Crónica de Domingo

A mesquinhez humana

"Que lado nosso é esse, feliz diante da desgraça alheia? Quem é esse em nós, que ri quando o outro cai no chão da vida?"

Sempre que leio certas notícias, é inevitável reflectir sobre a nossa condição humana, a nossa capacidade para o mal, a sordidez, a humilhação do ser humano sobre o outro. A tendência para a morte, não para a vida. Para a destruição, não para a criação. Para a mediocridade confortável, não para a audácia, a criatividade e o fervor que podem ser produtivos. Para a violência demente, não para a conciliação e para a humanidade.
E vejo que isso se expande dariamente nos jornais, na televisão, no cinema, nos livros e mais livros: se um santo filósofo disse que o ser humano é um anjo montado num porco, eu diria que o porco é desproporcionalmente grande para tal anjo.
E interrogo-me sem respostas: Que lado nosso é esse, feliz diante da desgraça alheia? Indiferente ao que nos rodeia? Quem é esse em nós (eu não consigo fazer isso, mas nem por essa razão sou santo), que ri quando o outro cai na chão da vida? Quem é esse que aguarda a gafe alheia para se divertir, para amesquinhar, para denegrir? Ou se o outro é traído pela pessoa que ama ainda aumenta o conto, exagerando, e espalhando isso aos quatro ventos – talvez depois correndo para consolar falsamente o atingido? Que tipo de gente nos tornámos? Anjos e demónios?

O que é essa coisa em nós, que dá mais ouvidos ao comentário maligno do que ao elogio, que sofre com o sucesso alheio e corre para cortar a cabeça de qualquer um - sobretudo próximo, que se destacar um pouco mais que seja da mediocridade em geral? Quem é essa criatura em nós que não tem partido nem conhece lealdade, que ri dos honrados, debocha dos fiéis, mente e inventa para manchar a honra de alguém que está a trabalhar pelo bem? Desgostamos tanto do outro que não lhe admitimos a alegria, algum tipo de sucesso ou um pequeno reconhecimento que seja? Quantas vezes ouvimos comentários como: "Ah, sim, ele tem uma mulher carinhosa, mas eu já soube que ele continua um devasso". Ou: "Pois, ela conseguiu um bom emprego, porque deve estar a sair com o chefe ou um assessor dele". Mais ainda: "O filho deles mudou de colégio, mas parece que...". Outras pérolas: "Ela é uma mulher bonita, mas quanto silicone já meteu, quantas plásticas...".
Detestamos o bem-estar do outro. O porco em nós exulta e sufoca o anjo, quando conseguimos despertar sobre alguém suspeitas e desconfianças, lançar algum tipo de calúnia ou requentar outras que já estavam esquecidas: mas como pode o outro dar-se bem, ver o seu trabalho reconhecido, ter admiração e aplauso, quando nos refocilamos na nossa nulidade?

Nada disso! O que nós queremos é provocar sangue, cheirar as fezes, vêr miséria, causar medo, queremos a fogueira, o relampejar do ódio.

Não todos - nem sempre, eu sei. Mas que em nós espreita esse monstro inimaginável e poderoso, ou simplesmente medíocre e covarde, como é a maioria de nós, ah!, isso sim - espreita. Afia as unhas, palita os dentes, sacode o comprido rabo, ajeita os cornos, lustra os cascos e, quando pode, dá a sua investida. Ainda que seja um comentário aparentemente simples e inócuo, uma pequena lembrança pérfida, como dizer: "Ah! sim, pois... ele é um médico brilhante, um advogado competente, um político honrado, uma empresária capaz, uma boa mulher, mas eu já soube que...", e aí se começa a lançar o mal cheiroso petardo. A forquilha do embuste.Esse procedimento tão nacional vai bem mais longe do que simples calúnias e maledicências. Reside e manifesta-se explicitamente no assassino moral que se imola para matar dezenas de inocentes num templo, incluindo entre as vítimas mulheres e crianças... e se dirá que é por idealismo, pela fé, porque o seu Deus quis assim, porque terá em compensação o paraíso para si e para os seus descendentes. É o que acontece tanto ao ladrão de uns ténis como ao violador de meninas(os), e no delinquente drogado (ou não) que, para roubar 20 euros ou um telemóvel, mata uma jovem grávida ou um estudante mal saído da adolescência, liquida a pauladas um casal de velhotes, invade casas e dizima famílias inteiras na sua pacatez de vida modesta.

Digam-me o que quizerem, a sordidez e a morte vivem adormecidas em nós, e nem todos conseguem domesticar isso. Ninguém me diga que o criminoso agiu apenas movido pelas circunstâncias, “de resto ele, até é uma boa pessoa”. Ninguém me diga que o caluniador é um bom pai, um filho amoroso, um profissional honesto, e apenas exala o seu mortal veneno porque busca e ama a verdade. Ninguém me diga que somos bonzinhos, e só por acaso lançamos o tiro fatal, feito de aço ou expresso em palavras. Ele nasce desse traço de perversão e sordidez que anima o porco, violento e covarde, e faz chorar o anjo que existe dentro de nós.

Carlos Ferreira

algarve_reporter@mail.telepac.pt

Crónica do Serrone

O desafio global

Não podemos evitar o período que se aproxima e que muitos analistas denominam de «Ajustamento Económico» e que eu prefiro denominar

«Ajustamento Ambiental, Social e Económico».

Este foi um dos temas que desenvolvi numa das crónicas do final de Fevereiro. Desde a sua publicação, tenho recebido ocasionalmente algumas comunicações que, embora reconheçam o interesse e a pertinência das ideias expostas, referem não acreditar que alguma vez estas possam ser postas em prática. Segundo estes leitores, os grupos de interesses que dominam o sistema capitalista, procurarão sempre tirar as maiores vantagens económicas/financeiras, minimizando despesas e maximizando o lucro, deixando para segundo plano as questões ambientais e sociais.

Irá ser sempre assim? Se olharmos para a história da humanidade, quase somos levados a concordar que sim. Mas os erros cometidos no passado, trouxeram o planeta ao ponto em que nos encontramos, o mais grave de sempre. Na minha opinião o homem tem feito uma péssima gestão do planeta, pelo que se torna imprescindível aprender rapidamente com os erros do passado e implementar medidas urgentes para poder salvar o que resta deste, para as gerações futuras. Se não se inverter a lógica de desenvolvimento das últimas décadas, a actual trajectória ecológica, demográfica e económica será insustentável e acentuará:

- As mudanças climáticas, extinções de espécies e destruição de funções vitais de suporte à vida.-O aumento do número de habitantes do planeta, principalmente em zonas incapazes de absorver uma população crescente.

-O aumento da pobreza extrema na população mundial. Recordo que estas populações morrem todos os dias à fome e com doenças, sem receber qualquer benefício do desenvolvimento do resto do mundo.

-A diminuição acentuada da disponibilidade de todos os recursos, com repercussões geopolíticas inimagináveis.

Estes problemas não se resolvem por si mesmo, conforme já deu para perceber com a actual crise. Nenhuma região do mundo ficará de fora, também as mais ricas serão irremediavelmente afectadas. Alcançar metas e resoluções a uma escala global pode parecer impossível, mas é a única saída para evitar o pior. Os desafios são globais e por isso exigem soluções globais. O mundo necessita urgentemente de acordos e atitudes internacionais generalizadas, que sejam capazes de responder aos desafios globais.

Nas próximas crónicas procurarei desenvolver esta temática, abordando com a maior detalhe os problemas ecológicos, demográficos e económicos, suas causas e possíveis soluções. Desta vez pareceu-me interessante tentar explicar como é que estes factores estão inter-relacionados. Vou tentar fazê-lo de uma forma bastante simples: utilizando uma fórmula matemática de fácil compreensão, desenvolvida por P. Ehrlich e J. Holdren em «One – Dimensional Ecology» , Bulletin of the atomic Scientists em Junho de 1972, mas que ainda hoje se mostra adequada e ajustada.

I= P x A x T

Sendo:I - Impacto humano total sobre o ambiente; P – População mundial; A – Rendimento per capita (médio) e T – Impacto ambiental por unidade monetária de rendimento.

A fórmula refere que o Impacto humano sobre o ambiente aumenta quando aumenta a actividade económica total e depende do tipo de tecnologia que está a ser usada.

Em economia, o que define a magnitude da actividade económica mundial é o Produto Mundial Bruto que é igual à multiplicação da População Mundial (P) pelo Rendimento per capita (A), o valor P x A da nossa fórmula. Desde 1950, a população mundial aumentou de 2,5 mil milhões de pessoas para os actuais 6,7 mil milhões, sendo que o rendimento per capita, também tem vindo sempre a aumentar. Estima-se que, desde 1950, o produto económico do mundo tenha aumentado cerca de oito vezes, até aos nossos dias.

Segundo as previsões da ONU, o crescimento demográfico média até 2050 levará a população mundial até aos 9,2 mil milhões. Se fosse possível manter os níveis de crescimento que se verificavam antes da crise actual, o rendimento per capita aumentaria ainda cerca de quatro vezes, até 2050. A conjugação de ambos os factores, elevaria o Produto Mundial Bruto cerca de 6 vezes, até meados do século XXI.
O que estou a tentar demonstrar a todos os nossos leitores é que, a manter-se o cenário de crescimento demográfico e económico dos últimos anos, o impacto humano sobre o ambiente aumentará cerca de 6 vezes até ao ano 2050.
Não será preciso evidenciar os efeitos devastadores que tal acarretaria para o planeta? Basta pensarmos que, já hoje se vive uma situação insustentável sob o ponto de vista ambiental.

Até agora falamos do valor P e A da fórmula. Vamos agora perceber melhor o valor T, propositadamente deixado para o fim:

Ao desenvolvermos a actividade económica, com as tecnologias disponíveis no momento, provocamos uma determinada carga ambiental. Utilizamos e poluímos recursos, emitimos gases com efeito de estufa, etc. Digamos que, por métodos matemáticos mais complexos, é possível quantificar o impacto que provocamos no ambiente, por unidade de rendimento obtida no exercício da actividade económica. Este impacto é representado na fórmula com a letra T. Quanto maior for a actividade económica, maior será o valor de T e maior o impacto desta no ambiente.

Pensemos agora no que será o valor inverso de T o qual iremos identificar com a letra S. O inverso de T será 1/T e dá-nos o rendimento que é produzido no exercício da actividade económica, por unidade de impacto ambiental. Como se trata do inverso de T, percebemos facilmente que quanto mais elevado for o valor de S, menor será o impacto nos sistemas naturais. As tecnologias de elevado valor de S, são as tecnologias sustentáveis ou tecnologias limpas.

A fórmula inicial também é conhecida com a expressão:

I=P x A x S,

Sendo S =1/T (Rendimento que é produzido por unidade de impacto ambiental, valor sempre menor que 1).

O conhecido economista Jeffrey Sachs, afirma que o desafio global que é colocado actualmente à humanidade, é conseguir estabilizar o valor de P (população mundial) de forma a não ultrapassar os 8 mil milhões de pessoas em 2050 e investir na sustentabilidade das tecnologias (S), entre as quais se incluem as energias renováveis, captação e armazenamento de dióxido de carbono, a piscicultura sustentável, a irrigação gota a gota, melhores variedades de sementes. Tudo isto maximizando o desejável aumento do Rendimento per capita (A).

“Seguindo esta estratégia, o mundo poderá suportar um aumento do rendimento global sem sofrer uma catástrofe ambiental”.

Serrone

in http://actualidadesdoserrone.blogspot.com/

Fim de Semana

Ciência: O desafio de prever as catástrofes

Previstas, mas imprevisíveis. Os cientistas já entendem o mecanismo dos megadesastres, mas ainda não sabem quando eles podem ocorrer, ou como evitá-los.

À sessenta e cinco milhões de anos atrás, um asteroide com 10 quilómetros de diâmetro caiu na superfície da Terra. O seu impacto subverteu o clima global e causou a extinção dos dinossauros, que tinham dominado o planeta durante 150 milhões de anos. De todas as espécies que já existiram na Terra, 99,9% estão agora extintas. Muitas delas pereceram em cinco eventos cataclísmicos, dos quais o que matou os dinossauros é o mais recente e conhecido. A própria espécie humana esteve à beira do aniquilamento há 100.000 anos, quando uma seca prolongada em África reduziu a humanidade a não mais que 2.000 pessoas. A pergunta inevitável que se coloca, é a seguinte: isso pode ocorrer novamente? A única certeza a respeito desses eventos é que eles fatalmente vão sim, ocorrer de novo. A questão está em saber quando? Por mais que a ciência tenha avançado no conhecimento das forças envolvidas em terremotos, mudanças climáticas e movimentação dos corpos espaciais, a previsão precisa de quando poderão ocorrer novas megacatástrofes ainda está além da nossa capacidade.
O estado da Califórnia, nos Estados Unidos, cortado por uma falha geológica de 1.290 quilómetros que marca o encontro entre duas placas tectónicas, regista cerca de 15.000 pequenos abalos sísmicos por ano. Os californianos vivem à espera do famoso "Big One", o grande terremoto que se pensa vai devastar a região. Os riscos de ele ocorrer nos próximos trinta anos são de 99%, segundo estimativas do Serviço Geológico dos Estados Unidos. No início deste mês, o governo americano destinou 5 milhões de dólares para pesquisas científicas que ajudem a prever terremotos. Outros 7 milhões serão investidos até 2010. Trata-se de um campo de estudo relativamente recente. Os terremotos só foram devidamente compreendidos há cinco décadas, quando surgiu a teoria das placas tectônicas. A ideia de que a crosta terrestre está dividida em grandes blocos que andam a boiar sobre o magma, é para os geólogos o que a teoria da evolução representa para a biologia. Os abalos mais devastadores surgem a partir do choque entre as bordas das placas e por isso têm destino certo. Até hoje, 81% deles foram registados no Círculo de Fogo, uma faixa em forma de arco que circunda o Oceano Pacífico.

O problema é que ainda é impossível prever quando eles vão ocorrer. Oito em cada dez alertas de tsunami - a onda gigante provocada por terremotos no leito dos oceanos, são alarmes falsos. Enquanto não é possível prevê-los, o melhor a fazer é preparar-mo-nos para o pior, reforçando casas e edifícios para resistir aos tremores. O governo do Japão prepara-se há três décadas para o terremoto na região de Tokai, que os sismólogos acreditam que possa alcançar 8,4 pontos na escala Richter quando chegar, o que será um dos mais devastadores já registados na história humana.

Os vulcanólogos enfrentam problema semelhante: sabe-se que a natureza emite alguns sinais que indicam uma erupção prestes a ocorrer, mas é impossível prever quando explode. A movimentação do magma provoca centenas de pequenos abalos sísmicos, o vulcão liberta toneladas de gás carbónico e de dióxido de enxofre e a pressão dos gases sobre as rochas acaba por deformar o terreno. Há aparelhos para monitorar cada uma dessas variáveis. O Monte Redoubt, no Alasca, começou a emitir alguns desses sinais em janeiro passado. "Sabíamos que a erupção era muito provável, mas não havia como afirmar quando ela ocorreria", disse a geóloga americana Tina Neal, do Observatório de Vulcões do Alasca. A expectativa durou dois meses. Em março, o vulcão explodiu por três vezes, deitando ao ar cinzas que formaram nuvens de 20 quilómetros de altura. O mesmo aconteceu com o vulcão Kilauea, no Havaí (na foto), onde os vulcanólogos estudaram intensamente a lava com pesquisas para prever futuras erupções.
Embora assustem pelo seu poder destrutivo, as catástrofes naturais não estão entre as principais causas de morte no planeta. Em 2008, um ano especialmente devastador devido sobretudo a um terremoto na China e a um ciclone em Mianmar, morreram 235.000 pessoas. Só uma epidemia, a malária, mata quatro vezes mais pessoas no mundo.

A evolução do estudo dos desastres naturais ajudou muito na elaboração de respostas rápidas a estas questões, diminuindo o número de fatalidades. Em 2007, os furacões deixaram um rasto de 6.000 mortes. Dez anos atrás, a temporada de furacões matou mais: 25.000 pessoas. A possibilidade de uma catástrofe ainda maior, como a destruição da vida humana na Terra pela colisão de um asteroide, é pequena, mas não para desprezar. Estima-se que existam 1.000 asteroides com mais de 1 quilómetro de diâmetro nas proximidades da Terra – cada um deles com o potencial de aniquilar totalmente a vida no planeta. Até 2012, três novos telescópios serão construídos para catalogar as suas rotas. Mas, mesmo que a queda de um deles possa ser prevista, não haverá muito que fazer para impedir o seu fatal choque com a Terra.

Carlos Ferreira

Fonte: Cience and Nature

Recortes da Imprensa

Furtado cofre com 15 000 euros em Faro
Um cofre, com cerca de 15 000 euros em notas e moedas, foi levado por três encapuzados, na madrugada de ontem, do supermercado Algartalhos, na rua principal do Montenegro, nos arredores de Faro.
Ler em: http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=824C3CDB-90E4-4863-A562-30D6A0E1A84C&channelid=00000010-0000-0000-0000-000000000010

Milhares nas praias
As altas temperaturas que se fizeram sentir durante todo o dia de ontem levaram milhares de pessoas a rumar até às praias, de norte a sul do País.
Ler em: http://www.correiomanha.pt/canal.aspx?channelid=00000010-0000-0000-0000-000000000010

Algarve terá mais seca, mais fogos e chuva menos frequente e mais violenta nos próximos cem anos
Nos próximos cem anos o Algarve pode ser afectado por períodos de seca mais extensos e severos, mais fogos florestais e chuvas menos frequentes mas mais violentas, defende um investigador da Universidade do Algarve (UAlg).
Ler em: http://www.barlavento.online.pt/index.php/noticia?id=33580

Banco Alimentar vai sábado para a rua no Algarve
Este fim-de-semana, milhares de voluntários vão recolher alimentos para o Banco Alimentar, de Barlavento a Sotavento. Olhão é o concelho mais 'generoso'.
Ler em: http://www.observatoriodoalgarve.com/cna/noticias_ver.asp?site_lang=pt&noticia=29636

Algarve abaixo da média em termos de desenvolvimento
A região do Algarve, a par da Lezíria do Tejo, "são as únicas sub-regiões que se situam abaixo da média" num índice do INE que mede o desenvolvimento regional.
Ler em: http://www.jornaldoalgarve.pt/artigos.aspx?id=10423

Sócrates critica "instrumentalização" dos sindicatos
"Os sindicalistas mostram mais interesse pelos interesses dos partidos do que pelos dos seus associados." Esta foi a acusação de José Sócrates ao comentar as imagens da manifestação dos professores.
Ler em: http://dn.sapo.pt/Inicio/

Maria José Morgado: “Estamos de mãos atadas”
A corrupção não acaba nem com mezinhas nem com rezas. Aceito a culpa que os magistrados têm, mas muitas vezes estamos de mãos atadas perante a lei."
Ler em: http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=5EB009B1-2F14-497C-A0EC-A87F89A9BD56&channelid=00000010-0000-0000-0000-000000000010

Cavaco e filha lucraram com acções da SLN
Cavaco Silva foi accionista da Sociedade Lusa de Negócios (SLN) detentora do Banco Português de Negócios (BPN) entre 2001 e 2003, altura que ainda não era Presidente da República. Ao sair teve um ganho de 147,5 mil euros. A sua filha Patrícia também teve acções da SLN e lucrou ainda mais ao sair: 209,4 mil euros.
Ler em: http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1248925

Vital Moreira exige aos banqueiros que reajam às "vigarices" no BPN
O cabeça-de-lista do Partido Socialista às eleições europeias exigiu hoje, "em nome da moralidade e da ética" que os banqueiros e a liderança do PSD venham a público pedir a "responsabilização" de quem está por detrás das "vigarices" que se acumularam na gestão do BPN, à qual estiveram ligadas diversas figuras sociais-democratas.
Ler em: http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS&id=370492

Que protecção de menores?
Os acontecimentos recentes à volta do caso da Alexandra, a menina de seis anos que foi abruptamente devolvida à mãe, que habita na Rússia, voltaram a problematizar as medidas de protecção de menores estabelecidas na Lei portuguesa.
Ler em: http://jn.sapo.pt/paginainicial/

720 pessoas roubadas quando jogavam ao "jogo da bolha"
Três indivíduos armados entraram numa quinta onde decorria um jantar com cerca de 700 participantes do famoso "jogo da bolha". Em 15 minutos, os assaltantes levaram a maioria dos envelopes com os 2.500 euros de cada entrada.
Ler em: http://dn.sapo.pt/Inicio/

Problemas com a Internet e cartões bancários internacionais
Ao contrário do que se pensa, as novas tecnologias têm falhas importantes no Japão, onde existem regiões importantes sem acesso à Internet e onde os cartões bancários internacionais funcionam mal.
Ler em: http://aeiou.expresso.pt/problemas-com-a-internet-e-cartoes-bancarios-internacionais=f517867

Marinho Pinto: "Posso quebrar, mas não torço"
Determinado ou autoritário? Corajoso ou ambicioso? Desbragado ou frontal? Inconsistente? Íntegro? Fiel ou alguém em quem não se pode confiar? Para uns, António Marinho e Pinto será umas coisas; para outros, o seu contrário.
Ler em: http://jn.sapo.pt/paginainicial/

BPP: o caso que começou financeiro e acabou político
O ministro das Finanças já tem em cima da sua secretária o plano para tentar resolver o problema do BPP.

Ler em: http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS&id=370636

Não sabe em quem votar nas eleições europeias?
Está confuso? Não sabe em quem votar? Descubra o seu posicionamento no panorama político das Eleições Europeias de 2009.
Ler em: http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS&id=366635

Susan Boyle derrotada na final de 'Britain's Got Talent'
Ao contrário do que o seu sucesso fazia prever, Susan Boyle não venceu a final do programa "Britain's Got Talent".
Ler em: http://dn.sapo.pt/inicio/tv/interior.aspx?content_id=1249138&seccao=Televis%E3o

Angelina Jolie que mudar-se para o Algarve
Actriz mandatou agente imobiliário para encontrar casa à beira-mar em Lagos. Mansão tem cais de embarque, praia privada e está avaliada em 10 milhões de euros.
Ver em: http://sic.aeiou.pt/online/video/informacao/NoticiasVida/2009/5/angelina-jolie-que-mudar-se-para-o-algarve.htm

Economia em debate

Governo terá de fazer "escolhas dramáticas"

Daniel Bessa considera que Teixeira dos Santos vai terminar esta legislatura pior do que a encontrou, mas entende que Portugal pode sair da crise sabendo tirar partido das suas potencialidades naturais.

"Portugal está muito próximo de ter de fazer escolhas dramáticas em matéria orçamental devido às dificuldades do Estado" nesta área, afirmou ontem Daniel Bessa nos Encontros Millennium bcp, que ontem tiveram lugar em Ponta Delgada, nos Açores.
O economista, que confessou ser um "admirador incondicional da política do ministro da Economia, assegurou que Teixeira dos Santos "vai terminar esta legislatura pior do que a encontrou", já que "a consolidação foi muito feita pelo lado da receita e Portugal está num ponto onde não se acredita que seja possível aumentar mais a carga fiscal".
"Temos de reconhecer que a situação portuguesa ter-se-ia tornado absolutamente insustentável se não fosse o trabalho que foi feito entre 2005 e 2008 para equilibrar as contas", acrescentou.
Foi o aumento da despesa pública que fez Portugal perder a "coesão" e a sua dívida elevadíssima, muito por conta das famílias, que gastam 130% do orçamento disponível, bastante acima das suas capacidades, referiu ainda. Contudo, e frisando que não é um pessimista, fez as contas que ninguém quer fazer: Portugal gasta dois milhões de euros a mais entre o que importa e o que exporta.
Num tom mais optimista, Daniel Bessa afirmou, no entanto: "Podemos, pela primeira vez, olhar para a frente e começar a estabelecer uma agenda". Uma agenda que permita avançar para o financiamento de projectos e aproveitar as oportunidades de uma crise onde já se vê uma luz ao fundo do túnel.
Perante uma plateia de 300 pessoas (sobretudo empresários), na sala de congressos do Hotel Royal Garden, Daniel Bessa acentuou a existência de sinais que apontam para a recuperação dos EUA daqui a seis meses e da Europa daqui a 18, "com as vendas a começarem a subir e a situação financeira momentaneamente contida". E, até lá, Portugal pode ter uma importante palavra a dizer no que respeita à retoma, explorando o que de melhor tem para oferecer: segurança, clima e afabilidade da população.
A saúde é, aliás, um dos sectores de eleição para o investimento no futuro, dado o seu "grande potencial", que "atrai" o capital estrangeiro. Esta foi a perspectiva mais optimista da intervenção de Daniel Bessa, que não escondeu que a banca portuguesa ainda "vai ter de perder muito dinheiro", em consequência da crise financeira e imobiliária que chegou mais cedo aos EUA e a outros países da Europa, mas de forma retardada a Portugal.
Todavia, a actividade do sector ainda não chegou a esse ponto. Pelo contrário, os sinais são até animadores, com o Millennium bcp, Caixa Geral de Depósitos e Banco Espírito Santo a conseguirem ir buscar dinheiro no mercado internacional (10 mil milhões de euros), sem o aval do Estado.

Testamento vital

Um direito de cidadania

Parlamento aprova projecto do PS sobre «testamento vital».

O projecto de lei do PS sobre os direitos dos doentes à informação e ao consentimento informado foi ontem aprovado no Parlamento com os votos contra do PSD, CDS-PP e de uma deputada socialista e a abstenção do Bloco de Esquerda.
A legalização de declaração antecipada de vontade, o chamado testamento vital, e o direito dos doentes à informação estiveram hoje em discussão num debate agendado pelo PS amplamente criticado pela oposição, em especial pelo PSD e pelo CDS-PP.
A proposta socialista defende o reforço dos direitos dos doentes à sua autodeterminação, nomeadamente na aceitação ou recusa de intervenções médicas, sobretudo as que prolonguem desnecessariamente a vida (distanásia), disposições que deverão ficar ressalvadas no testamento vital.
Na votação, a deputada socialista Matilde Sousa Franco votou contra o projecto, enquanto Maria Antónia Almeida Santos, Marcos Sá e Isabel Santos (todos do PS) apresentaram uma declaração de voto. O mesmo fizeram os deputados Teresa Caeiro (CDS-PP) e Pedro Duarte (PSD).
PSD e CDS-PP votaram contra o projecto socialista.

Filho de Leonor Cipriano aterroriza escola de Porches

Criança apresenta instabilidade comportamental

Rapaz de 10 anos chegou com arma na mochila, que lhe foi retirada imediatamente. Associação de pais reúne-se hoje com Ministério Público.

Segundo noticia o DN de ontem, o filho de Leonor Cipriano, de 10 anos, entrou com uma pistola de pressão de ar na Escola de Ensino Básico e Jardim-de-infância de Porches, no concelho de Lagoa, e só a intervenção de uma funcionária que se apercebeu de um volume anormal na mochila evitou uma situação de alarme entre as restantes crianças. O aluno é filho Leonor Cipriano, condenada em 2005 a 16 anos de cadeia por ter morto e ocultado o cadáver da filha Joana.
Segundo o correspondente do DN no Algarve, José Manuel Oliveira, o caso ocorreu há uma semana e já foi comunicado pelo estabelecimento de ensino à Comissão de Protecção de Jovens e Crianças daquele concelho e ao Tribunal de Família e de Menores de Portimão, mas ontem nenhum responsável da escola esteve disponível para prestar declarações. O rapaz, que frequenta o quarto ano, terá dito na altura que ia "caçar pássaros", não tendo chegado a apontar a arma, que lhe foi logo retirada e apreendida pela GNR.
A pistola pertencerá a um familiar do menino e encontra-se legalizada.
A Associação de Pais do Agrupamento Vertical, que abrange a Escola de Porches, reúne-se, hoje, pelas 14.00 horas, com o procurador do Ministério Público, em Portimão. O objectivo é encontrar soluções não só para o filho de Leonor Cipriano - cujas acções de vandalismo levam muitos habitantes a considerá-lo "o terror" da localidade - mas também para um caso de abusos sexuais sobre uma criança de quatro anos que ali se terá registado.
"O miúdo está referenciado na Comissão de Protecção de Menores, tem problemas cognitivos e revela atitudes violentas para com os colegas e professores. Já chegou a partir cadeiras e a lançar comida ao ar. O último episódio foi ter levado uma arma de fogo para a escola", contou ao DN Maria do Carmo Leite, vice-presidente da Associação de Pais daquele agrupamento. "É uma criança com instabilidade comportamental, tendo ficado uma auxiliar a tomar conta dele, mas esse trabalho acabou por ser inglório porque ele saltava os muros e saía da escola. Tem recebido apoio psicológico e pedopsiquiatra, sem resultado", diz a responsável, para quem a criança tem sido vítima do "caso Joana", vendo constantemente imagens da mãe e da meia-irmã nos media.
Segundo o DN, o rapaz vive com a madrasta e o pai, que ontem à tarde não se encontrava em casa. Mas o progenitor tem feito vários apelos às autoridades: "Ponham o meu filho num sítio porque sou impotente para tomar conta dele."

Ler em http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1246008&seccao=Sul

“Moiras Encantadas”

Ex-libris da gastronomia festejou 10º Aniversário

A par de uma cosinha de autor, o conhecido restaurante de Paderne exibe no seu interior uma pequena Galeria de Arte.

Consolidado o prestígio junto dos apreciadores da gastronomia regional o restaurante “Moiras Encantadas” assinalou o 10º aniversário com um almoço em que reuniu não somente alguns dos seus clientes e amigos mas quatro chefes de reconhecidos méritos e um credenciado escanção.
O chefe Henrique Leandro, um padernense que, apesar da sobriedade é considerado no seu meio que não se circunscreve à Escola de Hotelaria do Algarve, foi o responsável pelos entretens de boca que mais não foram que os deliciosos petiscos que aguçaram o apetite dos convidados, à medida que iam chegando. Isto no exterior do edifício pois no restaurante os sessenta convidados começaram por apreciar o folhado de queijo da serra com molho de tomate e coentros, preparado pelo chefe Guy Doré, um francês que se encontra no Algarve há mais de vinte anos e é proprietário do restaurante “Pequeno Mundo”, em Almancil.

O chefe Miguel Domingos, do restaurante “Allbeef” confeccionou o prato “Filetes de peixe espada preto com migas de berbigão” ficando para o anfitrião, chefe Rogélio Jorge, o cabrito assado no forno com “bela Luísa” e batata doce.
A sobremesa “timbale de maçã com gelado de baunilha e vinho do Porto” foi preparada pelo chefe Miguel Domingos.
Entre os convidados estiveram algumas figuras públicas como o médico Ilídio Gonçalves, o advogado Carlos Pereira, o arquitecto João Matias e o director da Caixa Agrícola de Albufeira, David Alves.
A animação esteve a cargo de António Alfarroinha, um cantor e animador padernense há muitos anos a residir no Carvoeiro.
Visivelmente satisfeito Rogélio Jorge agradeceu a presença de todos e referiu a importância da gastronomia no contexto turístico do Algarve, defendendo os conceitos de qualidade. No final o anfitrião obsequiou alguns dos seus clientes mais antigos com uma peça de arte representando a figura que dá o nome ao restaurante.

Oferta turística em expansão

Algarve qualifica oferta turística

Oferta de hotelaria com novos hotéis de 5 estrelas quadruplicaram em três anos.

Nos últimos três anos, o número de hotéis de cinco estrelas no Algarve cresceu quatro vezes mais do que no triénio anterior, de 2003 a 2005, contribuindo assim para a requalificação da principal região turística do País. Esta foi uma das conclusões deixadas por Luís Patrão, presidente do Turismo de Portugal, na apresentação do Martinhal Resort, perante dezenas de empresários do sector do Turismo.
Para Luís Patrão, o Martinhal Resort – empreendimento que está a ser desenvolvido em Sagres e que contempla um hotel de cinco estrelas, o primeiro da Costa Vicentina - será mais um contributo para melhorar a qualidade da oferta hoteleira do País e posicioná-la “num nível médio de classificação próximo das quatro estrelas”.
Esse reposicionamento da oferta hoteleira permitirá não só “uma mais elevada receita média por estadia e por turista”, mas também ganhos de imagem promocional dos empreendimentos e dos destinos e “melhorias nos serviços de oferta complementar”.
Além da nova oferta hoteleira – que, no caso do Martinhal, vai permitir criar 500 postos de trabalho directos e indirectos –, o responsável referiu ainda a existência de três projectos que contribuem para o enriquecimento da oferta turística e cultural da região Algarve.
Por um lado, o programa de valorização turística Allgarve, um dos melhores cartazes de animação de Verão a nível europeu, que contará com conhecidos nomes da música internacional, exposições de arte contemporânea que envolvem as mais conceituadas entidades culturais do País e um programa para tornar o Algarve ainda mais famoso pelas suas criações gastronómicas.
A recuperação da Fortaleza de Sagres - onde o Turismo de Portugal está a investir mais de dois milhões de euros - vai consolidar aquele Sítio do ponto de vista turístico, “celebrando a nossa condição de portugueses e o nosso papel no mundo”.
A Via Algarviana, outro investimento em curso, atravessará toda a região e restituirá ao Algarve a condição de destino ambientalmente sustentável, propondo passeios a pé à descoberta da natureza, desde Alcoutim até Sagres.

Maravilhas de Sagres

Inauguração da Estátua do Infante D. Henrique

A Câmara de Vila do Bispo irá promover, nos dias 9 e 10 de Junho, mais uma edição das Maravilhas de Sagres, na Fortaleza da referida Vila.

Para além dos habituais pólos de animação a desenvolver na Fortaleza de Sagres e na Caravela Boa Esperança (que irá ancorar no Porto da Baleeira), a grande novidade desta edição é a inauguração da Estátua do Infante Dom Henrique marcada para dia 10 de Junho, na Avenida Comandante Matoso.
Recriações históricas (pela Ordem da Cavalaria do Sagrado Portugal, Grupo Sete Mares e Companhia Viv’Arte), feira medieval, exposição e demonstração de falcoaria, torneio a cavalo, mostra de armas, danças do oriente e de cariz medieval e renascentista e música galega com os gaiteiros galegos “Galadum Galundaina”, são algumas das actividades a decorrer no interior da Fortaleza.
No dia 9 de Junho sobe ao palco a cantora algarvia Susana Travassos, levando o público numa viagem de sons marcados pelas influências do tango, do jazz, do chorinho, da bossa nova e do fado. Apresenta como convidado Chico Saraiva, violonista e compositor da nova geração de músicos brasileiros.

O dia 9 fecha com a actuação de Nancy Vieira, a princesa da voz de ouro, prémio revelação da música em 2008 e referência obrigatória no panorama da World Music, com os ritmos tradicionais de Cabo Verde. Teresa Salgueiro & Lusitânia Ensemble farão o grande encerramento do evento, no dia 10 de Junho, com a interpretação de “Matriz”, o seu mais recente trabalho, que assenta na divulgação da música, língua e cultura portuguesas através dos tempos, desde o século XIII até aos nossos dias.
As Maravilhas de Sagres fecham com um grandioso espectáculo piromusical que irá encher a Fortaleza de Sagres de luz, cor e som. Pretende-se com o evento, apoiado pela Fortaleza de Sagres e pelo Turismo do Algarve, e desde logo patrocinado pela Sagres (Sociedade Central de Cervejas e Bebidas), a promoção de Sagres e do Concelho no panorama nacional e internacional, através da dinamização de uma programação que marque pela diferença, estimando-se a adesão de mais de 10.000 pessoas nos dois dias do evento.

Centenário da República em 2010

Celebrações terão palco em Portimão

A Câmara de Portimão procedeu à assinatura de um protocolo com a Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República para o lançamento do primeiro volume das obras completas do escritor Manuel Teixeira Gomes.

O presidente da Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República, Artur Santos Silva, sublinhou ser este o primeiro protocolo de colaboração estabelecido entre a entidade e uma autarquia, justificado pelo facto de Portimão “revelar grandes preocupações com a cultura, enquanto elemento de valorização do homem”.
A programação das celebrações terá uma importante vertente especificamente destinada às escolas e às colectividades, estando também prevista a inauguração de um monumento escultórico de homenagem a Manuel Teixeira Gomes, cujo respectivo concurso de ideias será lançado a nível nacional.
O protocolo de colaboração agora celebrado entre o Município de Portimão e aquela Comissão Nacional tem o objectivo de promover a realização de actividades de natureza cultural, centradas em especial na vida e obra do republicano Manuel Teixeira Gomes. Uma das principais linhas orientadoras do protocolo relaciona-se com uma programação específica que será dirigida às escolas, visando incentivar o gosto pelo conhecimento, pela leitura e pela cidadania.
Na ocasião teve lugar a cerimónia de entrega do Prémio Literário Manuel Teixeira Gomes, que este ano distinguiu o conto “O Gordo ou a maquinação do espelho”, de Orlando Artur Ferreira de Barros, e atribuiu três menções honrosas. As quatro obras acabam de ser editadas pela Câmara de Portimão.
Em resultado da parceria estabelecida entre a Câmara de Portimão e a Imprensa Nacional - Casa da Moeda, está patente no Museu de Portimão a exposição “As moedas comemorativas portuguesas de 1910 à actualidade”, que homenageia o escudo enquanto moeda oficial de Portugal durante 90 anos e que poderá ser vista até 30 de Agosto próximo.

Autódromo Internacional do Algarve

Apresenta Festival RockOne de 5 a 8 de Agosto

James Morrisson, os Bloc Party e a portuguesa Mia Rose foram os três primeiros nomes confirmados na apresentação pública do RockOne.

O festival, com um conceito inovador, que junta música ao desporto automóvel, vai decorrer nos dias 5, 6,7 e 8 de Agosto no Autódromo Internacional do Algarve em Portimão, ocupando uma área superior a 80 mil metros quadrados. Para além do Palco Principal, estarão disponíveis inúmeros espaços de animação, nomeadamente.
Na tenda electrónica, com Dj’s nacionais e internacionais, que funcionará diariamente até às 07H00; Zona Fun in the Box, composta por 32 boxes de 160 m2 cada, onde irão funcionar reconhecidas discotecas e bares de todo o país; Zona Playstation, que acolherá o Playstation Challenge 09, com prémios diários e um grande prémio final; A Blue Planet Inn, uma área de exposição temática dedicada à problemática da escassez da água.
O RockOne contará ainda com actividades ligadas ao Desporto Automóvel, que vão desde os tradicionais Test Drives ao Táxi Drive, ou seja, a possibilidade de se percorrerem voltas ao circuito do autódromo num carro conduzido por um piloto profissional de competição.
Em simultâneo, o RockOne vai também ser palco de uma iniciativa inédita lançada em Portugal - O Verdadeiro Melhor Emprego do Mundo, que seleccionará 10 pessoas para serem relações públicas do Evento. São 20.000 euros de remuneração, Hotel de 5 estrelas e um carro topo de gama à disposição. O site do melhor emprego do mundo estará online amanhã a partir das 23h59m.
Os bilhetes para o festival estão disponíveis a partir das 23H59 do dia 26 de Maio, nos circuitos habituais. O preço do bilhete diário individual para o festival é de 50 euros ou de 80 euros para quatro pessoas.

Verão: Prevenção infantil

Coletes salva-vidas podem salvar afogamento

Colocar coletes salva-vidas às crianças em desportos náuticos ou passeios de barco e braçadeiras com duas câmaras-de-ar quando nadam em águas calmas como as piscinas são algumas medidas preventivas aconselhadas para diminuir os afogamentos infantis.

Em conferência de imprensa, a Associação Portuguesa de Segurança Infantil (APSI) divulgou ontem, em Vilamoura, um relatório sobre os afogamentos de crianças entre 2007 e 2008 e estima que tenham morrido por afogamento 34 crianças nos dois últimos anos.
Os números oficiais do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN), no entanto, indicam apenas 24 crianças mortas por afogamento nos últimos dois anos. Segundo o ISN morreram 11 crianças vítimas de afogamento em 2007, e 13 em 2008. A maioria das crianças que morre por afogamento em Portugal tem menos de quatro anos, é do sexo masculino e a tragédia ocorre principalmente em piscinas no Sul do país, enquanto que no Norte é em poços e tanques.
"Apesar de Portugal ser um país com cerca de 550 quilómetros de praias, a maioria dos afogamentos fatais não acontece no mar (...), mas em meios aquáticos construídos", nomeadamente piscinas familiares, tanques e poços de propriedades privadas", indica um estudo apresentado hoje no Algarve sobre afogamentos.

No relatório sobre "Afogamentos de crianças em Portugal em 2007 e 2008", apresentado em Vilamoura pela Associação Portuguesa de Segurança Infantil (APSI), pode ler-se que "os afogamentos acontecem mais nas crianças com idades até aos quatro anos", havendo uma maior prevalência em crianças do sexo masculino.
Segundo a médica pediatra Elsa Rocha, também membro da APSI, no Sul verifica-se que dos zero aos 18 anos há mais afogamentos em piscinas, enquanto que no norte o pico de afogamentos é em rios, ribeiros e lagoas. A maioria dos afogamentos em Portugal ocorre em Maio e Setembro (Primavera/Verão) e enquanto que ao Hospital Central de Faro (HCF) os casos que mais surgem são em piscinas privadas, nos hospitais do Porto e Coimbra há mais registos de afogamentos em poços, fossas e tanques, acrescenta ainda o relatório hoje divulgado.
Um estudo realizado no HCF, entre 1998 e 2005, indica que 72 por cento dos casos de afogamento eram crianças não residentes, sendo mais de metade delas estrangeiras. Nos últimos sete anos morreram afogadas, pelo menos, 150 crianças e adolescentes em Portugal, e 34 dessas mortes foram registadas entre 2007 e 2008, indica ainda o mesmo documento.
Na conferência de imprensa, a APSI revela ainda, citando um estudo holandês de 2006, "por cada criança que morre por afogamento, 140 ficam hospitalizadas por afogamento não fatal e 20 crianças têm de recorrer aos serviços de emergência".

Colocar coletes salva-vidas às crianças durante os desportos náuticos e passeios de barco e pôr braçadeiras com duas câmaras-de-ar quando elas nadam ou brincam em águas calmas, como as piscinas ou tanques, são algumas medidas preventivas para diminuir os afogamentos infantis.
Na conferência de imprensa, denominada "Prevenir os afogamentos com crianças em 2009", a APSI, que contou com o apoio da Administração Regional de Saúde do Algarve, lembrou ainda que as vedações junto das piscinas são outra forma de ajudar a prevenir os afogamentos. "Um fecho de difícil abertura que implique dois movimentos em simultâneo" e uma fechadura automática são as principais características que uma boa vedação de piscina deve ter.
Promover a aplicação e fiscalização da lei existente quanto à vedação e cobertura de poços ou publicar uma norma portuguesa para vedações eficazes na prevenção do afogamento e criar "com urgência" um enquadramento legal abrangente para as piscinas são apelos que a APSI deixa ao Governo.
"É lamentável que ao fim de tantos anos ainda não haja uma lei sobre as normas para as vedações nas piscinas", disse a presidente da APSI, Sandra Nascimento. Oitenta por cento dos casos de afogamento podem ser prevenidos, lembra Sandra Nascimento, citando uma das conclusões do Congresso Mundial de Afogamentos de 2002.

No Casino de Vilamoura

"Os Produtores", regressam ao Algarve

Rita Pereira, Manuel Marques e Miguel Dias fazem parte do grande elenco que sobe ao palco do Salão Miralago nos dias 10 e 11 de Junho.

Depois de terem feito a sua estreia nacional no Portimão Arena, o musical “Os Produtores” regressam ao Algarve, e são uma aposta do Casino de Vilamoura para o início das noites quentes de 2009.
Na história, “Os Produtores” são Max (Miguel Dias) e Leo (Manuel Marques). Max, um produtor da Brodway falhado e Leo, um contabilista neurótico, juntam-se num esquema para produzir o pior musical de sempre e arrecadarem o dinheiro dos patrocinadores. Assim, os dois encontram a pior peça, do pior encenador e contratam os piores actores, de onde se destaca a bela Ulla (Rita Pereira). No entanto, público e crítica confundem este pretenso desastre com uma genial sátira que acaba por se tornar um enorme sucesso.
Com produção de Pedro Costa e Gonçalo Castel-Branco e encenação de Cláudio Hochman, o espectáculo tem direcção musical de Nuno Feist, com direcção de vozes de Sara Bello, e coreografia de Marco de Camillis. Da autoria de Mel Brooks e traduzido para mais de 30 países, o musical mais premiado da história do teatro, chega agora a Vilamoura, num jantar espectáculo que não deve querer perder!

Imprensa Regional

Desemprego cresce no Algarve

O desemprego não pára de subir em todo o país, sendo particularmente gravoso no Algarve. Pelo sexto mês consecutivo, fomos a região que mais sofreu com esse aumento, registando-se, em Abril último, uma subida de 66,7 por cento, o equivalente a 19758 desempregados, face ao mesmo período de 2008.

Em todo o país, o número de pessoas inscritas nos centros de emprego disparou 27,3% em Abril, face ao mesmo mês de 2008, prolongando a subida iniciada em Outubro e representando o acréscimo mais elevado desde Julho de 2003. De acordo com dados divulgados pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), o número de desempregados inscritos no final do mês passado somava os 491.635, o que significa mais 105.294 inscrições do que em Abril de 2008.
Para o aumento do número de desempregados inscritos nos centros de emprego em relação a Abril de 2008 contribuíram essencialmente as subidas do desemprego entre os homens (43,8%), jovens (32%) e adultos (26,5%).
A procura de um novo emprego justificou o registo de 92,8% dos desempregados, um valor que teve um aumento de 29,2% face ao mês homólogo de 2008, enquanto a procura de primeiro emprego aumentou 6,2%.
Segundo a informação do IEFP, todos os níveis de habilitação escolar apresentaram mais desempregados do que há um ano, com os que possuem os 2.º e 3.º ciclos do ensino básico a registarem os aumentos percentuais mais elevados, de 36,6 e de 34,5%, respectivamente.
Os desempregados licenciados, por sua vez, totalizaram os 40.544, o que representa um aumento de 13,7% comparativamente a Abril de 2008, assinala o instituto.
O principal motivo de inscrição de desempregados, representando 37,9% das inscrições efectuadas, continua a ser o "fim de trabalho não permanente", seguido do motivo "despedido", com um peso relativo de 20,6%.
Considerando que o número de colocações efectuadas ao longo do mês, através dos centros de emprego de todo o país, teve uma queda de 2,6% relativamente ao mês homólogo de 2008, podemos concluir que as medidas políticas de combate à crise não estão a revelar-se eficazes. Este falhanço está bem patente no facto de Portugal, mesmo no contexto europeu e segundo os números do Eurostat, ter registado, em Outubro, um aumento de 8,5 por cento na taxa de desemprego, sendo a terceira mais elevada entre os 27 países da União Europeia.
Perante esta realidade, traduzida, também, na falência de milhares de pequenas e médias empresas, era necessário que, Governo e oposição, se entendessem numa estratégia de combate à crise, que os interesses político-partidários em jogo e o momento eleitoral que o país atravessam tornam, no entanto, impossível.
Uma estratégia que passasse por um efectivo apoio às empresas e às famílias. Que ousasse enfrentar a banca e os grandes grupos, que, a coberto da crise, agravam spreads, dificultam o acesso ao crédito, reduzem dias de trabalho e despedem indiscriminadamente.
Uma estratégia que impusesse, também, uma alteração urgente da tributação das empresas – IVA e pagamento por conta - e das regras do subsídio de desemprego, nomeadamente através de uma majoração da prestação para as famílias onde marido e mulher estejam sem trabalho.
O aumento da pobreza, do desemprego exigem mais atenção e solidariedade.

Fernando Reis

Ler em http://www.jornaldoalgarve.pt/artigos.aspx?id=10437

Projecto Vilamoura XXI

Jardins Victoria - um “case-study” internacional

Victoria Golf Course concebido por Arnold Palmer, com Hotel de 5 estrelas merece referência internacional.

O Urban Land Institute, a maior organização profissional do sector urbanístico e imobiliário, acaba de eleger, na sua publicação Resort Development, os Jardins Victoria como uma referência a nível mundial. O livro Resort Development é considerado, há mais de uma década, a “Bíblia” norte-americana nesta temática. Esta 2ª edição apresenta 14 “case-studies”, dos quais o Jardins Victoria é o único exemplo português e um dos dois da Europa.
De acordo com os especialistas do Urban Land Institute, o projecto Vilamoura XXI está dotado de características verdadeiramente únicas, desde o modelo de gestão aplicado integrado aos projectos de infra-estrutura, passando pela estratégia implementada nos campos de golfe e actividades de lazer. Entre os principais destaques está o facto de este empreendimento ser o maior da Europa assente numa gestão única, apesar da sua dimensão e da diversidade de proprietários existentes.
O plano urbanístico dos Jardins Victoria, um dos clusters do Projecto Vilamoura XXI, foi elaborado a partir do ano 2000 e abrange uma área de 125 hectares. Inclui um campo de golfe (95 hectares) inaugurado em 2004, desenhado pelo lendário Arnold Palmer e já considerado um dos melhores campos de golfe do mundo; o hotel 5 estrelas Tivoli Victoria, inaugurado em Março de 2009; o empreendimento residencial e hoteleiro 5 estrelas The Residences at Victoria Clube de Golfe, inaugurado em Maio de 2009 e o empreendimento residencial Victoria Boulevard, inaugurado em Agosto de 2008; entre outros.

Tanto a elevada qualidade arquitectónica e paisagística como o equilíbrio encontrado são considerados pontos fortes do projecto. A urbanização premiada, com vistas para mar, serra e golfe, é composta por um acertado mix de hotel com 280 quartos, 378 apartamentos, 72 casas geminadas e 60 casas individuais, tendo o hotel uma importante capacidade de reuniões de 900 m2. Uma pequena área comercial a entrada do hotel e uma na praça central dão à urbanização uma zona de lazer e lojas de conveniência.
De acordo com o livro Resort Development, a urbanização de 30 hectares é um exemplo de como um resort pode beneficiar dos princípios de uma gestão centralizada. Factor que permitiu dar continuidade e coerência ao projecto, e manter uma uniformidade estética própria e bem delineada. O reconhecimento do ULI ao projecto concebido pelo Grupo André Jordan demonstra uma vez mais a importância deste empresário no panorama urbanístico nacional tal como o conhecemos actualmente. O que foi atestado recentemente através do convite para presidir à Conferência Internacional sobre Resort Development, que decorreu na Florida, nos Estados Unidos, no passado mês de Março.

Saúde: Cuidados continuados

Para idosos de Portimão e Tavira

Região passa a dispor de 289 camas de internamento para cuidados continuados.

No âmbito da implementação da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados na região do Algarve, foram criadas mais 43 camas, sendo que 10 são de cuidados paliativos.

Localizadas no Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio, em Portimão, a estas 10 novas camas juntam-se mais 33 de longa duração e manutenção, localizadas na nova Unidade de Longa Duração e Manutenção de Santa Catarina da Fonte do Bispo, no concelho de Tavira, sendo geridas pelo Núcleo de Tavira da Cruz Vermelha Portuguesa.

Esta Unidade em em Santa Catarina da Fonte do Bispo foi objecto de financiamento pelo Programa MODELAR, quer em termos de obras de adaptação, quer em termos de aquisição de equipamento, ao qual apresentou uma candidatura no montante de cerca de 178 mil euros.

Com a abertura destas novas unidades, a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados no Algarve passa a estar muito mais presente, passando a região a dispor de um total de 289 camas de internamento destinadas a cuidados continuados para pessoas idosas e dependentes, sendo que 50 camas são de convalescença, 10 de cuidados paliativos, 46 camas para internamentos de média duração e 183 camas para internamentos de longa duração.

Tertúlias

Aliança Cultural

Um espaço para "concentrar e expandir a cultura do Sul'.

Recolher, aprofundar e divulgar o lado criativo dos artistas e dos criadores do Sul é um dos objectivos do «Aliança Cultural», um espaço para produzir "cultura e identidade".

A partir das 18 horas, de segunda a sexta-feira, a zona do «salão de chá» e a espla­nada das traseiras do Café Aliança, em Faro, funcionam desde Julho como um espaço de dinamização e divulgação cultural. A ideia, por um la­do, é recuperar o significado histórico do Aliança enquanto café, mas o projecto também passa por criar um espaço de encontro entre artistas, inte­lectuais, criadores diversos e o público em geral.

"O Aliança pode ser um ponto de encontro e um pólo de dinamização cultural, co­mo foi no passado um ponto de encontro dos comerciantes e produtores agrícolas. Havia aqui uma «bolsa» da alfar­roba, agora poderemos ter, por exemplo, uma «bolsa»dos produtos biológicos, ou da nova agricultura natural, além de um pólo de dinami­zação e apoio à criatividade local", refere José Bívar, o principal impulsionador desta iniciativa.

O objectivo passa por tra­zer de volta ao Aliança uma determinada "elite cultural e intelectual", mas não só. "Como dizia Balzac, os cafés são o Senado do povo: é importante a troca de infor­mação entre as pessoas, para se reconhecer muitos valores escondidos, de quem escreve ou pinta e não teve oportuni­dade de se manifestar - toda essa cultura, na sua maioria urbana, têm de ser levantada. O meu trabalho aqui é o de recolher e aprofundar o lado criativo dos artistas, dos cria­dores do Sul", diz José Bívar. De acordo com o responsável, "o Aliança é o sítio indicado, porque faz a interface entre os vários nichos da popula­ção, entre pessoas motivadas de formas muito diferentes. Gosto de trabalhar com toda a gente, no sentido de não particularizar, de não traba­lhar apenas para um público de intelectuais".

Os operários e as clas­ses com menos meios para se exprimirem são, muitas vezes, segundo José Bívar, "quem tem mais interesse em dizer coisas. A recolha dessa cultura é importante para a renovação social e cultural e deve ser apoiada de uma for­ma autónoma e independente - um café promove isso. É um ponto de encontro, um local liberal, não selectivo, onde toda a gente entra: recebe todos os pontos de vista, fá-los interagir e dessa discussão pode nascer uma qualquer luz e estímulo", sustenta.

Para José Bívar, "a alma de Faro somos nós, os farenses, quem cá está, quem produz cultura e identidade. E não temos de o fazer apenas nos teatros municipais ou nas bi­bliotecas". "Em ponte", conforme foi referido, no espaço do «Aliança Cultural», o nome pelo qual é designada esta iniciativa, também pode­rão ser promovidas acções de divulgação de um determina­do tipo de agricultura, de uma arte ou tradição, mas para já têm-se realizado debates e tertúlias, serões de poesia e apresentações de livros. Re­centemente, foi lançada no Aliança a «Sulscrito», uma revista dos novos poetas de Faro. A publicação reúne os poetas do Círculo Literário do Algarve, "porventura, o grupo mais forte e coeso desde a «Poesia 61», onde já estão, praticamente, todos os poe­tas da região com um certo conceito de actualidade e modernidade", considera José Bívar.

Na área das artes plásti­cas, acrescenta, "podemos facultar às pessoas documen­tação, ou pô-las em contacto com filmes sobre eventos con­temporâneos. Antigamente, para estar em contacto com essas realidades era preciso ir lá, agora podemos trazer isso às pessoas com um simples computador e um projector". Foi o caso da inauguração da «Documenta» de Kassel, uma das maiores exposições de arte contemporânea da Europa, transmitida em vídeo pela "enviada do «Aliança Cultural» na Alemanha", uma artista estrangeira radicada no Algarve.

"Todos os dias acontecem aqui coisas, no mínimo são passagens de documentários, ou filmes, ligados às diferentes temáticas de cada dia - litera­tura, artes plásticas, filosofia, onde se inclui a problemática do ambiente e do urbanismo, entre outras questões civilizacionais", acrescenta. Às terças-feiras o Aliança dá lugar ao «Café Memória» e às sextas-feiras o espaço fun­ciona como ponto de encon­tro de todos os artistas, num ambiente de café-concerto, com espectáculos musicais e de teatro, saraus de poesia, entre outras manifestações artísticas.

De acordo com José Bivar, o «Aliança Cultural» está "em ponte com a Brasileira, em Lisboa, e o Magestic, no Porto, por isso este projecto poderá ter uma projecção, não só regional, mas tam­bém nacional: existem três capitais importantes no País: Faro, Lisboa e Porto. Faro representa o Sul, tem essa responsabilidade - a de fazer, concentrar e expandir a cul­tura do Sul", conclui.

Rodrigo Burnay

Segurança em destaque

Governo vem assinar contratos locais de segurança

Rui Pereira preside à cerimónia no dia 1 de Junho pelas 17:30 horas, no Governo Civil de Faro.

O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, vai estar presente na cerimónia de assinatura dos Contratos Locais de Segurança com os 16 municípios do distrito de Faro. Os contratos pretendem ser um instrumento para reforçar a segurança comunitária e desenvolver o policiamento de proximidade.
A criação de um Conselho de Execução, que será presidido pelo governador civil, elaborará a estratégia e os planos de acção para promover a segurança e prevenir a criminalidade.
Do Conselho de Execução farão parte representantes das câmaras municipais, das forças de segurança, e outras entidades públicas e privadas, bem como organismos e/ou individualidades de reconhecido mérito, cujo contributo seja considerado relevante, que vierem a ser convidadas.
A instalação de câmaras de vídeo-vigilância em zonas críticas dos concelhos também está prevista nos contratos. Os Conselhos de Execução terão ainda, entre outras funções, a responsabilidade de inventariar as áreas de maior risco de incêndio florestal.

10º Aniversário do Dia de Caridade

Festa de apoio a causas sociais em Vale do Lobo

A Associação Wolf Valley Charity prepara-se para realizar o seu Dia de Caridade anual, no Parque do Golfe de Vale do Lobo, no próximo Sábado, dia 30 de Maio.

É uma iniciativa singular de angariação de fundos para apoio às causas sociais locais, num dia em comunidade repleto de diversão e actividades para toda a família.
O Dia de Caridade de Vale do Lobo é um evento anual de angariação de fundos, que celebra este ano o seu 10ª Aniversário. Para além do tradicional torneio de golfe, haverá muitas actividades e animação, incluindo competições de putting, tômbola, rifas, venda de livros e artigos de bric-a-brac, entre outras novidades.
As actividades do Dia de Caridade de Vale do Lobo decorrem entre as 10:30h e as 17:00h, com inscrições para o torneio de golfe disponíveis directamente na Recepção de Vale do Lobo, Tel. 289 353 322 ou com o Presidente da Wolf Valley Charity Fund, Mr. Brian Smith Tel. 289 398 436. Seja solidário, e participe.

Teatro Municipal de Portimão

“Tambores da Noite” de Bertolt Brecht

Uma produção do Teatro Nacional de São João, do Porto.

No dia 30 de Maio, às 21h30, o Teatro Municipal de Portimão apresenta “Tambores da Noite”, uma peça escrita pelo dramaturgo Bertolt Brecht, numa produção do Teatro Nacional de São João que tem encenação e cenografia de Nuno Carinhas.
Afrontando o sentimentalismo, os ideais políticos e as boas intenções filantrópicas, a peça exibe – contra o pano de fundo da Revolução Espartaquista na Alemanha do início do século XX – o esplendor de um herói disfuncional, ou humano, demasiado humano, chamado Andreas Kragler: este proletário, no regresso da frente de combate e do cativeiro em África, hesita entre a rua e a casa, a bandeira e a cama, a revolução e a noiva.
A encenação de “Tambores na Noite” dá livre curso à força criativa da escrita do jovem Brecht, explorando os diferentes ritmos e os registos contraditórios de uma obra que subverte os modelos teatrais da época, ao ponto de o próprio autor ter equacionado, numa fase tardia da sua vida, se haveria de incluir este trabalho nas suas “Obras Completas”. Interpretam este clássico brechtiano os actores Emília Silvestre, Fernando Moreira, Joana Manuel, João Castro, Jorge Mota, José Eduardo Silva, Luís Araújo, Marta Freitas, Paulo Freixinho, Pedro Almendra, Pedro Frias, Sara Carinhas e Pedro Jorge Ribeiro.

Os bilhetes, ao preço unitário de 10 euros, podem ser adquiridos no teatro entre as 14h00 e as 19h00 desta sexta-feira e no dia do espectáculo, das 14h00 às 21h30. Titulares do Passaporte Sénior, do Cartão Jovem Municipal e do Cartão de Pessoa Portadora de Deficiência beneficiam de 50% de desconto. As reservas podem ser feitas para os números 282 402 475 e 961 579 917

Conselho de Ministros

Decisões do Conselho de Ministros

I. O Conselho de Ministros, reunido no dia 28 de Maio de 2009 na Presidência do Conselho de Ministros, aprovou os seguintes diplomas:

1. Decreto-Lei que procede à quarta alteração ao Decreto-Lei n.º 176/2003, de 2 de Agosto, que instituiu o abono de família para crianças e jovens e definiu a protecção na eventualidade de encargos familiares no âmbito do subsistema de protecção familiar, instituindo uma nova prestação denominada bolsa de estudo.

2. Decreto-Lei que, no uso da autorização legislativa concedida pelo artigo 122.º da Lei n.º 64-A/2008, de 31 de Dezembro, altera o Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 442-A/88, de 30 de Novembro, e o Código do Imposto do Selo, aprovado pela Lei n.º 150/99, de 11 de Setembro.

3. Decreto-Lei que define o regime contra-ordenacionais aplicável ao incumprimento das regras relativas à instalação e uso do tacógrafo estabelecidas no Regulamento (CEE) n.º 3821/85 do Conselho, de 20 de Dezembro de 1985, alterado pelo Regulamento (CE) n.º 2135/98 do Conselho, de 24 de Setembro de 1998, e pelo Regulamento (CE) n.º 561/2006 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de Março de 2006.

4. Resolução do Conselho de Ministros que suspende parcialmente o Plano Director Municipal de Lisboa, pelo prazo de três anos, com vista à construção das novas instalações da Polícia Judiciária.

5. Resolução do Conselho de Ministros que suspende parcialmente o Plano Director Municipal de Lisboa, pelo prazo de dois anos, com vista à construção de uma subestação no âmbito da Rede Nacional de Transporte de Electricidade, na freguesia de São Francisco Xavier, em Lisboa.

6. Resolução do Conselho de Ministros que procede à primeira alteração à Resolução de Conselho de Ministros n.º 54/2007, de 4 de Abril, que desafecta do domínio público militar e autoriza a cessão a título definitivo e oneroso ao município de Ílhavo de uma parcela de terreno, com a área de 42000 m2, do PM 1/Ílhavo - carreira de tiro da Gafanha d'Áquem, situada no concelho de Ílhavo.

II. O Conselho de Ministros procedeu à aprovação final do seguinte diploma, já anteriormente aprovado na generalidade:

Resolução do Conselho de Ministros que determina o contingente global indicativo de emprego para efeito de concessão de vistos de residência para a admissão em território nacional de cidadãos estrangeiros para o exercício de uma actividade profissional subordinada.

Para saber mais clique aqui: Decisões do Conselho de Ministros 28 de Maio de 2009

Conselheiro de Estado vulnerável a «simples declarações»

Pediu demissão. Compreende-se!

O importante agoea, é apurar rapidamente o envolvimento a fundo dos protagonistas desse escândalo nacional que se chama BPN. Se possível, saber onde param os milhões criminosamente desviados da «república das bananas», e recuperá-los para a economia nacional.

Manuel Dias Loureiro não resistiu à pressão e pediu - finalmente, a demissão do Conselho de Estado. O ex-administrador da SLN terá renunciado numa audiência que teve lugar ao início da tarde de ontem, no Palácio de Belém com Cavaco Silva. Depois das declarações de Oliveira e Costa no inquérito parlamentar (que descrevemos em baixo) era «insustentável na sua consciência» (dixt), permanecer no mais alto órgão da República Portuguesa. A não ser que estivéssemos perto de ficar transformados numa verdadeira república de bananas... compreende-se!
Loureiro resolveu finalmente facilitar a vida ao Presidente da República, que mantinha um silêncio insurdecedor sobre o tema, e deseja ser ouvido pelo Ministério Público.
Por isso pediu uma audiência ao Procurador-Geral da República, mas este afirmou aos jornais desconhecer qualquer pedido do ex-conselheiro para ser ouvido no âmbito do caso BPN e acrescentou que este «não anunciou nem tinha que anunciar» ao Ministério Público a decisão de se demitir do Conselho de Estado. Um desconhecimento, que se compreende.
O PSD pela vóz do candidato à Eleições Europeias, Paulo Rangel, de visita ao Algarve, foi muito pragmático e de poucas palavras, considerando simplesmente que a decisão de Dias Loureiro revela «sentido de Estado e respeito pela instituição do Estado português». O líder parlamentar do PSD foi designado pelo partido como porta-voz na reacção à decisão do ex-administrador da SLN, e acrescentou «tratar-se de uma decisão que dignifica o próprio». Quando foi confrontado pelos jornalistas com a pergunta se esta decisão pecou por tardia, deixou a resposta implícita numa frase que não chegou a terminar: «Penso que se tinha ganho se esta questão...». Resta saber se esta «quesão» não vai perturbar a sua campanha. Nesse aspecto, Rangel foi sábio: «Não tem nada a ver com o Partido ou com o Presidente da República, mas com o Conselho de Estado». Até parece que Dias Loureiro não é militante do PSD, que Miguel Cadilhe não é militante do PSD... e estando envolvidos outros nomes graúdos do seu Partido neste verdadeiro escândalo financeiro, em que se tornou o Caso do BPN... as suas declarações, também se compreendem.
Pelos artigos de opinião, e inquéritos realizados, a maioria dos portugueses defendia a saída de Dias Loureiro do Conselho de Estado, pelo que quando foram confrontados ontem com o pedido de abandono, quase toda a gente (lúcida e sem sectarismos partidários) respondia com firmeza: «Finalmente!...» Compreende-se.
Quando se insistia na necessidade do Presidente da República tomar uma posição pública era porque considerávamos que a posição de Dias Loureiro era insustentável, fragilizava o Estado (mais do que está), e notava-se que o PR estava a fazer tudo o que era possível para manter o cargo (como a outros, naturalmente). Mas sabia-se - por muito frouxas que fossem as investigações que, pelas contradições de Loureiro no inquérito parlamentar, mais tarde ou mais cedo isso teria de acontecer. Aconteceu, e compreende-se.
Há meses que a opinião pública vínha dizendo que a posição dele não era séria e idónea. Ele «escutou» isso. Disse-o na RTP e na SIC onde só justificou o seu pedido de demissão «para que não se pensasse que esrtaria a refugiar-se no cargo». De facto, está envolvido num caso falência bancária que - em plena crise económica, já custou ao erário público, através da Caixa Geral de Depósitos, 1bilião e 400 milhões de euros. E que é um grave caso de polícia. Portanto, resistir era obviamente algo que estava a ultrapassar todas as marcas. Quando Oliveira Costa veio acentuar as acusações sobre Dias Loureiro, era evidente que se tinha criado uma situação explosiva, em que ou o Presidente da República falava e demitia, ou Dias Loureiro tinha mesmo de se ir embora pela porta pequena... Foi o que fez, e compreende-se.
Deixou o Conselho de Estado, e ainda bem. Está livre como qualquer cidadão (será?) para se defender. Ainda há neste país pessoas qualificadas para colmatarem essa vaga, pelo que não se vai dar pela sua falta. Agora o que é necessário, é mesmo apurar todo o caso de crime economico que está por detrás de toda a teia do Caso BPN. Muito mais grave que o mexeriqueiro Caso Freeport, porque o primeiro nos lesou a todos nós, portugueses, em biliões de euros no meio de uma crise sufocante. E isso não pode mesmo esperar. A demissão do senhor Conselheiro não resolveu o problema, e torna a sua investigação ainda mais urgente.
Os portugueses exigem-no com a celeridade que se impõe para que a verdade não morra uma vez mais solteira.
E isso, compreende-se porquê.

Carlos Ferreira

Autódromo Internacional do Algarve

Festeja Dia Mundial da Criança

Crianças das escolas vão ter o seu primeiro contacto com uma pista de alta velocidade.

O Autódromo Internacional do Algarve vai juntar-se aos festejos do Dia Mundial da Criança no próximo dia 1 de Junho. O Circuito de Portimão vai abrir as portas a 200 crianças que vão ter oportunidade de ter o seu primeiro contacto com a pista algarvia.
As crianças são provenientes de três escolas locais: Colégio Universidade da Criança, Colégio da Penina e Agrupamento Vertical da Mexilhoeira Grande e têm idades compreendidas entre os 5 e os 10 anos. A recebe-las no Circuito estará o piloto José Monroy que as acompanhará em todas as actividades.
Para além da oportunidade de fazerem todo o perímetro da pista e de conhecerem ‘in loco’ o local onde se realiza os mais importantes eventos desportivos, vão ainda poder interagir com animadores, fazer moldagem de balões, dançar e pintar. Depois, será servido um almoço no Restaurante do Paddock.
Uma manhã que se quer de muita animação e divertimento.

Segurança rodoviária

Suportes digitais distribuidos nas escolas

Projecto inédito sensibiliza alunos do 5º ano para questões da segurança rodoviária.

A Governadora Civil de Faro considerou ontem que a abertura das escolas do Distrito aos projectos desenvolvidos na área da prevenção da sinistralidade rodoviária, revela a forte preocupação e o empenho dos responsáveis da área da Educação, na luta contra este flagelo.

Isilda Gomes, que falava durante a cerimónia de apresentação do Projecto Educativo “Cidadania em Movimento-Segurança Rodoviária”, destinado aos alunos do 5º ano do Ensino Básico, referiu que tanto a Direcção Regional de Educação (DRE) do Algarve como as autarquias da região têm sido importantes parceiros no combate à sinistralidade, ao disponibilizarem recursos e participando nas campanhas de informação e sensibilização realizadas no Distrito.

Dirigindo-se aos jovens presentes no Salão Nobre, onde decorreu a cerimónia de apresentação e assinatura do protocolo de colaboração para a implementação do projecto nas 52 escolas do Ensino Básico 2,3 do Algarve, Isilda Gomes apelou à sua participação directa nas questões da sinistralidade, pois muitas vezes é pela voz dos mais novos que a mensagem atinge os objectivos preconizados. No âmbito da cerimónia realizada ontem, que reuniu num mesmo objectivo o Governo Civil de Faro, Direcção Regional de Educação do Algarve e Associação para a Cidadania e Conhecimento (CCA), os alunos do 5º ano do Ensino Básico vão desenvolver diversas actividades interactivas através de conteúdos multimédia nos domínios da Prevenção e Segurança Rodoviária.

O projecto, que corresponde às orientações da edição “Cidadania e Segurança” da Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular do Ministério da Educação, pretende sensibilizar alunos e professores para as questões da segurança rodoviária e promover a utilização das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação nos estabelecimentos de ensino que dispõem de sistemas informáticos. Os conteúdos informáticos, produzidos pela CCA em suporte digital (pen-drive), foram financiados pelo Governo Civil de Faro, sendo agora distribuídos pela DRE do Algarve às 52 escolas, onde serão desenvolvidas as referidas actividades no âmbito das disciplinas de Área de Projecto e Formação Cívica e em clubes escolares de Educação Rodoviária ou de Protecção Civil.