Liberdade e o Direito de Expressão

Neste blog praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão, próprios de Sociedades Avançadas !

sábado, 31 de dezembro de 2011

Nunca uma palavra surtiu tão oca...

FELIZ ANO NOVO, COM SAÚDE E MUITA ESPERANÇA PARA TODOS OS LEITORES !
                                                                                                     

                                                                   
                                                               
“Feliz Resto de Vida”
                                                                   
As classes mandantes, como "o" vício generalizado de todos os que governam, aproveitam estas sensíveis quadras Natalícias, e muitas mais em que o povo que anda adormecido durante todo o ano, ainda "dorme" mais, devido ao falso amor que toda uma estratégia pensada ao pormenor, é cravada nas mentes de todos nós.
A mentira do Natal, assim como todas as mentiras das festas pagãs ou religiosas, tem como único objectivo, fazer o pobre ficar ainda mais pobre, portanto, mais enfraquecido, ao gastar o pouco que tem, numa desenfreada caça aos presentes.
Tenho repulsa pelo aproveitamento de datas, onde supostamente nos deveríamos voltar para o lado cósmico da vida, e não, exacerbar a fúria material desta humanidade... Não pactuo com essas "baixezas" dos que tudo fazem para cada vez mais, tirarem o pouco que resta às classes menos favorecidas.
Acho, acima de tudo, uma covardia, esse jogo sujo com os sentimentos dos mais fracos. Infelizmente, não me surpreende minimamente essa conduta. O homem que manda neste momento no planeta, embora seja feito na sua essência de matérias sublimes, se transforma pouco a pouco num monstro sem nenhuma piedade pelos seus iguais.
Não profetizo nada, mas, sou livre de dizer o que penso: Enquanto não houver uma verdadeira transição para uma nova consciência, um entendimento real do nosso papel no grande jogo do universo, nada mais seremos do que a poeira sem sentido que agora somos. Que o "despertar" geral, seja a meta do nosso futuro, como homens e mulheres físicos, como seres a quem foi dado o dom de pensar, como cidadãos de uma nova Era.
Que venha essa tão esperada mudança. Desejada ansiosamente por muitos e desprezada pelas ridículas minorias governantes. Por favor, que venha já "o" novo tempo. Enquanto ainda aguentamos, enquanto ainda temos esperança, enquanto ainda estamos vivos...
                                                                                                           
C. Ferreira
                                                                                                                          
                                                                     
                                                                              

Um "novo mundo" social chega amanhã!

GOVERNO DEMISSIONÁRIO DE PASSOS COELHO FAZ AUSTERIDADE À BRUTA ANTES DE SAIR
                                                                                                                                                      
Sócrates, Troika e Passos Coelho arrasaram o Estado Social e Económico em Portugal em apenas 3 anos... Copiada da Alemanha pré-nazi, o facilitismo ao despedimento dos trabalhadores visa, como muitas outras empobrecer a classe média ainda mais... Vamos ter um "novo mundo" social, completamente diferente em 2012 do de 2011... Será de perguntar se vem aí de novo a escravatura?
                                   
O objectivo é traçado até 2014. Meta de redução de pessoal na função pública duplicou entre Setembro e Dezembro. O Governo comprometeu-se a duplicar o ritmo de redução do número de funcionários públicos entre 2012 e 2014. Só na Administração Central, a redução prevista será de 30 mil empregos, contra os 15 mil enunciados há três meses. Nas câmaras e nas regiões autónomas, a redução será de 7600 empregos. No documento da segunda revisão ao programa de ajustamento económico e financeiro acordado com a troika, o Governo afirma que irá limitar as admissões na administração pública de modo a alcançar reduções anuais de 2%. Em Setembro, a meta era de apenas 1% ao ano. As aposentações serão uma forma de redução do pessoal, mas não a única. Além disso, a Troika exige ao Governo mais mobilidade geográfica na Função Pública escreve hoje o Jornal de Negócios. Serviços de Saúde, Segurança Social e Emprego são os principais alvos da medida. Memorando confirma revisão dos escalões salariais e aumenta a pressão sobre a redução do número de funcionários O Governo vai reforçar os mecanismos de mobilidade, "nomeadamente mobilidade geográfica", até ao final do segundo trimestre do próximo ano, prevê a nova versão do memorando da troika, avança hoje o Jornal de Negócios. Esta "optimização" da gestão de recursos humanos será particularmente dirigida a áreas como a Saúde, a Segurança Social ou o Emprego.
                                                                                                          
FMI INSISTE NOS DESPEDIMENTOS FACILITADOS NAS EMPRESAS
                                                                                                                                          
Copiada da Alemanha pré-nazi, esta medida visa, como muitas outras empobrecer a classe média ainda mais... Despedimentos por inadaptação mantêm-se na segunda avaliação do FMI a Portugal. Empresas também vão poder despedir mesmo quando há postos de trabalho compatíveis. O "Diário Económico" escreve que o Governo já tinha demonstrado aos parceiros sociais a vontade de deixar cair uma das propostas da troika, que iria permitir estender a todos os trabalhadores a possibilidade de despedimento por inadaptação quando há objectivos acordados e não cumpridos, por culpa do trabalhador. No entanto, este ponto mantém-se na segunda avaliação do memorando de entendimento. Entre as mudanças previstas, está a possibilidade do trabalhador poder ser despedido por inadaptação mesmo que não tenham sido introduzidas tecnologias ou alterações no posto de trabalho. No caso do despedimento por extinção do posto de trabalho, a empresa deixa de estar obrigada a tentar transferir o trabalhador para um posto compatível.
                                                                                                           
ESCUTAS ILEGAIS NA CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS LEMBRA OS VELHOS TEMPOS DA PIDE
                                                                                                                                
As escutas dentro das próprias empresas? até onde vão chegar a extrema-direita e as sociedades secretas? O relatório da Caixa Geral de Depósitos aponta para "gravações de conversas a pessoas não gratas" à direcção do Gabinete de Protecção e Segurança. O "Correio da Manhã" escreve que gravações de conversas e "escutas telefónicas internas a pessoas não gratas à direcção ou a certos elementos" do Gabinete de Protecção e Segurança (GPS) da Caixa Geral de Depósitos, são referidas num relatório interno, a que o jornal teve acesso, onde se afirma que existe suspeição quanto a uma compra de microgravadores, que são "accionáveis por voz e cuja necessidade de aquisição parece estranha". "Vários empregados" da CGD disseram que servem para escutas ilegais. As suspeitas, são levantadas "por vários funcionários do GPS", num relatório explosivo que foi mantido secreto nos últimos 14 anos. Três dos actuais responsáveis do banco receberam o documento em 1997 e nunca deram conhecimento dos factos à Polícia Judiciária e ao Ministério Público.
                                                                                                                                                          
GOVERNO OBRIGA PORTUGUESES A TRABALHAREM MAIS 23 DIAS EM 2012
                                                                                                                                              
Será que vem aí a escravatura? Depois de perdermos subsídios, segurança social e saúde, perdemos também o tempo para a família... Cortes nas férias, feriados a menos e horas de trabalho a mais vão penalizar trabalhadores. É o tema da reunião de hoje da concertação social. O "Público" escreve que os trabalhadores vão dar às empresas mais 23 dias de trabalho por ano, caso se aprovem as medidas propostas pelo Governo, a apreciar hoje em reunião do Conselho Permanente da Concertação Social. A reunião está marcada para as 15.00 e pretende-se um "compromisso para o crescimento, competitividade e emprego". Mas apenas o lado patronal parece satisfeito. A CGTP mostra o seu descontentamento com o agravamento dos dias de trabalho e também a UGT não volta atrás, garantindo que não dará acordo a um plano que aumenta o horário de trabalho em meia hora diária.
                                                                                                                                                            
DESEMPREGADOS VÃO TER DE ACEITAR SALÁRIOS MAIS BAIXOS
                                                                                                                                                       
A realidade é esta: um "novo mundo" social, completamente diferente de 2011 vai chegar amanhã... A redução dos valores do subsídio para todos os que ficarem desempregados depois da entrada em vigor da lei é, na prática, uma alteração indirecta ao conceito de "emprego conveniente". A redução do valor do subsídio de desemprego vai obrigar os futuros desempregados a aceitar salários mais baixos. Este é um dos efeitos indirectos do novo valor máximo de 1.048 euros (em vez de 1.258 euros), bem como da norma que prevê a redução do valor da prestação em 10% a partir dos primeiros seis meses. "Ou prescindem do subsídio de Natal e aceitam um corte adicional de 20% nos salários do próximo ano, ou o negócio fecha portas dentro de seis meses". Foi nestes termos que a administração de uma empresa da região de Lisboa e Vale do Tejo se dirigiu, no início de Dezembro, aos seus cerca de cem trabalhadores. Governo legisla à boleia da troika. Os credores internacionais avisam que, sem reformas estruturais, o País não cresce.Governo legisla à boleia da troika. Os credores internacionais avisam que, sem reformas estruturais, o País não cresce.
                                                                                                       
                                                                                                                              
                                                                                                                           

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Crónica clandestina

Crónica dos bons estripadores
                                                                                                                 
O Estripador de Lulzsec ameaça tornar-se no Governo Sombra de um país que não tem Governo, nem Presidente da República. Quanto aos filhos, pedimos encarecidamente à imaginosa Teresa Guilherme que abra uma "Casa dos Segredos III", e que convide as crias dos nossos famosos políticos, para concorrer ao novo concurso: contam a história toda do pai, e nós ficamos, com a ajuda dos Lulzsec, a saber, de viva voz, que é verdade tudo aquilo que por aí corre, à boca cheia.
                                                 
Há um princípio das panelas de pressão, que todas as sopeiras, incluindo Maria Cavaco Silva, conhecem, e que se resume no seguinte: se a panela de pressão -- e sendo mais erudito, chama-se a isso Lei de Boyle -- se a panela de pressão não tiver válvula de segurança... explode.
Ora, Portugal, uma paródia, nacionalmente vexada, dominada por sociedades secretas, mafias de todas as proveniências, pedófilos, proxenetas, traficantes, putas, escroques, ladrões, assassinos, cadastrados, traidores, apóstatas, clubistas de lesa-pátria, galambas, macedos, limas, pedrosos, loureiros, aníbais, e produtos autoclismicos afins, é o terror de qualquer dona de casa, exceto de Maria Cavaco Silva, que decidiu apostar, mais uma vez, nos presépios e na árvore de Natal, cortando nas prendas das criancinhas da Presidência: fez bem, e só lhe fica bem, porque as criancinhas ranhosas não brilham, como as árvores de Natal, e a vaquinha sempre lhe faz lembrar a Perpétua, o jumento, o legítimo esposo, os reis magos, Dias Loureiro, Duarte Lima e Vítor Constâncio, e as ovelhinhas... todos nós. O menino Jesus, com todo o devido respeito para a família, que continua a sofrer, por causa de uma teia infame, na qual ainda não percebeu que foi apanhada, desde os "amigos" ao "advogado", poderia ser o Rui Pedro, antes de ter ido prestar juramento de (pau) de bandeira, ao pedófilo Eurico de Melo.
Deixemo-nos de alegorias e vamos ao factos: esta merda, com Boyle, ou sem Boyle, com troika, ou sem troika, com pedófilos, ou sem pedófilos, está para estoirar, e o que se ouve nos cafés, nos corredores, nas ruas, nos transpores públicos, nos táxis, em qualquer lugar onde se entra, é abaixo, ou acima, como queiram, do "mata, mata, mata", e isso é preocupante, posto que sendo a ordem e segurança das ruas uma das coisas que distingue as sociedades avançadas, com aquelas exceções de países de terceiro mundo, como a Finlândia, em que as aulas são dadas de metralhadora em punho, ou a Noruega, onde os comícios da juventude acabam em banhos de sangue de fundamentalistas "arianos" da operação plástica, Portugal encontra-se em risco de se assemelhar a uma Colômbia da Cauda da Europa.
Soa que somos brandos, mas a verdade é que, quando a História aperta, as padeiras de aljubarrota, as marias da fonte, os Conjurados, os heróis de Fernão Lopes, os espingardeadores do Sidonismo e coisas quejandas, subitamente emergem. Aparentemente, com o envelhecimento populacional, esta multidão de ovelhas, do Presépio da Ti Maria Cavaca, ou está em coma, ou anquilosada, ou em estado de choque, tal como se pretendia. A grande novidade, óbvia, e evidente, é o fenómeno Lulzsec, que, muito mais eficaz do que sindicalistas coxos na rua, militares da terceira idade, ou galdérias do PCP, aos gritos, mostra que um teclado de computador, imerso numa semiobscuridade de um quarto de Miratejo, pode ser infinitamente mais eficaz do que pregar com um justíssimo tiro nos cornos do Dias Loureiro.
Não sou, nunca fui, e suponho que escaparia às minhas capacidades ser pirata informático. Modéstia à parte, a minha arte é a Escrita, entre outras, e é com essa que assassino, e com o maior gosto, o que, enquanto cidadão de uma nação em agonia, não me impede de estar igualmente atento ao fenómeno de ALGUÉM estar a conseguir pôr esta corja toda borrada de medo, até aos calcanhares. O método é elementar: enquanto os outros dizem a que horas vão, ao que vão, e por onde passam, estes não avisam, atacam onde menos se espera, e põem à vista toda a vergonha em que este Estado, todo colado com cuspo, se tornou.
O Estripador de Lulzsec talvez seja o evento mais interessante do tempo corrente: ele vai ao sítio certo, o tal dos zunzuns de indignação de café, enfia-lhe a faca no bucho, e tira-lhe as vísceras cá para fora. Ao contrário do Estripador de Lisboa, esse frisson onanista da Felícia Cabrita, a quem já nada satisfaz, a não ser o gume de um faca de zircónio, não gosta de levar as tripas para casa, antes prefere deixá-las expostas, bem à vista, para que as pessoas tenham a certeza de que os rumores que circulam por todo o lado não são rumores, mas FACTOS, matéria escabrosa e objetiva, que uma sociedade profundamente doente procurou esconder por todos os meios, a vergonhosa Cândida Almeida, O Procurador-Geral do Abafa-o-Casa-Pia, os recursos, as ameaças à juíza Carla Cardador, a lenga-lenga do maçónico Moita Flores e amigos, as explicações apocalípticas do Medina Carreira, que devia mas era ir apanhar no cu, o aventalado do Supremo Tribunal de Justiça, que mandou queimar escutas, ou a bichona sonsa de Mota Amaral, que achou que as escutas eram... irrelevantes, já sem falar naquela patética Sónia Sanfona, que, enquanto vendia rifas, esteve a presidir a uma Comissão Parlamentar, que concluiu que nada havia de irregular no BPN (!)
Ora isto não é, de facto, irregular, é já de um país que não regula bem, e, se não regula bem, é melhor que venha o Estripador Lulzsec atacar onde deve, e pôr esta merda toda a nu, dia após dia, rasgando as camadas de betão que colocaram sobre a Verdade, atalhando os "segredos de justiça", escarrapachando com a matéria objetiva dos "desmentidos", mostrando a que seitas pertencem quem "comenta" a "salvação nacional", e por aí fora. Como não é imaginação que me falta, até ficam algumas pistas: publicar a lista dos cartões do pedófilos que acederam aos sites pornográficos, e que o FBI nos enviou para, imeditamente... abafarmos: entrar nos sistemas informáticos das portagens das SCUT e foder aquela merda toda, ou pôr a debitar as portagens nas contas do Dias Loureiro, do Proença de Carvalho ou do José Miguel Júdice; ir ao Millennium-BCP e declarar que todas as contas de empréstimo para compra de casa já estão... saldadas; ir aos "off-shores" dos canalhas que arruinaram Portugal, sacar o dinheiro todo, e redistribuí-lo pelas contas dos pensionistas de 350 €, que estão a ser taxados pelo tarado do "zombie" das Finanças, enfim, um lote de coisas magníficas, que nos voltariam a devolver o brio de Nação com tomates, que parece termos, cataleticamente, perdido.
O Estripador de Lulzsec, é, pois um fenómeno da impertinência absoluta, que devemos acompanhar, como linha da frente da luta contra o Polvo, e vamos, com certeza, acompanhar, mas, como gosto de terminar os meus textos incluindo sempre um bónus, posso afirmar que há uma coisa ainda melhor do que o Estripador de Lulzsec, que é... o filho do Estripador de Lulzsec.
O filho do Estripador de Lulzsec é um subproduto da decadência da decadência, e faz-nos descer ao nível da Teresa Guilherme, pessoa que muito estimo, porque não se insere naquela categoria de mulheres que gosta de homens por dinheiro: não, ela é suficientemente diferenciada para descobrir que uma coisa são homens, e outra é dinheiro, e é por isso que mantém aquele picadeiro da "Casa dos Segredos", ao nível da Grande Marcha e da Revolução Cultural preconizada pela camarada Mao Tse Cavaco Silva, e onde ela recruta os armários que, em presunção, a irão depois "cobrir". É aqui que o colapso civilizacional me começa a inquietar, porque uma geração que passa o tempo a tomar esteróides, anabolisantes e a olhar para o espelho, não fode, nem sai de cima, como um anormal que lá anda, que diz que é virgem aos 27 anos, tal com a Irmã Lúcia se conseguiu manter até aos 80 e muitos, e a Santa com Cara de Saloia, ainda mais, apesar de todas as demoníacas tentações, para que participasse nas orgias violentas do Castel Branco. Graças a deus que a Santa não se deixou corromper, tanto mais que, tratando-se da "Tatiana Romanoff", tudo é, inatamente, violento, sendo muito mais difícil que consiga alcançar o patamar elevado de uma orgia, que não é coisa para todos, muitos menos para aqueles dois cangalhos, que são uma epígrafe da decadência de Portugal.
O filho do estripador, em contrapartida, achou que todo o sistema de valores estava subvertido, e que era "giro", "fashion" e "curtido" dizer, como mitómano que era, que o mitómano do pai tinha andado a desventrar putas de viaduto, coisa que agradou a outra mitómana, a Felícia, e se tornou num facto relevante, um colossal desvio da realidade, numa sociedade ávida e mitómana, que, mais uma vez, nos provou que os órgãos de comunicação social ou não servem para nada, ou só servem para ser hackeados, na boa, pelo Estripador de Lulzsec.
Como já devem ter percebido, este é um encómio de duas figuras notáveis da nossa miserável contemporaneidade: os guerrilheiros da Net, e da eterna adversária de Laura "Bouche", a nossa enciclopédia do "bas-fonds" nacional, a única bicha que se pode gabar de ter andado à estalada com a Teresa Guilherme, por estarem a disputar, na Fonte da Telha, um mesmo homem. Reza a lenda que a Teresa, dessa vez, ganhou, como lhe ganha, na intensidade dos gritos da cópula, porque tinha mais buracos, e mais fundos, ou, como diriam os nossos astrofísicos, a Síndroma da Cova do Vapor, ou a vertigem do Buraco Negro, eventual novo livro de Stephen Hawking, onde estudará o limiar dos grandes lábios da dita cuja, a partir dos quais já não é possível sair, mas há uma radiação remaniscente, a lembrar que muita coisa foi absorvida por ali, uma espécie de cemitério de elefantes, mas na escala dos mamutes de tromba rija.
Agora, falando a sério: o Estripador de Lulzsec ameaça tornar-se no Governo Sombra de um país que não tem Governo, nem Presidente da República. Quanto aos filhos, pedimos encarecidamente à imaginosa Teresa Guilherme que abra uma "Casa dos Segredos III", e que convide as crias do Duarte Lima, do Vítor Constâncio, do Júdice, do Pinto da Costa, do Isaltino, do Proença de Carvalho, do Dias Loureiro, do Sócrates, do Mega Ferreira... não este não dá, porque é um útero macho..., do Oliveira e Costa, do Miguel Relvas, da "Nosferata" Nobre Guedes, de todos aqueles que se lembrarem, para concorrer ao novo concurso: contam a história toda do pai, e nós ficamos, com a ajuda dos Lulzsec, a saber, de viva voz, que é verdade tudo aquilo que por aí corre, à boca cheia.
Ficaremos eternamente agradecidos, acreditem, acreditem, mesmo. No mínimo, 2011 não voltará mais.
Na clandestinidade
                                                                                                    
                                                                                                              
                                                                                                                                

Recorte de Imprensa

E você, acredita?
                                                                                                     
Só os pobres escapam ao raide de uma política fiscal que castiga quem trabalha como ninguém na Europa.
                                                                                            
Não me lembro de ter chegado ao fim de um ano tão mau e, mesmo assim, desejar que o novo não comece. As perspectivas são negras e nem mesmo as promessas de Passos de "democratizar a economia" suavizam o horizonte. Os seis meses de Governo mostram que entre as intenções e a prática há um enorme vazio.
A austeridade tem como alvo a classe média, da alta à baixa. Só os pobres escapam ao raide de uma política fiscal que castiga quem trabalha como ninguém na Europa, e deixa de fora quem vive de mais-valias e dividendos. E os que têm "acesso privilegiado ao poder" continuam a ser os poderes reais do País. Os interesses corporativos que se alimentam do Estado não acabaram, o que se alterou foi um faz-de-conta. As nomeações para cargos dirigentes da Administração Pública serão por concurso público mas o ministro terá a última palavra, anulando a escolha por concurso.
A reforma do Poder Local acaba apenas com freguesias deixando as 308 autarquias do século XIX desfasadas das necessidades actuais. Os interesses partidários sobrepuseram-se e os caciques locais ganharam. Continuam as mais de 2ooo empresas municipais, quase todas endividadas e a albergar familiares e amigos de autarcas. Antes de ser Governo, o PSD prometia acabar com todas as que não tivessem "50% de receita privada". Também iam acabar com Fundações, Institutos, "o Estado gordo"... a dieta foi tão ligeira que até vai haver o novo Instituto Português da Moda (procuram um palacete). Em contrapartida, corta-se em coisas tão essenciais como medicamentos, médicos, enfermeiros ou nos 3 helicópteros do INEM à noite. Não estavam a ser rentabilizados. Custam 1,8 milhões de euros por ano e só às vezes é que há gente quase a morrer que precisa deles! Já a RTP custa mais de 100 milhões e vai deixar de ter publicidade para depender só do OE e do Governo que cedeu à pressão das privadas. Tal como tem cedido ao peso de quem intervém nas negociatas da PPP (60 mil milhões), grandes empresas, construtoras, banca e advogados.
Os sinais já são muitos e fortes de falta de vontade política do Governo para acreditar outra vez em promessas de "democratização da economia". Mas espero mesmo estar enganada – É o meu desejo para 2012!
Manuela Moura Guedes
in Correio da Manhã
                                            
                                             
                                                                              

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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Crónica

A cu-municação sucial
                                                                                                      
Por isso, subscrevo o que um amigo meu me dizia à dias: "tenho nojo da Comunicação Social portuguesa, são uns vendidos"... Queixava-se ele que procura à tempos um artigo de há meses sobre o poder de Balsemão, mas já não o encontra. Pudera!
                                              
A súcia merdiática tem escapado sistematicamente ao escrutínio da opinião pública, salvo os resmungos da praxe. A história da comunicação social não teve entre nós origens auspiciosas, é certo. O salazarismo foi seguido de estatização, espécie de modelo soviético em democracia, condenado à extinção. Desde o tempo de Cavaco, o público português habituou-se por indiferença e impotência a aturar complacentemente os inúmeros aldrabões e mixordeiros que têm pululado na comunicação social. Em compensação, o público habituou-se também a estar sempre de pé atrás. As enxurradas de notícias desmentidas, as conspirações desmontadas, as campanhas com rabo de fora habituaram-no a relativizar o valor da mercadoria adulterada. Certas histórias escabrosas que milagrosamente vieram à tona (p. ex. o caso das escutas) enojaram-no e revoltaram-no. Mas de cada vez que esse mesmo público se senta em frente ao televisor ou abre as páginas de um jornal, opera-se inadvertidamente o milagre da fé renovada. O paciente distende por momentos as suas prevenções e defesas, transformando-se imperceptivelmente numa criança benévola e crédula. A inoculação acrítica da informação marada pode durar apenas uns segundos ou minutos, mas deixa resíduos tóxicos.
O grande tema-tabu da comunicação social é, desde Cavaco, a própria comunicação social. Como se formaram os grupos que conquistaram e dominam totalitariamente o espaço mediático português, com que meios financeiros, com que privilégios e cumplicidades políticas? Num país onde se sabe tudo sobre os cornos, os implantes mamários ou a cor das cuecas de certas celebridades e figuras públicas seleccionadas, onde está a história da Impresa, da Lusomundo, da Controlinveste, da Cofina, da Media Capital, da Sonaecom? Quem são, que interesses têm, quem representam? Que lucros ou perdas têm? Quanto devem à banca? Que relações inconfessadas e simpatias políticas têm os sete indivíduos que monopolizam a indústria da informação? Recuando no tempo, como e por quem foram atribuídas as frequências nacionais de rádio e televisão a entidades privadas? Que objectivos perseguia, que apoios políticos teve e quanto perdeu a Igreja na sua desastrada aventura de televisão? Como passou a TVI da Igreja para a Sonae e desta para a Media Capital? Porque se opuseram histericamente Cavaco, Ferreira Leite e Balsemão (entre outros) a que a PT entrasse na Media Capital? Quais as perdas acumuladas pela Sonae com o jornal Público desde o ano em que foi lançado? Como foram privatizadas as empresas públicas de comunicação social? Que políticas de serviço público de comunicação social foram seguidas pelos diferentes governos? Que relações secretas existem entre a comunicação social e as polícias, o ministério público e os juízes? Como tem sido o trânsito de “profissionais” da comunicação social entre esta e a assessoria política, nos dois sentidos?
Em particular, o patrão da Impresa, fundador e há muito o militante número 1 do psd, ex-presidente do partido e ex-pm, nunca foi alvo de um estudo exaustivo e sério sobre o império de media que construiu e sobre o poder que tem na sociedade e na política portuguesas. A RTP, por exemplo, nunca encomendaria tal estudo, para não ser acusada – vade retro satanás – de ataque à iniciativa privada e à liberdade de informação. Nenhum jornalista de nenhum jornal, revista, rádio ou televisão se aventuraria por tal caminho investigativo, porque mais tarde ou mais cedo sofreria represálias na sua carreira. Por isso, subscrevo o que um amigo meu me dizia à dias: "tenho nojo da Comunicação Social portuguesa, são uns vendidos"... Queixava-se ele, que anda à procura de um artigo, de há meses, sobre o poder de Balsemão, mas já não o encontra. Pudera!
Os jornalistas realmente independentes, já nem falo dos comentadores, contam-se pelos dedos das mãos. Não há em Portugal um jornal ou um semanário de qualidade digno do título de “independente” – rótulo aliás queimado desde que um periódico com esse nome esteve descaradamente ao serviço das ambições políticas pessoais de Portas, conduzindo sistemáticas campanhas de ataque pessoal aos seus concorrentes e inimigos (que eram muitos, valha-nos ao menos isso, e que hoje se confrontam na mesma pocilga política). O panorama da comunicação social portuguesa resume-se nisto: oligopólio, promiscuidade económico-política, manipulação sistemática, cobardia e impudor jornalísticos, sensacionalismos bacocos, impotência do público. Nos últimos trinta e tal anos só houve um progresso, mas veio de outro mundo, chamado internet, e das suas filhas blogosfera e redes sociais. Sem isto, ainda estávamos na fossa.
Carlos Ferreira
                                                                                        
                                                                                                              
                                                                                                                     

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Tudo o que pode e deve fazer antes que o IVA dê cabo de si | iOnline

Tudo o que pode e deve fazer antes que o IVA dê cabo de si | iOnline

Chega o nó gordio...

CAVACO SILVA DEVIA DEMITIR-SE POR NÃO FAZER CUMPRIR A CONSTITUIÇÃO QUE JUROU DEFENDER
                                                                                                                                                
Militares deviam avançar para Belém e depôr o Presidente que permite a grave violação da Constituição todos os dias... Depois da privatização da Segurança Social, a da Saúde deixaria os portugueses sem quaisquer serviços sociais... Saiba o que vai aumentar dentro de dias!
                                                          
O Presidente da República reconhece que está «muito preocupado» com a coesão social e diz estar a fazer tudo para limitar as consequências sociais da crise, insistindo que o diálogo entre PSD e PS «é muito importante». No entanto, estas palavras, não passam disso mesmo. Cavaco Silva é o órgão político responsável por fazer cumprir os direitos fundamentais do povo português e da sua Constituição. Não o está a fazer permitindo que o Estado Portuges esteja a ser delapidado, desmantelado e destruído em todas as suas frentes, pelas sociedades secretas infiltradas nos governos a que presidiu, primeiro o de Sócrates da Maçonaria, agora o de Passos Coelho dos Bilderberg de Balsemão.
Cavaco insiste que deve ser encontrada uma «certa igualdade e um equilíbrio na repartição dos encargos da crise», Cavaco Silva fala ao longo da entrevista das «medidas duras de austeridade» que o Governo «pretende realmente implementar» e sublinha a «grande responsabilidade patriótica» que os portugueses têm demonstrado. "Queremos mostrar que fazemos o que devemos fazer. Claro que as pessoas não estão satisfeitas. Mas é o momento para reparar os nossos erros", defende Cavaco Silva, contestando as previsões negativas de que Portugal não conseguirá vencer a crise. Cavaco Silva, que vinca na entrevista o "poder da palavra" de que dispõe, lembrando que todas as quintas-feiras tem "um longo encontro" com o primeiro-ministro e que por essa via pode exercer influência e "comentar as medidas ainda numa fase precoce", renova também os apelos ao diálogo entre PSD e PS. "Nas condições actuais tento fazer tudo para limitar as consequências sociais da crise. O diálogo entre o PSD e o PS é muito importante", defende, recordando que os socialistas não votaram contra o Orçamento do Estado para 2012 e que isso é "muito positivo". Contudo, acrescenta, o diálogo com o PS "continua a ser muito necessário". Além disso, refere ainda Cavaco Silva, é igualmente "essencial" a concertação tripartida do Governo com os sindicatos e o patronato.
                                                                       
GOVERNO PODE ESTAR A PREPARAR A PRIVATIZAÇÃO DA SAÚDE
                                                                                                                            
Depois da privatização da SS, a da Saúde deixaria os portugueses sem quaisquer serviços sociais. O Governo de Passos Coelho pode estar a tentar apagar os registos públicos da corrupção na Segurança Social e na Saúde. Ao privatizar estes serviços sociais basilares de uma sociedade, o Governo destruirá a maioria das provas escritas e físicas da corrupção governamental do Estado português das últimas décadas. É um verdadeiro branquear da história. A ex-ministra da Saúde Ana Jorge disse na noite de terça-feira que teme que o sector venha a ser privatizado pelo actual Governo, ao ter de poupar mil milhões de euros na área em 2012. "Suspeito que seja uma questão ideológica e não uma orientação da 'troika', porque vamos reduzir o acesso público à saúde e aumentar em alternativa o sector privado e lucrativo", afirmou Ana Jorge à Lusa. "Preocupa-me esta poupança porque vai significar uma redução na prestação dos cuidados", acrescentou a responsável da Saúde do anterior governo de José Sócrates. Ana Jorge falava à margem da Assembleia Municipal da Lourinhã, à qual preside. O Governo terá de poupar quase o dobro nos custos com o sector da saúde que o estipulado na primeira revisão do memorando de entendimento com a 'troika', passando assim de 550 para mil milhões de euros. De acordo com a segunda revisão do memorando de entendimento do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF), o Governo fica agora obrigado a originar poupanças no sector da saúde em 2012 de mil milhões de euros.
                                                                                                                                    
A NOVA PIDE DE PASSOS COELHO: GOVERNO CONTRATA 350 INSPECTORES TRIBUTÁRIOS
                                                                                                                                 
Paulo Núncio homologou a lista dos 350 candidatos em Novembro passado. Lisboa absorve maior fatia dos reforços. Lugares são também distribuídos por Setúbal e Santarém. O concurso que dará acesso a 350 lugares de inspectores tributários (IT) para jovens licenciados em Direito chegou finalmente ao fim. Depois da homologação da lista de candidatos, o Fisco desencadeou nos últimas semanas o processo de admissão para realização do estágio. Lisboa absorverá a maior fatia dos novos inspectores, reforçando os serviços com 320 novos profissionais. O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio, homologou, no final de Novembro, a nova lista de candidatos aos 350 lugares para a inspecção tributária que serão distribuídos pela Direcção de Finanças de Lisboa (160) e serviços centrais da capital (160), e ainda pelas Direcções de Finanças de Santarém (15) e Setúbal (15). A presidente da Associação dos Profissionais da Inspecção Tributária (APIT), Susana Silva, aplaude o reforço de profissionais: "Há muito que vínhamos a alertar para a falha de recursos humanos na Inspecção Tributária. É uma medida importante, principalmente numa altura em que se pretende reforçar o combate à fraude e evasão fiscais". Esta responsável salienta, porém, que a APIT aguardava a abertura de vagas em outros distritos, ainda que Lisboa, Santarém e Setúbal sejam aqueles que tenham "maiores falhas nestas área".
                                                                                                                 
TEIXEIRA DUARTE "MUDA-SE" PARA A AMÉRICA DO SUL, E DESEMPREGADOS VÃO TER DE ACEITAR SALÁRIOS MAIS BAIXOS
                                                                                                                                      
Depois das ajudas europeias que receberam, as grandes empresas lusas escapam-se para outros mercados. O consórcio liderado pela Teixeira Duarte celebrou um contrato para construir o prolongamento da Avenida Boyacá, na Venezuela. 1,2 Mil milhões de dólares (920 milhões de euros) é o valor do contrato. A Teixeira Duarte celebrou, no dia 23 de Dezembro, “um contrato de empreitada com o “Ministerio del Poder Popular para Transporte Terrestre”, da República Bolivariana da Venezuela, tendo por objecto a construção do Túnel Baralt, do Nó de Ligação Macayapa e do Viaduto Tacagua, integrados na empreitada para prolongamento da Avenida Boyacá até ao Nó de Ligação em Macayapa, permitindo assim a ligação desta avenida à auto-estrada que liga Caracas a La Guaira, na Venezuela”, revela a empresa em comunicado emitido para a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). “O montante do referido contrato, sem impostos, é de 4.998.949.070,41 Bolívares Fuertes, correspondendo a cerca de 1,2 mil milhões de Dólares, sendo o prazo previsto para execução da obra de 42 meses”, adianta a mesma fonte.
Vamos ter um "novo mundo" social, completamente diferente em 2012 do de 2011. A redução dos valores do subsídio para todos os que ficarem desempregados depois da entrada em vigor da lei é, na prática, uma alteração indirecta ao conceito de "emprego conveniente". A redução do valor do subsídio de desemprego vai obrigar os futuros desempregados a aceitar salários mais baixos. Este é um dos efeitos indirectos do novo valor máximo de 1.048 euros (em vez de 1.258 euros), bem como da norma que prevê a redução do valor da prestação em 10% a partir dos primeiros seis meses. "Ou prescindem do subsídio de Natal e aceitam um corte adicional de 20% nos salários do próximo ano, ou o negócio fecha portas dentro de seis meses". Foi nestes termos que a administração de uma empresa da região de Lisboa e Vale do Tejo se dirigiu, no início de Dezembro, aos seus cerca de cem trabalhadores. Governo legisla à boleia da troika. Os credores internacionais avisam que, sem reformas estruturais, o País não cresce.Governo legisla à boleia da troika. Os credores internacionais avisam que, sem reformas estruturais, o País não cresce.
                                                                                                                           
A AUSTERIDADE PARA 2012: SAIBA O QUE VAI AUMENTAR
                                                                                                                                                  
2012: salários reduzidos, preços a dispararem todos os meses exponencialmente, muitos impostos e taxas... O ano foi de avisos, mas os aumentos efectivos começam em 2012. Depois das doze badaladas Portugal prepara-se para uma subida de preços generalizada provocada pelo agravamento do IVA, mas também pela actualização dos preços com a taxa de inflação. A juntar ao fim dos subsídios para o sector público e ao aumento do horário de trabalho no privado, os portugueses vão enfrentar um ano mais caro nos mais variados sectores como os transportes, a saúde e a alimentação. O governo garante que estes aumentos são “um mal necessário” mas também “uma oportunidade para o fortalecimento da economia”. Depois de um Natal já com subsídio reduzido, prepare o orçamento para 2012 com os olhos postos nos aumentos.
                                                                                                        
Transportes: Agosto foi o mês do aumento do preço dos transportes públicos. O governo fixou em 15% o aumento médio nos preços dos títulos de transportes rodoviários urbanos de Lisboa e do Porto, dos transportes ferroviários até 50 quilómetros e dos transportes fluviais. Em vários casos, os títulos de transporte aumentam mais de 20%. Apenas um mês depois da entrada em vigor das novas tarifas dos transportes, o ministro das Finanças prometeu à troika uma subida extra dos preços em 2012, com o objectivo de equilibrar a situação financeira das empresas de transportes públicos. Segundo a nova versão do Memorando de entendimento, a ideia é aplicar preços diferenciados aos bilhetes de comboios de longa distância, de acordo com a procura e a antecedência de compra. O próximo ano será, à semelhança de 2011, marcado por greves e protestos. Para dia 1 de Janeiro está convocada uma greve da CP e para a fim do mês está agendada uma semana de luta, que conta com o apoio da CGTP e da UGT.
                                                                                                                      
Saúde: A saúde é um dos sectores mais críticos. Uma ida às urgências vai custar 20 euros e uma consulta nos centros de saúde 5 euros. As taxas moderadoras das consultas nos hospitais e nos serviços de atendimento permanente dos centros de saúde vão subir para os 10 euros, quando actualmente custam 3,10 euros. Também as consultas ao domicílio sofrem um aumento, passando dos 4,80 euros para os 10 euros. O governo fixou ainda um limite máximo de 50 euros, a cobrar apenas nos meios complementares de diagnóstico e terapêutica que custem 500 euros ou mais. Alguns medicamentos poderão deixar de ser comparticipados. Apesar de ainda não terem sido divulgados pormenores, o Ministério da Saúde admitiu a exclusão de determinada medidas terapêuticas ou medicamentos por um critério nacional. A despesa total em saúde continuou a crescer, atingindo, em 2009, cerca de 18,2 mil milhões de euros, correspondente a 10,8% do produto interno bruto (PIB) e uma despesa por pessoa de 1700 euros.
                                                                                                                                            
Restaurantes: Jantar fora vai ser visto cada vez mais como um luxo apenas acessível a alguns. A restauração viu o IVA passar de 13% para a taxa máxima, 23%. Esta medida foi uma das mais polémicas anunciadas pelo governo. Com a taxa do IVA na restauração a 23%, “é a sobrevivência do turismo que fica em causa, uma vez que os serviços de alimentação e bebidas representam actualmente 45,4% do consumo dos estrangeiros que visitam Portugal”, lamentou a AHRESP. Esta garante ainda que 21 mil empresas vão encerrar e 47 mil pessoas vão ficar sem trabalho. A AHRESP referiu ainda que o sector do turismo, “um dos mais dinamizadores da economia nacional, irá ser fortemente prejudicado, por este aumento passar Portugal para o top cinco dos países da zona euro com maior taxa de IVA no sector da alimentação e bebidas”. O aumento do IVA para 23% vai também afectar muitos outros produtos, o que acabará por se reflectir nos preços a cobrar pela própria restauração.
                                                                                                                                                
Tabaco: O imposto sobre o tabaco sobe para 50% no próximo ano. Os cigarros enrolados aumentam o seu imposto dos actuais 45% para os 50% e o tabaco de enrolar vai aumentar dos 60% para os 61,4%. É de referir que, com o aumento do preço dos maços de cigarro, muitos fumadores passaram a optar pelo tabaco de enrolar. A taxa de imposto sobre os charutos e as cigarrilhas passa dos actuais 13% para os 15%. Mesmo assim, estas continuam a ser as categorias de tabacos com uma carga fiscal menos pesada. O governo estima que a receita líquida a encaixar com o imposto sobre o tabaco atinja os 1386,1 milhões de euros no próximo ano. O presidente da Associação de Grossistas de Tabaco do Sul, João Passos, advertiu para as consequências desta medida: “Além do aspecto financeiro e do aumento do crédito malparado, isto vai fazer subir a criminalidade, através dos assaltos a estabelecimentos comerciais e a carrinhas de distribuição, bem como o contrabando e a contrafacção.”
                                                                                                                                           
Telecomunicações: As telecomunicações também não vão escapar aos aumentos do próximo ano. As três operadoras móveis vão actualizar os tarifários em Janeiro, com uma subida média de 3,1%, valor que corresponde ao ajustamento à inflação. Em 2009 os aumentos tinham rondado os 2,5%, apesar da inflação negativa de 0,8%. O ajustamento à taxa da inflação é a justificação apresentada pelas empresas, que já tinham aumentado os preços 2,2% no início deste ano. A data de introdução dos novos tarifários difere entre operadores, com a Optimus a aplicar os novos preços mais cedo, logo a 1 de Janeiro, enquanto a TMN só o faz a partir de dia 2 e a Vodafone deixa a mudança para 10 de Janeiro. Esta é a melhor altura para começar a pensar em como pode poupar algum dinheiro neste campo. Comece por escolher o tarifário ideal. A maior parte das facturas dos consumidores é elevada porque estes não têm um tarifário adequado às suas necessidades. Faça uma simulação no site da Anacom para ver se essa é a sua realidade.
                                                                                                                                        
Renda da casa: As rendas das casas antigas vão ser actualizadas no próximo ano até 4,79% para os arrendamentos até 1967 e até 3,19% para os posteriores. A variação é calculada com base no valor da inflação dos últimos meses, mas sem ter em conta os preços da habitação, e os novos valores já foram publicados em Diário da República. A actualização das rendas das casas antigas -- um regime criado em 1985 para arrendamentos anteriores a 1 de Janeiro de 1980 – vai ser maior em 2012 que a deste ano, de 0,45% para os arrendamentos anteriores a 1967 e de 0,3% para as rendas contratadas depois desse ano. Também no sector imobiliário já se começam a sentir os efeitos da crise. Segundo os dados do último estudo da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, a procura de casas para arrendar atingiu em Setembro o nível mais elevado dos últimos dois anos. Além disso, 70% das pessoas que procuram casa para arrendar pretendem imóveis com rendas até 500 euros.
                                                                                                                                                     
Gás: A subida do IVA nos produtos energéticos – uma exigência da troika que acabou por ser contemplada no Memorando de entendimento – deverá voltar a reflectir-se no aumento do preço do gás. Os clientes de gás natural das distribuidoras dos grupos EDP e Galp deverão voltar a sofrer um aumento adicional médio da sua factura. Ainda em Julho passado, os consumidores foram confrontados com uma subida das tarifas do gás de 3,9% depois de o governo ter antecipado o aumento do IVA sobre o gás natural, que passou da taxa reduzida para a máxima. Feitas as contas, para uma família tradicional (um casal com dois filhos) e com um consumo tipo de 320 metros cúbicos por ano, cuja conta mensal rondaria 22,41 euros, esta despesa passou para 23,25 euros após a entrada em vigor a 1 de Julho do aumento tarifário de 3,9%, que é válido até 30 de Junho de 2012. Ainda não há garantias de que não volte a registar uma nova subida durante o próximo ano, o que penalizaria ainda mais o orçamento familiar.
                                                                                                                                              
IMI: O fisco começou no início deste mês a avaliar cerca de 5 milhões de imóveis que não foram transaccionados desde 2004. A avaliação vai incidir sobretudo em prédios urbanos que ainda não foram transaccionados desde que o Código do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) entrou em vigor e, como tal, não voltaram a ser reavaliados. Na prática, a partir de 2012 deixa de haver dois tipos de taxas de IMI, como existem agora: variam entre 0,4% e 0,7% para os prédios não avaliados depois de 2004 e entre os 0,2% e os 0,4% para os que já o foram, passando a ser válidas apenas estas últimas. A subida vai ser feita de duas formas: as taxas serão agravadas 0,1 pontos percentuais, que passarão assim a variar 0,3% e 0,5%, e o limite do coeficiente de localização passará de 2 para 3,5. Mas ao contrário do que estava previsto no Memorando assinado com a troika, os proprietários que já estavam a beneficiar da isenção temporária do IMI vão poder continuar a beneficiar dela até ao fim.
                                                                                                                                                         
Alimentos: Segundo o Orçamento do Estado para 2012, passam da taxa intermédia para a taxa normal de IVA os derivados de frutas, como as “conservas de frutas ou frutos, designadamente em molhos, salmoura ou calda e suas compotas, geleias, marmeladas ou pastas”, bem como os frutos secos, ficando as frutas frescas na taxa reduzida. Os aumentos vão afectar produtos diversos, de refeições pré-congeladas a café em pó. Apenas os bens que o governo considera “cruciais” para sectores de produção nacional ficam de fora, como por exemplo o vinho ou os néctares de fruta. Margarinas, óleos alimentares, frutos secos e fruta de conserva vêem o IVA aumentar dos 13% para os 23%. Já as batatas fritas congeladas, os refrigerantes e AS sobremesas lácteas passam de 6% para 23%. Também o pão vai ficar mais caro em 2012. A ideia, de acordo com o sector, é minimizar o impacto das quebras de 30% no consumo da subida do IVA. A associação não fala em valores, mas diz que a subida de preço é inevitável.
                                                                                                                                    
Electicidade: A factura de electricidade dos portugueses vai aumentar em 2012, o que representa um acréscimo de 1,75 euros numa factura média de 50 euros. Apesar de este aumento ficar bem abaixo dos 30% que chegaram a ser noticiados, a entidade reguladora (ERSE) salienta que a subida se traduz num acréscimo mensal de 1,75 euros por mês para uma conta média de cerca de 50 euros, já com a actualização do IVA de 6% para 23%, em vigor desde Outubro. A tarifa social, que vai beneficiar cerca de 666 mil clientes vulneráveis, vai ter um acréscimo de 2,3% representando cerca de 57 cêntimos numa factura média mensal de 26 euros já com o IVA de 23% incorporado. A Deco considera que o aumento da factura da electricidade “esconde um agravamento muito superior” e exigiu uma redução de 30% dos custos políticos até 2013. O aumento dos preços foi agravado pelo custo das matérias-primas, nomeadamente do petróleo, do gás natural e do carvão, nos mercados internacionais.
                                                                                                                                                         
                                                                                                 
                                                                                                                               

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Crónica clandestina

A ultima fita do anus horribilis
                                                                                                                                          
A acreditar no cenário mais negro, que é a decomposição da Ordem Pública, de aqui a poucos meses, já a vejo, e, agora, os que têm estado a achar que falhei no essencial, vão ver que não, ela embarcará, com a Maria Cavaca, disfarçada de muçulmana, no aeroporto de Beja, e levada pela trela, na forma de caniche, com a massa mamária repartida, numa última plástica, por seis tetas de cadela salsicha, e a cara tapada por aquela cabeleira loira indescritível e inencontrável.
                                                     
No tempo em que havia Ensino, ou seja, antes da Lurdes Rodrigues, da Alçada e do Crato, e de todos os seus antecessores, até D. Maria II, aprendia-se que o corpo se dividia em cabeça, tronco e membros. Uma pessoa saía de ali como que reconfortada, e passava as mãos pela pele, a ver se tudo estava no seu lugar e era... normal. Depois, vieram as modernidades, e passaram a incluir-se acessórios, como o pescoço, o botox, o rimel, as pontes dentárias, a lipoaspirações, o rabo, a rata, a pena grossa, a celulite, o clítoris, que as Africanas, por exemplo, acham que é um erro do "Intelligent Design", e cortam logo à nascença, as varizes, as estrias os joanetes, e a célebre doença dos pézinhos. É natural que o Português comum, pouco dado à Cultura, e que só leu o "Equador", do Miguel Sousa Tavares, o Livro do Jardel e metade das Memórias da Carolina Salgado, esteja, hoje, em dia, baralhado, e fique com o seu conhecimento geral profundamente afetado, ao ponto de achar que África é um país da América do Sul, ou, Portugal, uma província da Mafia Angolana, ou que o Hulk faz parte do Conselho de Estado. Resumidamente, regra geral, o Português da rua olha em seu redor e tem enorme dificuldade em encontrar, hoje em dia, corpos que sejam só cabeça, tronco e membros. A novidade, e suponho que isto faça parte da reforma do Ensino, do sinistro ministro Nuno Crato, é que, em tempos de crise, todos pensemos que poucos são todos os esforços, e que é necessário deitar mãos a todas as ajudas possíveis.
Teresa Guilherme, um fóssil vivo, tal como o Celacanto, é, de facto, ainda constituída por cabeça, tronco e membros: a cabeça -- e nisto consultámos o Dr. Pinto da Costa, irmão do outro, e especialista em medicina legística, também conhecida por medicina do pós pés para a cova -- de Teresa Guilherme distingue-se por uma testa alta, o que analisando os crâneos, desde a célebre "Lucy" e o "Homo Sinensis", passando pelos Neanderthalensis, os que vão de joelhos a Fátima, os Cro-Magnons e o Stephen Hawking, no estado em que está, leva a crer um aumento substancial dos lobos frontais, ou do raciocínio, aqueles que o primeiro "Nòbèle" Português mandava retirar, para não pensarmos muito, porque éramos mais modestos, e o segundo também achou que era dispensável, já que Área de Broca se situava no livro de cheques da Pilar del Rio, da puta que a pariu. Ora, um aumento da área dos frontais corresponde a um aumento da inteligência, o que é financeiramente comprovável, já que a Teresa Guilherme tem muitos defeitos, menos o de ser estúpida, e sabe que a melhor maneira de faturar é com a estupidez dos outros, e assim fez e assim sempre foi.
Descendo o "scanner" deparam-se três sorrisos, o da boca, larga como uma fenda, salvo seja, que faz uma curva, para baixo, enquanto os olhos, marotos, sorriem para cima, em curva inversa. Dizem os conhecedores que a boca da servidão também está em permanente sorriso, ou que ela tem uma Santa Teresa de Ávila entre as pernas, mas nunca por lá passei, nem tenho raios X neste teclado, em que a estou humildemente a glorificar. Descendo mais um pouco, entramos na zona dos aterros e da construção civil, já que aquela queixada faz lembrar as enormes retro escavadoras que agora estão a preparar o terreno do Bairro do Aleixo, para o filho do Duarte Lima finalmente poder implantar o condomínio de luxo que estava bloqueado na Câmara, e a quem Rui Rio deu agora o empurrãozito que faltava. Há, portanto, nela, um traço fisionómico do dinheiro que vai pagar a fuga, para a Costa Rica, do pobre coitado. Começam agora as austeridades que anunciam a magnífica reforma de Nuno Crato, porque cumprida a cabeça, a Teresa Guilherme une diretamente ao tronco, através de uma discreta papada, que, por mais que as plásticas a atirem para os baldes de recolha das cirurgias plásticas, teima em reaparecer, tal como a Cultura, que é tudo aquilo que fica, depois de nós termos tentado tirar os excessos. Sendo a Teresa Guilherme um produto completamente natural, só me vêm à cabeça os pelicanos, depois de uma gaitada de cardume de sardinhas, os perus de Natal, ou a Margarida Moreira, da DREN, nos tempos em que fazia de hipopótamo, para as rábulas do La Feria.
Aqui, como podem imaginar, já deslizámos, discretamente, do domínio da Fisiologia para o dos "Freaks", ou seja, vamos na direção certa. Percorrida, como uma SCUT sem portagem, a cabeça para o tronco, depara-se-nos uma tabuleta a dizer "Mamas", ou "Tietas", consoante estejamos a ler a placa do lado de Portugal ou España, e, aí, o relevo é miserável, porque não haveria injeções na Economia que conseguissem alavancar aquilo para cima, por mais que se diga que ela fica com os bicos rijinhos, sempre que o João farfalha umas bojardas por aquela boca fora. Como se sabe, os homens querem-se de boca fechada, e, tal como elas, só para cumprir a... função, desde que a... função não inclua a boca, e isto é um axioma que o Nuno Crato deve incluir na sua Reforma do Ensino. Passadas las tietas, começamos a entrar no domínio da pura desgraça, o que só faz lembrar os relatórios do Tribunal de Contas sobre a situação na Madeira, e acho que devo poupar os estimados leitores a essas imagens chocantes, porque pregas, reentrâncias, refegos e "fiords" são mais para a Noruega do que para o corpo de uma mulher que pagou uma fortuna para ser intervencionada e... ficar na mesma. Há nela, como em qualquer mulher bichona, uma Maria Elisa Domingues por fora e um Zezé Castel Branco por dentro, mas, aparentemente, os armários de montar adoram aquilo, suponho que seja como a montanha russa, e aquela sensação vertiginosa, quando se vem lá do topo, de que se pode, MESMO, cair no buraco, mas graças à Santa com cara de saloia, eles acho que nem vêem, nem sentem nada, porque faz parte do contrato de cobrição poderem levar um espelho de corpo inteiro com eles, de maneira que, durante o sobe e desce, eles têm a sensação de estar a montar um musculado de ginásio com um Grande Canyon entre as pernas, o que, para não perdermos o fio à meada, nos leva do tronco para os membros.
Aqui, confesso, Deus, ou o autor daquela obra prima da Natureza, foi substancialmente feliz e cumpriu a palavra de Leibniz, ao dizer que estávamos no melhor dos mundos possíveis, e estávamos, porque os membros inferiores da Teresa Guilherme são siameses com os da Fanny, e fazem lembrar o velho conselho que Cézanne dava aos pintores, "tratem toda a Natureza, como se de cilindros, esferas e cones se tratasse": a Fanny Guilherme, da boca da servidão para baixo, tem dois cilindros, aliás, substancialmente poupados, porque o tempo é de crise, e descambam em dois pézinhos de porco, que, quando a fome apertar, ainda acabam nalguma feijoada pobre, de um sem abrigo de 2012 em diante. Creio ter descrito não uma beleza, mas a Beleza em si, no sentido platónico, do "Symposium", mas ao contrário, já que não houve qualquer ascensão, mas um mergulho na realidade da sensorialiedade visual. Nesta altura, estará já o leitor a perguntar como é que, sendo consubstancial a Fanny com a Teresa Guilherme, e estando ambas presentes no comungar de domingo da TVI, não bastava uma, e tinha de haver duas, mas a verdade é que uma é a alegoria da outra, e enquanto a Teresa está cá fora, de microfone na mão, a outra está lá dentro, em terríveis esforços de meter o microfone na boca, coisa bastante difícil, com oligofrénicos, que, ou são virgens, ou passam o tempo a fazer flexões, para se excitarem entre eles, deixando aquele barrilzinho, que se parece com aquelas trotinetes dos seguranças gordos do "Colombo", a saltar de colo em colo, à espera de entrever o padeiro.
A Fanny tenta, lá dentro, exercitar o que a "voyeur" Teresa Guilherme está, ávida, de começar a praticar.... cá fora. Como nada acontece, é aqui que entra a Cultura, e que o Ministro Nuno Crato percebeu que deveria observar o fenómeno, e tentar capitalizá-lo o mais possível: das duas uma, ou o País tinha realmente chegado àquele estado, depois de décadas de exposição aos presépios da Maria Cavaca e aos "derbies" do Pinto da Costa e aos "Eixos do Mal", da Clarinha de Bilderberg, ou a Teresa Guilherme, aka, Fanny, era uma intelectual, revolucionária, que tinha tentado criar ali um alegoria sem caverna, ou dos homens das cavernas, como queiram, para despertar o país profundo para o estado de decadência cultural a que tinha chegado. Para mim, que sou otimista, inclino-me mais para a segunda hipótese, e acho que há dentro dela um novo Rousseau, e que ela está a declinar, audio visualmente, um novo "Émile", ou, mesmo, a escrever uma "Ética a Nicómaco", que fará dos novos expulsos da "Casa dos Segredos", Reitores, Filósofos e Políticos de primeira água, como tanta falta nos fazem. Que fique Nuno Crato atento ao fenómeno, porque tem ali um braço de ferro, aliás, voltando aos membros, da cabeça, tronco e membros, já que falámos dos inferiores, deixámos para o fim os superiores, e que Nuno Crato veja, ali, não mãos estendidas para punhetas babadas, mas braços direitos para uma reforma profunda da Cultura e do Ensino nacionais, rapidamente convidando, para os mais altos cargos, os intervenientes no novo processo de aculturação. Sendo justos, Teresa Guilherme daria uma excelente Ministra da Cultura, e Fanny poderia ser a sua sucessora na pasta da Educação.
A versão literal é menos otimista: tudo o que está a acontecer ali é mesmo verdade, a Teresa Guilherme, sem pescoço, é a mesma que decidiu fazer frente às megaprodutoras do pedófilo monopolista Carlos Cruz, e do Nicolau Breyner, que tanto gosta de mijinhas de meninas de seis anos, e só está a sacar o máximo possível, para poder ir para São Paulo, onde os homens ainda são baratos, e não continuará a ser chateada com os pedidos de ajuda do chavalo a quem deu a mota, e que acabou em Alcoitão, depois do acidente, e que ela nem se dignou ir ver, trocando-o por um substituto, aliás, por vários, como é do conhecimento público. A alternativa seria tornar-se no braço direito de Clara Ferreira Alves, à frente da RTP privatizada, de modo a poderem imbecilizar, durante 500 anos, a população nacional. Todavia a acreditar no cenário mais negro, que é a decomposição da Ordem Pública, de aqui a poucos meses, já a vejo, e, agora, os que têm estado a achar que falhei no essencial, vão ver que não, ela embarcará, com a Maria Cavaca, disfarçada de muçulmana, no aeroporto de Beja, e levada pela trela, na forma de caniche, com a massa mamária repartida, numa última plástica, por seis tetas de cadela salsicha, e a cara tapada por aquela cabeleira loira indescritível e inencontrável, exceto nos salões de peluqueria de Ceuta, Damasco e Istambul. Safará, assim, o coirão, cabeça, tronco e membros, com a Fanny, bloqueada num país em revolução, a posar para o busto da IV República, uma coisa igual à anterior, mas com todos os defeitos constitucionalizados, como "regras de ouro". 
Na clandestinidade
                                                                                                                   
                                                                                                             
                                                                                                                           

“Emigre você, sr. primeiro-ministro.” Como uma carta a Passos Coelho se tornou viral na internet | iOnline

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Austeridade. Saiba o que vai aumentar em 2012 | iOnline

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Crónica de Domingo pós Natal

Um terço dos portugueses já vive no estrangeiro
                                                                                                                     
Os números de emigração são, aliás, semelhantes aos dos anos sessenta em plena ditadura salazarista. Tal como então, são muitos os que hoje estão a fugir de uma terra - que é a SUA, mas que os maltrata. E ninguém faz nada...
                                          
São já cerca de cinco milhões, número com tendência para aumentar, ao mesmo ritmo que crescem as dificuldades em Portugal. Os números de emigração são, aliás, semelhantes aos dos anos sessenta em plena ditadura salazarista. Tal como então, são muitos os que fogem duma terra que os maltrata. Mas, mesmo fora de Portugal, continuarão a ser vítimas dum estado que não lhes proporcionará qualquer apoio nessa aventura de diáspora. A rede consular, que deveria garantir a sua ligação em permanência ao país, actua ainda numa lógica de funcionalismo público tradicional. Por sua vez, consulados e embaixadas foram agora encerradas na óptica da poupança do Estado, e os embaixadores portugueses desconhecem, na sua grande maioria, o fenómeno da emigração, os seus dramas e dificuldades.
A nível governamental, sucessivos executivos tratam os assuntos das comunidades através do seu ministro dos estrangeiros. Ainda por cima, através da secretaria de estado com menor peso protocolar. Os emigrantes são assim tratados como estrangeiros. Ainda por cima como estrangeiros de segunda! Por estas e por outras, para quem não tem trabalho nem perspectiva de o obter a prazo, este país não é grande ajuda: ou porque continuarão desempregados em território nacional ou porque serão portugueses de segunda, vivendo no estrangeiro. Uma situação desesperante e crítica, que devia - tal como o Bastonário da Ordem dos Médicos já disse, deveria ser julgada em tribunal os verdadeiros culpados desta tragédia nacional.
O primeiro-ministro defendeu a emigração dos portugueses, porque prefere isso a que eles fiquem por cá, provavelmente a incomodar e protestar a curto prazo. É assim, óbvio, que este governo desistiu de tentar resolver a vida dos portugueses, e apenas deseja que eles vão fazer as suas vidas noutro país. Parece muito claro que a política deste governo, a mando dos alemães, apenas fará que Portugal se torne inabitável. Não foi por acaso que há uns meses atrás a chanceler Merkel declarou generosamente que havia lugar na Alemanha para alguns dos melhores licenciados de países como Portugal.
Depois de os países do centro saquearem os da periferia com empréstimos de pura agiotagem, trata-se agora de os privar de quadros que lhes possam permitir sair do buraco e ter uma vida independente de Berlim. Para quem vive neste maravilhoso rectângulo à beira-mar plantado, só resta uma escolha: deixar que nos mandem embora ou recusar uma política e um governo super-impreparado para a situação presente, que nada mais faz do que representar os credores estrangeiros. Os números de emigração são, aliás, semelhantes aos dos anos sessenta em plena ditadura salazarista. Tal como então, são muitos os que hoje estão a fugir de uma terra - que é a SUA, mas que os maltrata. E ninguém faz nada...
Os portugueses são um povo de extremos: ou vivem em euforia colectiva numa espécie de alienação geral, ou vivem em depressão, em estado de neurose colectiva, num misto de vítimas e resignação. Meio termo, vulgo racionalidade, não existe no nosso património genético. Se é para sofrer, sofremos mesmo a sério, em pensamento, actos e emoções. Cantamos fado, buzinamos sempre que houver uma oportunidade, gritamos com as criacinhas numa ou outra manifestação e, carpimos, carpimos, carpimos até à exaustão. E o Natal e o Fim do ano é uma excelente época para isso, e aliviar-mos os governantes das suas preocupações. Estamos acomodados. Podem estender o jugo até ao limite.
- Onde estará ele? Quando chegará?
Carlos Ferreira