Liberdade e o Direito de Expressão

Neste blog praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão, próprios de Sociedades Avançadas !

domingo, 18 de outubro de 2009

Virar a página

Há pequenos pormenores que parecem ser eternos, mas nunca são. Aqueles momentos que pareciam tão rotineiros, e que poderiam ser revividos sempre que nós precisássemos estão, aos poucos, a desaparecer. Chegou o momento de virar a página.

Outras vivências regressam, como que em jeito de compensação. É difícil esquecer e contornar todo um período de quarenta anos de vida em “ser e sentir algarvio”, tendo-se entranhado em nós esta luminosidade quente e dourada, tão sulina, momentos bons e maus vividos, de desejos, perdas e vitórias. Mas o tempo não deixa de correr, por vezes demasiado depressa. Novos desafios, novas perdas e novas preocupações se avizinham... mais incertezas.

Talvez não seja apenas o virar de uma página de vida que fica aqui nesta data, e neste blog noticioso. Talvez seja o terminar do capítulo, de um livro, e um início de um novo, com réstias de um já antigo (e quase esquecido) e outras deste que acabo de fechar. Por algum tempo, vou deixar o convívio com os leitores. Tão breve quanto possível começarei outro. É só esperar por notícias.
Não podia encerrar este capítulo sem uma palavra de gratidão para quem aqui veio compartilhar alguns dos seus momentos de leitura. Em pouco mais de ano e meio, sempre foram mais de 330 mil visitas... Um número que atesta um interesse neste sítio, sempre pela nossa parte correspondido. Por isso, aí fica uma “crónica” de até breve. São palavras sentidas, vividas, experimentadas, sofridas, comungadas com muitos(as) leitores(as) que tiveram a paciência de me ler, criticar, ou me deram a honra de escutar.


Afinal, e parafraseando o poeta, foi também convosco que sempre compartilhei a raíz do meu pensamento, que nenhum machado pode cortar. Fiquem bem.

C.F.

Crónica de Domingo

Somos um pequeno país de invejosos

Há muito que eu penso, que a competitividade e a oposição nesta sociedade medíocre em que vivemos, deviam criar estímulos para sermos cada vez melhores naquilo que fazemos. O facto de o outro ser muito bom, devia levar-nos a querer ser melhor. Mas não é isso que acontece. As excepções, não conseguem superar o generalizado medo de concorrência e a tendência para o oportunismo, asfixiam este País.

Na inveja perde-se singularidade, talento, criatividade, perde-se essa capacidade de se sentir espicaçado pelo facto de o outro ser bom, e isso levár-nos-ia a querer tornar-mo-nos melhores. Isto significa que seria levado a ser melhor num sentido em que só o outro pode ser. Não no sentido do “outro”, mas na sua singularidade. O outro nunca poderá fazer o que eu faço ou você faz, se o que faz é singular. Ou seja, se for até ao extremo de si nunca ninguém é melhor do que nós. Porquê? Porque não é comparável. A única maneira de combater o sistema da inveja é afirmar-se a si próprio na sua máxima singularidade e intensidade, porque é incomparável, e deve afirma-se positivamente.
Sei que não é fácil explicar isso a um povo. Mas uma das soluções é abrir o que impede a vida de circular. A inveja, e o sistema da inveja, só florescem em ambientes fechados, apodrecidos. Aliás, a inveja suga as forças. Se nós nos abrirmos, então teremos toda a possibilidade de desenvolver outras forças do tipo afirmativo e criativo que temos em nós. E para isso precisamos imensamente do que nos é estranho, do que se faz e pratica para além das fronteiras que nos rodeiam, do que está fora de nós. É isso que nos abana, e que faz com que o que está estagnado comece a mexer, o que significa abrir um espaço de desenvolvimento ao infinito. E é daí que vem a riqueza da vida, a criação. Porque sabemos que todo o círculo social que se fecha começa a degenerar, a apodrecer. É a estagnação.

Há muita gente que pretende fechar esses círculos, porque tem medo de existir, um medo que se mostra em todos os campos de manifestação da vida, só superado na maioria das vezes pelo oportunismo. Não é apenas um medo individual, há toda uma série de condições sociais, institucionais e mesmo históricas na relação entre as pessoas que fazem com que estas não se exprimam livremente, e com que não haja aquilo a que se desenvolva por si próprio e que possa escavar novos horizontes e exprimir opiniões individual e colectivamente daquilo que vivemos.
Porque o medo enraizou-se na mentalidade de grande maioria dos portugueses, particularmente nos de menor recursos económicos e académicos. E também está incrustado no sistema geral das instituições, das relações sociais, etc. Manifesta-se, por exemplo, no medo de dizer algo e não ver uma aprovação: fico logo com medo do leitor se penso que me vai criticar pelo que escrevo, e por isso não tenho coragem de dizer o que penso. Porque é arriscado para a minha imagem nesta aldeia global, daquilo que eu penso que os outros devem pensar de mim, e que pode não ser a imagem que tenho ou gosto, de mim. Ou seja, há uma desapropriação de mim pelos outros e isso está incrustado em mim. Esse medo é omnipresente, as pessoas não se afrontam, mesmo no bom sentido. Se eu achar que sua opinião é péssima, posso dizer-lhe e não estou a criticá-lo a si, estou a analizar um objecto, e se lhe digo isso é porque acho que pode fazer um exercício de opinião muitíssimo melhor. A minha ideia ao criticar não é destruír, mas sim ampliar as opções de opinião. Mas isto geralmente não funciona nem acontece assim. “Se não és por mim, és contra mim”. As pessoas não gostam de ser criticadas, contrariadas ou desditas. Falam em liberdade, mas não exercem a democracia. Não têm abertura mental para isso. O que existe é a fulanização, a personalização, a cristalização das relações em pequenos egos que se medem constantemente.
Ainda sobre os medos. Já pensaram a quem interessa esses medos? Isso é que é verdadeiramente terrível. Não interessa a nenhum de nós, mas é claro que outros se aproveitam enormemente deles. Está provado que o poder político se aproveita do medo. Se não houvesse medo social, se existisse uma luta em que se ousasse afirmar e reinvindicar direitos, opiniões, os vários governos, as várias autarquias, seriam obrigados a ter uma outra política, a usar uma outra postura de afirmação democrática mais verdadeira e não superficial. A política governativa vive dos diversos limiares de medo, que em cada época levam à não expressão do indivíduo.
Isso tem a ver com a infantilização que caracteriza o povo português. Insistimos em ser crianças grandes, adultos infantilizados, inseguros e incapazes de aceitar uma crítica e dela retirar o melhor ensinamento para crescer. Os portugueses ainda não cresceram, e logo agora que se fala tanto em crescer... Nós sofremos daquilo que acontece em quase todo o mundo: cada vez nos tornamos adultos mais tarde. No século XVIII, aos 19 anos era-se adulto, tinha-se transposto os vários ritos de passagem para lá chegar. Ora, hoje, aos 50, por vezes ainda nos sentimos crianças, emocional e afectivamente inacabados. Atenção: não há nada de pejorativo na ideia de ser-se infantil, pelo contrário, o que é preciso, é que cada um de nós, quando atinge a maturidade, nunca deixe de ser criança, é isso que fazem os artistas constantemente, e isso é maravilhoso porque maravilhosas são as crianças. Mas o equilíbrio está em ser preciso também atingir a maturidade plena conciliando-a com com um certo jeito da sinceridade infantil.

Há muita gente que não consegue vislumbrar como é que se pode transformar essa pesada herança. Mas pode. E não enxergam, porque não acreditam que as transformações importantes em nós fazem-se a partir de fora para dentro. E não acreditam porque há uma velhíssima tradição filosófica mesmo, que diz que o de dentro é que conta, é que é autêntico, é que transforma o seu ser. Mas não é. O que vem transformá-lo vem assencialmente de fora, mas é preciso apanhá-lo no momento certo. Portanto, insisto no fora, mas o fora não é obrigatóriamente o estrangeiro. É um fora no sentido figurativo do diferente, do alternativo.
Aquilo que se têm dentro de nós, e que temos de o descobrir. Fazer o que é possível, porque numa fenda por onde se pode criar uma linha de fuga e fazer a sua pequena mudança, só sua. Ninguém pode fazer igual, e então vai ver que aparecem outras pessoas a seguir-nos. Precisamos de nos libertar das imagens fabricadas, das grilhetas padronizadas. Isto não são palavras de ordem, são coisas que aprendi ao longo da vida. Há uma coisa fundamental para nos abrirmos que é dessubjectivarmos-nos, e isso significa não olharmos só para nós próprios. Para o umbigo. Nas nossas relações estamos sempre com quatro olhos. Isso não leva a lugar nenhum. É preciso escutar os outros, aceitar as regras e medir as diferenças.
E é no espaço dos media, da imprensa, da televisão, que, oferecendo-nos um pronto-a-pensar e não dando grande azo a reflexões próprias, vai ajudando a manter este estado das coisas. Portugal vive uma situação que outras sociedades vivem também, que vem do facto de aparentemente se terem destruído as alternativas, mesmo imaginárias, como a queda do Muro de Berlim, após a qual se considerou que o capitalismo era da essência do homem, era o fim da História, era o fim de muitas coisas. Verificou-se depois que não era assim, e que havia outras alternativas. Mas Portugal vive nesse primário parâmetro que lhe é peculiar, a herança de uma norma única histórica que emana do pensamento único, o que é tremendo porque nos sufoca e entala num impase: não sabemos onde está o limite nem a norma. Aparetemente o nosso campo está completamente aberto, mas está mentalmente minado. Vivemos uma democracia e portanto a liberdade, no entanto, não somos completamente livres.

Eu sei que o estado de nos sentir-mos verdadeiramente livres, é algo muito difícil de atingir, mas não sei se é impossível. A liberdade não pode ser pensada como uma ideia platónica, como uma espécie de meta ideal a atingir, porque é circustancial, também. Mas mesmo circunstancialmente podemos admitir diversos outros graus de liberdade. Ora, na nossa democracia, particularmente em Portugal, individualmente vivemos um grau de liberdade muito no limiar, bastante mais baixo do que poderíamos de facto viver ao fim de mais de 30 anos de democracia, num mundo completamente globalizado. E porquê? Por causa do medo. Por causa da norma que se nos impõem, a norma social única. Que deriva do poder instituído, imposta por uma sociedade cinzentona que vive do controlo das nossas vidas. Hoje, quase não há espaço para margens, ou se ganha o suficiente para viver bem ou cai-se irremediavelmente logo na pobreza...
E se quisermos falar em termos de alegria, contentamento, qualidade de vida ou prazer, que é tão importante para todos os povos, e porque não para os portugueses, se eles conseguirem deitar fora esses medos, vão ter prazeres muito maiores, ou de uma outra qualidade.
Nós temos muito pouco real prazer e alegria no viver, nesta nossa sociedade plenamente hipócrita. Estamos habituados a seguir em manadas, ao som de guisos, basta acenarem-nos com algo de apetecível, umas promessas, uns benefícios que menorizem a nossa pobreza. De espírito e económica... e lá vamos. Excepções, que confirmam a regra. Há muito que eu penso, que a competitividade e a oposição nesta sociedade medíocre em que vivemos, deviam criar estímulos para sermos cada vez melhores naquilo que fazemos. O facto de o outro ser muito bom, devia levar-nos a querer ser melhor. Mas não é isso que acontece. As excepções, não conseguem superar o generalizado medo de concorrência e a tendência para o oportunismo, asfixiam este País. É de facto uma pena. Em crianças somos alegres, nada nos consegue fazer cortar a raíz do pensamento. E depois a partir de uma certa idade tornamo-nos seríssimos, homens ou mulheres do “sistema”, e entramos num uniforme espartilhado, socialmente padronizado, e tudo acaba.

Até a vontade de sonhar.

Carlos Ferreira

sábado, 17 de outubro de 2009

"El dolce far niente"

Portugal é o 6º país do mundo com mais dias de descanso

A nível mundial são os Lituanos e os Brasileiros que apresentam o maior número de dias livres anuais (41 dias). Em Portugal, entre dias de férias previstos por lei e feriados, um trabalhador tem 35 dias de descanso. Em Espanha há 36 dias de descanso anual. O Canadá (19) e a China (21) são os países com menor número de dias livres.

Segundo dados divulgados pela Mercer, retirados do estudo Worldwide Benefit and Employment Guidelines, que tem como objectivo fornecer dados sobre práticas de trabalho e a sua regulamentação, Portugal é o 6º país do Mundo com mais dias de descanso. Se somarmos os 22 dias de período mínimo de férias legais aos 13 feriados nacionais, os trabalhadores portugueses irão usufruir em 2009 de 35 dias de descanso. Para este cômputo não foram considerados os feriados ao Sábado e Domingo. Espanha está em 5º lugar neste ranking, com 36 dias. Lituânia e Brasil são os países com mais dias de descanso (41) previstos para 2009. Com menor número de dias livres estão o Canadá (19) e a China (21).
Todos os funcionários têm direito a subsídio de férias, dependendo do total de dias que as empresas devem oferecer por lei aos seus colaboradores. Enquanto a Finlândia, Brasil e França têm direito a 30 dias de férias por ano, países como Lituânia, Rússia e Reino Unido têm direito a 28 dias. Com 26 dias está a Polónia seguida da Grécia, Áustria, Rússia e Reino Unido com 25. Portugal tem 22 dias de férias previstos por Lei, o mesmo período mínimo que Espanha.
Em alguns países, como por exemplo os Estados Unidos, o número de férias depende de factores variáveis, como a antiguidade do colaborador na empresa.

Globalmente, os funcionários europeus são os que recebem os maiores subsídios de férias. Quando comparados os dias de férias previstos por lei a nível global, existe grande discrepância. Na Austrália, Nova Zelândia e Japão os colaboradores gozam de 20 dias, mais do que em Taiwan (15), Hong Kong e Singapura (14), Índia (12) e China (10).
O número de dias de descanso dos colaboradores não se restringe às férias previstas por Lei, acrescendo a estes dias os feriados existentes em cada país. O Japão e a Índia lideram a lista mundial, com 16 feriados nacionais por ano, seguidos de Chipre, Eslováquia e Coreia do Sul com 15 feriados. Malta e Espanha têm 14, enquanto Portugal, Áustria, Lituânia, Eslovénia e Taiwan possuem 13 feriados nacionais. O Reino Unido, Austrália e Holanda são os países com menor número de feriados, com apenas oito.
Assumindo que os cidadãos usufruem de todos os dias de férias e feriados nacionais a que têm direito, os trabalhadores do Brasil e da Lituânia gozam de 41 dias por ano, enquanto que na Finlândia, França e Rússia têm 40 dias de descanso. Os cidadãos do Canadá são quem tem menos dias de descanso, com apenas 19.
Em termos gerais, no que respeita ao panorama europeu, ao juntarmos as férias e os feriados nacionais, os cidadãos da Lituânia são quem tem direito à maior quantidade de férias pagas na Europa, com 41 dias por ano. A França, a Finlândia e a Rússia ocupam o segundo lugar com 40 dias, seguindo a Áustria e Malta (38), Grécia (37) e por fim Suécia, Espanha e Reino Unido (36). Os trabalhadores em Itália têm direito a 31 dias de férias remuneradas, enquanto na Alemanha, Roménia e Bélgica têm apenas 30 dias. Os trabalhadores da Irlanda e da Holanda têm a menor quantidade de dias remunerados (29 e 28 dias, respectivamente).

Segurança no sector turístico

Boatos e notícias infundadas

A segurança no Turismo algarvio foi analisada pelas forças da órdem e as principais associações do sector.

Na sequência das preocupações veiculadas por alguns sectores da actividade hoteleira através de meios de Comunicação Social, relativamente a questões de segurança na região algarvia, o Governador Civil de Faro convocou uma reunião com dirigentes das associações empresariais ligadas ao turismo e responsáveis distritais pelas Forças e Serviços de Segurança do Ministério da Administração Interna, na qual participaram como convidados os responsáveis distritais da Polícia Judiciária, do Serviço de Informações de Segurança e da Entidade Regional de Turismo do Algarve.
Durante a referida reunião os responsáveis distritais das Forças de Segurança transmitiram a inexistência de quaisquer processos de investigação em curso nas respectivas áreas de jurisdição, sobre furtos no interior de unidades hoteleiras do Algarve envolvendo suspeitos com ligações a alegadas redes internacionais dedicadas ao terrorismo. Foi ainda feita a análise da segurança na região pelos responsáveis distritais das Forças de Segurança, tendo sido transmitido aos presentes, que os índices de criminalidade registados durante o ano em curso mantêm-se estabilizados, comparativamente a anos anteriores, como resultado de uma actividade policial permanente e do sucesso de investigações levadas a efeito pelas Forças de Segurança, nomeadamente no que diz respeito à criminalidade mais violenta.
Os dirigentes das associações empresariais presentes na reunião manifestaram a sua total confiança no trabalho desenvolvido pelas Forças e Serviços de Segurança, defendendo a necessidade de complementar o referido trabalho com meios de video-vigilância, bem como a sua total disponibilidade para colaborar com as entidades oficiais, no sentido de contribuir para a segurança na região.
Os dirigentes das associações empresariais transmitiram ainda ao Governador Civil de Faro, que não se revêem em quaisquer manifestações sobre um alegado aumento da insegurança na região, com origem em especulações que têm como único resultado gerar sentimento de insegurança e alarmismo público. O Governador Civil de Faro considera que a segurança é um factor fundamental para a actividade turística e, como tal, para a economia nacional. Tendo em conta a importância do Algarve em ambos os contextos, é fundamental que a região continue a merecer uma atenção especial, no sentido de garantir níveis de segurança que lhe permitam continuar a ser um dos destinos turísticos mais seguros em todo o Mundo.

Educação em destaque

Combate ao insucesso escolar

A Futurlagos - Entidade Empresarial Municipal para o Desenvolvimento, EEM, aderiu ao projecto de combate ao insucesso escolar da EPIS – Empresários pela Inclusão Social, e torna-se, a primeira empresa no Algarve a possuir o selo de parceiro.

O projecto tem como ponto central a diminuição das taxas de abandono escolar, através da prevenção e da redução de factores de risco dos alunos e famílias, da promoção de factores de protecção e da criação de factores externos de sucesso nos estabelecimentos de ensino e educação. A parceria traduz-se no apoio financeiro e no envolvimento da Futurlagos nas actividades e acções em curso, de forma a contribuir para a melhoria dos resultados escolares dos alunos do concelho de Lagos.
De referir que a EPIS - Empresários para a Inclusão Social obteve nos últimos dois anos lectivos um aumento em 14% nas taxas de aproveitamento dos alunos do Ensino Básico e já foi reconhecida internacionalmente, tendo sido apresentada como caso de estudo em Nova Iorque durante a V edição da Clinton Global Initiative. A associação empresarial conta ainda com o alto patrocínio do Presidente da República, simultaneamente Associado de Honra e Presidente de Honra do Conselho Consultivo da EPIS.
Segundo Carlos Albuquerque, Presidente do Conselho de Administração da Futurlagos, “ este é um projecto bastante ambicioso e em que acreditamos, não só pelos resultados já demonstrados, mas pela sua envolvente social, que abrange os alunos, a família, a escola e toda a rede social, contribuindo para o aumento dos índices de inclusão social e aspirando à construção de um modelo colectivo de cidadania moderna e mais responsável.” A Futurlagos continua a apostar na criação de parcerias, assentes em iniciativas sociais, que contribuam de forma significativa para o desenvolvimento individual dos jovens, e na consequente redução da taxa de abandono e insucesso escolar do concelho, aproximando-os da média dos países europeus mais desenvolvidos.

Ideias do Levante

Promove Laboratório de Teatro

Associação Cultural de Lagoa, promove nos dias 24 e 25 de Outubro de 2009, um Laboratório de Teatro, dirigido por Rui Mimoso.

Esta formação é pensada para aqueles que já realizaram um curso de Iniciação de Teatro/alguma experiência em teatro e pretendam consolidar técnicas de interpretação teatral básicas na concepção do actor, a construção da personagem, e seleccionar eventuais interessados para um próximo projecto do grupo de Teatro Experimental Ideias do Levante a realizar no ano de 2010. Os temas propostos serão os pontos de irradiação, o corpo no espaço, o movimento como forma, a concentração/focalização da atenção, a procura do centro da personagem, o gesto psicológico, e os níveis de interpretação.
Rui Mimoso (Encenador) licenciou-se na Alemanha em Ciências de Educação- Área das Expressões Artísticas, e há uma década que tem tido encenações a seu cargo com grupos de teatro do Algarve, especialmente Lagoa, onde gosta de viver e inquietar o público com as suas ideias e adaptações de teatro. Tem um enorme respeito pelas correntes de teatro russo e, em termos de encenação é um admirador incondicional da coreógrafa alemã Pina Bausch e do encenador Inglês Peter Brook. Por isso mesmo, não gosta da palavra minimalista, mas não prescinde de um cenário limpo e integrante, dando maior importância ao à entrega do actor na transformação do texto.
Esta formação decorrerá na sede da associação em Lagoa e encontra-se aberta a um mínimo de 8 participantes e a um máximo de 16 participantes. A carga horária prevista totaliza as 10 horas distribuídas, pela manhã (10h-13h) e tarde (15h-19h) de Sábado, e pela manhã (10h-13h) de Domingo. O valor da inscrição é de 40 Euros para não sócios e 30 Euros para sócios. As inscrições poderão ser efectuadas através do site da associação em http://www.ideiasdolevante.net/ ou, em alternativa, através do número 282010080, das 18h00 às 20h00, de Segunda a Sexta-feira. Após a realização da formação, os formandos receberão um certificado de participação.
A Associação solicita-se, aos eventuais interessados (para além do gosto e fascínio pelo teatro), disponibilidade relacional e de tempo.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Feira de Santa Iria

Plataforma Algarve pela Vida

O “Algarve pela Vida” irá, mais uma vez, participar na Feira de Santa Iria que terá lugar, no Largo de S.Francisco, em Faro, entre os dias 16 a 25 de Outubro.

Este ano, o stand fica no pavilhão das instituições (módulo24) e conta com o apoio das Guias de Portugal, Corpo Nacional de Escutas e da Juventude Franciscana de Faro.
Num ano de crise económica, pretende-se promover a divulgação de várias iniciativas que, no terreno, apoiam a vida. Em particular o SOS Vida, a Ajuda de Mãe, o Ponto de Apoio à Vida, a APFN (Associação Portuguesa das Famílias Numerosas) e a associação “Mulheres em acção”.
A este propósito, serão distribuídos folhetos com números de atendimento telefónico destinados à grávida em dificuldade e será efectuada a venda de material a favor das instituições.
O amor pelas crianças, a sexualidade responsável enquadrada no âmbito de um relacionamento afectivo estável, as alternativas ao aborto e a ajuda às famílias com mais de dois filhos são outros dos pontos que serão difundidos, através de power points e pequenos videoclips.

Contra a discriminação

“Dias da Diversidade” chegaram a Portugal

Portugal recebe evento europeu integrado na Campanha “Pela Diversidade - Contra a Discriminação”

Portugal recebe, de 15 a 18 de Outubro, o evento “Dias da Diversidade”, uma iniciativa desenvolvida no âmbito da campanha europeia “Pela Diversidade. Contra a Discriminação” e que decorrerá no Centro Colombo, em Lisboa, entre as 10h00 e as 24h00. Os “Dias da Diversidade” englobam várias iniciativas dirigidas ao público em geral e organizadas em parceria com ONG’s, Parceiros Sociais e Organismos Públicos nacionais que trabalham nas áreas da diversidade e discriminação. Para além de Portugal, apenas três outros países foram escolhidos para receber os “Dias da Diversidade” este ano: Chipre (3 de Outubro), Suécia (26 de Outubro) e Luxemburgo (7 de Novembro).
O evento está a ser divulgado junto dos públicos-alvo e da população em geral de várias formas, incluindo Acções Web 2.0. O dia 14 de Outubro, que antecede o evento, é marcado na Blogoesfera nacional com uma campanha que apela à mobilização dos bloggers portugueses e à divulgação de mensagens sobre a Diversidade, através do lançamento de um blog intitulado “Diversity Call to Action Blog Day”.
O evento em Portugal pretende sensibilizar o público em geral para os temas da discriminação e para as leis existentes que visam proteger os cidadãos, bem como para promover uma melhor compreensão do valor e importância de uma sociedade diversificada. O evento é organizado em parceria com ONG’s, Parceiros Sociais e Organismos Públicos nacionais que trabalham nas áreas da diversidade e discriminação e que vão dinamizar actividades atraentes, informativas e vocacionadas para todas as faixas etárias.

Os links para os “Dias da Diversidade” em Portugal são os seguintes:

Arte Pública made by UAlg

Invasão do centro histórico de Faro “foi um sucesso”

Alunos e docentes da UAlg deram vida ao projecto Dialogue Boxes on Street Windows, criado no âmbito do Art Allgarve e dos 30 Anos da UAlg.

Na terceira edição do programa Art Allgarve, em 2009, foi pela primeira vez integrada uma componente regional, para a qual contribuíram docentes e alunos de Artes Visuais da UAlg – os primeiros enquanto curadores, os segundos enquanto artistas. O projecto Dialogue boxes on street Windows, composto por dez instalações produzidas por quatro artistas de renome e dez estudantes da UAlg, esteve nas ruas do centro histórico de Faro durante três meses, desde Junho até ao final de Setembro, e segundo os curadores e docentes de Artes Visuais da UAlg, Mirian Tavares e Alexandre Barata, foi “a exposição mais vista do Allgarve”.
O balanço final não podia ser mais positivo: os curadores do projecto Dialogue Boxes on Street Windows, Mirian Tavares e Alexandre Barata, estão muito satisfeitos com os resultados obtidos com a participação no programa Art Allgarve. Ambos consideram que esta “foi a exposição mais vista do Allgarve, já que as pessoas circulavam pelas ruas da baixa e do centro histórico de Faro e a arte estava ali, ao lado delas”, sublinhando que “projectos como este são importantes para que as pessoas tenham consciência de que nem tudo que está exposto na via pública é arte”.
Mirian Tavares e Alexandre Barata frisam que para criar esta exposição contaram com quatro grandes artistas – António Costa Pinheiro, Ana Vidigal, Susanne Themlitz e Manuel Baptista – que criaram projectos originais para a exposição. “Todos se envolveram bastante com o projecto, mesmo aqueles que nunca tinham experimentado arte pública, e gostaram do resultado, o que a nós, enquanto curadores, nos dá uma grande satisfação”, assinalam. Aliás, dado o sucesso do projecto, que contou com o apoio da Câmara Municipal de Faro desde o primeiro momento, os curadores acreditam que “este poderia ser um trabalho mais continuado para que Faro, e outras cidades, pudessem sentir como a arte é capaz de transformar o espaço que a rodeia e criar novos itinerários dentro da mesma cidade.”
Este projecto proporcionou ainda um momento único de aprendizagem para os alunos da licenciatura em Artes Visuais da UAlg bem como para os recém-formados em Artes Visuais que participaram na exposição enquanto artistas, pois “aprenderam a trabalhar em condições complicadas, em superfícies inovadoras e a criar algo para uma exposição site specific, o que não é uma tarefa fácil”. E, dizem os curadores e docentes, “saíram-se todos muito bem”.

Jovens artistas/estudantes na UAlg marcam o coração de Faro

“Na raiz do projecto Dialogue boxes on street Windows reside o conceito de arte pública”, explica Mirian Tavares, sendo o objectivo, por um lado, “recuperar a ideia inicial da arte pública como um processo de invasão do espaço urbano, promovendo a sua reconfiguração” e, por outro lado, “aproximar a arte do público que, em geral, não está habituado a ir a locais de exposição convencionais como galerias, centros de arte e museus”.
Andreia Filipe, Alexandre Lima, Guilherme Gonçalves, Gustavo de Jesus, Joana Bárbara, Mara Barth, Paulo Quaresma, Tatiana Barreiros, Tiago Custódio e Úrsula Mestre são os dez jovens artistas e estudantes recém-licenciados do curso de Artes Visuais da UAlg que invadiram o centro histórico de Faro no dia 20 de Junho, interpelando os transeuntes com várias abordagens artísticas.
Segundo Alexandre Barata, “os trabalhos dos alunos da licenciatura em Artes Visuais seguem caminhos muito diversos, desde a utilização de uma linguagem de banda desenhada, onde as personagens espreitam das janelas das casas para a rua que as envolve, até à presença de noivas suicidas, enquadradas num espaço real que se converte em espaço cénico”.
As técnicas utilizadas são as mais variadas, “passando por pinturas realizadas directamente sobre a superfície das casas até ao trabalho realizado sobre materiais, como telas e madeiras, e posteriormente colocado nas fachadas”, continua o curador.
Além dos trabalhos, que estiveram visíveis nas fachadas de algumas casas do percurso, estiveram ainda expostas peças tridimensionais que ocuparão o passeio e os largos e que abrigaram, em muitos casos, performances dos alunos/artistas, que tiveram lugar ao longo do Verão, aos sábados à noite, dando assim uma dimensão ainda mais dinâmica e intensa à relação da arte com o espaço público.
Foi o caso, por exemplo, de Úrsula Mestre, com a instalação performativa “Saia que gritas”, que aborda as questões de género no Séc. XXI através de três peças, três saias das quais três mulheres se tentam libertar, e de Paulo Quaresma, que no contexto do projecto “O meu abrigo é o meu templo” instalou um abrigo e encarnou a personagem de um sem-abrigo nas ruas de Faro uma vez por semana durante três meses.

Proposta curatorial da UAlg integra obras de quatro artistas de renome

“Nestas intervenções a arte afirmar-se-á como um espaço de promoção do diálogo entre as pessoas, envolvendo-as e questionando-as. Será um convite ao olhar crítico, à participação activa no processo de construção de uma cidade de cultura e, obviamente, para a cultura”, sublinha Mirian Tavares. A exposição Dialogue boxes on street Windows reúne, além das contribuições de estudantes da UAlg, obras de quatro criadores convidados. São eles António Costa Pinheiro, Ana Vidigal, Susanne Themlitz e Manuel Baptista, todos, de alguma forma, relacionados com o contexto algarvio.
Para Dialogue boxes on street Windows, António Costa Pinheiro decidiu recuperar parte da sua obra realizada entre 1967 e 1975, Citymobil – Arte-Projecto, que está integrada na fase conceptual do artista. “Neste trabalho ele utilizou objectos que se organizam em narrativas dentro de uma cidade que é, permanentemente, transformada pelos seus habitantes, ideia que se encaixa perfeitamente na proposta curatorial deste projecto e que continua a ser inovadora e instigante, mesmo após tantos anos”, frisa Alexandre Barata.
Ana Vidigal decidiu explorar o espaço público através de um olhar, ao mesmo tempo, perverso e infantil, ao explorar as figuras que parecem saídas de ilustrações dos anos 50. “Os painéis da artista colocam o público na incómoda posição de voyeur, que participa, voluntariamente ou não, de uma série de jogos propostos por duas meninas, especulares, mas de tamanhos diferentes – o que marca uma relação de poder e submissão”, continua o curador. As janelas abrem-se de par em par e deixam que o público invada, completamente, o espaço privado, e sagrado, da inocência infantil.
Segundo Mirian Tavares, “neste projecto, Susanne Themlitz desenvolve um trabalho inquietante, onde um edifício deixa de ter fronteiras entre o espaço de fora e o espaço de dentro – ambos passam a conviver, lado a lado, numa superfície externa”. Não é preciso espreitar para dentro das janelas, a casa, como que esventrada, é exposta ao olhar de todos. Os elementos, que convivem na superfície do edifício, estão também eles fora do tempo e do espaço apropriados, remetendo-nos para o universo onírico da artista.
Já Manuel Baptista trabalha a dualidade entre as superfícies, a ideia de bidimensionalidade e de tridimensionalidade que se cruzam e se complementam, criando um efeito ornamental e decorativo, sem deixar de ser provocador. “Uma provocação que evoca a Pop Art, recheada de ironia e bom humor, tornando o espaço público atraente e vivo, buscando atrair também o olhar do público que passa e que já não vê o espaço que o circunda”, conclui a curadora.

Prémios Turismo de Portugal

Distinguem projectos de qualidade

Pelo quinto ano consecutivo, os Prémios Turismo de Portugal voltam a projectar publicamente as melhores práticas no sector, identificando os projectos turísticos de excelência desenvolvidos em Portugal nos últimos dois anos e distinguindo-os pela sua inovação, qualidade e contributo para a atractividade dos destinos nacionais.

A partir de hoje e até 9 de Novembro, quaisquer entidades públicas ou privadas que tenham promovido projectos de interesse turístico são convidadas a darem uma nova dimensão às suas iniciativas e experiências, propondo-se a estes Prémios. As candidaturas deverão ser apresentadas através de formulário electrónico – disponível, tal como o regulamento, no portal http://www.turismodeportugal.pt/ – e a sua análise estará uma vez mais a cargo da empresa de consultoria Deloitte, parceira dos Prémios desde a primeira hora.
Os projectos candidatos terão de estar concluídos há mais de três meses e de ter menos de dois anos de existência para serem concorrentes numa de sete categorias:
- Novo Projecto Privado;- Novo Projecto Público;- Requalificação Projecto Privado;- Requalificação Projecto Público;- Serviços;- Eventos e- Sustentabilidade ambiental.
A juntar a estas sete categorias será ainda atribuído o Prémio Especial Turismo de Portugal, que reconhece um projecto apoiado por um dos vários sistemas de incentivo financeiro do Turismo de Portugal nos últimos três anos, e cuja escolha cabe inteiramente ao Instituto. A entrega dos Prémios decorrerá numa cerimónia pública em Janeiro de 2010, uma vez mais integrada na programação da Bolsa de Turismo de Lisboa.
Este ano, a configuração do júri dos Prémios deverá repetir a da edição passada, presidido pelo empresário André Jordan e de que fizeram parte o presidente do Turismo de Portugal, Luís Patrão, o presidente da Confederação do Turismo Português, José Carlos Pinto Coelho e o jornalista António Perez Metelo.
Além de permitir projectar publicamente os projectos no momento em que são anunciados como vencedores, o uso da distinção “Prémio Turismo de Portugal” nos suportes promocionais das entidades que forem reconhecidas, permitir-lhes-á promoverem-se e diferenciarem-se através daquele que é um dos mais importantes reconhecimentos de qualidade e inovação do turismo nacional.
Estes Prémios inserem-se na estratégia alargada de apoiar e incentivar as empresas nos investimentos que aportem valor acrescentado e de conferir notoriedade ao que de melhor os agentes do sector turístico desenvolvem em Portugal para qualificar a oferta turística.
Em 2008, os Prémios Turismo de Portugal destacaram e deram a conhecer nove projectos inovadores, entre os quais o hotel Aquapura Douro Valley, o restaurante D.O.C., a Quinta do Seixo, o Memmo Baleeira Hotel, o Parque Anjos – Centro de Arte Manuel de Brito, a Acessible Portugal – Turismo para pessoas com mobilidade reduzida, o Red Bull Air Race World Series, a Dessalinizadora do grupo Pestana em Alvor e o projecto CCB Fora de Si. Nesse ano, o número de processos recebidos registou um apreciável crescimento face a 2007, totalizando 132 candidaturas.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

«Dia Internacional da Bengala Branca»

Todos diferentes, todos (quase) iguais

Foi em 1970 que a Federação Internacional de Cegos estabeleceu a data de 15 de Outubro para que fosse assinalado o «Dia Internacional da Bengala Branca», tendo como objectivo reconhecer a independência das pessoas invisuais e a sua plena participação na sociedade.

Assim, a Bengala Branca, símbolo normalmente associado às limitações da cegueira, converteu-se num ícone de independência, liberdade, igualdade e confiança, uma vez que permite às pessoas com deficiência visual movimentarem-se livremente, dentro dos condicionalismos existentes.
Neste «Dia Internacional da Bengala Branca», através da Delegação do Algarve da ACAPO (Associação de Cegos e Ambilíopes de Portugal), todos os algarvios com deficiência visual devem ser recordados, lançando a toda a população o apelo solidário de uma contribuição activa para a sua efectiva integração, nomeadamente, evitando as barreiras que se colocam à sua mobilidade.
E se esta eliminação de barreiras passa muitas vezes pela realização de obras de adaptação em edifícios e vias, situações em que urge que as entidades públicas sejam as primeiras a dar o exemplo, muitas outras vezes passa apenas por mais civismo e atenção por parte de todos nós, evitando criar obstáculos supérfluos à mobilidade, de que é exemplo o estacionamento irregular de veículos em cima de passeios e nas passadeiras.
O respeito pelos outros deve ser um valor a cultivar, principalmente através de pequenos gestos e de comportamentos que podem e devem fazer parte do nosso quotidiano.

Combate à corrupção

Municípios portugueses na linha da frente

ANMP preparou plano-tipo de prevenção de riscos de gestão incluindo os de corrupção e infracções conexas que municípios deverão remeter ao conselho de prevenção da corrupção.

O Conselho de Prevenção da Corrupção (CPC), criado pela Lei n.º 54/2008, de 4 de Setembro, aprovou uma Recomendação sobre “Planos de gestão de riscos de corrupção e infracções conexas”, nos termos da qual as entidades públicas devem elaborar e aprovar os seus planos de gestão de riscos. Como os Municípios devem elaborar tais planos, a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), que contou para o efeito com o inestimável apoio do Tribunal de Contas, preparou um Plano-Tipo, isto é, um documento que equaciona determinados riscos naturalmente associados à gestão. Nele, poderão ser ainda encontrados um conjunto de procedimentos, regras e boas práticas que seguramente contribuirão para uma gestão clara e transparente das entidades públicas.
Os 308 Municípios Portugueses, tendo em conta o recente período eleitoral, irão a muito curto prazo concretizar tal instrumento, considerando as suas especificidades próprias, implementando da forma mais rápida possível o seu próprio Plano de Prevenção de Riscos.

CIAC promove conferência

“O mundo contemporâneo nestes tempos interessantes”

É o mote para a conferência que irá ser proferida por António Pinto Ribeiro, da Fundação Calouste Gulbenkian, no próximo dia 17 de Outubro, na Biblioteca Municipal de Faro.

Promovida pelo Centro de Investigação em Artes e Comunicação (CIAC) da Faculdade de Ciências Humanas e Socais da Universidade do Algarve, a conferência marca a abertura da pós-graduação em Gestão Cultural.
Segundo Mirian Tavares, coordenadora do CIAC, hoje fala-se muito sobre Arte Contemporânea, contemporaneidade, cultura global. Até que ponto sabemos exactamente o que é o contemporâneo e de que maneira a arte e a cultura são criadas e circulam dentro desta realidade? Ninguém melhor do que o conferencista convidado para tentar responder a estas questões. Além de programador cultural, António Pinto Ribeiro é também promotor cultural, trabalho que vem realizando através dos programas Gulbenkian que dirige há alguns anos e dos livros de ensaios que tem publicado.
No intuito de aprofundar o tema da cultura na contemporaneidade, Pinto Ribeiro escreveu o argumento do filme O Estado do Mundo. Segundo ele “temos de reconhecer que hoje não é concebível uma única síntese do Mundo, ainda que provisória. Os tempos de um universo como vontade e representação esgotaram-se, com o fim da história universal e de uma qualquer revolução global”. Assim “a complexidade daquilo que podemos, por facilidade, designar como o nosso mundo é tal, tanto em relação aos factos, como às relações ou aos seus intérpretes, que, só por ligeireza, alguém poderá reivindicar para ele uma imagem ou uma representação”.
Para dar corpo a suas ideias, Pinto Ribeiro, através de um programa da Gulbenkian, convidou seis realizadores, para que cada um fizesse uma reflexão sobre o seu mundo. O resultado apresenta-se num filme, O Estado do Mundo, composto por seis partes. Os realizadores são os seguintes: Apichatpong Weerasethakul (Tailândia) com "Luminous People", Vicente Ferraz (Brasil) com "Germano", Ayisha Abraham (Índia) com "One Way", Wang Bing (China) com "Brutality Factory", Pedro Costa (Portugal) com "Tarrafal" e Chantal Akerman (França) com "Tombée de Nuit sur Shangaï - Avril 2007". No final da conferência será exibido este filme.

A Pós-Graduação em Gestão Cultural pretende formar profissionais qualificados em gestão, administração e mediação cultural, que possam trabalhar em papéis de liderança no âmbito público ou privado, tanto de projectos generalistas como em projectos mais específicos em diversos sectores, tais como: audiovisual, artes do espectáculo, serviços patrimoniais ou artes visuais.
Este curso permitirá uma melhor articulação entre a aprendizagem teórica nos campos tradicionais do saber e facilitará ainda o acesso à compreensão dos elementos que constituem a gestão cultural dentro da contemporaneidade. Pretende-se, com essa articulação, promover o desenvolvimento das competências necessárias para que os estudantes possam exercer como profissionais no âmbito da gestão cultural ou dedicar-se a investigação sobre este tema. O objectivo principal é proporcionar uma formação universitária com nível superior de exigência, tanto metodológico, como temático, sobre as tendências e percursos da gestão cultural na actualidade.
A pós-graduação tem a duração de um ano. O curso prevê um upgrade para um mestrado para todos os alunos que queiram fazer um segundo ano. Destina-se a detentores de um primeiro ciclo em Ciências Humanas e Sociais e em Artes. Esta pós-graduação responde ao desafio lançado à Universidade do Algarve pela Associação dos Gestores Culturais da região, pois não há, a sul do Tejo, nenhum curso que responda às suas necessidades.

Estudo português inédito

Mais de 420 mil portugueses faltam ao trabalho devido a dores nas costas

As dores nas costas são a segunda causa, em números globais, em Portugal, das visitas ao médico, afectando tanto os homens como as mulheres. As doenças que afectam a coluna representam mais de 50 por cento das causas de incapacidade física e são uma das principais causas de ausência no trabalho em todo o mundo.

Em antecipação ao Dia Mundial da Coluna, que se celebra a 16 de Outubro, a Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna (SPPCV), a Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (SPOT) e a Sociedade Portuguesa de Neurocirurgia (SPNC) acabam de divulgar os resultados de um estudo nacional pioneiro que revela que 28,4 por cento dos portugueses sente que a sua actividade profissional já foi prejudicada ou comprometida de alguma forma pelo facto de ter dores nas costas.
A investigação revela que 421,030 pessoas faltaram ao trabalho em 2008 devido às dores nas costas e que 28 por cento teve necessidade de faltar entre dois a cinco dias, e 24 por cento mais de dez dias. O estudo indica ainda que 31,3 por cento dos portugueses já teve necessidade, pelo menos uma vez, de pedir baixa médica por causa das dores nas costas.
De igual modo, 42,2 por cento dos inquiridos assume que já sentiu limitações sociais e/ou familiares derivadas às dores nas costas, com destaque para as dificuldades na realização de tarefas domésticas (25,2 por cento) e dificuldade para apanhar objectos (18,4 por cento).
De acordo com o Dr. José Neves, Presidente da Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia “os resultados deste estudo demonstram bem a dimensão e o impacto que as dores nas costas e as patologias da coluna representam na população portuguesa.”
Uma das conclusões do estudo é que 7 em cada 10 pessoas sofre de dores nas costas, ou seja, 72,4 por cento da população portuguesa. Entre as principais doenças associadas às dores nas costas destacam-se as referências às hérnias discais (33,6 por cento), aos bicos de papagaio (19,4 por cento) e às escolioses (14,8 por cento). No entanto quase metade dos portugueses (41,7 por cento) admite que nunca ouviu falar de doenças relacionadas com as dores nas costas.
“É preocupante saber que os portugueses não têm conhecimento que as suas dores fortes e persistentes podem ser um sintoma grave de alguma doença ou problema, e que por isso podem não estar à procura de resposta ou tratamento para esse problema”, comenta o Dr. António Cerejo, presidente da Sociedade Portuguesa de Neurocirurgia.
Este estudo indica também que para 66,6 por cento dos portugueses as dores nas costas provocam um mau estar geral, cansaço e fadiga (41,7 por cento) ou dores nos membros inferiores (20,6 por cento). Para a maioria dos inquiridos (59 por cento) a dor tende a ser na zona lombar (rins), no pescoço (33,9 por cento) ou generalizada (22,4 por cento).
Na opinião dos inquiridos as dores nas costas devem-se principalmente ou a esforço excessivo (45,3 por cento) ou a má postura corporal (32,1 por cento). Por outro lado, quase metade dos portugueses entrevistados (48,6 por cento) considera a dor nas costas muito incomodativa.
“Na sequência destes resultados, que comprovam a necessidade de intervenção junto dos portugueses, decidimos lançar a campanha “Olhe pelas Suas Costas”, uma iniciativa inédita em Portugal, que visa sensibilizar a população em geral para as dores nas costas, alertar para as suas consequências na vida pessoal e profissional, e educar sobre as formas de prevenção e tratamento existentes”, explica o Dr. Rui Pinto, Presidente da Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna.

Campanhas do Turismo de Portugal

Turistas portugueses salvam a "honra do convento"

Dormidas de turistas nacionais batem recorde no Verão e ultrapassam barreira dos 5 milhões.

A maior campanha de promoção interna de sempre do Turismo de Portugal – “Descubra um Portugal Maior” – levou os portugueses a corresponderem em massa ao desafio de escolher o seu próprio País para as férias de Verão. O número total de dormidas dos turistas nacionais em estabelecimentos hoteleiros do País nos meses de Junho a Agosto ultrapassou a barreira dos 5 milhões, resultando num aumento de 9% em relação ao conjunto dos mesmos meses do ano passado.
Assim, naquele período, o número total de dormidas de portugueses em estabelecimentos hoteleiros ascendeu a 5,2 milhões, dado tanto mais relevante quanto os resultados alcançados naqueles três meses em 2007 e 2008 tinham sido os melhores verões de sempre para o turismo nacional e que o Verão deste ano coincidiu com um dos piores momentos da crise económica internacional.
De acordo com os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística, as dormidas de nacionais só no mês de Agosto cresceram 6,1% face a Agosto de 2008, contribuindo para o melhor Verão dos últimos anos para o turismo interno, no que respeita a dormidas. Em Junho, as dormidas de nacionais já tinham crescido 19,1% em relação ao mesmo mês do ano passado e, em Julho, voltaram a crescer, desta vez 6,3% em relação ao período homólogo de 2008.
No total, os hotéis portugueses receberam no conjunto destes três meses mais 438 mil dormidas do que no mesmo período de 2008, tendo-se registado uma procura elevada em praticamente todas as regiões do País.

Para este comportamento dos turistas portugueses contribuiu em grande medida o esforço promocional interno levado a cabo pelo Turismo de Portugal desde o início do ano. Esse esforço – concentrado na campanha “Descubra um Portugal Maior”, lançada em Fevereiro passado – pretende desafiar os residentes a redescobrirem o seu País, desfrutando da oferta crescente e diversificada, que reflecte a modernidade e a inovação conquistadas pelo País nos últimos anos.
Dentro deste esforço de promoção é sintomática a adesão dos utilizadores ao canal de promoções criado no âmbito do portal http://www.descubraportugal.pt/. O espaço, disponibilizado pelo Turismo de Portugal a todos os operadores do sector para que publicitassem as suas ofertas, registou desde a sua criação, em meados de Fevereiro, cerca de 260 mil visitas a que corresponderam 1,26 milhões de pageviews. Em Agosto, havia mais de meia centena de promoções activas no canal, colocadas pelos empresários do sector, que estiveram envolvidos desde o início na definição de toda a campanha.
No conjunto dos três meses, apesar da conjuntura económica internacional adversa, as dormidas nos destinos turísticos Algarve, Norte e Madeira registaram crescimentos na ordem dos dois dígitos em relação ao mesmo período de 2008. No Algarve, o aumento de dormidas nesse período rondou os 8% face ao Verão de 2008, o que demonstra que, além de escolherem Portugal para passarem as suas férias, feriados e fins-de-semana, os portugueses reforçaram a sua preferência pelo alojamento em estabelecimentos hoteleiros.
As regiões do País mais beneficiadas de Junho a Agosto pela procura turística dos nacionais, em valores absolutos, foram o Algarve (mais 143,4 mil dormidas no conjunto dos três meses, face ao mesmo período de 2008), o Alentejo (mais 77 mil dormidas) e o Norte (mais 74 mil dormidas). O aumento de dormidas no Algarve ocorreu ao mesmo tempo que o Turismo de Portugal reforçou, pelo terceiro ano consecutivo, o programa de valorização e animação turística ALLGARVE, e que teve a sua própria campanha de promoção.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Marcha Mundial pela Paz:

Suporte para rufar de tambores

Tavira está agora oficialmente no mapa da Marcha Mundial pela Paz! Sexta-feira, dia 2 de Outubro, na Praça da República, Lyndal Bale dirigiu um movimento multinacional de música e dança a assinalar o início da Marcha Mundial, ao mesmo tempo que outras iniciativas semelhantes aconteciam um pouco por todo o mundo.

A Sintonia em Tavira ligou-se com a Sintonia da Marcha da Paz, que teve origem em Itália, e que convidou a população do mundo a dar voz simultaneamente, cantando em Dó sustenido - a nota da Vibração da Terra. Em português e em inglês, Carlos Soares e Lyndal Bale apresentaram a Marcha Mundial e explicaram o objectivo do evento em Tavira.
O grupo local de Tambores - "Espírito do Tambor", conduziram os marchantes, após a qual Lyndal e os presentes cantaram emitindo o tom de "Dó sustenido", seguido de canções de Paz. Os tocadores de tambor deram um recital de ritmos africanos, seguidos pelo "Rancho Folclórico de Stº. Estêvão", que deu uma esplêndida e colorida demonstração do folclore português, cantando e dançando.
A noite terminou com uma sessão de Jazz pelo novo Trio Chip Salza & Jazz. A trio era constituído por Gordon Railton (que tocou teclas com muitos nomes famosos - incluindo os "Rolling Stones"), Dhiren van den Bergh, percussionista e Andre Walton tocando flauta e guitarra.
O mesmo projecto organizado em Milão proporcionou o mais extenso espectáculo de Karaoke jamais visto - milhares de pessoas cantando em coro a canção de John Lennon -"Imagine".
O encontro em Tavira teve uma escala menor mas já faz parte integrante da cadeia que a liga às Marchas de Lisboa E Porto.
A Marcha Mundial pela Paz estende-se por três meses (termina em 2 de Janeiro de 2010) e calcula-se que pessoas pelo Algarve todo se juntarão à iniciativa e acontecimentos espontânes voltem a reunir multidões nesse período de três meses.
Um evento está a ser organizado para comemorar o Dia do Armistício, em 11 de Novembro, e a organização do Algarve ligar-se-á com outras organizações solidárias portuguesas em Lisboa em 13 de Novembro, bem como em Toledo, em Espanha, em 14 de Novembro, quando a Marcha Internacional atravessar a cidade.

Para integrar a iniciativa no Algarve contacte: http://hotmail.com/lynne.booker@iol.pt/ ou lyndalb@hotmail.com


Opinião do Leitor

O resultadão

Não conheço nem sei se haverá algum político rejeitado, condenado ou avaliado pelo povo, de acordo com a sua prática ética!

A política tem que ser regulamentada como o é a relação entres casais, pais e filhos, etc... Anseio ardentemente que um dia os "desidérios" deste meu país não voltem a abusar da nossa consciência, e não violem a consciência dos mais fragilizados pelo emprego, pela ajuda ao seu clube ou para o centro social e humanitário.
Este político atemorizou pessoas. Disse-lhes concretamente: "agora veja lá, se não votar esqueça o que lhe tenho dado"! Neste concelho, psicológicamente, as pessoas não são, nem foram livres a votar.
Mas há pessoas que não têm medo deste tipo de senhores. Mais: não é por ter tido o resultadão que teve, que ele vai ser mais respeitoso e respeitado neste município! Este tipo de eleição só é possível onde não haja inteira liberdade. Só onde reina a o compadrio e a corrupção, a perseguição, a tirania. Num único sentido político é que acontecem resultados eleitorais quase únicos.

Em democracia, sem oposição não pode haver progresso nem liberdade.

Este político já deve ter desejado que alguns eleitores não tivessem votado nele, para que as suas batotas não dessem assim tanto nas vistas.
Isto é simplesmente injusto. As armas e regras que ele usou e usa são de todo reprováveis. Agradecia-se uma averiguação e inspecção geral à Câmara Municipal de Albufeira. Pessoalmente, tudo farei para que ela seja iniciada.
Se os poderes inspectivos e fiscalizadores do poder autárquico, em Portugal, não actuarem, lá teremos de ir para a conjuntura europeia...
A. Ramos

Saúde: Cancro da mama

Outubro: mês da Luta Contra o Cancro da Mama

Prevenção pode aumentar em 90% a probabilidade de sobrevivência no cancro da mama.

Surgem anualmente em Portugal mais de 4500 novos casos de cancro da mama, doença responsável pela morte de cerca de 1500 mulheres por ano. Com o objectivo de recordar as mulheres portuguesas acerca da gravidade desta doença, da importância da prevenção e do tratamento, a Roche Farmacêutica apoia a Viva Mulher Viva Associação com o lançamento da peça de teatro “Em Busca do Bem-Estar”, no mês que marca a Luta Contra o Cancro da Mama. A peça estará em cena no teatro A Barraca até ao próximo dia 18 de Outubro.
O cancro da mama é o tipo de cancro mais comum entre as mulheres (não considerando o cancro da pele) e corresponde à segunda causa de morte por cancro na mulher. No entanto, quando detectado numa fase inicial, a probabilidade de recuperação aumenta sendo para isso imprescindível a prevenção, através da apalpação da mama e das visitas regulares ao médico.
Segundo a Dr.ª Luzia Travado, presidente da Viva Mulher Viva Associação, “os objectivos da peça de teatro “Em Busca do Bem-Estar” são a sensibilização para a importância do diagnóstico precoce do cancro da mama e a enfatização da importância do papel da doente, dos familiares e dos profissionais de saúde na promoção de uma adaptação positiva à doença, com mais bem-estar e com mais qualidade de vida.” Uma mensagem importante que transmite que a recuperação é possível. Numa abordagem positiva e mesmo bem-disposta, sem nunca perder o rigor que este tema merece, esta peça promete oferecer uma visão diferente de uma doença que marca as sociedades modernas.
O cancro da mama é uma das doenças com maior impacto na nossa sociedade, não só por ser muito frequente e associado a uma imagem de grande gravidade, mas também porque agride um órgão cheio de simbolismo, na maternidade e na feminilidade.
No mundo inteiro, milhões de mulheres vivem com o diagnóstico de cancro, pelo que o conhecimento de novas formas detecção e tratamento são imprescindíveis para o aumento da sobrevivência e a melhoria da qualidade de vida de quem sofre desta doença.

Resultados eleitorais

Resultados eleitorais em Albufeira

A pedido de alguns leitores, publicamos os resultados eleitorais totais e gerais, no concelho de Albufeira, bem como o link para informação sobre resultados noutros concelhos.

Câmara Municipal
Inscritos - 29.023
Não Votaram - 14.137
Brancos - 239
Nulos - 145

PPD/PSD - 9.977 - 6 Mandatos
PS - 3.155 - 1 Mandato
PCP-PEV - 471
CDS-PP - 456
BE - 443

Assembleia Municipal
Inscritos - 29.023
Não Votaram - 14.137
Brancos - 299
Nulos - 157

PPD/PSD - 9.008 - 15 Mandatos
PS - 3.597 - 5 Mandatos
BE - 443 - 1 Mandato
PCP-PEV - 574
CDS-PP - 540


Assembleia de Freguesia de Albufeira
Inscritos - 16.410
Não Votaram - 8.875
Brancos - 141
Nulos - 63

PPD/PSD - 4.604- 10 Mandatos
PS - 1.637- 3 Mandatos
BE - 395
PCP-PEV - 372
CDS-PP - 323


Assembleia de Freguesia de Ferreiras
Inscritos - 4.202
Não Votaram - 1.703
Brancos - 27
Nulos - 50


PPD/PSD - 1.175- 5 Mandatos
PS - 1.015- 4 Mandatos
BE - 95
CDS-PP - 86
PCP-PEV - 51


Assembleia de Freguesia de Guia
Inscritos - 2.790
Não Votaram - 1.172
Brancos - 38
Nulos - 24

PPD/PSD - 822- 5 Mandatos
PS - 624- 4 Mandatos
CDS-PP - 66
PCP-PEV - 44


Assembleia de Freguesia de Olhos de Água
Inscritos - 2.865
Não Votaram - 1.249
Brancos - 22
Nulos - 14


PPD/PSD - 802- 5 Mandatos
PS - 656- 4 Mandatos
CDS-PP - 61
PCP-PEV - 61


Assembleia de Freguesia de Paderne
Inscritos - 2.756
Não Votaram - 1.137
Brancos - 40
Nulos - 33

PPD/PSD - 879- 6 Mandatos
PS - 551- 3 Mandatos
PCP-PEV - 61
CDS-PP - 55

Consulte outros resultados em: http://genealogiadoalgarve.blogspot.com/

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Cavaco indigitou Primeiro Ministro

Sócrates vai iniciar diálogo para formar executivo

O primeiro-ministro indigitado, José Sócrates, anunciou ontem que irá ouvir esta semana os partidos para dar início ao processo de constituição do Governo para "quatro anos", manifestando-se disponível para dialogar sem "reserva mental" e "preconceitos".

"Vou reunir esta semana com os partidos políticos, com todos os partidos políticos, com vista a apurar da disponibilidade dos partidos para darem um contributo para a governabilidade e para a resolução dos problemas do país", afirmou o primeiro-ministro indigitado, em declarações aos jornalistas à saída de uma audiência com o Presidente da República.
Sublinhando que se trata de "um gesto de aproximação e um gesto de diálogo", José Sócrates frisou a necessidade do país ter "um Governo para quatro anos", estável e que tenha condições para responder aos problemas do país.
"Quero assegurar-vos que a minha vontade é estabelecer um quadro de diálogo político que permita ao país ter a consciência que necessita de ter um Governo de quatro anos e um Governo estável, que responda aos problemas do país", enfatizou.
Operação stop em Dia de Eleições

Condutores indocumentados e sob efeito de álcool continuam a circular nas estradas algarvias.

Doze condutores, de diversas nacionalidades, foram detidos durante o dia de Domingo, 11 de Outubro, na sequência de várias acções de fiscalização rodoviária que a Guarda Nacional Republicana desenvolveu em vários pontos do Algarve.
Ao início da madrugada, o Destacamento de Trânsito da GNR deteve em Quarteira, numa acção que visava sobretudo a fiscalização relativa à condução sob influência do álcool e condução sem habilitação legal, dez indivíduos, cinco por condução sob influência do álcool, tendo sido detectadas taxas de álcool no sangue (TAS) entre 1,24g/l e 1,95g/l, e igual número por condução sem habilitação legal.
No decorrer da referida acção foram fiscalizados quarenta e dois condutores, sendo ainda elaborados vinte autos de contra-ordenação.
Também em Loulé a GNR local deteve um cidadão português, de 41 anos de idade, interceptado ao volante com uma TAS de 3,51 G/L. Ao final da tarde de Domingo, em São Bartolomeu de Messines, foi ainda detido pela GNR um cidadão brasileiro, por condução de automóvel ligeiro sem possuir habilitação legal para tal.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Apelo

Tatiane deixou um novo comentário na sua mensagem "“Reabilitar através da Arte”

Ola a todos,

tenho um casal de amigos que tiverão um bebe com a sindrome de Cornelia de Lange, estão sem saber o que fazer, pois assim como eu, nunca tinham ouvido falar nessa sindrome.

Gostaria muito de entrar em contato com outros pais, para poder saber mais como lidar com isso e poder ajudá-los. Além disso, o bebé ainda tem uma fenda na boca, dificultando mais ainda a vida dele...

O bebé ja está com 6 meses, e só esta semana é que foi descoberta a sindrome, alimenta-se atravez de sonda, mas é muito lindooo...

Se alguem puder me orientar, agradeço do fundo do meu coração.

Obrigada

domingo, 11 de outubro de 2009

Eleições Autárquicas


Batalha eleitoral centrou-se em Faro

Foi a luta mais renhida nas grandes cidades. Macário Correia deixou Tavira e conquistou Faro por menos de cem votos, tirando José Apolinário da câmara. O PS perdeu Monchique e ganhou Vila do Bispo e Tavira. Macário Correia diz que «Faro será novamente capital do Algarve». O triunfo surpreendente no Algarve foi festejado com euforia.

Efusivo, o candidato do PSD exultou, festejando com os seus apoiantes: «Quero saudar Portugal inteiro, porque com esta vitória inicia-se um novo rumo em Faro. Faro será novamente a capital do Algarve». Agora, é arregaçar as mangas e, neste sentido, já está agendada uma reunião para esta segunda-feira às 9h «para trabalhar o processo de transição», refere Macário, que já falou com os seus opositores. «É noite de festa, mas queremos avançar com dinâmica», vinca, considerando que «Faro deu uma lição de democracia ao país inteiro, com um processo político renhido, contado até à ultima mesa, daí o suspense e a espera pelo resultado da câmara».
Além de Faro, as surpresas algarvias foram a perda pelo PS também da Câmara de Monchique, tendo porém ganho a Câmara de Vila do Bispo. O PSD por sua vez perde Tavira e ganhou Monchique. A dança das cadeiras no Algarve ficou-se por aqui. PS ganhou mais votos mas ficou com sete Câmaras. O PSD ganhou nove, o mesmo número que tinha anteriormente. De registar o ganho total de todas as freguesias e vereadores conseguido pelo PSD em Albufeira, deixando o PS com 16,7% e o BE com 2,8%. Uma razia!

As surpresas da noite e os históricos derrotados


António Costa, Rui Rio e Macário Correia surgem como grandes figuras das eleições, mas muito mais há para contar.

Foi uma noite longa, bem mais longa do que seria de esperar. As eleições autárquicas tiveram resultados inesperados, com 52 mudanças de cor política.
O Partido Socialista teve vitórias importantes, como a de Lisboa, que deu maioria absoluta a António Costa, o que foi destacado por José Sócrates ao fim da noite eleitoral, como símbolo do triunfo em número de votos a nível nacional. Símbolos importantes como triunfos na Marinha Grande, em Leiria ou Beja, contrastam com a derrota de Elisa Ferreira no Porto e Ana Gomes em Sintra.
Ainda assim, também Manuela Ferreira Leite cantou vitória, simplesmente porque alcançou um maior número de vitórias em câmaras e freguesias, sendo uma das mais significativas o Porto, com Rui Rio a conquistar mais uma maioria.

Enquanto Macário Correia triunfava em Faro, Santana Lopes teve de chorar a derrota em Lisboa.
Entre tantas histórias, algumas emergem, pelo seu significado. O expressivo triunfo de Menezes em Gaia, o triunfo de Isaltino Morais (independente) em Oeiras, a expressiva conquista de Moita Flores em Santarém ou a continuação de Valentim Loureiro em Gondomar, embora sem maioria. Afastados ficam, definitivamente, figuras polémicas como Fátima Felgueiras, Narciso Miranda ou Avelino Ferreira Torres, em Marco de Canavezes. Quem não deixou fugir as suas únicas câmaras foi o CDS-PP em Ponte de Lima e o Bloco de Esquerda em Salvaterra de Magos, para "salvar a honra do convento". O BE foi sem dúvida o grande derrotado destas eleições, particularmente em Lisboa, não conseguindo fazer eleger como vereador Luis Fazenda, fazendo gorar todas as expectativas colocadas na sua ascenção autárquica.

Crónica de Domingo

DIA DE ELEIÇÕES

Eu vou votar. «Nesta gente». Que é a que tenho. Má? Possivelmente. Mas é a minha e a sua, porque nós os merecemos.

A truculência e a generalização dos comentários sobre a qualidade, ou a falta dela, das canditaturas que hoje, dia de eleições, somos chamados a escolher, deixou de ser uma observação crítica para se converter num estado de alma. Portugal nunca estimou demasiado os seus dirigentes políticos. Durante a ditadura falava mal deles baixinho, após o 25 de Abril passou a falar mal deles em voz alta. A única diferença, vantagem da democracia. Muitos, porventura a maioria deles, também se deram pouco ao respeito. Moral e politicamente. O motejo popular mais genuíno sempre atingiu os poderosos e os políticos. Os imperecíveis textos da sátira novecentista, possivelmente inultrapassáveis em graça, no estilo e na eficácia erosiva, retratavam políticos, debates parlamentares, e as misérias da governação lusitana. Eça, Ramalho e o notável escol de escritores seus contemporâneos zurziam as lideranças de um Portugal que consideravam decrépito na fé, consumido na esperança, exaurido na inteligência e nas finanças.
Esse tempo passou. Contudo, a visão que hoje cultivamos da política e dos políticos é - parece-me, exactamente a mesma. Em situação muito identica. Muitos deles, não são devotados servidores da coisa pública, mas pérfidos oportunistas e narcisos que visam alimentar a sua vaidade e o seu pecúlio; não são capazes, nem sensatos, nem cultos, mas impostores, vazios e néscios; não são a nata das academias e das corporações mas os sem-abrigo profissionais ou os excluídos de carreiras de êxito fora das arenas viciadas do poder. Aos poucos bons que restam, e se aproveitam na sua dádiva pela causa pública, os eleitores não conseguem reconhecer-lhes o mérito, o talento ou o sacrifício, toldados que andam de tanta demagogia.
Ora, nas eleições autárquicas - que foram das poucas coisas boas que a democracia nos trouxe, todas estas referências escodem uma realidade inexpugnável. É que os políticos são filhos da nação que todos nós formamos, com as fraquezas e as vulnerabilidades da sociedade que lhes deu substância e que os bajula e venera quando deles precisa, e os despreza e chacoteia quando se tornam dispensáveis. Esta presunção tola de superioridade da denominada «sociedade civil» sobre a «classe política» que alimenta o vitupério popular é uma gigantesca e gosada falácia. Somos o que somos. Magistrados, professores, advogados, médicos, operários, empresários, jornalistas, funcionários públicos, todos constituímos uma mesma sociedade deficientemente organizada, deficitária de ambição e parca de vontade. Que não arrisca, mas que se queixa; que não constrói, mas que exige e denuncia; que produz pouco mas lamenta-se muito.
Ora, como se sabe, a maledicência é um dom nacional, e bem mais fácil do que o exercício do poder. É muito mais cómodo falar mal do que enaltecer qualidades, escrever uma cróníca arrasadora sobre um governante do que ser um candidato a governar, não ter sábados nem domingos, estar sujeito a uma exposição pública devastadora, perder a intimidade e a privacidade, tentar governar uma sociedade hostil, crítica e leviana, amolecida, dominada por corporações e senhores feudais que arrogantemente tratam o poder democrático como empregado, sem respeito nem consideração.
Por isso, chega de lamentos sobre as inqualificações dos políticos, as misérias dos candidatos, a crise da democracia. «Esta gente» que se apresenta hoje ao sufrágio é o retrato do país que os arrogantes e politizados dirigentes políticos que ora emergem na opinião pública investidos de uma autoridade quase divina construíram com o nosso voto. Esqueceram estes que, nos seus tempos antigos, alguns também foram apodados com os mesmos desagradáveis adjectivos por parte dos políticos que então substituíram. Tudo isto é afinal cíclico. Por isso, é melhor não cuspir para cima. Diz o povo. E ele lá sabe.
Eu vou votar. «Nesta gente». Que é a que tenho. Má? Possivelmente. Mas é a minha e a sua, porque nós os merecemos.


Carlos Ferreira
algarve_reporter@mail.telepac.pt

sábado, 10 de outubro de 2009

Fim de Semana

Obama ganha Nobel da Paz

O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, é o mais recente galardoado, menos de um ano depois de ter chegado à Casa Branca. Foi premiado pelo trabalho na luta contra as armas nucleares e pela paz mundial.

O presidente americano Barack Obama é o vencedor do Prémio Nobel da Paz de 2009, anunciou o comité norueguês. É uma nomeação surpreendente, que provocou o espanto na sala em que foi feito o anúncio, em Oslo. A justificação está relacionada com o «trabalho para reduzir as armas nucleares e pela paz mundial e pelos seus extraordinários esforços para fortalecer a diplomacia internacional e a cooperação entre as pessoas».
«Raras personalidades captaram a atenção mundial e deram às pessoas esperança num futuro melhor como Barack Obama. A sua diplomacia está baseada no conceito de que os que lideram o mundo é que devem estabelecer bases para novos valores e atitude que devem ser partilhados pela maioria da população mundial», explicou o presidente do Comité Nobel, Thorbjoern Jagland, acrescentando que Obama «criou um novo clima na política internacional».
Com ele, acrescenta, «a diplomacia multilateral voltou a ganhar uma posição central, com ênfase no papel que as Nações Unidas e outras instituições internacionais podem desempenha». Devido à sua influência, «o diálogo e as negociações são preferidas como instrumentos para a resolução mesmo dos mais difíceis conflitos internacionais», sendo que «a visão de um mundo livre de armas nucleares estimulou poderosamente e as negociações de controlo de armas».

«Não mereço o Prémio Nobel da Paz»

Graças à iniciativa de Obama, «os EUA estão agora a desempenhar um papel mais construtivo na abordagem dos grandes desafios das alterações climáticas que o mundo enfrenta» e «a democracia e os direitos humanos serão reforçados». «Só muito raramente uma pessoa capturou como Obama a atenção do mundo e deu esperança ao seu povo num futuro melhor», lê-se ainda na citação.
«A sua diplomacia baseia-se no conceito de que quem dirige o mundo o deve fazer na base de valores e atitudes partilhadas pela maioria da população mundial». A concluir, o Comité Nobel norueguês sublinha esforçar-se «há 108 anos por estimular precisamente essa política internacional e essas atitudes das quais Obama é o principal porta-voz no mundo». É por isso que o comité afirma subscrever o apelo de Obama de que «Chegou o momento de todos partilharmos a responsabilidade de uma resposta global aos desafios globais».
Obama é o quarto presidente americano a receber esta distinção. O primeiro foi Theodore Roosevelt, em 1906, «pela mediação de sucesso para terminar com a guerra entre a Rússia e o Japão, providenciando também o primeiro caso a ser julgado segundo as regras do tribunal de Haia»; o segundo foi Woodrow Wilson, em 1919, devido à fundação da Liga das Nações; e o terceiro foi Jimmy Carter, mais recentemente, em 2002, quando já não se encontrava em funções e como prémio pelos seus esforços pela defesa dos direitos humanos.
O prémio será entregue em Oslo a 10 de Dezembro, data do aniversário da morte do seu fundador, o industrial e filantropo sueco Alfred Nobel, e consiste numa medalha, um diploma e um cheque de 10 milhões de coroas suecas (cerca de 980 mil euros).

Presidente apela a um esforço global para resolver os problemas do séc. XXI.

«Honrado e profundamente surpreendido», mas com vontade de continuar a unir o mundo em torno de objectivos comuns que possam resolver os principais desafios do século. Barack Obama falou pela primeira vez depois do anúncio da atribuição do Nobel da Paz.
Garante que não era esta a forma como esperava acordar hoje, mas rapidamente voltou à realidade, depois da filha Malia lhe ter lembrado que o pai tinha recebido a notícia no dia em que Bo, o cão de água português que os Obama adoptaram, comemora o primeiro aniversário. Sasha, a outra filha, aproveitou o momento para reclamar mais atenção: «Temos um fim-de-semana prolongado à porta». «É bom ter filhos para manter as coisas numa certa perspectiva», desabafou Barack.
«Não vejo como reconhecimento das minhas conquistas, mas como uma afirmação da liderança americana em nome das aspirações de ajudar as pessoas e todas as nações. Para ser sincero, não sinto que mereça estar na companhia de figuras tão transformadoras que foram honradas com este prémio. Homens e mulheres que me inspiraram e que inspiraram todo o mundo devido às suas causas», frisou.
«Sei que, durante a história, o Prémio Nobel da Paz, não foi usado para honrar apenas conquistas específicas, mas também como forma de incentivar algumas causas. É por isso que irei aceitar este prémio como um apelo à acção, um apelo a todas as nações para confrontar os desafios comuns do séc. XXI. Estes desafios não podem ser cumpridos por um só líder ou nação e é por isso que a minha administração tem feito um esforço para estabelecer uma nova era de compromisso em que todas as nações têm de assumir a responsabilidade de um mundo que procuramos», alerta.

Novas formas de usar a energia

Obama define problemas concretos: «Não podemos tolerar um mundo em que as armas nucleares alastram a mais nações, em que o terror de um holocausto nuclear possa colocar em perigo mais pessoas. É por isso que começamos a tomar medidas concretas para perseguir um mundo sem armas nucleares. Todas as nações têm o direito de ter energia nuclear limpa, mas as nações têm a responsabilidade de demonstrar as suas intenções pacíficas».
A questão ambiental não foi, por isso, esquecida. «Não podemos aceitar a ameaça crescente das mudanças climáticas, que poderão prejudicar para sempre o mundo que passaremos para os nossos filhos. Semeando conflito, fome, ameaçando as costas e esvaziando cidades. É por isso que todas as nações têm de partilhar responsabilidades para transformar a forma como usam a energia.
Obama também acredita num futuro de maior tolerância, citando o caso de Israel e Palestina, onde é necessário encontrar soluções concretas para uma vida em paz. Mas, a realidade é bem dura e o líder americano sabe que tem uma responsabilidade acrescida. «Sou o Comander in chief de um país que é responsável por acabar uma guerra e trabalhar num outro campo ante um adversário que directamente ameaça o nosso povo e os nossos aliados. Também estou ciente de que o mundo ainda enfrenta o impacto de uma crise económica global, que deixou milhões de americanos à procura de emprego. Estas são preocupações com que me confronto todos os dias em nome do povo americano». O trabalho tem de ser partilhado, porque será impossível acabar com as armas nucleares durante a sua Presidência, durante a sua vida. «Sei que estes desafios podem ser cumpridos , desde que sejam reconhecíveis como desafios que não têm de ser cumpridos por uma pessoa ou uma nação sozinhos. Esta guerra não está dependente dos esforços da minha administração, mas dos esforços corajosos de pessoas em todo o mundo».
Obama acredita na paz, fala dos protestos no Irão, da resistente birmanesa Aung San Suu Kyi, dos soldados americanos que continuam a morrer no Afeganistão, dos «homens e mulheres em todo o mundo que sacrificam a sua segurança e a sua liberdade, muitas vezes a sua vida, pela paz».

Veja a lista completa dos prémios Nobel da Paz nos últimos 50 anos


1960: Albert Lutuli (África do Sul)
1961: Dag Hammarskjöld (Suécia)
1962: Linus Pauling (Estados Unidos)
1963: Comité Internacional da Cruz Vermelha (Suíça); Liga Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (Suíça)
1964: Martin Luther King, Jr. (Estados Unidos)
1965: Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) (Estados Unidos)
1966/67: Não atribuído
1968: René Cassin (França)
1969: Organização Internacional do Trabalho (Suíça)
1970: Norman Borlaug(Estados Unidos)
1971: Willy Brandt (Alemanha)
1972: Não atribuído
1973: Henry Kissinger (Estados Unidos); Lê Dúc Thọ (Vietname) - recusou o prémio
1974: Sean MacBride (Irlanda); Eisaku Sato (Japão)
1975: Andrei Sakharov (União Soviética)
1976: Betty Williams(Reino Unido) ; Mairead Corrigan (Reino Unido)
1977: Amnistia Internacional (Reino Unido)
1978: Anwar Al Sadat (Egipto); Menachem Begin (Israel)
1979: Madre Teresa de Calcutá (Albânia)
1980: Adolfo Pérez Esquivel (Argentina)
1981: Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR)(Suíça)
1982: Alva Reimer Myrdal (Suécia); Alfonso García Robles (México)
1983: Lech Walesa (Polónia)
1984: Desmond Tutu (África do Sul)
1985: Médicos Internacionais para a Prevenção da Guerra Nuclear (Estados Unidos)
1986: Elie Wiesel (Estados Unidos)
1987: Óscar Arias Sánchez (Costa Rica)
1988: Forças de manutenção de paz das Nações Unidas (Estados Unidos)
1989: Tenzin Gyatso, 14º Dalai Lama (Tibete)
1990: Mikhail Gorbachev (União Soviética)
1991: Aung San Suu Kyi (Mianmar)
1992: Rigoberta Menchú Tum (Guatemala)
1993: Nelson Mandela (África do Sul);Frederik de Klerk (África do Sul)
1994: Yasser Arafat (Palestina); Shimon Peres (Israel); Yitzhak Rabin (Israel)
1995: Joseph Rotblat (Polónia/Reino Unido); Conferências Pugwash sobre Ciência e Negócios Mundiais (Canadá)
1996: Carlos Ximenes Belo (Timor-Leste); José Ramos-Horta (Timor-Leste)
1997: Campanha Internacional para a Eliminação de Minas (Estados Unidos); Jody Williams (Estados Unidos)
1998: John Hume (Reino Unido); David Trimble (Reino Unido)
1999: Médicos sem Fronteiras (França)
2000: Kim Dae-jung (Coreia do Sul)
2001: Organização das Nações Unidas (ONU) (Estados Unidos); Kofi Annan (Gana)
2002: Jimmy Carter (Estados Unidos)
2003: Shirin Ebadi (Irão)
2004: Wangari Maathai (Quénia)
2005: Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) (Áustria); Mohamed ElBaradei (Egipto)
2006: Muhammad Yunus (Bangladesh); Grameen Bank (Bangladesh)
2007: Albert «Al» Gore (Estados Unidos); Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (Suíça)
2008: Martti Ahtisaar (Finlândia)
2009: Barack Obama (Estados Unidos)