivamente, o caso de @czorrinho. Nota-se ali um genuíno gosto em interagir com os restantes cidadãos e procurar as suas opiniões, em utilizar a sua recém-adquirida notoriedade não para ego pessoal mas para defender as suas ideias e procurar, através desta interacção, aperfeiçoá-las. Mesmo que, como no caso do vendaval à volta do projecto-lei 118 (#pl118 no twitter) ou da PMA, esteja a defender o indefensável. Mas defende-o o melhor que sabe, directamente aos cidadãos que o questionam, criticam, algumas vezes hostilizam. E independentemente da opinião que se tenha da performance politica de Carlos Zorrinho, isto revela, para mim pelo menos, que tem aquilo que é essencial, que constitui a base: um intenso respeito pelos seus eleitores e pelo lugar privilegiado que estes lhe confiaram, e uma vontade genuína de o demonstrar na prática. Há muitos aspectos onde o cidadão preocupado pode e deve exigir mais, muito mais, de Carlos Zorrinho. Neste, no entanto, está perfeito.
Carlos Ferreira
                                                                                                
                                                                                                                         
                                                                                                                                           

sábado, 28 de janeiro de 2012

Só falta chamar o "Silva Pais"......

NOVA SUPER POLÍCIA COM PERMISSÃO PARA BUSCAS, APREENSÕES E INQUIRAÇÃO
                                                                                                                                                 
Foi a ASAE de Sócrates e agora a ADC de Passos; da mesma forma nasceu a PIDE de Salazar... Para Soares as conquistas do 25 de Abril não podem ser apagadas por um Governo e pela Troika... Salários a diminuirem, desemprego exponencial, luz e água mais caras, IMI's elevados, penhoras mais rápidas... Será que Passos continua a dar passos para abolir a República e implementar... uma nova ditadura contra o povo?
                                                     
A Autoridade da Concorrência (AdC) vai ganhar poderes de polícia criminal com as alterações à Lei da Concorrência ontem aprovadas em Conselho de Ministros. Equiparar a AdC a uma polícia criminal, dando-lhe poderes de busca, apreensão e inquirição quando iniciar um processo de inquérito ou desencadear os seus poderes sancionatórios, é uma das grandes alterações que agora avançam, apurou o i. Com a nova Lei, a AdC passa a poder também impor um prazo não inferior a 10 dias úteis para que, durante o inquérito, o visado pelo mesmo possa sentar-se com a Autoridade para apresentar uma proposta de transacção – que possa reduzir eventuais sanções. A Autoridade da Concorrência poderá depois aceitar ou não a proposta quando decidir a condenação. Actualmente as atribuições da AdC, e ao nível dos poderes sancionatórios, limitam-se à identificação e investigação de “práticas susceptíveis de infringir a legislação de concorrência nacional e comunitária” e à “adopção de medidas cautelares, quando necessário”, segundo a explicação da própria Autoridade da Concorrência no seu site. Investigar apoios públicos Entre as novas atribuições e poderes da AdC irá contar-se também a realização de análises a quaisquer auxílios públicos decididos pelo Estado ou qualquer outra entidade pública, soube o i.
Estes apoios podem distorcer ou afectar a concorrência num determinado sector, devendo este risco ser acompanhado pelo regulador da concorrência. Ainda esta semana, por exemplo, os cortes salariais impostos pelo governo à TAP foram apontados como potenciais favorecimentos concorrenciais: as poupanças ficam na companhia que, no limite, pode assim oferecer preços mais baixos em relação às outras companhias. Para Álvaro Santos Pereira, ministro da Economia, a aprovação da nova Lei da Concorrência é “um marco das reformas estruturais que é preciso efectuar no país”. O ministro sublinhou que com este novo quadro legal “reforça-se os poderes e deveres da AdC” e que se garante a introdução de “uma politica de concorrência na economia portuguesa”. Os objectivos do novo diploma, explicou, passam por “dinamizar o modelo económico” e fomentar uma “economia mais concorrencial”. Agora, assegura, “haverá mais transparência, maior harmonização das normas nacionais com as comunitárias”. No diploma estão ainda “alguns dos princípios do Memorando da troika”. O ministro da Economia defendeu também que com a nova lei, Portugal fica com “instrumentos legais e jurídicos para uma economia mais concorrencial, mais dinâmica, em que os sectores que estão mais protegidos possam ser abertos a maior concorrência”. Segundo Santos Pereira, o governo recebeu “mais de 1 200 páginas de contributos” na consulta pública” desta nova legislação.
                                                                                   
SOARES CONTRA SERMOS CRIADOS DA TROIKA E CONTRA A ABOLIÇÃO DOS FERIADOS DA IMPLANTAÇÃO DA REPÚBLICA E DA RESTAURAÇÃO
                                                                                                                      
Para Soares as conquistas do 25 de Abril não podem ser apagadas por um Governo e pela Troika... O antigo presidente da República Mário Soares disse, em Coimbra, que Portugal não pode «aceitar cegamente» o que diz a troika e obedecer como se «fossemos uns criados». Mário Soares, que falou sobre «A crise da Europa e Portugal», numa conferência promovida pela Fundação Inês de Castro, criticou as medidas de «destruição» do Serviço Nacional de Saúde, a falta de financiamento das universidades e a forma como o Governo trata os sindicatos e os militares. «Quando os militares todos, fardados ou não fardados, começam a manifestar-se nas ruas é preciso abrir os olhos. Quando eles se manifestarem a sério será que é a troika que nos vem defender», questionou perante uma sala repleta. Quanto à abolição dos feriados referiu ainda: “como socialista, laico e republicano dos sete costados, custa-me um bocado a engolir”, sublinhou Mário Soares, à entrada para uma conferência sobre “A crise europeia e Portugal”, promovida pela Fundação Inês de Castro. Apesar de admitir que pode haver muitos feriados e pontes, o fundador do Partido Socialista acha que “não é por aí [extinção dos feriados] que se vai resolver os problemas do País”. O Governo vai propor aos parceiros sociais a eliminação do 05 de Outubro e do 1.º de Dezembro, da lista de feriados obrigatórios, anunciou hoje o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira. Em conferência de imprensa, no final do Conselho de Ministros, Álvaro Santos Pereira adiantou que o Governo vai propor aos parceiros sociais a eliminação de igual número de feriados religiosos. No 5 de Outubro celebra-se a Implantação da República e no 1.º de Dezembro a Restauração da Independência.
                                                                                                                                                
ANTÓNIO COSTA CONSIDERA INFELIZ MEDIDA DE EXTINÇÃO DO 5 DE OUTUBRO
                                                                                                                                     
Será que Passos continua a dar passos para abolir a República e implementar... uma nova ditadura contra o povo? O presidente da Câmara Municipal de Lisboa afirmou que a bandeira nacional não deixará de ser hasteada. "Foi uma decisão infeliz", considerou António Costa referindo-se à extinção do feriado de 5 de Outubro. "A bandeira nacional não deixará de ser hasteada no local onde foi proclamada a República e espero que, mesmo sendo dia de trabalho, o Presidente da República tenha a disponibilidade de sempre para assinalar a data", disse o autarca da capital. Sobre os oito mil milhões de dívidas das autarquias, António Costa disse tratar-se de um problema "sem dimensão" tendo em conta a escala do problema nacional.
                                                                                                                        
NOVA LEI FAZ SUBIR RENDAS EM MAIS DE 1.000 EUROS
                                                                                                                                       
Com salários a diminuírem, desemprego exponencial, luz e água mais caras, IMI's elevados, penhoras mais rápidas... onde vamos parar? Inquilinos avisam que há zonas de Lisboa com aumentos brutais. Senhorios negam. No resto do País, aumentos são menores. As rendas de zonas nobres de Lisboa podem vir a ter aumentos a rondar os mil euros. O alerta é da Associação de Inquilinos Lisbonenses, que aponta a nova lei do arrendamento como geradora de aumentos brutais. Em causa está a possibilidade de o senhorio poder optar por pedir 1/15 do valor patrimonial do prédio, caso não consiga chegar a acordo com o inquilino quanto ao novo preço a pagar. É um problema de toda a cidade, mas com maior incidência em zonas de habitação mais recente, como nas Avenidas Novas ou no Campo Grande. No resto do País, o problema não será tão grave. A Associação de Inquilinos do Norte de Portugal não prevê aumentos superiores a 10% do valor atual. Já a Associação Lisbonense de Proprietários contrapõe, considerando que os preços vão subir, mas não atingirão tais valores, e adianta ser natural que os inquilinos paguem mais, já que os senhorios também vão ter de suportar um IMI superior.
                                                                                                                                        
                                                                                                                                            
                                                                                                                                           

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

INÉDITO NA DEMOCRACIA PORTUGUESA

PETIÇÃO PARA DEMITIR CAVACO SILVA JÁ TEM MAIS DE 30.000 ASSINATURAS
                                                                                                                                       
Esta é para o presidente demissionário que deixou Sócrates e Passos Coelho espezinharem a Constituição em prol do federalismo europeu... A PSP recolheu moedas e géneros alimentares que cerca de 300 manifestantes pretendiam entregar no Palácio de Belém... Até já o FMI considera demasiado as medidas de austeridade!
                                                            
Quase 30 mil pessoas já assinaram a petição 'online' que pede a demissão do Presidente da República. Depois de ter sido lançada no sábado por Nuno Luís Marreiros, às 10h15 de hoje já tinham subscrito a petição 'online' "Pedido de demissão do Presidente da República" 28.493 pessoas. No texto da petição, são recordadas as declarações do chefe de Estado na sexta-feira, quando Cavaco Silva afirmou que aquilo que vai receber como reforma "quase de certeza que não vai chegar para pagar" as suas despesas. "Estas declarações estão a inundar de estupefação e incredulidade uma população que viu o mesmo Presidente promulgar um Orçamento de Estado que elimina o 13.º e 14.º meses para os reformados com rendimento mensal de 600 euros", lê-se no texto da petição. Perante "tão grande falta de senso e de respeito para com a População Portuguesa", é ainda referido na petição, o Presidente da República "não reúne mais condições nem pode perante tais declarações continuar a representar a população Portuguesa". "Peso isto bem como o medíocre desempenho do senhor Presidente da República face à sua diminuta intervenção nos assuntos fundamentais e fraturantes da sociedade portuguesa, os cidadãos abaixo assinados vêm por este modo transmitir que não se sentem representados, nem para tal reconhecem autoridade ao senhor Aníbal António Cavaco Silva e pedem a sua imediata demissão do cargo de Presidente da República Portuguesa", é ainda referido.
                                                                                                                        
FLASH MOB "TRAZ UMA MOEDA PRÓ CAVACO" IMPEDIDA DE ENTREGAR FUNDOS E BENS ALIMENTARES RECOLHIDOS PARA AJUDAR O PRESIDENTE
                                                                                                                                   
"Presidente-palhaço", "presidente-fantoche" foram alguns dos apelidos que o pobre presidente recebeu... A PSP recolheu as moedas e os géneros alimentares que cerca de 300 manifestantes pretendiam entregar no Palácio de Belém no protesto simbólico contra as declarações do Presidente da República a propósito das suas reformas. A manifestação tipo ‘flash mob’, convocada através da rede social Facebook começou cerca das 17h30 e terminou 60 minutos depois, após terem sido angariados pacotes de leite, cereais, arroz, pão e algumas moedas. A entrega de bens na Presidência não foi permitida pela PSP até porque a segurança fora reforçada, devido à presença do presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy. A manifestação foi convocada na segunda-feira como uma flash mob e embora a adesão não tenha transmitido os níveis de contestação que têm alastrado ao país, depois de Cavaco Silva ter dito, na sexta-feira, que as pensões de reforma que recebe da Caixa Geral de Aposentações (1300 euros) e do Banco de Portugal, até cerca de 8 mil euros, num total de 10 mil euros, não daria provavelmente para pagar as despesas.
"Neste momento já sei quanto é que irei receber da Caixa Geral de Aposentações. Descontei quase 40 anos uma parte do meu salários para a CGA como professor universitário e também descontei durante alguns 30 anos como investigador da Fundação Calouste Gulbenkian e devo receber 1300 por mês, não sei se ouviu bem 1300 euros por mês”, disse Cavaco, de visita ao Porto, na sexta-feira. “Tudo somado, o que irei receber do Fundo de Pensões do Banco de Portugal e da Caixa Geral de Aposentações quase de certeza que não vai chegar para pagar as minhas despesas porque como sabe eu também não recebo vencimento como Presidente da República”. Após estas declarações, o Presidente da República foi vaiado, em Guimarães, no sábado, durante a abertura da Capital Europeia da Cultura 2012, ouviu críticas de líderes políticos como Jerónimo de Sousa (PCP) e Francisco Louçã (BE), do lider parlamentar socialista Carlos Zorrinho, mas também de comentadores como Marcelo Rebelo de Sousa (PSD). Quanto à petição online em que se pede a demissão do Presidente, em três dias já congregou mais de 22 mil assinaturas, até às 19h00 de hoje. O vídeo em: http://www.youtube.com/watch?v=paL0FjSopQ8.
                                                                                                 
FMI AVISA GOVERNOS EUROPEUS: "ACABEM COM A AUSTERIDADE"
                                                                                                                                     
Até já o FMI considera demasiado as medidas de austeridade tomadas pelos Governos da NWO europeus... O Fundo Monetário Internacional (FMI) avisou ontem os governos europeus de que não devem perseguir o cumprimento das rigorosas metas orçamentais caso se confirme o agravamento da situação económica. O aviso do FMI – pertinente para Portugal, que planeia este ano um ajustamento orçamental sem precedentes na Europa – sucede à publicação na semana passada de previsões que sugerem um agravamento significativo da economia da zona euro. “Os governos devem evitar responder a qualquer descida inesperada no crescimento com mais aperto nas políticas [orçamentais]”, aponta o FMI na actualização do “Fiscal Monitor”, o documento que acompanha a evolução orçamental em várias regiões do mundo. O Fundo recomenda que países que tenham margem e acesso a financiamento nos mercados deixem operar os chamados “estabilizadores automáticos”, ou seja, rubricas orçamentais (subsídio de desemprego e impostos progressivos, como o IRS) que se ajustam automaticamente à conjuntura, suavizando o seu impacto na economia (com contrapartida nas contas). Em contraste com a posição mais rígida da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu e do governo alemão – para quem a austeridade é a forma de reconquistar credibilidade junto dos mercados que castigam a dívida do euro –, o FMI argumenta que a reacção dos investidores pode ser contrária ao esperado. “Decréscimos adicionais no défice ajustado do ciclo [económico] podem ser indesejáveis não só numa perspectiva de crescimento, mas também numa perspectiva de mercado [de dívida]”, sublinha o Fundo.
O documento nota que as economias com crescimento maior estão a beneficiar de juros mais baixos, o que “reflecte em parte a preocupação com a consolidação orçamental e a solvência num contexto de fraco crescimento”. E Portugal? Para os países do euro com espaço para agir, a mensagem é de prudência – mas e para Portugal, cujo financiamento depende da troika? O FMI já antes indicou que, em caso de agravamento da conjuntura interna e externa, o programa de ajustamento deveria ser revisto. O risco de agravamento é grande. O Banco de Portugal estima que há uma probabilidade superior a 50% de a recessão em 2012 ser pior que a previsão de –3,1%. Parte do risco é interna – é difícil prever como reagirá a economia a um aperto sem precedentes –, outra parte é externa, como mostra a revisão em baixa anunciada pelo Fundo para a economia da zona euro. A maior tolerância do FMI colide com a rigidez até agora mostrada quer pelas instituições europeias da troika – lideradas informalmente pela Alemanha e formalmente pela Comissão Europeia –, quer pelo governo. O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, reiterou a semana passada o cumprimento da meta de 4,5% para o défice este ano. “O esforço de Portugal este ano [corte no défice de 6,1% do PIB] não tem paralelo na democracia portuguesa, nem na economia europeia”, realça Cristina Casalinho, economista-chefe do Banco BPI. “Mas a única forma de não cumprir a meta este ano é com uma abertura por parte da troika”, afirma Cristina Casalinho. O FMI já deu o sinal, faltando agora o lado europeu. Na única referência explícita a Portugal no “Fiscal Monitor”, o FMI destaca que o corte no défice em 2011 foi “menor que o esperado”, tendo sido conseguido com a transferência dos fundos de pensões da banca. Mesmo assim, o FMI considera que a redução alcançada foi “muito significativa”, citando o emagrecimento de 4% do PIB no défice estrutural.
                                                                                                                                             
                                                                                                                                           
                                                                                                                                                        

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

A vergonhosa sociedade que os políticos criaram!

Solidão marcava a vida de duas idosas encontradas mortas em casa
                                                                                                                                        
Câmara convocou reunião de urgência. “Este caso, pelos traços que o caracterizam, é suficientemente grave para nada ficar como dantes”, diz vereador... Há emigrantes portugueses a dormir nas estações de comboios da Suíça... Chantagem fiscal - Estudantes encostados à parede: Alunos perdem bolsa de estudo se os pais tiverem dívidas à Segurança Social.
                                                                         
A solidão marcava a vida das duas idosas encontradas mortas em casa na freguesia das Mercês, em Lisboa, disseram os vizinhos. “Soube na reunião de condomínio que quem morava no 2º andar eram duas irmãs, uma não saía e outra saía muito pouco, e que não tinham televisão, era a única coisa que se comentava, que as senhoras viviam praticamente isoladas”, conta José Lopes, que vive no mesmo prédio onde habitavam as duas irmãs, de 80 e 74 anos. O caso levou já o vereador da Protecção Civil de Lisboa, Manuel Brito, a marcar uma reunião de urgência. “Este caso, pelos traços que o caracterizam, é suficientemente grave para nada ficar como dantes”, sustenta em declarações à imprensa. “Alguma coisa tem que ser alterada, nomeadamente nos processos de alerta. O problema central é como e quando somos avisados, porque temos as equipas prontas a sair, agora, alguma coisa tem de ser mudada nos métodos de aviso, de alerta, tem que ser uma questão de vizinhança, de juntas de freguesia”, defende Manuel Brito.
Segundo o vereador da Protecção Civil, o número de casos de pessoas isoladas encontradas mortas em casa tem vindo a aumentar em Lisboa. “Há dois anos foram 60 pessoas, 800 foram salvas, mas o ano passado foram 71 pessoas encontradas já em estado de cadáver”, refere Manuel Brito. As duas irmãs encontradas mortas em casa tinham 80 e 74 anos. Os corpos foram descobertos esta quarta-feira no apartamento onde vivam, nas Mercês, em Lisboa. Já estavam em estado de decomposição, segundo fonte policial. A PSP estima que as duas idosas estivessem mortas há mais de um mês, sendo provável que uma delas tenha morrido vítima de doença, o que precipitou a morte da outra, por falta de assistência. A polícia e os Sapadores de Lisboa entraram na casa das vítimas, depois de alertados por um vizinho que estranhou a ausência de contactos.
                                                                                                    
Pedidos de ajuda a emigrantes portugueses dispararam
                                                                                                                              
Pedidos de ajuda que chegam à Igreja cresceram significativamente. Governo reconhece que "sozinho" não consegue dar repostas às situações de carência que vão surgindo nas comunidades portuguesas no estrangeiro. O número de pedidos de ajuda à Igreja de emigrantes portugueses na Suíça aumentou 80% nos últimos dois anos, alerta o padre Aloísio Araújo, coordenador nacional da Pastoral das Missões Católicas naquele país. “Todos os dias, temos gente a bater à porta das missões e já há compatriotas nossos a dormir nas grandes estações de comboios, nos abrigos comunais”, relata o padre Aloísio Araújo. A Suíça é o destino da Europa para onde os portugueses mais emigram. Só no ano passado, 11 mil portugueses partiram para aquele país, onde a comunidade lusa ronda as 200 mil pessoas. As leis da imigração na Suíça são bastante rígidas e o mercado de trabalho está saturado. Quando todas as portas se fecham, "as da Igreja continuam abertas para fazer o possível", diz o padre Aloísio Araújo, coordenador nacional da Pastoral das Missões Católicas na Suíça. Os pedidos de ajuda visam as necessidades mais básicas, mas também para arranjar trabalho, como é o caso de Patrícia Moreira, uma enfermeira que tem os pais na Suíça. O Governo reconhece que "sozinho" não consegue dar repostas às situações de carência que vão surgindo nas comunidades portuguesas no estrangeiro. O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, afirma que quem emigrar deve fazê-lo “sempre com contratos de trabalho que lhes dêem algumas garantias”. Apela ainda para que “não se deixem iludir com promessas fáceis”.
                                                                                                                                                 
Chantagem fiscal: Alunos perdem bolsas de estudo se os pais tiverem dívidas à Segurança Social
                                                                                                                                                 
O coordenador da Pastoral do Ensino Superior fala em "problema gravíssimo". Os alunos com pais que tenham dívidas à Segurança Social não podem candidatar-se a uma bolsa de estudo, segundo a Pastoral Universitária. O padre Nuno Miguel Santos, coordenador da Pastoral do Ensino Superior, fala num “problema gravíssimo”. "Muitos pais têm dívidas à Segurança Social por questões de empresas e pessoais. Alguns deles até estão em processos de decisão, nem sequer se sabe se eles devem mesmo ou não e os filhos ficam impedidos de receber. Temos muitas situações nesse sentido”, afirma o padre Nuno Miguel Santos. Este problema vai estar em destaque no encontro que a Pastoral do Ensino Superior tem marcado para Fátima, no próximo dia 4 de Fevereiro. Já sobre os elevados número de desistências no ensino superior - cerca de 3.300 desde o início do ano lectivo -, o responsável da Pastoral Universitária aponta a crise como uma das principais causas. Já quanto às respostas da Igreja, o padre Nuno Miguel Santos explica que a estratégia passa por apoio às propinas, alojamento, alimentação, planeamento e programação dos planos de estudo e acompanhamento dos alunos durante as teses.
EPIS alerta para carências entre estudantes. Número de alunos encaminhados para redes sociais triplicou em meio ano. Os valores são sinal de preocupação, mas não ainda de alarme, explica dirigente de associação que analisa e acompanha alunos em situação de risco. A associação Empresários Pela Inclusão Social (EPIS) alerta para o aumento de casos de alunos encaminhados para as redes sociais de apoio. A EPIS identificou três vezes mais casos, nos últimos seis meses, incluindo de carência alimentar. Não é uma situação preocupante, mas sobretudo um alerta social que fica no início do segundo período lectivo. Nos últimos seis meses triplicou o número de alunos encaminhados pela EPIS para as redes sociais locais. A carência alimentar é, de acordo com a EPIS, o motivo principal de reencaminhamento. Nos últimos quatro anos, a associação analisou 30 mil alunos, acompanhando actualmente cerca de nove mil estudantes, com o objectivo de combater o insucesso escolar. Neste grupo restrito de alunos, 30% apresenta sinais de risco. Há factores que condicionam o sucesso escolar e que a Associação “Empresários pela Inclusão Social” destaca, quando se inicia mais um período lectivo nas escolas. Serve, sobretudo, como sinal de alerta, os números que a EPIS apurou e que espelham o momento difícil partilhado por muitas famílias: “Estamos a falar de percentagens de cerca de 0,5 nos últimos dois anos passarem agora para 1,5%. Triplicaram, são um sinal de alerta, mas ainda não são um sinal de alarme.” Neste universo há casos mais preocupantes que outros, nomeadamente aqueles que envolvem carência alimentar: “Em todos estes casos podemos destacar a questão que se relaciona com a crise actual, que tem a ver com o desemprego do pai ou da mãe, com carência económica o que muitas vezes também está relacionado com carência alimentar. Estamos a falar de uma percentagem de casos que se manteve, num total de casos de alerta que aumentaram, mas que já tinha subido há um ano e meio”, explica. A EPIS desenvolve o seu trabalho em escolas com o 3º ciclo, em 12 concelhos das regiões Norte, Centro e Algarve. A esta rede, junta-se a partir deste mês, também o concelho do Porto.
                                                                                                                                                                    
Há fome e pobreza envergonhada entre os estudantes do superior
                                                                                                                                                      
Cerca de seis mil alunos abandonaram este ano as universidades... Nos jornais surgem notícias de fome e dificuldades nas universidades do Algarve e Aveiro, mas Lisboa não é excepção. “Há muita gente que durante o dia come uma sandes que traz de casa, porque 2,40 euros é muito para ir almoçar à cantina”, diz Catarina Pires, da associação de estudantes da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Na Universidade de Lisboa, foi criado há dois anos o projecto UL - Consciência Social, que analisa cada caso de carência e distribui ajudas em senhas de refeição, passes de transporte e bolsas de mérito social. Em 2012, não sabe se terá verbas suficientes para aceitar todos os pedidos de apoio social. No dia em que as associações de estudantes do ensino superior se manifestam junto à Assembleia da República contra o sistema de atribuição de bolsas, a pró-reitora Luísa Cerdeira assume que há casos dramáticos de fome na Universidade de Lisboa e muitos atrasos no pagamento de propinas. Luísa Cerdeira diz que o “ensino superior cresceu muito em termos de frequência, mas quando vamos verificar quem é que estuda maioritariamente, vemos que a proveniência ainda é bastante elitista: cresceu a frequência, mas não há uma real democratização no acesso ao superior". "Com esta diminuição dos apoios vindos dos fundos públicos, numa situação de crise, temo que realmente estejamos a reiniciar um processo de elitização do ensino superior”, acrescenta. Cerca de seis mil alunos abandonaram este ano a universidade.
Disparou o número de alunos que abandonaram o ensino superior, e o maior número de desistências registou-se na Madeira. Mais de três mil estudantes cancelaram as suas inscrições nas universidades desde o início do ano lectivo – mais 6% do que no ano passado. Os números são avançados hoje pelo jornal “Público”, segundo o qual a Universidade da Madeira aparece no primeiro lugar da lista, com 300 alunos (20% das inscrições) a desistirem do curso. Seguem-se as Universidades de Lisboa, Clássica e do Minho. Em Coimbra, o número de desistências é semelhante ao do ano passado, mas no ISCTE e em Aveiro houve ligeiras quebras. No Algarve há, até esta altura, perto de 200 inscrições canceladas. No total, de acordo com dados publicados pelo “Público”, 3.300 alunos abandonaram o ensino superior desde o início do ano lectivo. No entender dos responsáveis de algumas universidades, o principal motivo é a actual crise económica – a mesma justificação apontada num inquérito realizado pela Universidade do Algarve, onde esta foi a resposta mais votada pelos alunos desistentes.
                                                                                                            
                                                                                                                                          
                                                                                           

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Crónica clandestina

A quantos megas trabalha um prestidigitador ?
                                                                                                                                               
O secretário da Cultura, como os próximos tempos, antes da sua demissão, irão mostrar, consegue estar ainda abaixo de tudo, já que incarna uma vírgula entre dois vazios, o de uma página em branco, e o de uma cavidade completamente oca, exatamente à altura daquilo a que chegámos, mas isso faz-nos falta, para que percebamos por que é que as agências internacionais de todo o género mensalmente nos vão classificando de lixo atrás de lixo.
                            
Tenho, como regra, avaliar um Governo pelos trastes que coloca na Cultura e na Educação. Paciência, cada um tem os seus barómetros, o meu barómetro é esse, e até vai mais longe: Portugal é um país onde qualquer coisa serve, para ocupar ambas as pastas. Já tivémos Ferreiras Leites, Coelhos, Lurdes Rodrigues, um que foi Ministro da Cultura por engano, Santanas Lopes, Carrilhos, e agora, bom, agora, parece que batemos mesmo no fundo. Desde junho, quando percebi que este era um governo para ano e meio, quando muito, comecei por tentar perceber por onde é que se iria começar a desfiar. Aparentemente, a anomalia mais evidente era aquele permanente sorriso de merceeiro do "Ministro" da Economia, que conseguia ser "Ministro" de um país que trocara toda a Economia por BPN's, no tempo do segundo maior português de sempre, Aníbal de Boliqueime, também conhecido pelo Manequim dos Anos 50 da Rua dos Fanqueiros. Engano de alma ledo e cedo, que a Fortuna não iria deixar durar muito, já que a verdade estava tão à frente dos olhos que não se conseguia focar bem.
Francisco José Viegas, a "coisa" do Pocinho, sofre daquele mal atávico de que sofrem todos os provenientes de buracos, covas, poças e cavidades da nossa geologia: o problema de nascerem abaixo da linha de água tende para que, por mero tropismo, leve a que todos os seus atos futuros sejam uma fatal atração por afundar tudo em seu redor. Salazar, que vinha de Santa Comba Dão, um lugarejo frequentado por morcegos e misantropos, conseguiu arrastar-nos para 48 anos de trevas. Cavaco vinha do Poço de Boliqueime, e transformou-nos, em 10 anos, num poço sem fundo. Guterres saiu do Fundão, e deixou-nos, de raspão, no estado de afundados. A Cova da Piedade, do "Cherne", empurrou-nos para uma impiedosa sarjeta, que, com o desastre do vigarista de Vilar de Maçada, nos atirou do... do... má para Massamá, e cremos, que, a partir de aqui, só a Fossa das Marianas, mas com bilhete de ida, e sem volta. A Cultura é uma assunto demasiado subtil, idiossincrático e lapidar, para que se compadeça com aves de voo raso, já que deve ser das poucas coisas sobre as quais ninguém tem mãos, nem burocracias, nem orientações, nem decretos lei, nem sugestões, intenções ou contenções. Transborda por onde calha, a arrasta consigo o que quer e espalha, por mais freios, censuras e desmoralizações rasteiradas, que lhe ponham.
Passos Coelho, com a sua visão das falésias de Massamá, infinitamente mais curta do que a do Infante, quando, em Sagres, contemplava o mar sem fim, sentado no seu sofá Moviflor, com a monstra, que, entre o anal e o Pau de Cabinda, o vai aconselhando, e dizendo, "olha, aquele deve ser bom para o Governo, porque aparece muitas vezes na televisão!", uma espécie de Maria Cavaca, remediada, mas com as membranas do mete mete ainda no ativo, chegou a brilhantes conclusões: o Crato, que vinha rosnar sobre ensino mnemónico, e percebe tanto de Educação como percebia a maçónica Alçada, e o Viegas, uma espécie de Professor Marcelo, em pobre, muito pobre, já que se achava sempre na crista da onda, sobre tudo o que era publicado. Sofria, e sofre, de uma doença grave, que é confundir livro com tudo o que é editado, e, mais grave ainda, Literatura com edição, o que é irrelevante, já que a matéria do prelo, em Portugal desceu aos seus níveis mínimos, com as culinárias do Sousa Tavares, as paixões da retrognata Inês Pedrosa e uns gajos que agora disparam muito, mas deve ser para dar saída à pasta de papel do excesso de eucaliptos, que empobreceu o nosso solo e a nossa Literatura.
Quando morreu a "Capital", um jornal de referência, lembro-me de ter aí um recorte, onde o Coitado do Pocinho dizia que ansiava avidamente pela chegada da edição de Lisboa, para poder devorar tudo, desde as letras, capitais, ao necrotério, e a chegada era longa e lenta, já que, naquelas paragens de Foz Coa, onde a pobreza artística nacional ainda continuava a rabiscar comboios a vapor, depois de ter raspado, milénios, aquela monótona vaca, nos xistos, num atraso de 35 000 anos, comparativamente a Chauvet, por exemplo, que alguns Portugueses só agora descobriram, embora valha mais tarde do que nunca, a arte era nula. Do Pocinho, reza a biografia, saltou para Chaves, a quem chamam a Nova Iorque de Trás os Montes, e, a partir de aí, terra fria, onde os homens copulam com as ovelhas, começou a rastejar na direção da maior aldeia de Portugal, que tem a típica patologia de atrair estas... coisas, que nunca deveriam abandonar o seu ecosistema.
Nada tenho contra a imigração, sobretudo interna, já que, assim, não vão, lá para fora, desgraçar, ainda mais, a nossa imagem, e, enquanto se deslumbram com as avenidas degradadas de Lisboa, pelo menos não vão assassinar bichas velhas, em Manhattan, como fez o Estripador de Cantanhede, ou herdeiras ricas, como o chefe da bancada parlamentar do Cavaquismo fez, mas volto a lembrar que, enquanto os outros povos buscam as grandes cidades para ficarem em estupefação pela sua grandeza, esta raça rasteira dos pocinhos, das covas e das buracas, mal chega aos sítios, imediatamente acampa, e tenta transformá-los em coisas parecidas com as dimensões físicas e mentais dos fojos de onde (nunca) saíram. A mediocridade de Francisco José Viegas, que pelo Princípio de Peter, agora ficou, finalmente, debaixo dos holofotes, vai ser, aliás, já começou a ser, motivo das próximas, muitas, conversas, cujo tom se irá agravar, ao ponto de cumprir a minha profecia de ser ele o primeiro rato a ser chutado pela borda fora deste desastre político a que alguns ainda chamam Governo, mas deixo essa tarefa para outros, já que, neste preciso instante, ando fascinado com a numismática dos Ptolomeus, entre Paphos, Cirene e Alexandria, portanto, podem imaginar o quando o Francisco José Viegas está, e estará, na minha rota de interesses...
Poderão, e estão no vosso direito, de me perguntar por que fui, então, buscar essa anomalia, para a dissecar aqui, mas refugio-me no princípio da alegoria, já que, finalmente, conseguiram alguém que incarnasse o presente estado das coisas "culturais", em Portugal. Durante muito tempo, Carrilho com a célebre história das retretes do Palácio da Ajuda, epifania de quando ele se dedicava ao uranismo, nos sanitários defronte da Alfredo da Costa, e Santana Lopes, com as suas obras inéditas de Fryderyk Chopin, representaram o nível mais baixo que a "Cultura", aliás, os rostos que o Poder colocava na "Cultura", podiam alcançar. A diferença é que os outros ainda nos faziam soltar gargalhadas, este é, simplesmente... patético, e deixa-nos pensar que, no estado em que estamos, se calhar a tal Secretaria de Estado, que veio substituir o Ministério, antes devia ter sido convertida numa Direção Geral, tutelada pelas Finanças, ou, mais pragmaticamente, extinta, de vez. Francisco José Viegas, como os próximos tempos, antes da sua demissão, irão mostrar, consegue estar ainda abaixo disso tudo, já que incarna uma vírgula entre dois vazios, o de uma página em branco, e o de uma cavidade completamente oca, exatamente à altura daquilo a que chegámos, mas isso faz-nos falta, para que percebamos por que é que as agências internacionais de todo o género mensalmente nos vão classificando de lixo atrás de lixo.
A nota positiva, já que agora se fala tanto de sociedades secretas, vai para o único talento que esse tal de Viegas demonstrou, qual infiltração, em ir-se insinuando por tudo o que era fresta. Para uns, ficou o estigma da Loja, esta semana, tão em moda; para outros, a pertença à "Obra"; para outros, ainda, mais modestos, o cartão partidário, ou o clássico "opening the legs". Francisco José Viegas conseguiu o cúmulo disso tudo, já que, como bem anunciava a sua miserável "Morte no Estádio", o importante não era o jogo, mas a angustiada psicanálise do homem casado, que espera, ansiosamente, nos sanitários do estádio, que a adrenalina das bestas de bancada dele faça, durante alguns momentos esmolados de sexo, a mulher frustrada que arrasta dentro de si. Essa foi a sua primeira porta, a da mariquice, já que frequentava os balneários dos seniores, "Ler", "Jornal de Letras", "Expresso", entre outros, por onde pairava a sombra patriarcal dos Senhor dos Anais, Mega Ferreira. Do Avental, não reza a história, por ser demasiado óbvia, mas prefiro que investiguem vocês, que eu sou mais de literatura de rumores, mas a verdade é que andou muito pelo Futebol, já que balneários e suburbanos transpirados sempre deram boa literatura. A pérola do percurso, realmente, por que estas coisas só podem lembrar a uma mente de um calculismo absoluto, o que, à falta de talento, devo eu considerar como sendo de um rasgo talentoso, foi a conversão ao Judaísmo, coisa que não lembraria nem ao Diabo, mas, tão só, a um oportunista de carreira.
Nota negativa, como daria o Professor Marcelo, e que competirá às Finanças investigar é se as medíocres crónicas que, sob pseudónimo, continua a publicar, no "Correio da Manhã", são alvo de tributação, e passíveis de compatibilidade, com uma fraude que ocupa tão miserável lugar político.
Na Klandestinidade
                                                                                                                                        
                                                                                                                                         
                                                                                                                                                 

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Assim, já se compreende...

Cavaco anda com má pontaria...

AS PALAVRAS INSULTUOSAS DE CAVACO SILVA
                                                                                                                                                                  
Na realidade as pensões de reforma de Cavaco rondarão próximo dos 13.000€... João Jardim é quem manda ainda na Madeira: não assina compromisso... Garcia Pereira defendeu na manifestação um governo democrático e patriótico que não pague a dívida pública... mais de 1.500 pessoas manifestaram indignação pelas medidas de austeridade de Passos Coelho!
                                                                      
O líder do PCP, Jerónimo de Sousa, classificou as declarações do Presidente da República, Cavaco Silva, sobre a sua reforma, como um insulto aos portugueses que vivem com pensões de 200 ou 300 euros. Cavaco Silva disse esta sexta-feira que aquilo que vai receber como reforma "quase de certeza que não vai chegar para pagar" as suas despesas, recordando que fez poupanças ao longo da sua vida. Sabendo que o actual Presidente da República beneficia de um rendimento de dez mil euros, o secretário-geral do PCP considera o seu discurso “quase ofensivo para os portugueses que não sabem como é que se hão-de governar com 200 e 300 euros de reforma”. Jerónimo de Sousa falava em Famalicão, num comício onde apelou à luta contra as medidas previstas no memorando de entendimento com a troika e criticou fortemente o acordo de concertação social celebrado esta semana.
                                                                                                          
ALBERTO JOÃO JARDIM NÃO ASSINA APOIO FINANCEIRO COM O GOVERNO
                                                                                                                    
João Jardim demonstra assim que é ele quem manda ainda na Madeira... As negociações são dadas como quase concluídas. , mas o governo regional aponta a quebra de direitos constitucionais como a questão que está a travar o acordo. A quebra de direitos constitucionais adquiridos pela Região Autónoma da Madeira está a emperrar as negociações para o programa de assistência financeira do arquipélago. Ao Governo Regional é exigido que não reivindique, no futuro, o pagamento de dívidas do Governo da República. Uma posição considerada "humilhante" pelos responsáveis políticos madeirenses, revelou ao Diário Económico fonte próxima às negociações. Em causa estão verbas reclamadas por Jardim como estando em dívida, quer ao nível do IRS como do financiamento dos sectores agrícola e das pescas. A mesma fonte avança que foi exigido o compromisso, no âmbito do plano de resgate, de a região não vir a reclamar, posteriormente à ajuda financeira, verbas referentes às transferências de 5% do IRS para os municípios que o Governo quer deduzir, em 2012, às receitas fiscais da região, bem como transferências de verbas de IRS que perderam nos últimos anos. Também "não é bem visto", diz, o compromisso de a Madeira não exigir que seja o Estado a financiar a componente nacional dos sistemas de incentivos comunitários aos sectores agrícola e das pescas. Tudo somado representam apenas 40 milhões de euros, mas são consideradas "questões pilares" da autonomia regional. "Todas estas questões estão previstas na Lei das Finanças Regionais, que atribuiu autonomia financeira à Madeira, além de violarem o estatuto político administrativo e a Constituição", avança a mesma fonte.
                                                                                                               
MANIFESTAÇÃO CONFRONTOU-SE COM NACIONALISTAS DE EXTREMA-DIREITA
                                                                                                    
Mais de 1.500 pessoas manifestaram indignação pelas medidas de austeridade de Passos Coelho... Cerca de 1.500 pessoas percorreram neste sábado as ruas do Marquês de Pombal até ao Parlamento, em Lisboa. Os protestos são contras as medidas de austeridade e o que estão a fazer à vida dos portugueses, resume Gonçalo Fonseca, que falou em nome da Plataforma 15 de Outubro, que junta 41 movimentos independentes. Os lamentos de Cavaco Silva quanto aos seus rendimentos estiveram na boca de muitos manifestantes. O protesto ficou marcado por confrontos com um grupo de nacionalistas. “Cavaco pobrezinho! Podes Emigrar”, lê-se no cartaz que Vítor, funcionário de 57 anos numa escola, segura nas mãos. O dia está bonito e ele esteve mesmo para ir fazer uma caminhada, mas quando ouviu o presidente da República a dizer que “mal ganhava para as despesas” não aguentou. E veio, sozinho, “dar o seu contributo para o futuro do país: o Presidente pode emigrar, era menos um com dificuldades” graceja. Mais atrás, Leandro Viola, “reformado indignado”, caminha vagaroso, amparado pela mulher. Tem 76 anos e tem uma reforma “que não chega para ao ordenado mínimo, mal chega para os medicamentos”. Participaram cerca de 1.500 pessoas, estima o chefe da Divisão de Trânsito da PDP, Celestino Nunes. A organização não avança com números de manifestantes.
Durante a manifestação cerca de 15 membros do Movimento de Oposição Nacional, que se afirma como nacionalista, juntaram-se à cauda do protesto e logo tiveram reacções de repúdio. “Fascismo nunca mais, 25 de Abril Sempre”, gritaram vários jovens, alguns deles usando máscara. Francisco Garcia dos Santos, um dos elementos do grupo nacionalista explica que foram mal recebidos e agredidos pela “pedrada de um pseudo-democrata”, dizendo que um dos elementos teve que ir para o hospital. No final dos confrontos, um dos manifestantes que vaiou o grupo subiu para o cimo de uma paragem de autocarro e queimou uma bandeira do grupo nacionalista. O corpo de intervenção da PSP interveio e separou o grupo nacionalista do resto dos manifestantes. O grupo manteve-se na marcha mas foi mantido a distância em relação ao corpo do protesto, estando rodeado por cerca de 25 polícias. Imagens em vídeo em: http://pt.euronews.net/2012/01/21/portugueses-contestam-austeridade/.
                                                                                  
INDIGNADOS: GARCIA PEREIRA DEFENDE O NÃO PAGAMENTO DA DÍVIDA
                                                                                                                         
Garcia defendeu na manifestação um governo democrático e patriótico que não pague a dívida pública... Garcia Pereira participou hoje na manifestação que juntou cerca de mil pessoas, em Lisboa, para mostrar indignação contra as políticas do Governo, num protesto organizado pela Plataforma 15 de Outubro. O político justificou à agência Lusa a presença no protesto porque “a situação a que o país chegou exige que todos os cidadãos de espinha vertebral direita se erguem em luta contra um estado de coisas que não é mais suportável para quem vive do seu trabalho”. Garcia Pereira adiantou que as declarações do presidente da República suscitaram “uma grande indignação,” que é, na sua opinião, “extremamente justa”, uma vez que tem “o mérito de demonstrar que enquanto não se correr com essa gente do poder e se criar um governo democrático, e patriótico que não pague a dívida, a situação não deixará de se agravar”. Nesse sentido, defendeu que a dívida pública “não deve ser paga pelo povo português, que não a contraiu”. Também no protesto de hoje foi exigido “a suspensão imediata da dívida”, apelando os manifestantes ao fim dos cortes na saúde, educação e austeridade, além de criticarem o acordo de concertação social assinado esta semana, que consideram um “verdadeiro ataque” aos direitos laborais dos portugueses, segundo a Plataforma 15 de Outubro. A manifestação ficou marcada por confrontos no início do protesto entre um grupo do Movimento da Oposição Nacional, que na rede social FaceBook se identifica como nacionalista, e os restantes manifestantes.
                                                                                   
GANGUE ESPANHOL QUE ASSALTAVA COFRES EM PORTUGAL PRESO EM PLENO MACDONALD'S
                                                                                                                            
Assaltantes atacaram na passagem de ano o Hotel Ibis em Oeiras... Traídos pela fome após mais um assalto, quatro espanhóis suspeitos de vários roubos de cofres em todo o país foram apanhados pela PJ/Porto, ontem de madrugada, no McDonald"s do Jumbo da Maia. Tentaram escapar e polícias dispararam para o ar. Há mais dois detidos. A emboscada policial, cerca das 0.30 horas, culminou uma investigação de vários meses da Polícia Judiciária do Porto a uma vaga de assaltos cirúrgicos a empresas e outros edifícios, em que os alvos eram exclusivamente os cofres. Segundo o JN apurou, uma das investidas atribuídas ao grupo - composto por quatro espanhóis e dois portugueses - foi no Hotel Ibis, em Oeiras, na noite de passagem de ano. Na altura, cinco encapuzados ameaçaram um funcionário com um bastão e levaram o cofre, com 1900 euros, que acabaria por ser abandonado na zona do Barreiro.