Liberdade e o Direito de Expressão

Neste blog praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão, próprios de Sociedades Avançadas !

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

As «escutas» de Cavaco

PR confirmou que escutas são «invenção»

Cavaco Silva declara guerra ao governo antes mesmo de nomear Sócrates. Manipulação referida pelo Presidente foi apenas «liberdade de opinião política», diz PS.

Cavaco Silva falou finalmente ao País. Numa intervenção há muito esperada que pecou por tardia, na avaliação dos analistas. Com esta declaração, o presidente prolonga o clima de suspeita, acusa altos dirigentes do PS de manipularem o caso das escutas e revela que o seu e-mail está vulnerável a intrusos. Simplesmente espantoso. Uma intervenção surpreendente que revela nova estratégia presidencial.
Socialistas reagem com dureza, mas prudência às acusações do Presidente da República. Pedro Silva Pereira, dirigente socialista, considerou que as declarações de Cavaco «confirmam» que as alegadas escutas do Governo a Belém são uma «invenção». Silva Pereira afirmou ainda que a manipulação referida pelo Presidente foi apenas «liberdade de opinião política».
«O PS regista que o senhor Presidente da República não só não referiu, ao contrário do que alguns esperavam, nenhum facto susceptível de conferir o mínimo de razoabilidade a essa suspeição, como expressamente recordou que ele próprio nunca referiu sequer tais suspeitas», disse.
«Confirma-se portanto aquilo que desde o início o PS afirmou: essa suspeita nunca passou de uma invenção e constitui, objectivamente, uma grave manipulação da verdade com o objectivo de prejudicar o PS e o Governo. E essa foi a única manipulação que se registou neste caso lamentável. Lamentável para o prestígio e para a dignidade das intuições», referiu.

Sobre as acusações de manipulação, Silva Pereira, declarou: «O PS deseja esclarecer o seguinte: em primeiro lugar, os referidos deputados do PS limitaram-se a reagir e a interpretar politicamente uma notícia sobre a participação de membros da casa civil na elaboração desse programa do PSD, tal como foi publicada na comunicação social e divulgada no site do próprio PSD».
«Em segundo lugar, os deputados do PS como de qualquer outro partido são titulares de órgãos de soberania e são, por isso, totalmente livres e autónomos nas opiniões políticas que emitem e assumem por isso total responsabilidade». O braço-direito de José Sócrates afirmou ainda que «o PS rejeita, portanto, qualquer interpretação que confunda a liberdade de opinião política com qualquer exercício de manipulação».
Sobre a proporção do caso, o PS diz também que «só há uma forma de lidar com este tipo de suspeições: é cortar o mal pela raiz». «Depois da declaração do senhor Presidente da República impõe-se, do ponto de vista do PS, recolocar a questão nos seus devidos termos, que são alias do conhecimento geral», acrescentou. «Essa suspeição, totalmente absurda e infundada, a ser levada a sério, seria, obviamente, como todos os portugueses compreenderão, de extrema gravidade e merecedora de esclarecimento cabal», disse.

José Manuel Fernandes no editorial do «Público»

«Acabaram-se os fingimentos: não há "cooperação estratégica" possível»

«Acabaram-se os fingimentos: não há "cooperação estratégica" possível entre políticos que não confiam um no outro». A afirmação é feita pelo director do jornal «Público», no editorial da edição desta quarta-feira. José Manuel Fernandes escreve ainda que o Presidente da República não esclarece o assunto das escutas.
José Manuel Fernandes diz que Cavaco Silva clarifica apenas «dois factos essenciais»: que «considera que o partido do Governo tentou puxá-lo "para a luta político-partidária" e procurou "desviar as atenções do debate eleitoral das questões que realmente preocupavam os cidadãos"». Para o director do diário, que titula o editorial «Um grave conflito que ainda não saiu do adro», este é um tema ainda em aberto. «Esta história não acaba aqui - muito longe disso. Não são boas notícias para o país, sobretudo no momento que vive», aponta.
Sobre a suspeita das escutas, caso que fez manchete no «Público», José Manuel Fernandes considera que a intervenção de Cavaco «infelizmente não fundamentou de forma consistente as suas suspeitas - nem clarificou bem que suspeitas tinha, ou tem - e, tendo sido forte no ataque aos que acusou de o tentarem condicionar e envolver na campanha, a única iniciativa tomada, sobre segurança informática, fica muito aquém do clima que, porque o desejou ou porque não o evitou, deixou criar».

"Diário de Notícias" escreve hoje:

Falar sem dizer nada

O Presidente da República, Cavaco Silva, falou ontem ao País. Não esclareceu nada do que era essencial esclarecer (se desconfia ou não de que a Presidência andou a ser "espiada" por elementos do gabinete de José Sócrates, como o Público noticiou no passado dia 18 de Agosto) e atirou mais lenha para a fogueira da guerra política com "o partido do Governo".
Cavaco Silva resguardou-se no simbolismo do seu cargo para ser ambíguo no que era importante e até fazer demagogia.
A ambiguidade esteve na forma como disse que não se revia nas informações passadas por Fernando Lima. "Só o Presidente fala em nome dele", afirmou, relembrando o carácter unipessoal do seu cargo. Cavaco Silva não foi capaz de ser directo (quanto à matéria de facto), não esclareceu se o assessor continua ou não a trabalhar em Belém (apenas reconheceu "alterações na Casa Civil"), e até informou os portugueses de que acha normal que um trabalhador do Palácio de Belém não só se interrogue em público (e na qualidade de membro da Casa Civil, permitindo esta atribuição), em conversa com um jornalista, sobre qualquer matéria, como até aponte actos ilícitos ao gabinete do primeiro-ministro! "Onde está o crime?", perguntou um indignado Cavaco Silva. Ou seja, uma insensatez que não seria perdoada em qualquer democracia mundial, em Portugal é não só possível como pode ser vista como um direito de cidadania. Absolutamente inesperado.
A demagogia esteve à vista no caso do e-mail, há poucos dias divulgado pelo Diário de Notícias. Primeiro disse que tinha dúvidas quanto à veracidade das afirmações nele contidas (coisa que só Fernando Lima e o jornalista do Público podem um dia esclarecer, se quiserem) e a seguir serviu-se desse mesmo e-mail para falar da segurança das comunicações na Presidência. Como se uma coisa tivesse a ver com a outra! É lamentável que o mais alto magistrado da Nação possa atrever-se a tentar jogar com a possível ignorância das pessoas, quanto ao processo ou quanto aos saberes, para fazer valer as suas necessidades políticas. Ou seja, quando se esperava, por declarações recentes, que o PR estivesse preocupado com questões importantes de Estado, ligadas a eventuais escutas ou, pelo menos, de coordenação do SIRP e do trabalho do secretário-geral de Segurança Interna, Cavaco Silva mostrou precisar de um antivírus no seu computador. Se o problema era esse, o informático deveria ter sido chamado há mais tempo, e não só ontem, sem dúvida, para lhe resolver "as vulnerabilidades" na máquina que motivaram o irónico fim da reacção oficial do PS, lida por Pedro Silva Pereira.
Não há memória de um discurso tão pobre de um Presidente da República Portuguesa.
Cavaco Silva fez o pleno das críticas logo a seguir em todos os canais de televisão e fragilizou-se ainda mais. Bem pode dizer que "Portugal está primeiro" e tentar justificar-se que não consegue iludir o essencial: esta polémica resulta apenas de o PR não ser capaz de desfazer sem tibiezas nem artifícios um problema montado por um dos seus assessores que depois mudou de lugar, mas não foi deixado cair. Isso está à vista de toda a gente.
Nesta conjuntura, com um Governo provavelmente minoritário e um PR em crise de credibilidade, incapaz de assumir os erros, Portugal não está bem. José Sócrates ficou com uma enorme vantagem de capital pessoal e político para gerir no imediato sem o contraponto que um Presidente de todos os portugueses poderia, e deveria, estabelecer. Cavaco Silva vai perceber isso nos dois anos que lhe restam de mandato. E, entretanto, também vai ter de pensar se tem condições para se recandidatar.

Artigo em: http://dn.sapo.pt/inicio/opiniao/editorial.aspx?content_id=1376600

Hospital Internacional do Algarve

Albufeira vai ter hospitalal particular

A unidade abre em 2010, e reflecte a forte aposta que o Grupo Trofa Saúde está a efectuar no sector da Saúde, dispondo de valências com pouca cobertura na Região.

Não é público, o novo hospital que o Grupo FDO, juntamente com a Câmara de Albufeira e com o Grupo Trofa Saúde, apresenta no próximo dia 1 de Outubro, num evento dirigido à comunicação social, o Hospital Internacional do Algarve, situado em Montechoro, em Albufeira, no Algarve. O projecto reflecte a aposta cada vez forte da FDO no sector da saúde e da prestação de cuidados, através da sociedade veículo FDO Saúde.
Com abertura prevista para o primeiro trimestre de 2010, esta unidade corresponde a um investimento global de 22 milhões de euros, disponibilizando à população do Algarve cuidados de saúde privados e colmatando uma carência importante na região. Projectado pela arquitecta Madalena Teves, o desenvolvimento e a construção do Hospital esteve a cargo da FDO-Construções, sendo que a gestão é da responsabilidade do Grupo Trofa Saúde.
A nova unidade tem uma área de construção de 5.400 metros quadrados, distribuídos em seis pisos. Dispõe de áreas de internamento, bloco operatório com quatro salas, unidade de partos com três salas, serviço de urgência 24 horas, unidade de pediatria, entre muitos outros serviços. O projecto prevê ainda uma forte componente de ambulatório, nomeadamente disponibilizando valências com pouca cobertura na região do Algarve, como por exemplo a Neurocirurgia ou a Ortopedia.

Turismo do Algarve já pensa em 2010

Crise na ocupação vai exigir criatividade

A direcção do Turismo do Algarve reuniu-se ontem com os hoteleiros algarvios para avaliar a operação turística no destino em 2009 e traçar estratégias de promoção conjunta para 2010.

Em traços gerais, o balanço do ano turístico em curso aponta para quebras de ocupação não tão acentuadas quanto a diminuição de receitas. O comportamento do mercado interno foi evidenciado positivamente pelos presentes, por oposição aos tradicionais mercados emissores de turistas para a região, que registam quebras apreciáveis.
Quanto à operação turística de 2010, os hoteleiros reivindicaram a alocação, pela tutela, de mais recursos para a promoção do destino, tendo acolhido a proposta do presidente do Turismo do Algarve, Nuno Aires, de se caminhar no sentido de uma maior aproximação na promoção interna e externa do Algarve através de campanhas coordenadas dentro e fora de portas.
O marketing online, a estabilização de um calendário de eventos anual e a expansão da oferta cultural foram outros dos aspectos mais destacados no encontro.

Dia Nacional da Água

Quér sensibilizar o consumo

Tavira assinala data que lembra o quanto é preciso poupar o consumo e preservar o “precioso líquido”.

No dia 01 de Outubro, a Câmara Municipal de Tavira e o Centro de Ciência Viva assinalam o Dia Nacional da Água, no Jardim da Água, com actividades pedagógicas dirigidas a crianças.
A manhã será destinada a duas turmas da Escola EB1 nº 2 (Porta Nova) e o período da tarde a um grupo da Fundação Irene Rolo e a outro da Associação Porta Amiga.
As experiências e jogos educativos previstos visam sensibilizar os participantes para a importância da diminuição do consumo abusivo da água, na medida em que se trata de um recurso que deve ser preservado.

Dia Mundial da Música

Dois concertos a não perder

Actuarão o Coral Adágio, a Orquestra de Harmónicas de Ponte de Sor, a Sociedade Filarmónica Portimonense e a Orquestra de Câmara Portuguesa.

O Dia Mundial da Música é comemora a 3 de Outubro com dois concertos marcados para a Igreja do Colégio e para o Teatro Municipal de Portimão.
A efeméride, que se celebra a 1 de Outubro, foi instituída em 1975 pelo International Music Council, uma organização não-governamental fundada em 1948 sob o patrocínio da UNESCO, para promover os valores da paz e da amizade através da música.
O espectáculo da Igreja do Colégio, de entrada livre, está marcado para as 17h00 com actuação do Grupo Coral Adágio, da Orquestra de Harmónicas de Ponte de Sor e da banda da Sociedade Filarmónica Portimonense, numa organização do Coral Adágio, com apoio da Câmara Municipal de Portimão e da Junta de Freguesia de Portimão.
A partir das 21h30, o Grande Auditório do TEMPO recebe a OCP, dirigida por Pedro Carneiro, que interpretará Ramifications (1968-1969) para 12 cordas solistas, de Gÿorgy Ligeti, a Sinfonia Nr. 8 em Fá Maior, Op. 93, de Ludwig van Beethoven e a Sinfonia nr. 45 em Fá Sustenido Menor (O Adeus), de Joseph Haydn.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Dinamizar o interior algarvio

Uma oportunidade para o Algarve Rural

Estão abertas candidaturas para financiamento de projectos de Dinamização das Zonas Rurais no interior do Algarve Central.

Com a estratégia, apresentada pela parceria do grupo de acção local (GAL) Interior Algarve Central, aprovada pelo Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, entrámos no período de concursos. Estão neste momento abertas até 23 de Outubro de 2009, candidaturas para o 1º concurso, que podem possibilitar aos promotores de projectos, candidatarem-se a apoios financeiros.
As freguesias abrangidas neste território que podem ter projectos apoiados são: Paderne, no concelho de Albufeira; Estói e Santa Barbara de Nexe, no concelho de Faro; Alte, Ameixial, Benafim, Boliqueime, Querença, Salir, São Clemente, São Sebastião e Tôr, no concelho de Loulé; São Brás de Alportel, no concelho de São Brás de Alportel; São Bartolomeu e São Marcos da Serra, no concelho de Silves; Cachopo e Santa Catarina da Fonte do Bispo, no concelho de Tavira.
As acções previstas são: Acção 3.1.1 Diversificação de Actividades na Exploração Agrícola. Esta acção visa o apoio à criação ou desenvolvimento na exploração agrícola, de actividades económicas de natureza não agrícola. Destinada aos agricultores e ao seu agregado familiar.
Acção 3.1.2 Criação e Desenvolvimento de Microempresas. Esta acção apoia a criação e desenvolvimento de microempresas cujo ramo de actividade poderá ser alvo de delimitação no âmbito dos Planos de Desenvolvimento Local (PDL), em coerência com as necessidades dos territórios locais e com a estratégia definida. Destinada a microempresas.

Acção 3.1.3 Desenvolvimento de Actividades Turísticas e de Lazer. Apoio a actividades turísticas e de lazer, nas seguintes componentes: criação ou desenvolvimento de produtos turísticos, nomeadamente ecoturismo, enoturismo, turismo associado a actividades de caça e pesca, turismo equestre, religioso, de saúde, cultural; alojamento turístico de pequena escala nas seguintes modalidades de hospedagem: Turismo em Espaço Rural (TER) e turismo de natureza; infra-estruturas de pequena escala, tais como, centros de observação da natureza/paisagem, rotas/percursos, animação turística. Destina-se a qualquer pessoa singular ou colectiva de direito privado.
Acção 3.2.1 Conservação e Valorização do Património Rural. Apoio a projectos de preservação do património rural construído (excepto o património histórico e monumental classificado), por exemplo, moinhos ou espigueiros; Refuncionalização de edifícios de traça tradicional para actividades associadas à preservação e valorização da cultura local; Preservação e recuperação de práticas e tradições culturais (espólio documental e material, artes e ofícios, folclore, música, trajes, receituário gastronómico). Destina-se esta acção a pessoas singulares e colectivas de direito privado e a Autarquias locais;
Acção 3.2.2 Serviços Básicos para a População Rural. Serviços de apoio à infância; Acompanhamento domiciliário a idosos e deficientes e serviços itinerantes de apoio social; Serviços de animação cultural e recreativa de base local; Serviços de apoio a novos residentes; Estes serviços serão priorizados quando integrados em centros multiserviços nos locais em que esses centros sejam promovidos. Esta acção destina-se a parcerias publico - privadas, IPSS ou ONG.
O incentivo financeiro varia conforme o tipo de acção, a criação de postos de trabalhos e o investimento realizado, podendo ir de 40% a 75%. Para mais informações consulte o site http://www.in-loco.pt/ ou http://www.proder.pt/

Dia Mundial do Turismo 2009

Assinalado com Ouro

Algarvios foram distinguidos com medalhas de mérito pelo Turismo de Portugal.

O ex-presidente da direcção da Entidade Regional de Turismo do Algarve, António Pina, foi uma das várias personalidades agraciadas com a medalha de mérito turístico de grau prata pelo Turismo de Portugal, por ocasião das comemorações oficiais do Dia Mundial de Turismo.
Como reconhecimento pelo trabalho feito em benefício do sector e em favor da promoção e valorização do destino, juntamente com António Pina foi distinguido com idêntica honraria o presidente da Câmara Municipal de Portimão, Manuel da Luz. Na cerimónia pontuaram o ministro da Economia e da Inovação, Fernando Teixeira dos Santos, o secretário de Estado do Turismo, Bernardo Trindade, e o presidente do Turismo de Portugal, Luís Patrão.
As medalhas de mérito turístico do Turismo de Portugal são entregues anualmente no Dia Mundial do Turismo, que este ano se comemorou na região Porto e Norte de Portugal. António Pina foi presidente da Entidade Regional de Turismo do Algarve entre 2007 e 2009, António Pina trouxe ao turismo regional e nacional a experiência acumulada ao longo de décadas enquanto autarca e dirigente da administração central. É um dos responsáveis pelo êxito do programa Allgarve.
As medalhas de mérito turístico 2009 do Turismo de Portugal, Grau Prata – foram atribuidas às seguintes entidades: Red Bull Air Race, Martiniano Laginha, Jorge Felner da Costa, Guta Moura Guedes, David de Salvador Velasco, Daniel Campelo, António Rocha Camelo e António Lamas.
As medalhas Grau Ouro foram atribuidas ao Museu de Arte Sacra Funchal, Mary Ann Popoff, Liga Portuguesa de Futebol, Jardim Zoológico de Lisboa, João Borges (a título póstumo), Centro Formação Profissional do Sector Alimentar, Casa da Música, Associação Turismo Espaço Rural «Casas Açorianas», ANA – Aeroportos de Portugal e à Revista Ambitur.

Orquestra do Algarve

Turismo e Cultura musical

Hilton Vilamoura promoveu Jantar Concerto, um projecto que apresentará mensalmente ciclos musicais.

À semelhança do que aconteceu no passado dia 11 do presente mês, um agrupamento de música de câmara da Orquestra do Algarve (OA) rumou no passado sábado, 26 de Setembro, até ao Restaurante Cilantro do Hilton Vilamoura, para um jantar/concerto.
No evento foram interpretados os 3 Divertimentos KV 136.137 e 138 de Mozart, executados por um quarteto composto por Emil Chitakov (Violino), Jan Pipal (Violino), Karl Tomlin (Viola) e Jean-Christian Houde (Contrabaixo).
Tendo como ponto de partida o sucesso dos concertos já realizados, pretende-se dar continuidade à iniciativa no próximo ano. O projecto consistirá num Ciclo de Concertos, com a actuação mensal de reportórios que incluem os mais diversos géneros musicais, por agrupamentos de música de câmara (quartetos e quintetos de cordas ou sopros) em formato de jantar/concerto.

Eleições Autárquicas

José Vitorino hospitalizado

O candidato independente à Câmara de Faro sofreu uma queda enquanto trabalhava para a sua campabnha eleitoral.

Segundo noticiou ontem o Observatório do Algarve, o cabeça de lista da candidatura independente Movimento Cidadãos com Faro no Coração (CFC) sofreu no Domingo, dia das Eleições Legislativas, um acidente e está hospitalizado, tendo sido sujeito a uma intervenção cirúrgica. Ao que o OdA apurou encontra-se estável.
José Vitorino sofreu uma queda no primeiro andar dos estúdios da Associação dos Músicos do Algarve, onde se encontrava a gravar mensagens, para o som ser difundido nos carros de campanha, confirmou o OdA junto do mandatário para a Juventude do MCF, André Dias.
Segundo João Horta, membro da lista do CFC, “José Vitorino foi operado no Domingo, na sequência de uma fractura do fémur, mas encontra-se bem e a recuperar”. Fontes do Hospital de Faro confirmaram ao Observatório do Algarve que o candidato às autárquicas de Faro se encontra hospitalizado na enfermaria da Ortopedia.
"A candidatura vai continuar o seu trabalho e não haverá desistências, este acidente deu-nos mais força para continuar", adiantou João Horta.

Ria de Alvor

Passeio para observação de aves

No âmbito do Fim-de-Semana Europeu de Observação de Aves, o Município de Portimão promove no domingo, 4 de Outubro, um passeio pedestre pela Ria de Alvor.

Com ponto de encontro agendado para as 9h30 no parque de estacionamento da Quinta da Rocha, os participantes poderão apreciar uma zona de elevado interesse ecológico e natural, aproveitando para observar algumas aves que escolhem este valioso ecossistema como seu habitat.
Para esta caminhada com cerca de duas horas e meia de duração, aconselha-se o uso de vestuário e calçado confortáveis, protecção solar, binóculos e água.
Entre as 7h30 e as 9h00, os interessados podem tomar parte numa sessão de anilhagem de aves, que tem lugar na sede d’A Rocha - Associação Cristã de Estudo e Defesa do Ambiente.
As inscrições para o passeio devem ser feitas até ao dia 2 de Outubro para Câmara de Portimão – Departamento de Ambiente, telefone 282 480 412.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Eleições Legislativas

PS ganha sem maioria absoluta

PS elegeu 96 deputados e PSD apenas 78. CDS/PP com 21 deputados, à frente do BE que elegeu apenas 16. CDU ficou-se pelos 15 deputados.

O Partido Socialista venceu as eleições legislativas, mantendo-se assim José Sócrates à frente do Governo. O PS teve 36,6% dos votos e 96 deputados eleitos.
A derrotada da noite foi Manuela Ferreira Leite, enquanto líder do PSD, com apenas 29,1% dos votos e 78 deputados eleitos.
O CDS-PP assumiu-se como terceira força política, com dois dígitos, uma das metas do partido, ao alcançar 10,5% dos votos e elegendo 21 deputados.
O Bloco de Esquerda surge em quarto lugar, com 9,9% dos votos e 16 deputados eleitos.
A CDU passa a ser a quinta força política, com 7,9% dos votos e 15 deputados.
No Algarve, fica tudo na mesma: PS e PSD com os mesmos três deputados. Mas o CDS-PP e o Bloco Esquerda metem um cada.

José Sócrates:
«Estabilidade em tempo de problemas sérios»

PS vai consultar com todos os partidos com assento parlamentar.

Pelas 23 horas de ontem, o líder do PS, José Sócrates, fez uma declaração, reagindo aos resultados apurados. Congratulando-se pela vitória, o primeiro-ministro defendeu que a próxima legislatura «merece estabilidade», lembrando que o país e o mundo enfrentam «problemas sérios».
Recusando-se a tecer comentários sobre possíveis alianças com outros partidos, Sócrates afirmou que «devemos respeitar o funcionamento das instituições democráticas» e, como tal, aguardará antes de mais a indigitação por parte do Presidente da República.
Depois disso, afirmou, procederá a consultas com os outros partidos com assento parlamentar. «No diálogo com os outros partidos, tenho maior boa vontade», disse.
Sobre a relação com o Presidente da República, Cavaco Silva, Sócrates defendeu tratar-se de uma «relação institucional», e por isso mesmo afirmou que procederá com «boa vontade institucional».
Sócrates lembrou que o país já enfrentou e venceu tempos difíceis no passado, e disse ter confiança em todos os portugueses e acreditar que o país voltará a vencer as dificuldades.
O Partido Socialista venceu em Faro, mas obteve os mesmos três deputados do PSD. De assinalar a eleição de um elemento pelo Bloco e outro pelo CDS-PP. Apuradas as 84 freguesias, o PS chega aos 31,86%, o PSD aos 26,16%, o Bloco ao 15,38%, o CDS-PP aos 10,71% e a CDU aos 7,75%.

Ferreira Leite:
«Assumo responsabilidade pela derrota»


A líder do PSD vai convocar Conselho Nacional, mas apenas depois das eleições autárquicas. Fasquia para dia 11 está traçada.

Manuela Ferreira Leite admitiu em noite eleitoral uma derrota inesperada, assumindo a responsabilidade pelos maus resultados eleitorais do PSD.
Numa curta declaração, na sala de um hotel em Lisboa, entre nervosos gritos de apoio ao PSD, a maior derrotada da noite não fugiu ao essencial, dizendo já ter telefonado a José Sócrates para o felicitar pela vitória.
Concentrada em mobilizar o partido para as próximas eleições - «o PSD merece ser confirmado como maior partido autárquico», estabelece como meta -, Ferreira Leite veio pedir mobilização até ao próximo dia 11. «Após o acto eleitoral de 11 de Outubro convocarei o Conselho Nacional para que o competente órgão nacional do partido entre congressos analise este prolongado ciclo eleitoral», frisou, não adiantando se nessa altura deixará a liderança. Até porque, segundo Ferreira Leite, «estas eleições fazem parte de um longo processo com 3 actos eleitorais».
Ferreira Leite sublinhou ainda que o facto de os socialistas não terem conseguido a maioria absoluta: «O voto dos portugueses tirou a maioria absoluta ao PS».

Já há «lógicas divisionistas» no PSD

Para Luís Filipe Menezes, Manuela Ferreira Leite deixou de ter condições para liderar o PSD. A declaração do antigo líder do partido gerou reacções na vice-presidência, com Aguiar Branco a dizer que o PSD «está acima dos interesses pessoais».
«O estar acima dos interesses pessoais significa que a 15 dias de um acto eleitoral, tão importante como as autárquicas, não iremos seguramente criar lógicas divisionistas e que perturbem o PSD, que pode ser confirmado como maior partido autárquico», respondeu Aguiar Branco, este domingo à noite.
Menezes disse ainda que «o PSD vai estar muitos anos sem governar, por isso tem de fazer uma reflexão profunda» e transformar-se num partido que «dê condições de uma maior solidariedade entre os dirigentes, que é algo que não tem acontecido». Aguiar Branco respondeu a Menezes, dizendo que o partido «está acima dos interesses pessoais».

Gastronomia em destaque

Cozinheiro do Ano decide-se hoje no Algarve
Os participantes terão que agradar a um júri exigente e que não se deixará convencer unicamente pelo paladar.

Uma vez mais, as questões de higiene e segurança alimentar merecem particular destaque e serão decisivas na escolha do vencedor. A vigésima edição do evento fica assim marcada pela inclusão de um especialista da Johnson Diversey em segurança alimentar que, na qualidade de Júri Consultivo do evento, avaliará o desempenho dosconcorrentes neste âmbito.
A Escola de Hotelaria e Turismo do Algarve recebe os concorrentes da primeira etapa regional do concurso Chefe Cozinheiro do Ano, correspondente à zona sul e ilhas. É o maior evento para profissionais de cozinha que se realiza anualmente nonosso país vai pôr à prova a perícia dos 6 candidatos que foram seleccionados para a primeira etapa regional: Gonçalo Costa (Restaurante Eleven); Igor Marinho (Restaurante Quintas dos Frades); João Paulo Santos (Hotel Vila Galé Albacora); Jorge Miguel Santos (Hotel Quinta da Marinha); Luís Rodrigues (Hotel Bairro Alto) e Rui Fernandes (Hotel Grande Real Villa Itália). A prova terá início às 9:00 e uma duração de três horas. Neste período, os participantes terão de preparar um menú composto por entrada, prato principal e sobremesa.
A decisão do júri irá depender de um conjunto de critérios que são avaliados segundo dois aspectos fundamentais: execução técnica e degustação dos pratos confeccionados. No âmbito da examinação técnica, a principal novidade desta edição reside na inclusão de um especialista em segurança alimentar que avaliará o desempenho dos concorrentes. Juan Barros, especialista da Johnson Diversey nesta matéria, foi convidado para reforçar a avaliação de higiene e segurança alimentar por parte do júri e, na qualidade de Júri Consultivo do evento, examinará o desempenho dos concorrentes e o cumprimento das correctas práticas de higiene no decorrer das provas.
Os concorrentes apurados em cada uma das etapas regionais Norte/Centro,LIsboa e Sul/Ilhas - irão disputar o título de Chefe Cozinheiro do Ano nodia 18 de Novembro, na sede da ACPP (Associação de Cozinheiros Profissionaisde Portugal), em Lisboa. Os finalistas do concurso receberão um curso de Higiene e Segurança Alimentar oferecido pela JohnsonDiversey e habilitam-se ao primeiro prémio que, nesta edição do evento, é um estágio de um mês num dos mais prestigiados restaurantes do mundo - o Noma, de René Redzepi, em Copenhaga. Que vença o melhor.

domingo, 27 de setembro de 2009

Crónica de Domingo

Que legado deixamos aos jovens

"O palavreado sobre o que legaremos aos nossos jovens, será vazio, se as nossas atitudes forem covardes, egoístas, burras, grosseiras ou tendenciosas"

Em dia de eleições, as conversas vão parar, invariavelmente, ao mesmo tema. Logo pela manhã, exercido que foi o democrático dever, apontei rumo na compra do jornal matinal, tomando uma bica onde todos os Domingos encontro alguns amigos. Mesmo assim, apostei hoje falar com eles de outro tema, apontando a sugestão: "O que esperamos dos nossos jovens no futuro". Como acredito que pensar é transgredir, falei então sobre "o que os portugueses estão a deixar para os seus filhos". Acabamos por ter uma conversata interessantíssima e muito animada, mas... frustração suprema: a excelente plateia ficou cheia de dúvidas, tal como eu.
O mundo avança em vertiginosas transformações, e não é só nas finanças ou na economia mundiais: as transformações dão-se a todo o momento nos nossos usos e costumes, na vida, no trabalho, nos governos, na família, nos modelos que nos são apresentados, impostos por vezes, na nossa capacidade de fazer descobertas, no progresso e na decadência.
O que nos enche de perplexidade, quando o assunto é os filhos, é a parte de tudo isso que não conseguimos controlar, prever ou prevenir, que é maior do que a outra, já conhecida. Se há 100 anos a vida era mais previsível – o pai mandava e o resto da família obedecia, o professor e o médico tinham autoridade absoluta, os governantes eram os nossos heróis e havia caminhos fixos a serem seguidos, ou então, seríamos considerados “transviados” –, hoje ser diferente pode dar status.Gosto de pensar na perplexidade quanto ao legado que podemos deixar no que depende de nós. Que não é nem aquele legado alardeado pelos nossos pais – a educação e a preparação para o futuro e para a vida – nem é o valor em dinheiro ou bens materiais, que se evaporam ao primeiro vendaval das finanças ou da política. A mim, o que me interessam são outros bens, outros valores, os valores morais. O termo "morais" faz logo arquear sobrancelhas, cheira a religiosidade ou a moralismo arcaico, a preconceito de fariseu. Mas não é disso que eu quero falar: moralidade não é só moralismo, e moral todos temos de a ter. A gente gosta de dizer que está a dar novos valores aos filhos. Mas pergunto: que novos valores? Morais, ora, decência, ética, trabalho, justiça social, por exemplo. É óptimo passar para os filhos o senso de alguma justiça social, mas então a gente indaga: você paga à sua empregada o mínimo que a lei exige ou o máximo que você pode? Penso que a maioria de nós responderia não à segunda parte da pergunta. Então, acabo já toda a conversa sobre justiça social, pois tudo ainda começa em casa, connosco mesmo, e bem antes da escola.
Não adianta falar em ética, se vasculhamos os bolsos e as gavetas dos mais jovens, se escutamos atrás das portas ou na extensão dos telefones – a não ser que a ameaça das drogas justifique essa atitude. Não adianta falar de justiça, se tratamos miseravelmente os nossos funcionários. Não se pode falar em decência, se saltarmos a cerca deslavadamente, quem sabe até nos fanfarronando diante dos filhos: ah, como vêm, ainda lá vou! Nem se deve pensar em respeito, se desrespeitamos quem nos rodeia, e isso vai dos empregados ao parceiro ou parceira, passando pelos filhos, é claro. Se sou tirano, egoísta, bruto; se sou tolo, fútil, assumido intelectual; se vivo acima das minhas possibilidades e ensino isso aos jovens que me rodeiam; se os contagio com o efeito sobre a moral deles e a sua visão da vida vai ser um desastre.
Temos então de ser modelos? Suprema chatice. Não, não temos de ser modelos: nós somos aquele primeiro modelo que as crianças recebem e assimilam, e isso passa pelo ar, pelos poros, pelas palavras, silêncios e posturas. Gosto daquela historia verdadeira de quando, esperando alguém no aeroporto, vi a meu lado uma mãe muito jovem, com a sua filha de uns 5 anos, lindos e alegres. De repente, olhando para as pessoas que chegavam atrás das grandes portas de vidro, a perfumada mãe disse à pequenita: "Filha, vai chamar o palerma do teu pai!".
Nessa frase, que ela jamais imaginaria ver repetida num artigo de jornal ou em conversas de amigos no café, a moça e jovem mãe, definia o seu verdadeiro ambiente familiar. Com uma simples frase, assim se definem ambientes na escola, no trabalho, nos governos, no mundo. Em casa, para começar. O palavreado sobre o que legaremos aos nossos filhos será vazio, se as nossas atitudes forem covardes, egoístas, burras, grosseiras ou tendenciosas. O resto é conversa fiada para a qual, neste tempo de graves assuntos, não temos mais tempo a perder. Basta só lembar-mo-nos que o País que temos foi a herança de nossos pais e avôs.
Carlos Ferreira


Fim de Semana

Aquecimento global é superior ao previsto

Um relatório das Nações Unidas traça um cenário preocupante para o Planeta.

O aquecimento global está a superar os cenários mais pessimistas traçados pelos cientistas, revela um relatório das Nações Unidas divulgado na quinta-feira.
Secas da Austrália ao Sudoeste americano, águas mais ácidas nos Oceanos e o degelo dos glaciares são sinais reveladores do ritmo da mudança climática. Mudanças que estão a superar os cenários mais pessimistas traçados há alguns anos por investigadores, noticia a Reuters. «Estamos nos dirigindo para mudanças muito graves no Planeta e precisamos de nos consciencializar da importância disso, para apoiarmos as medidas que precisam ser adoptadas», afirmou o director-executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Achim Steiner.
O aumento dos gases de efeito de estufa elevou a preocupação dos cientistas. O relatório revela que é provável que as temperaturas aumentem de 1,4ºC a 4,3ºC. Estes valores são mais elevados do que os anteriormente avançados pelos cientistas, que se situavam entre 1ºC a 3ºC.
O aumento da absorção do Dióxido de Carbono pelos Oceanos está a levar a uma acidificação da água. Um fenómeno que pode ameaçar os animais marinhos e os recifes de coral.

Espécie humana pode estar ameaçada

Peritos mundiais pediram aos governantes para adoptaram medidas para controlar o fenómeno.

Uma «tempestade perfeita» resultante da convergência de factores como as alterações climáticas, a degradação dos solos e uma crise alimentar está para breve. O alerta foi dado por peritos mundiais em desertificação, na primeira conferência Científica da Convenção das Nações Unidas de Luta contra a Desertificação, que decorreu em Buenos Aires, Argentina.
De acordo com os cientistas a «tempestade perfeita» colocará à prova a sobrevivência da espécie humana. Segundo a agência EFE, na conferência foi feito um apelo aos governantes para que adoptem «urgentemente» medidas para controlar o fenómeno. O director do Instituto Internacional de Investigação de Cultivo para zonas Tropicais Semi-Áridas, William Dar, afirmou que para a «tempestade» contribuirão ainda uma «crise de biodiversidade» e uma «crise populacional».
Para este perito, a degradação da terra, causada pelo clima, mas também por práticas humanas como a agricultura intensiva não sustentável, «vai acabar por ter impacto na segurança alimentar» e na «sobrevivência das pessoas». Todas as recomendações dos cientistas serão abordadas pelo Comité de Ciência e Técnica da Convenção da ONU de Luta contra a Desertificação e pelo plenário da IX Conferência das Partes, que termina na próxima semana em Buenos Aires.

Especialistas alertam para «desastre planetário»

Crescimento desregrado da população está a acelerar as alterações climáticas.

O crescimento desregulado da população está a acelerar as alterações climáticas e a danificar os ecossistemas e a condena vários países à pobreza, concluem especialistas, que defendem o controlo da natalidade. Nos estudos da autoria de 42 especialistas, e recentemente publicados, é referido que nascem todas as semanas mais 1,5 mil milhões de seres humanos, o que pode conduzir a um desastre planetário, refere a «AFP», citada pela Lusa.
«É preciso dar mais atenção à necessidade de controlar a natalidade: todas as mulheres deveriam ser protegidas para evitar nascimentos não desejados», afirmaram os investigadores, num editorial colectivo publicado na revista British Royal Society. A menos que se reduza a taxa de natalidade de forma drástica, através dos programas de planeamento familiar, a população mundial pode chegar aos 11 mil milhões de pessoas a meio do século, estimam os especialistas.
As Nações Unidas prevêem que a população passe dos 6,8 mil milhões de pessoas que actualmente existem para oito a 10,5 mil milhões até 2050.
«Em vários países (entre) os menos desenvolvidos, um crescimento rápido e contínuo da população poderá levar à fome, à falha do sistema educativo e ao conflito», alerta Malcom Potts, do Centro Bixby para a População, Saúde e Desenvolvimento Sustentável (Universidade da Califórnia).
«Não há nenhuma dúvida de que a taxa actual de crescimento da população mundial é impossível de suportar ao longo do tempo», afirmou Roger Short, da Universidade de Melbourne, Austrália.
A quase totalidade deste crescimento (98 por cento) deverá produzir-se em países em desenvolvimento, sobretudo em África, onde a população deverá chegar aos 1,93 mil milhões de habitantes até 2050.
«Como é que o Níger vai alimentar uma população que vai passar dos 11 mil milhões actualmente para os 50 mil milhões, em 2050? Um país semi-árido que poderá ser confrontado com os problemas climáticos?», questionou Lord Adair Turner, antigo chefe do patronato britânico, que preside a autoridade dos mercados financeiros.

sábado, 26 de setembro de 2009

Eleições Legislativas

O balanço da campanha

O jogo está lançado. Os partidos tentaram convencer os eleitores no último dia. Agora, é tempo de reflexão após duas semanas muito intensas.

Duas semanas de exaustão, soundbytes, acusações, momentos altos e baixos. Nesta sexta-feira terminada a campanha, foram jogados os últimos argumentos, percorridas as últimas ruas, gritadas as derradeiras palavras de órdem e vitória. No fundo, todos querem vencer. Mas haverá perdedores.
Ao longo dos últimos quinze dias, houve dezenas de repórteres na rua, acompanhando todos os partidos, mas com maior incidência nos que possuem assento parlamentar. Na televisão e na Internet, nada escapou. Equipas mostraram um outro lado da campanha, os bastidores, as visões mais populares, os trabalhos dos jornalistas, usando as melhores ferramentas. Os dados estão lançados. Agora cabe ao eleitorado reflectir e votar.

Curiosidades sobre as eleições


14 mil já votaram e para alguns o prazo terminou. Saiba ainda em que situações pode votar antes do tempo e por que só 1300 estrangeiros vão participar, todos brasileiros.
As eleições legislativas estão marcadas para 27 de Setembro, mas no dia 23 mais de 14 mil eleitores residentes no estrangeiro já tinham votado. Para doentes internados e reclusos o prazo terminou a 17. Nestas eleições apenas 1300 estrangeiros poderão votar, todos brasileiros. Coincidência? Não. Ser imigrante a residir legalmente em Portugal não chega para exercer o direito de voto no domingo. A lei apenas permite que votem cidadãos brasileiros detentores do estatuto de igualdade de direitos políticos.
O estatuto é requerido pelos próprios ao abrigo do Tratado de Amizade, Cooperação e Consulta entre os dois países e exige, entre outros requisitos, a residência habitual no nosso país, há pelo menos três anos. Beneficiam deste regime «apenas 1300» brasileiros, adianta fonte da Direcção Geral da Administração Interna (DGAI). Os portugueses residentes e inscritos no recenseamento no estrangeiro apenas poderão votar por correspondência. A DGAI enviou os boletins de voto a 166 mil 707 eleitores residentes em 82 países diferentes.
O Brasil foi o que mais boletins recebeu (53.347), seguido da França (46.651) e da Alemanha (10.218), dos EUA (9608) e do Canadá (7242), mas também há portugueses a votar em destinos tão diferentes como a China (4102), a Índia (1662), o Malawi (20), Irão (3), Cuba (2) ou Filipinas e Croácia, ambos apenas com um eleitor inscrito.
Todos estes eleitores devem expedir o seu boletim de voto por correio até 27 de Setembro inclusive. «O carimbo do correio tem de indicar o dia 27 de Setembro e as cartas têm de chegar até ao dia 7 de Outubro, data em que serão escrutinados os votos», explicou ao tvi24.pt a mesma fonte da DGAI.
Agora, imagine que está doente em casa (gripe A?) ou de férias ou até a trabalhar longe da residência. Poderá votar noutra data? - Não. As situações em que se pode votar antes do dia estão reservadas a certos grupos de eleitores e vêm descritas na Lei Eleitoral para a Assembleia da República.
Apenas podem votar antecipadamente: militares, agentes das forças de segurança, trabalhadores marítimos, aeronáuticos, ferroviários e rodoviários de longo curso, e os membros das selecções nacionais que estejam impedidos de se deslocar à assembleia de voto nas circunstâncias previstas na lei.. Estes eleitores votaram entre 17 e 22 de Setembro. Podem ainda votar antecipadamente os eleitores presos e os doentes internados, sendo que nestes casos os votos foram recolhidos entre 14 e 17 de Setembro.
Se estiver a trabalhar a 27 de Setembro, os responsáveis pelas empresa devem facilitar-lhe a dispensa do serviço pelo tempo suficiente para o exercício do direito de voto. E se completar 18 anos no próximo domingo também poderá votar, uma vez que foi inscrito provisoriamente no recenseamento quando fez 17 anos. Mesmo que não disponha de qualquer documento de identificação no momento em que se dirige à mesa de voto, poderá sempre exercer o seu direito, desde que a identidade seja reconhecida unanimemente pela mesa, ou por dois eleitores devidamente identificados.
Finalmente, caso se engane ao colocar a cruz ou mesmo que tenha inutilizado o boletim, poderá solicitar um novo boletim, desde que, claro, o primeiro não tenha sido colocado dentro da urna. Este será destruído à sua frente.

Sócrates:

De «animal feroz» a «Mister simpatia»

Começou com uma campanha de um homem, aparentemente, só, numa aldeia de 700 habitantes.

Na quinta-feira, percorreu a Rua de Santa Catarina, no Porto, quase sem espaço para respirar. O José Sócrates das reformas na educação e na administração pública, que colocou milhares de pessoas nas ruas contra o seu Governo, conseguiu mobilizar multidões nas últimas semanas, a apoiar a sua permanência. Será este um Sócrates com uma química diferente?
Quem fizer uma revisão dos registos do primeiro-ministro dos últimos quatro anos encontrará alguém de poucas cedências, inflexível, sem dar espaços, que não deixa por mãos alheias a resposta às críticas. Um Sócrates reactivo. De impulso fácil. Quase gratuito. Quem fizer uma revisão desta campanha eleitoral assiste a uma transfiguração. Verá nas imagens televisivas, ouvirá nos registos radiofónicos e lerá nos relatos da imprensa coisas diferentes. Um braço que se estende, um cumprimento fácil. Um Sócrates que não dava a outra face aos ataques políticos, agora, oferece-a, com a delicadeza, aos beijos compulsivos dos populares. O homem que não vergou com 120 mil professores na Avenida da Liberdade, dobra-se agora nas esplanadas, e, enquanto os jovens socialistas distribuem bonés, bandeiras, canetas, porta-chaves, sacolas, blocos de apontamentos, José Sócrates espalha simpatias. «Você é muito simpática, você é muito simpático». O líder socialista chega a pedir desculpa «pelo incómodo» e pelo «barulho». Mas, numa campanha de atrasos, o líder socialista nunca chegou demasiado tarde para comprometer as acções. Com uma excepção, no Seixal, onde um mini-comício virou micro, depois de dois humoristas terem interrompido a intervenção de Sócrates a megafone. O candidato não lidou bem com o momento. Abandonou o campo em dez minutos, sem que lhe fosse arrancado um sorriso, mas também sem ceder a fúrias. Uma campanha que se iniciou sob o espectro de uma entrevista em que Sócrates deixou cair, aparentemente, todo o Governo, e que nos primeiros dias andou sem ministros, acabou por descolar-se dessa imagem. O PS que aparecia, nessa altura, não era o PS «da unidade», que passou a fazer parte do discurso recente do líder. Era o PS colado ao PSD nas sondagens, colado ao PS das europeias. Com TGV e «asfixia democrática» pelo meio, Viragem A letargia da campanha do PS arrastar-se-ia até sair do Sul, primeiro, com a primeira grande arruada, em Guimarães. E, depois, no fim-de-semana de viragem. No sábado, Sócrates entrou ao lado de um crítico interno no pavilhão da Académica, em Coimbra. Manuel Alegre assegurou-lhe apoio, em nome da «esquerda possível», sem elogios e contra Ferreira Leite. A unidade acabava de entrar no alinhamento. Um dia depois, os elogios chegariam, com a entrada em cena de Mário Soares e um discurso de legado, no Porto. A praça D. João I encheu para a entrega de testemunho, com o antigo presidente a dizer que Sócrates também «é fixe». Sócrates apurou temas. Preferiu repetir discursos calibrados e deixar a troca de críticas a cargo dos cabeças-de-lista distritais e a oradores de ocasião. O líder apresentou-se acima de todas as polémicas. A gerir silêncios, sob o resguardo de multidões e um corpo de seguranças. Numa semana conturbada, com o caso das escutas, a demissão em Belém do assessor para comunicação social de Cavaco Silva caiu como um bálsamo na campanha «rosa», numa altura em que estava sob o fogo «laranja» e uma nuvem de suspeições. E se com sondagens não se ganham eleições, como disse esta quinta-feira José Sócrates, numa referência às últimas, que libertaram o PS do empate técnico, certo é que esta semana até os estudos de opinião sorriram ao líder socialista, que parece te mais com a pele de «senhor simpatia» do que com a de «animal feroz».

Manuela:

Sobrevive a campanha «armadilhada»


Cavaco veio baralhar uma volta que Ferreira Leite queria que fosse diferente das campanhas a pensar no boneco. E conseguiu.

Uma campanha de altos e baixos com muitas arruadas, picardias, casos, escutas, Gatos, um TGV que partiu para não voltar, substituído pelo gesto mais indecifrável de Cavaco Silva.
É o Presidente que merece honras de destaque neste balanço de campanha do PSD. Não, não participou na volta laranja, mas ao afastar Fernando Lima, responsável pela comunicação social em Belém, acabou por atingir a líder do PSD, que tinha estado, desde o início, a cavalgar a onda da asfixia democrática.
Logo a meio da campanha, o caso Preto veio desestabilizar a comitiva, mas Ferreira Leite não chegou a tropeçar, e ignorou o assunto. Já estava à espera e até vaticinou «mais casos» nos jornais. Só não contava que o caso fosse com... Cavaco Silva. Se só há teorias para a opção do Presidente, amigo de Manuela há muitos anos, para algumas opções da comitiva há apenas momentos de desconcentração, que explicam uma certa desorganização sentida dentro da campanha.
A falta de linha estratégica concertada, desarticulada com os notáveis que iam aparecendo, afinou apenas nos últimos dias, mostrando estar longe da máquina oleada dos socialistas. O modelo foi definido logo no início: uma declaração aos jornalistas, um ou duas pequenas arruadas, almoços privados, e à noite salas pequenas para sessões de esclarecimento, só arriscando encher pavilhões 3 vezes.
Fora do alinhamento, Ferreira Leite só fez o que quis, jurando não ceder à política espectáculo - a candidata a primeira-ministra não permitiu distracções do que era a mensagem que queria passar, indiferente ao que se dizia lá fora, na campanha socialista. Tinha prometido uma volta diferente e conseguiu. Fez a volta que imaginou, sem camionetas «atrás» com militantes deslocados, e nas ruas culminou com grandes arruadas, enquanto foi caindo nas sondagens.
Manuela Ferreira Leite agiganta o discurso quando a luta aquece e surpreende quando ninguém está à espera: no dia a seguir à entrevista nos Gatos Fedorentos, a boa disposição e sentido de humor era tema de conversa no café e, nas ruas, recebia «parabéns».
Já nos dias em que seria mais fácil crescer, a candidata surgiu cansada, com pouca vocação para arruadas e para o contacto pessoal, ou mesmo para voltas eleitorais que vivem da imagem. «Não precisamos de enganar a comunicação social», disse Ferreira Leite sobre as campanhas feitas a pensar no boneco. No domingo, vai testar a teoria.

Louçã:

E se acordar com uma ressaca monumental?

Bloco de Esquerda perto de resultado histórico, mas muito incomodado com subida galopante do PS.

Tudo começou no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, onde o Bloco de Esquerda reuniu mais de 2500 apoiantes, um recorde do partido com apenas 10 anos. Francisco Louçã, ainda atordoado com o frente-a-frente com José Sócrates, precisava de jogar ao ataque. E assim fez. «No dia seguinte a votarem PS vão acordar com uma ressaca monumental», avisou, dirigindo-se, desde logo, aos seus mais recentes ouvintes: os eleitores socialistas.
Louçã apostava tudo nos descontentes, em quem votou PS em 2005, mas agora está desempregado, tem uma reforma baixa ou é trabalhador precário. Prometia «justiça na economia» e fugia, a alta velocidade, do «baixar do debate político», que nos primeiros dias se concentrava no TGV.
Era necessário responder à pergunta: «Sou de esquerda, mas não voto PS. O que voto para o PSD não ganhar?» Era aí que estava a chave do sucesso do BE: captar os votos da esquerda, sem dar a vitória à direita. A campanha corria bem, Louçã ia «onde nunca aparece ninguém» e abria o coração a jovens, idosos, trabalhadores, desempregados, pobres, todos. O PS e José Sócrates ajudavam, com uma luta incessante contra o Bloco, que demonstrava o «nervosismo» pela força de uma «nova esquerda», sempre «grande» e «necessária».
A confiança crescia de dia para dia e até deu para virar a agulha para o PSD, à procura de outros descontentes, social-democratas, alérgicos a votar PS. Para isso, era necessário um Francisco Louçã menos radical e até o léxico foi alterado. A palavra «nacionalização» desapareceu e o Bloco foi alargando horizontes, com um aceno também para os «alegristas».
Pelo meio, uma ameaça. Uma manchete sobre PPR que azedou o dia. «Não há telhados de vidro no BE», garantiu o líder bloquista, longe do olhar das peixeiras de Alcobaça. Mas o que interessava eram «as escutas que afinal não eram escutas», pois Louçã foi, de todos os líderes partidários, o mais incisivo na pressão a Cavaco Silva.
O consequente afastamento de Fernando Lima trouxe muitos sorrisos ao BE e Francisco Louçã entusiasmou-se. Caiu em cima do Presidente da República, declarou «morte» ao PSD e reclamou uma vitória que, afinal, viria a confirmar-se ser do PS. Falou-se de uma «maioria para governar» e até de um desejo de ser primeiro-ministro.
Começou a surgir a dúvida: e se o Bloco ajudar José Sócrates na Assembleia da República? «Em três letras: não.» Muitos desmentidos, cada vez mais categóricos: Louçã não quer nada com «este PS». Um suspiro de alívio para o eleitorado mais à esquerda e - porque não? - mais fiel.
E eis que, de repente, tudo muda. Sócrates vai buscar Manuel Alegre e Mário Soares, recorre aos ministros e às caras mais conhecidas, espalha o rosa pelo país com a sua máquina partidária imbatível. O PSD já não é um adversário à altura e regressa o fantasma: e se houver nova maioria absoluta?
Mudam os rostos bloquistas, há mais do tal «nervosismo», ainda que o partido esteja muito perto de um resultado histórico. Há muito a fazer nas últimas horas de campanha e, sobretudo, há que esperar que os eleitores «se lembrem do que foi a maioria absoluta do PS nos últimos quatro anos».
Como diz a música, está na hora de fazer a luta toda, contra o PS e a maioria absoluta, num último contra-ataque que deverá decidir o futuro do país. Se José Sócrates vencer, mas sem maioria absoluta, o Bloco, com pelo menos o dobro dos deputados, pode ganhar uma nova responsabilidade no panorama político nacional. Mas, se a maioria absoluta se verificar, será Louçã a acordar com uma ressaca monumental na segunda-feira.

CDU / Verdes:

«Não há aqui uma medição de forças»

A CDU não é só PCP. É uma coligação eleitoral, de que faz parte também o Partido Ecologista os Verdes. Depois das eleições, transformam-se em grupos parlamentares separados.

O Partido Ecologista os Verdes (PEV) têm um grupo parlamentar distinto, com dois deputados ¿ Francisco Madeira Lopes e Heloísa Apolónia. Mas, no domingo, não há-de aparecer no boletim de voto qualquer local para pôr a «cruzinha» neste partido. O PEV não concorre sozinho às eleições, mas fá-lo em coligação eleitoral com o Partido Comunista Português e com a Aliança Intervenção Democrática.
A coligação dura apenas enquanto dura a campanha eleitoral. PEV e PCP têm propostas de programa eleitoral diferentes e, conforme prevê a própria lei, depois das eleições, seguem, na Assembleia da República, agendas diferentes. Ambos os partidos apresentam propostas de forma independente. Porque se juntam dois partidos que, após as eleições, se separam? «Uma coligação é uma associação de dois partidos. Não há aqui nenhuma medição de forças. Há aqui um projecto comum para o país», responde Francisco Madeira Lopes.
A agenda política dos dois partidos é diferente, mas asseguram os deputados do PEV, os «objectivos para o país» são comuns. «Nós sustentamos a nossa intervenção política sobre três pilares essenciais: económico, social e ambiental», revela Heloísa Apolónia. «Aquilo que verificamos é que estes pilares, com os sucessivos governos, se têm virado para servir grandes interesses, em detrimento das populações. O que os Verdes propõem é uma inversão destes valores e destas políticas, no sentido de servir as pessoas e o país», acrescenta. «São propostas que vão de encontro àquilo que tem sido o trabalho do partido na Assembleia da República e fora dela», garante a deputada.
Uma das batalhas maiores do PEV foi a co-incineração na Arrábida. O processo foi suspenso, muito por intervenção do partido que tem apenas dois deputados na Assembleia da República. «O Governo procurou uma série de batotas na altura, toda uma série de esquemas para impor aquilo que, na nossa perspectiva já estava negociado com a Secil, que era atribuir um novo negócio à Secil, para a empresa se manter ali durante mais uns longos anos, em detrimento de uma área protegida com grande valor para a região e para o país, que é o Parque Natural da Arrábida», acusa Heloísa Apolónia.

Missão Portas:

Ultrapassar «extrema-esquerda» e acabar com maioria PS

Rendimento mínimo foi o tema da campanha CDS que se fez à imagem de Portas. BE e Jaime Silva foram os principais visados pelas críticas do partido.

Rei morto, rei posto». O ditado popular espelha bem esta campanha do CDS para as eleições legislativas. Terminado o périplo pelo país que culminou com a eleição de dois eurodeputados, a comitiva centrista voltou à rua.
Paulo Portas fez-se à estrada a 8 de Julho e desde então percorreu mais de 49 mil quilómetros, tendo visitado os 18 distritos do país. As prioridades estavam bem definidas: ficar à frente do BE e do PCP, que foram denominados de «extrema-esquerda» durante toda a campanha, evitar uma maioria absoluta do PS e eleger os deputados que nas últimas eleições «não entraram por um punhado de votos»: Faro, Coimbra e Madeira e o segundo por Aveiro. De coligações pouco ou nada se falou.
Já sem ter que dividir palco com ninguém, como aconteceu nas europeias em que cedia o protagonismo a Nuno Melo e Diogo Feio, Portas tomou as rédeas da campanha e apostou forte nos terrenos em que se sai melhor: feiras, mercados e arruadas.Ao lado, teve os cabeças-de-lista pelos distritos visitados, que chegaram muitas vezes a passar despercebidos.
A mensagem passou... para o bem e para o mal. O líder do partido é normalmente bem recebido, quer seja no ambiente mais formal dos almoços de empresários, quer nos calorosos abraços das vendedoras dos mercados. Na rua, sabem quem ele é, o que fez e o que quer fazer.
Ex-combatentes agradecem o empenho nas reformas. Os agricultores encontram nele eco das críticas ao ministro Jaime Silva e também um líder partidário que conhece «os problemas de quem vive da terra». «Os outros não falam de agricultura», dizem-lhe. Falam-lhe da perda de autoridade dos professores e dos polícias, discurso que Portas repete vezes sem conta.Com empresários, Portas fala da elevada taxa fiscal, da falta de incentivo e até do trabalho da ASAE.
Mas o tema da campanha foi, sem dúvida, o antigo rendimento mínimo. O CDS quer a fiscalização do Rendimento Social de Inserção porque «actualmente há muita gente a ver à custa dos contribuintes porque não quer trabalhar». A proposta é a mais polémica do partido e gera reacções díspares, mas quase sempre intensas. Há quem elogie a coragem de Portas ao apresentar a medida e se queixe de andar «a pagar impostos para sustentar os preguiçosos». Mas também há os que o acusam de querer «tirar aos mais pobres a única forma de sobrevivência».
As críticas levaram mesmo a alguns episódios desagradáveis na rua e Portas chegou mesmo a envolver-se numa discussão em Guimarães. Na altura o CDS defendeu que o crítico do rendimento mínimo era militante do PS e dias depois encontraram mesmo uma imagem em que mostra o homem numa arruada do PS.
Portas garantiu que o CDS não iria deixar de sair à rua por causa destes episódios, mas que é certo é que redobraram as cautelas da comitiva quando a agenda indicava iniciativas deste género. E houve mesmo algumas que não foram divulgadas à comunicação social que acompanhava o candidato. Questionado sobre os vários «casos» que marcaram campanha, Portas recusou sempre comentar. «O CDS tem a sua agenda», afirmou, criticando que PS e PSD tenham feito uma campanha de incidentes.
Portas acabou por ter de pagar o preço de tanto tempo de campanha. Logo no início o período oficial foi necessário cancelar uma iniciativa porque o líder centrista não tinha voz e teve mesmo que recorrer a cuidados médicos. E mesmo com injecções e idas ao médico, a voz fraquejou algumas vezes durante estes 15 dias. Mas isso não afectou o bom humor. Portas dançou, tocou pandeireta, foi às vindimas e mostrou que lhe serve como uma luva o fato de «Paulinho das feiras».

Novo polo de Turismo

Alqueva: Uma "sala" para eventos

Desde Maio que, mais de 50 empresas, experimentam os 250 quilómetros quadrados da albufeira do Alqueva para os seus eventos.

Trata-se de uma solução que permite realizar várias iniciativas sobre as relaxantes águas de Alqueva, em barcos de cruzeiro geridos pela Amieira Marina, através da Gescruzeiros.
O «Guadiana», o «Alcarrache» e o «Degebe» são as três soluções a que as empresas podem recorrer para a organização de uma reunião, uma acção de formação, uma apresentação ou até mesmo um ‘cocktail'. Nomes de rios designam os três barcos de cruzeiro disponíveis na Amieira Marina. Estes barcos, com capacidade para 120 (o «Guadiana») e 25 pessoas (os restantes), possuem condições e equipamento (som e imagem) para garantir a qualidade dos eventos.
As embarcações da Gescruzeiros, habitualmente orientadas para passeios lúdicos no Alqueva, registaram, só em 2008, 37.392 passageiros que decidiram explorar as calmas águas da barragem. Com actividades de aluguer, manutenção e parqueamento de embarcações, restauração, loja de conveniência e artigos náutico-desportivos, a Amieira Marina é o primeiro projecto náutico ao nível do plano de água da Albufeira do Alqueva, o maior lago artificial da Europa.

O barco-casa é o inédito conceito de lazer e turismo lançado em 2006 na Amieira Marina. Comandadas pelos utentes em total segurança, estas completas embarcações permitem navegar nas zonas devidamente autorizadas, descobrindo as margens da albufeira, podendo-se aportar facilmente e prosseguir o roteiro turístico a pé ou de bicicleta pelas povoações ribeirinhas.
Opção de lazer de sucesso há décadas nos Estados Unidos e em França, os barcos-casa têm vindo a revolucionar o lazer e as férias do interior alentejano. Em 2008, a Amieira Marina atingiu 313 blocos de reservas – alugueres superiores a um fim-de-semana –, o que representa cerca de 75 por cento mais do que em 2007 (179 blocos de reservas).
A Nautialqueva – Serviços Náuticos é a promotora exclusiva da Amieira Marina, primeiro projecto náutico ao nível do plano de água da albufeira do Alqueva, implementado no âmbito do POAAP e que integra todos os serviços náuticos desde aluguer, manutenção e parqueamento de embarcações, serviços de restauração com bar esplanada e restaurante panorâmico, lojas de conveniência e de artigos náutico-desportivos.

Ano escolar em Albufeira

Actividades escolares começam com atraso

David Martins lamenta atraso no início das actividades extracurriculares em Albufeira.

Na sequência de vários contactos estabelecidos com encarregados de educação em Albufeira, o candidato do PS à próximas Eleições Autárquicas, David Martins, tomou conhecimento que as actividades extracurriculares não tiveram inicio conforme previsto, sendo da única e exclusiva responsabilidade do Município de Albufeira.
De acordo com informação proveniente da Câmara Municipal de Albufeira, o início das actividades foi adiado para o próximo dia 28 de Setembro de 2009, o que provoca um grande transtorno a todos os encarregados de educação após as 15h00, levando em vários casos ao pagamento de serviços privados de acolhimento de crianças.
De acordo com a Lei n.º 159/99, de 14 de Setembro, os municípios são responsáveis em matéria de ensino pré-escolar e do 1.º ciclo, ao que acresce o Decreto-Lei 144/2008, de 28 de Julho, que no seu artigo 2.º, alínea c), refere que compete aos municípios as "actividades de enriquecimento curricular no 1.º ciclo do ensino básico".
Num ano em que o início dos trabalhos escolares começou com absoluta normalidade, e que pela primeira vez em muitos anos os professores estão satisfeitos com o processo de colocação, é de lamentar que o mesmo não tenha sido possível em Albufeira. David Martins espera que os responsáveis da Câmara Municipal de Albufeira resolvam os problemas existentes na maior brevidade possível, a bem das famílias de Albufeira.

Pólo de Educação ao longo da Vida

Inaugurado novo equipamento na Cumeada

Silves inaugurou o Pólo de Educação ao longo da Vida da Cumeada e celebrou mais um aniversário do Pólo de S. B. Messines.

Foi uma pequena festa, onde estiveram presentes todos os utentes, na companhia da Presidente da CMS, Isabel Soares e o Vice-Presidente, Rogério Pinto. Este equipamento integra uma rede de seis Pólos, situados em locais distintos: S. B. Messines, S. Marcos da Serra, Silves, Tunes, Cumeada (que abre agora) e Fontes da Matosa, que foi o primeiro a ser inaugurado, aquando do inicio deste projecto, em Novembro de 2001.
Os cerca de 120 utentes destes espaços recebem apoio de uma técnica da Autarquia, que trabalha exclusivamente no acompanhamento de todas as acções promovidas por estes Pólos. Na verdade, ali têm lugar ciclos de leitura, sessões de informação com diferentes convidados e sobre temáticas distintas (saúde, alimentação, história, entre muitos outros temas), dinâmicas de grupo, formações em informática, para além de se promoverem passeios e visitas de estudo. Está-se, igualmente, nesta altura, a efectuar a recolha do património oral, dado que na sua maioria, os utentes destes Pólos são pessoas idosas, com grandes conhecimentos das tradições locais, que serão, deste modo, recolhidas e preservadas.
Este projecto tem, todavia, uma abrangência maior: pretende que estes locais possam funcionar como verdadeiros centros comunitários, pontos de encontro de todos os elementos e faixas etárias das localidades onde estão a funcionar, pelo que também são promovidos, habitualmente, encontros inter-geracionais, de modo a motivar não apenas os idosos, mas todos os cidadãos, a utilizarem estas instalações e serviços, para ocupação dos seus tempos livres e melhoria da sua formação.

Eleições Legislativas

Delegação de avaliação esteve no Algarve

Governador Civil de Faro recebeu uma delegação em missão de avaliação eleitoral.

O Governador Civil de Faro, reuniu-se com uma delegação da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), no âmbito de uma missão de avaliação eleitoral realizada por esta organização no nosso País. Durante a reunião, realizada no Governo Civil, Irena Hadziabdic e Tatevik Ohanyan, ambas do gabinete da OSCE para as Instituições Democráticas e os Direitos Humanos (ODIHR), abordaram diversas questões relacionadas com as Eleições Legislativas, processo que pretendem acompanhar até ao próximo dia 27 de Setembro.As duas observadoras têm como objectivo analisar, entre outros aspectos referentes ao processo eleitoral, os procedimentos legais das eleições, a campanha política e o trabalho da administração eleitoral local e regional, bem como a função dos órgãos de comunicação social, públicos e privados, na transmissão da campanha. Nesta deslocação ao nosso país a delegação da OSCE já realizou reuniões de trabalho com o Ministério dos Negócios Estrangeiros e a Comissão Nacional de Eleições, bem como com alguns partidos políticos e órgãos regionais e locais da administração eleitoral. No final desta missão de avaliação, a delegação elaborará um relatório sobre o processo eleitoral no nosso País, que será divulgado no site da OSCE.

Maratona BTT

800 bttistas esperados em Messines

Este ano, e pela primeira vez, a quinta edição da Maratona Crédito Agrícola BTT Messines 09 conta para o Campeonato Regional de Maratonas.

A prova realiza-se no próximo dia 10 de Outubro e conta com a participação dos melhores bttistas nacionais, entre eles o algarvio Nelson Vitorino. “Esta prova é a segunda maior maratona de BTT realizada no Algarve e Baixo Alentejo e integra duas vertentes: lazer e competição”, disse Ricardo Rodrigues, presidente da Associação ExtremoSul, organizadora do evento, durante a conferência de imprensa, que se realizou ontem (quinta-feira) em S. Bartolomeu de Messines.
Este ano são esperados 800 bttistas, sendo que até ao momento já estão inscritos cerca de 550 participantes. “Mais do que um desporto, o BTT é uma maneira de praticar desporto e de estar com os amigos”, afirma. Uma das grandes preocupações da organização é a segurança, que tem cerca de 100 voluntários para garantir a segurança de todos os participantes.
Isabel Soares salienta a importância desta prova desportiva e a capacidade de organização que a associação ExtremoSul tem demonstrado. “Os percursos escolhidos são ainda importantes para a divulgação de alguns locais de interesse do concelho de Silves, tais como os Menires de Vale Fuzeiros e a Via Algarviana”, explica.
A autarca de Silves refere ainda o impacto que este tipo de eventos têm tido na economia local. “Estas pessoas são potenciais frequentadores do nosso concelho”, afirma. Com cerca de 82 quilómetros, esta prova decorrerá na freguesia de S. Bartolomeu de Messines, em plena Serra Algarvia e será complementada com dois percursos alternativos - a meia-maratona com cerca de 50 quilómetros e a mini-maratona com aproximadamente 25 quilómetros - de forma a permitir a participação de bttistas de todos os níveis.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Elas valem o que valem...

Sondagem Universidade Católica:

PS lidera intenção de voto com 38%, mas não chega à maioria.

Sondagem da Universidade Católica para a RTP e Antena 1:

PS: 38%

PSD: 30%

BE: 11%

CDS: 8%

CDU: 7%

Considerando também os seguintes pontos...

- Ainda existem pessoas em dúvida.

- Apróximamos de uma possível vitória para o PS, mas sem maioria.

- Coligações, segundo os próprios candidatos, difíceis/impossíveis de concretizar.

As perguntas que se colocam:

1) Qual será o futuro de Portugal?

2) Como será a aprovação do orçamento de estado?

3) Como vai estará o país daqui a 2, 4 ... 10 anos?

4) O que correu bem e mal nos últimos quatro anos?

5) Já sabe em quem vai votar?


Sondagem TVI:

PS descola do PSD e ganha com 38%

Primeira projecção após a polémica das escutas dá vantagem confortável a José Sócrates.
BE mantém terceiro lugar, mas desce nas intenções de voto.

Vitória do PS com 38% dos votos. PSD não chega aos 30%. São estes os resultados da sondagem da Intercampus para a TVI/Rádio Clube Português e Público, desfazendo o empate técnico registado na semana passada entre os dois partidos.
O Bloco de Esquerda mantém-se como terceira força política, com 9,4% dos votos, mas tem agora a CDU (8,4%) e o CDS-PP (7,7%) mais próximos.

«Tirar maioria absoluta ao PS é uma extraordinária vitória do BE»

«O CDS está a subir está a subir, até nas sondagens»

Jerónimo: «Acreditamos poder chegar aos dois dígitos»

13,2% dos inquiridos da sondagem que serviu de base a esta projecção não sabem ou não respondem, o que confirma o grau elevado de indecisos quando falta pouco mais do que um dia para o final da campanha eleitoral. Ainda assim, a percentagem dos que dizem que vão votar de certeza aumenta 2,6% para 74,4%.

PSD: «Indecisos tornam todos os resultados possíveis»

Sócrates reage a sondagem (video)

Esta sondagem foi realizada já depois da polémica causada pela divulgação da fonte da notícia do jornal Público pelo Diário de Notícias e que trouxe de novo para a ribalta o caso das alegadas escutas a Belém. Recorde-se que, na sequência desse caso, o assessor de imprensa de Cavaco Silva, Fernando Lima, foi mesmo afastado do cargo.
Comparando com a sondagem da TVI da semana passada, o PS foi quem mais cresceu, subindo 5,1%, enquanto o PSD se mantém praticamente na mesma margem. Já o Bloco desce 2,6% e a CDU 0,8%. O CDS-PP sobe 0,7%.

Ficha técnica

Sondagem INTERCAMPUS para a TVI, Rádio Clube Português e Público, realizada entre os dias 21 e 23 de Setembro de 2009, com o objectivo de conhecer a tendência de voto da população portuguesa recenseada, sobre as Eleições Legislativas 2009.
Universo constituído pela população recenseada, residente em Portugal Continental. Com recolha através de entrevista directa e pessoal, simulação de voto em urna, a amostra é constituída por 1006 entrevistas efectivas: 52,5% dos entrevistados do sexo Feminino, 47,5% do sexo Masculino, 30,9% dos entrevistados com idades entre os 18 e os 34 anos, 35,8% entre os 35 e os 54 anos e 33,3% dos indivíduos com mais de 55 anos. Por regiões 18,7% dos entrevistados residem no Norte Litoral, 12,7% no Grande Porto, 15,6% no Interior, 15,6% no Centro Litoral, 28,6% na Grande Lisboa e 8,8% no Sul.
O erro de amostragem, para um intervalo de confiança de 95%, é de mais ou menos 3,1%. Nos resultados de temas sobre política, e quando aplicável, é feita uma distribuição proporcional de registo de não respondentes, sem opinião e abstenção, passando a usar-se a expressão «Projecção».