Liberdade e o Direito de Expressão

Neste blog praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão, próprios de Sociedades Avançadas !

quarta-feira, 30 de julho de 2008

ONUSIDA

Jovens e pobres são as principais vítimas

Entre 2001 e 2007, houve uma redução de 10% na quantidade de novos casos de infecção por HIV em todo o mundo. A maior parte dos registos aconteceu em países pobres. Quase a metade dos que contraíram o vírus ano passado é de jovens entre 15 e 24 anos

Em cada dia do ano passado, pelo menos 7,4 mil pessoas no mundo foram infectadas pelo HIV. A maioria delas vive em países pobres. Um total de 45% desse contingente é formado por jovens entre 15 e 24 anos. Os dados, divulgados pelo Programa das Nações Unidas para a SIDA (ONUSIDA), representam uma queda de 10% no número de novas infecções em relação a 2001.
O relatório também chama a atenção para o número ainda alto de crianças infectadas. No ano passado, surgiram 370 mil novos casos envolvendo menores de 15 anos. Em 2001, eram 410 mil. Um dos factores que gerou essa redução foi o maior acesso de grávidas com HIV a anti-retrovirais para prevenir a transmissão do vírus para os bebés. diz o relatório. A percentagem de gestantes de todo o mundo que receberam as drogas subiu de 14% para 33% entre 2005 e 2007. Também em Portigal, o número de infectados com HIV aumentou no último ano. Os comportamentos de risco foram esquecidos, e a ideia de que a Sida se tornou numa doença crónica incurável fez o resto.
Porém, para este ano, há três inovações esperadas no tratamento, com a introdução de novos fármacos de classes terapêuticas diferentes daqueles que existem actualmente no mercado.Um deles é um inibidor da protease, que tem apresentado muito bons resultados em doentes em tratamento há muitos anos e que criaram resistências aos medicamentos. Outro é um inibidor da integrase, uma proteína que permite ao vírus instalar-se e replicar-se. A grande mais valia passa por impedir que este penetre as células, funcionando como um inibidor da sua entrada. Vai permitir tratar um doente que se tornou resistente a outros tratamentos e cuja saúde se está a degradar de forma a que este tenha de comecar tudo de novo.
Além destes dois, espera-se a chegada de um fármaco de acção tripla, que reduzirá para uma comprimido o tratamento anti-retroviral. A juntar aos anti-retrovirais, os doentes acabam por tomar também medicamentos para combater as doenças oportunistas que para atenuar s efeitos secundários do tratamento.

O grupo dos 5 em reflexão

O que podem mudar as principais associações algarvias?

Dirigentes das cinco principais estruturas empresariais do Algarve reflectem sobre a actual situação económica regional e traçam linhas de orientação conjunta para o futuro

Cientes das dificuldades que o Algarve atravessa, dirigentes das associações empresariais regionais com Gilberto Sousa, Presidente da Acral, Elidérico Viegas, Presidente da Aheta, Carlos Fernandes, Vice Presidente da Aihsa, Carlos Luís, Presidente da Ceal e Vítor Neto, Presidente do Nera - acompanhados de outros membros das respectivas direcções, reuniram-se hoje (29 de Julho), em Quarteira, no Algarve.
O objectivo central do encontro "dos 5" foi proceder a uma troca de opiniões sobre a conjuntura económica nos vários sectores de actividade, nomeadamente na área do turismo e outras questões que preocupam os empresários da Região, face à actual instabilidade dos principais mercados e da economia mundial, tendo havido unanimidade de pontos de vista.
Os dirigentes empresariais das cinco associações regionais decidiram dar continuidade e aprofundar o diálogo entre si, com o objectivo de tornar efectiva uma intervenção coordenada a nível do Algarve, sobre algumas questões concretas, nomeadamente: 1 - A evolução da conjuntura económica e os seus reflexos nas empresas da Região; 2 - O relacionamento empresarial com os órgãos e as instituições regionais e locais; 3 - O acesso das empresas aos fundos comunitários, no âmbito do POAlgarve; 4 - A defesa do processo de Regionalização; 5 - A realização de acções comuns que visem a modernização e melhoria da competitividade das empresas, a qualificação dos seus trabalhadores e a integração dos jovens no mercado do trabalho.
Estes dirigentes das associações empresariais do Algarve decidiram agendar uma nova reunião para breve. Espera-se que dessa vez, com conclusões efectivas e directrizes que possam ser "grupo de pressão" para as asneiras que continuam a grassar por esse Algarve fora!




Chegou mais um Verão de Sacha


Que grande Sa$ha(da) regional

Milhões transformam Portimão no centro do... virtual, e mostram como o Reino dos Algarves é pródigo em matéria de solidariedade noctívaga

Ali pelas terras do Arade, a temperatura de Verão está a subir. Em causa um contrato, acordo, protocolo, parceria - chamem-lhe o que quiserem (porque poucos sabem qual o verdadeiro nome do papel) estabelecido entre a Câmara Municipal de Portimão, através da empresa municipal Expoarade E.M., e o Sasha Beach, badalado empreendimento noctívago do colunável-empresário Luís Evaristo.
Tudo porque no ano passado as queixas foram mais que muitas pelo ruído excessivo debitado em decibéis no extenso areal da Praia da Rocha, que até era ouvido na propriedade de Sua Alteza o Duque de Bragança, mas em Ferragudo. Não se sabe se também a outros famosos políticos portimonenses que por aquelas bandas têm grandes mansões, o ruido lá chegava, ou se perdovam o mal que fazia pelo bem que lhes sabe.

A parceria com a Expoarade - chamemos-lhe assim, permitiu ao empresário Evaristo fazer cá disto, e este ano umas obras de insonorização no valor de alguns (muitos) milhares de euros, para uma época de 25 noites de muita folia nas areias movediças do Arade.
Quem não gostou nada, foi a oposição, que começou logo a dar com a lingua nos dentes, o que provocou a ira das hostes socialistas, e uma imediata Conferência de Imprensa do presidente da autarquia a qual, “estranhamente, decorreu no próprio gabinete do Presidente da Câmara e à qual não foi permitida a presença das inúmeras pessoas que se dirigiram aos Paços do Concelho para esse fim, nomeadamente, autarcas e empresários, durante o qual o PSD foi acusado de falsidades, eleitoralismo, falta de fundamentação e irresponsabilidade.” (sic)
Como o presidente se recusou a fornecer à oposição a cópia do contrato, acordo, protocolo, parceria... ou lá o que é, vai daí, e toca desta deitar cá para fora números simpáticos, elucidativos de parcerias inofensivas, até se comparadas com o valor em reais dos colunáveis do jet set das noites algarvias que pisam terras do Arade, com que a autarquia de Portimão brindou no ano passado a Sacha(da) do Evaristo em contraponto a outros empresários que há décadas estão estabelecidos investindo na noite de Portimão. Ninharias que a oposição só agora vem revelar passado um ano que foi revelando que anda a dormir o sonho dos ilustres, mas que ilustra como o Reino dos Algarves é pródigo em matéria de solidariedade noctívaga.

Assim, se a referida conferência de imprensa para mais não serviu, pois nem aí foi distribuído o texto do contrato entre a Expoarade E.M. e o Sasha Beach, pelo menos de uma coisa a população de Portimão agora tomou conhecimento: “a Câmara Municipal de Portimão gastou em 2007, mais de 1.100.000€ (duzentos e vinte mil contos) do erário público, numa orgia despesista de 44.000€ (oito mil e oitocentos contos), diariamente durante as 25 noites em que a festa não parou”. Só para alguns, é claro, porque as entradas são condicionadas à apresentação de convites muito in, e "criteriosamente" distribuídos pelo poder e sus muchachos.
Claro que o colunável ex-cosinheiro de luxo Luís Evaristo, e agora proprietário do Sasha Beach (depois da Casa do Castelo ter sido absorvida pela aptencia da voraz imobiliária que continua a pairar pelas arribas de Albufeira), como qualquer empresário que se preze e pouco burro, defende os seus interesses da forma que melhor entende e é capaz, aproveitando as oportunidades bobas que surjam visando a rentabilização do seu negócio, e de ter a sorte que outros algarvios nascidos e residentes na zona há décadas nunca tiveram.
Isto, porque o tráfico de influências ainda não começou a ser analizado pela Maria José Morgado, e as fotos nas revistas do social “cor-de-rosa” vendem a imagem muito bem, promovendo labregos a dandy’s, gigolôs a escritores e sopeiras a colunáveis. Aparentemente, fá-lo muito bem e com sucesso, como é publicamente reconhecido, recolhendo daí o$ seu$ fruto$ do $eu $ábio de$empenho em prol da parolice nacional.

E que viva a chaxada regional!

Os PIN’s são quem mais ordena!

Zona do Ludo junto à Ria Formosa é cobiça alheia

Uma das poucas zonas do Algarve ambientalmente ainda protejidas, está agora em risco de levar com um PIN em cima

Como se sabe, a zona do Ludo (que pertencente aos concelhos de Loulé e Faro) é uma zona bastante sensível em termos ambientais pois, para além de ter uma elevada biodiversidade, alberga espécies únicas a nível europeu. O Ludo é uma das poucas áreas do litoral algarvio que ainda apresenta um ecossistema praticamente intocado pelo Homem, servindo também de protecção ao Parque Natural da Ria Formosa.
Mas a pressão urbanística nesta zona tem sido uma constante, devido à proximidade do mar e ás suas características, contudo, até agora, o local tem sido protegido graças à proibição de construção imposta à zona. O que deverá ser “Sol de pouca dura”!
Tem sido noticiado em diversos órgãos de comunicação social a compra de mais de 500 hectares de terreno no Ludo, com o objectivo de construção, nomeadamente através da obtenção de um projecto PIN (Projecto de Interesse Nacional). Por esse motivo, e sem que as Câmaras Municipais de Loulé e Faro; a CCDR Algarve; o ICN e o Ministério da Economia ainda não se tenham pronunciado, há quem se movimente a pedir "a maior atenção por parte das autoridades competentes (?) para esta situação, sendo de extrema importância salvaguardar o local de qualquer tipo de construção que não exija os mais elevados parâmetros de protecção ambiental.”
Apesar da construção civil e o turismo serem mais valias importantes para o desenvolvimento da região, isso não pode ser conseguido a qualquer preço, nem podem os mesmos ser desculpa para o atropelo das leis no nosso país, nomeadamente através da concessão dos já famosos PIN`s.
"É de extrema importância que as autarquias, bem como os restantes interveninentes naquela zona, sejam ouvidos neste processo e que o seu parecer seja efectivamente tomado em consideração” alertou esta semana um comunicado emitido pela Direcção da JSD/Faro e JSD/Loulé.
Mas é igualmente importante que, de uma vez por todas, o Plano de Ordenamento do Parque Natural da Ria Formosa seja aprovado e implementado, para que se torne uma realidade e venha evitar conflitos e sobreposições de interesses e jurisdições como actualmente acontece. Há pois, que estar vigilante, acompanhando o desenvolvimento desta questão com atenção, intervindo na defesa do Ludo sempre que se verifique necessário, não deixando morrer um dos últimos redutos naturais do litoral algarvio.



Aeroporto de Faro

PSP já tem Esquadra

A nova Divisão de Segurança Aeroportuária de Faro garante "segurança mais efectiva" a passageiros e à região

Com a entrada em funcionamento da Divisão de Segurança Aeroportuária (DSA) do Comando de Faro da Polícia de Segurança Pública (PSP), estão reunidas as condições necessárias para garantir a segurança no espaço aeroportuário do Algarve, considerou o Ministro da Administração Interna, Rui Pereira. O ministro, que falava durante a cerimónia de inauguração da DSA, no Aeroporto Internacional de Faro, considerou que, a conclusão desta obra, a par do sistema RAPID (Reconhecimento Automático de Passageiros Identificados Documentalmente) e do passaporte electrónico português, “permite garantir uma segurança muito efectiva” ao Algarve e aos cerca de cinco milhões d! e passageiros que utilizam anualmente o meio aéreo para visitar a região.
Por sua vez a Governadora Civil de Faro, Isilda Gomes, considerou que a construção da nova DSA vem reforçar a capacidade de resposta da PSP. “Sendo o turismo tão importante para a região, esta nova estrutura vem garantir maior operacionalidade e uma resposta mais ráp ida e eficiente da PSP, no que diz respeito à segurança no aeroporto, uma actividade que está intimamente relacionado com o turismo”, referiu Isilda Gomes.
A nova Esquadra, que corresponde a um investimento de cerca de um milhão de euros, integra um efectivo de 83 elementos e oito viaturas. A sua construção teve início em 2000, tendo sido suspensa um ano depois na sequência da situação de falência registada pela empresa construtora. Reiniciada em Abril de 2007, a obra ficou concluída em Junho deste ano. Adaptadas às necessidades dos profissionais da PSP, as novas instalações para além da sua missão especial na vertente aeroportuária, possuem capacidade para integrar uma Esquadra de competência genérica, para policiamento convencional a meios urbanos.




Usa a Internet?

Estudo revela que é "perigoso" navegar na Rede em Portugal

Estudo de investigadores de CoimbraInternet: estudo revela que é "perigoso" navegar na Rede em Portugal

Um em cada cinco computadores do Estado é vulnerável a "ataques" através da Internet, segundo um estudo de uma equipa de investigadores de Coimbra. O estudo, desenvolvido ao longo de dois anos por uma equipa conjunta do Instituto Pedro Nunes (IPN) e da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), concluiu que é "perigoso" o nível de segurança da Rede em Portugal.
O sistema informático que permite avaliar a segurança da Internet portuguesa, designado NONIUS, concluiu também que a rede nacional "nem sequer está protegida da RBN - Russian Business Network, uma das mais perigosas organizações do crime cibernético do mundo, que recentemente atacou "sites" públicos e privados da Estónia", refere uma nota hoje divulgada pela FCTUC. "Há falta de informação e reina a atitude 'não tenho nada interessante no computador para que seja roubado'", disse à Lusa Francisco Rente, da FCTUC, que lidera a investigação. O cientista alertou que "o objectivo de muita da actividade criminosa não é roubar os dados que os computadores possuem mas utilizá-lo [ao aparelho] para outros ataques, podendo o proprietário do computador vir a ser acusado de crimes informáticos que não cometeu".
Através do NONIUS "foram varridos os 3,6 milhões de endereços electrónicos existentes em Portugal e, em simultâneo, 11 mil domínios (representantes de uma organização do primeiro nível de hierarquia 'pt')". "Um em cada cinco computadores do Estado está vulnerável a softwares nocivos e outros tipos de ataques informáticos", concluiu o sistema. No varrimento da rede nacional da Internet, foram detectadas "30 mil vulnerabilidades de 17 tipos distintos", o que leva os investigadores a concluir que o nível de segurança da Internet portuguesa é "perigoso", o segundo nível numa escala de quatro graus. "À medida que o NONIUS for sendo desenvolvido evoluiremos para resultados ainda mais precisos", acrescentou.
O investigador explicou que o que o novo sistema faz é verificar se o disco do computador está totalmente partilhado para a Internet ou se o que é partilhado é apenas um segmento. "Os próprios vírus accionam essa partilha, sem que o utilizador se dê conta", esclareceu, sublinhando a existência de "software" de protecção no mercado ou que pode mesmo ser descarregado gratuitamente da Internet. Francisco Rente considerou, por outro lado, não estar em causa a legalidade desta operação de varrimento dos "sites" públicos e privados, já que se trata de "informação pública". Porém, "foram consultados os juristas do IPN e a fiabilidade dos testes foi validada por matemáticos da FCTUC", esclarece a nota de imprensa hoje divulgada.
Os investigadores procuram agora apoios financeiros para dar continuidade ao projecto, que visa "criar uma onda de consciencialização" sobre o problema. "Este é um projecto inovador, sem comparação a nível mundial e, talvez por isso, quando começámos a desenvolvê-lo, não obtivemos apoios", disse, esperando que com a divulgação dos resultados seja mais fácil obter financiamento. Segundo o professor da FCTUC, na altura, foram contactadas cerca de 60 entidades nacionais e estrangeiras, na área das telecomunicações e informática.

(Lusa)


terça-feira, 29 de julho de 2008

A turma da Mónica

ALLGARVE

Batons, Festas e Maledicência

A chuva de estrelas, cometas, planetas, parolos e outras tretas aí está: o “ALLGARVE” é o reality show do verão algarvio, um manacial de oportunidades para a gente se mostrar, rebolar, cheirar e fingir que está feliz por ter nascido. Isto, se não pensarmos em quanto custou ao erário público. Não é uma festa, não senhor, porque esta gente não se sabe divertir. Só sabem aparecer para serem vistos, para mostrarem que ainda estão vivos com o clorofómio pelo pescoço, e a mexer com a nossa cabeça na pobretanísse do reino. A catrefa de doses de eventos, que parecem programados a perceito, não trazem ninguém ao Algarve, além daqueles que já cá estão, e dos que vinham de qualquer maneira, porque gostam do peixe assado no Gigi, ou de esperar seca e meca em filas para estacionar o carro num qualquer e mal enjorcado parque de praia. O stock dos espectáculos do “ALLGARVE” é especialista em desenterrar múmias do museu musical de cera da Madame Tussaud, e concentra doses de pretenciosismo e veneno como aquelass destiladas na apresentação de Caetano Veloso, ou do Simply Red num espaço de eventos que não tem nada a ver com o que ali se passa.
A começar pela retratada alegria esfusiante da boa convivência e desempenho entre o secretário de Estado do Turismo, Bernardo Trindade, e a pose de cadeira elegante do presidente da Câmara de Albufeira, Desidério Silva.

Ou então, como aquele outro de piro-músical efeito numa praia de pescadores, como se a minhoca e a taínha gostassem de Vivaldi. Aí, lá entrou a cerimónia da entrega das lembranças do autarca, que reune estrelas da televisão, com visual caprichado e línguas afiadas - mais ainda devido à fartura de champanhe nos jantares, para ajudar à promoção, não nossa, mas dele, que quase se baba para ser famoso.
Ontem uma pessoa que lê este espaço on line, parou na rua e disse-me que era muito admiradora de uma “certa famosa”. Fiquei tentado de saber quem, e o porquê, e pude perceber que realmente não importa saber se tem talento ou não, mas sim ter empatia e cair na graça do público de qualquer maneira. Isso sim, é que é verdadeiramente o mais importante. Não devemos ter preconceito, pois não é bom e nem ajuda em nada a nossa alma, mas temos por obrigação de respeitar o espaço dos outros. Eu posso querer ser famoso, mas se não for a vontade de Deus, jamais serei. Se sou, é sem dúvida nenhuma porque ele me aceitou. E se ELE me aceitou, quem é você para não me aceitar?
Esperem. Deixem lá ver se eu entendi bem o meu raciocínio. Deus, em toda sua magnitude, um belo dia parou o que estava a fazer e disse: Você, ó tu lá da régua e do esquadro, levanta e vai ser famoso! E ele está tentando...

Abordado por jornalistas presentes no espectáculo, o apresentadtor Carlos Cruz ex-mister TV, quis saber de cada um jornalista para qual o veículo que trabalhavam. "Com você eu não falo", disse a uma repórter de revista de celebridades. E ficou com cara em sentido até que a pobrezinha se afastasse. Se calhar até tem razão. Só depois falou. Quando lhe perguntaram se está de bem com a vida, foi ainda mais seco: "Não sei. Mas já estive pior". Mas as nossas free-lancers das fofocas querem mesmo festa, e uma delas perguntou-lhe de quem recebeu o convite para o espectáculo, se do Hotel, da Câmara ou do Governo. Resposta pronta: “Já nem me lembro, caíu lá na mesa da cosinha e vim”.
Quem sabe, sabe, e o resto é vê-las apanhar os bonés!
Uma prima minha que veio de Boliqueime de propósito para ouvir o mano da Maria Betânia, ficou decpcionada com o lock da Ana Salazar, e achou que a loira mais bonitona da festa era teneager de uma equipa de futebol de salão. Qual quê, qual nada! Trata-se de uma das mais chiques figuras da sociedade de ‘Albufêra’ (em algarvrês fluente), uma promissora empresária, filha de um ex-merceiro, e funcionária-eleita da autarquia, especializada na entrega de prémios, lembranças e figuração de luxo na sua terra natal. Mudou-se de malas Louis Vuitton para o lobbie laranja, e já lhe disseram que não pode ser ambiciosa demais! Se não vai ter que abrir um novo espaço para vender as roupas que tem comprado para exercer um lock de influência, já que o negócio da família bateu castanholas.

É verdade que este ano os futebolistas famosos mandaram às ortigas o “ALLGARVE”. E assim vão continuar... Figo já comprou casa em Ibiza, o Cristiano foi para Los Angeles à procura de um papel a condizer com as suas habilitações. Os que vieram, ficam sempre no banco dos suplentes. Um ‘brasuca’ naturalizado ‘portuga’, fez uma fugida de fim de semana, mas nem quis sair da villa, pois não quer confusões. E lá se foi abrindo para os amigos: radicado na Europa desde a década de 90, o jogador de futebol Anderson Luís de Souza - que o mundo conhece como Deco - voltou este Verão às origens. Esteve em Indaiatuba, cidade a 100 quilómetros de S. Paulo, onde cresceu, para inaugurar uma entidade beneficente. "Investi 3 milhões de reais do meu bolso", afirmou. Baptizado de Instituto Deco 20, o lugar tem salas de aula, campos desportivos e teatro para a população carente. Além disso, dá aquele ‘bom tom’ na imagem do craque, conhecido por animador de festinhas com bebida e mulheres em profusão. "Não fiz isto para parecer bonzinho", diz ele, que está contratado pelo novo clube do técnico Felipão, o Chelsea, de Inglaterra, onde os tablóides vivem na cola dos astros do futebol. "Estou sossegado", jura. "Tenho de andar na linha para ser um bom exemplo."
Pois, pois... de bons exemplos estamos nós fartos!
Não há por aí ninguém que se confesse portar mal?

Mónica Lewinsky



domingo, 27 de julho de 2008

CRÓNICA DE DOMINGO

A excepção confirma a regra


Acabamos por viver no “nosso mundo” fechados sob nós mesmos, resistindo aos apelos de convivência porque o homem é apenas disfarce, engano e hipocrisia em si mesmo e para com os outros.


A natureza do amor-próprio e deste eu humano que todos evidenciamos, é de só se amar a si mesmo e de só se considerar a si próprio. Mas que há-de fazer-se? Não saberemos nunca impedir que este objecto de quem ama esteja cheio de defeitos e de misérias: quer ser grande e vê-se pequeno; quer ser feliz e vê-se miserável; quer ser perfeito, vê-se cheio de imperfeições; quer ser objecto do amor e da estima dos homens e vê que os seus defeitos só merecem a sua aversão o seu desprezo e a reprovação.
Este embaraço em que se encontra o amor-próprio da humanidade, produz nela a mais injusta e a mais criminosa paixão que é possível imaginar; porque concebe um ódio mortal contra esta verdade que o repreende, e que o convence dos seus defeitos. O homem desejaria aniquilá-la, e não a podendo destruir em si mesma, destrói-a, tanto quanto pode, no seu conhecimento e no dos outros. Isto é, põe todos os cuidados em encobrir os seus defeitos, aos outros e a si mesmo, e não suporta que lhos façam ver, nem que lhos descubram ou vejam.
É sem dúvida um mal estar permanente e cheio de defeitos. Mas é ainda um mal muito maior estar cheio deles e não os querer reconhecer, visto que é acrescentar-lhe ainda o de uma ilusão voluntária. Não queremos que os outros nos enganem; não achamos justo que queiram ser mais estimados por nós do que o que merecem. Não é portanto justo também que os enganemos e queiramos que nos estimem mais do que merecemos.Assim, quando só descobrem as imperfeições e vícios que nós com efeito temos, é visível que não nos prejudicam, visto que não são eles a causa dessas imperfeições, e que nos fazem um benefício, por nos ajudarem a libertarmo-nos de um mal, que é a ignorância das imperfeições.
Por isso, não nos deveríamos zangar porque outros as conheçam, e porque nos menosprezem: sendo justo que nos conheçam pelo que somos, e que nos desprezem sim se formos desprezíveis.Eis os sentimentos que nasceriam de um coração cheio de rectidão e de justiça. Mas achá-los? Que devemos portanto dizer do nosso, quando nele encontrarmos uma disposição completamente contrária? Pois não será mais que certo odiarmos a verdade e aqueles que no-la dizem, e que gostamos que se enganem sempre com vantagem para nós, e que queremos ser estimados por eles por sermos diferentes daquilo que - com efeito, somos?
A vida humana é - e tão só, apenas uma ilusão perpétua; o que fazemos é enganar-nos e iludir-nos mutuamente. Ninguém (ou quase) fala de nós na nossa presença como o faz tão bem na nossa ausência. A união que existe entre os homens é quase sempre fundada sobre este mútuo embuste; e poucas amizades subsistiriam se cada um soubesse o que o seu amigo diz dele quando não está presente, ainda que ele fale então sinceramente e sem paixão.
Acabamos por viver no "nosso mundo" fechados sob nós mesmos, resistindo aos apelos de convivência porque o homem é apenas disfarce, engano e hipocrisia em si mesmo e para com os outros. Não quer que lhe digam as verdades e evita dizê-la aos outros; e todas estas disposições tão afastadas da justiça e da razão têm uma raiz natural no seu coração.
Esta é a regra que só vem confirmar algumas - infelizmente poucas, excepções.


Carlos Ferreira

Sismo registado no Alentejo


Abalo foi sentido em Évora
e nalguns locais do interior algarvio

Um sismo de magnitude de 3,3 na escala de Richter, foi sentido registado esta tarde de Domingo, no Alentejo, anunciou o Instituto de Meteorologia, que registou o abalo nas suas estações da rede sísmica do continente. Segundo o Instituto de meteorologia, o abalo foi registado às 17h09, tendo o epicentro sido localizado oito quilómetros a nordeste de Arraiolos, entre esta vila e a localidade de Vimieiro. O Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Évora disse que o sismo foi sentido em “Évora, Arraiolos e Montemor e nalguns locais do interior algarvio”, não havendo até ao momento “registo de danos materiais ou humanos”. “Nós aqui também sentimos [o abalo], na nossa sede. Foi bastante sentido mesmo”, adiantou uma fonte do comando.

sábado, 26 de julho de 2008

Católicos pedem ao Papa anticoncepcionais



"É uma Proibição catastrófica"

É a primeira vez que aparece num jornal, um texto dirigindo-se directamente ao pontífice, mas Bento XVI defende a abstinência

Mais de 50 grupos dissidentes católicos de todo o mundo publicaram ontem uma carta aberta ao Papa Bento XVI onde afirmam que a proibição da Igreja ao uso de anticoncepcionais é "catastrófica" e deve ser revista. A carta foi publicada em anúncio de meia página no maior jornal italiano, o "Corriere della Sera", no 40º aniversário da polémica encíclica "Humanae Vitae", em que o Papa Paulo VI instituiu o veto aos métodos anticoncepcionais, que ganhavam popularidade naquela época.
Críticas a essa postura são comuns na imprensa italiana, mas é a primeira vez que aparecem num anúncio pago, dirigindo-se directamente ao pontífice. A carta diz que a posição da Igreja "tem tido um impacto catastrófico sobre os pobres e impotentes pelo mundo fora, ameaçando as vidas das mulheres e deixando milhões de seres expostos aos riscos do HIV".
O texto diz ainda que, 40 anos depois, a encíclica, esta continua a ser "uma fonte de grande conflito e divisão na Igreja". Acrescenta que a maioria dos católicos recorre sem culpa a métodos anticoncepcionais, o que seria uma prova do "absoluto fracasso" da proibição.
Bento XVI manifestou-se publicamente a favor do conteúdo da encíclica de 1968, a exemplo do que fizera o seu antecessor, João Paulo II. Em maio, o actual pontífice declarou que o texto de Paulo VI foi visionário, mas é "frequentemente mal-entendido e mal-interpretado". Na opinião do papa alemão, o amor entre um casal não pode "ficar fechado ao dom da vida".
A Igreja só autoriza métodos naturais de contracepção, como a abstinência sexual durante o período fértil da mulher. A carta publicada no "Corriere della Serra" é assinada por grupos como as “Católicas pelo Direito de Decidir”, que tem sede nos EUA, pelo grupo “Somos a Igreja”, com ramificações em vários países, e o grupo maior “Ministério dos Novos Caminhos”, que congrega católicos de várias etnias na Europa.

Centro de Novas Oportunidades de Lagoa

Em três anos certificou 440 pessoas

Destina-se a cidadãos com mais de 18 anos, que pretendam ver reconhecidos e certificados os conhecimentos e competências adquiridas em vários contextos de vida

O Centro de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (CRVCC) funciona, desde Janeiro de 2006, no Centro de Estudos e Formação de Lagoa, sob a tutela da Escola Superior de Educação da Universidade do Algarve, nas instalações da antiga Escola Jacinto Correia, com o apoio da Câmara Municipal.
Este Centro - que faz parte de um sistema nacional de CRVCC e funciona gratuitamente - tem por objectivo identificar e reconhecer os conhecimentos e competências que os adultos, de baixa ou média escolaridade, foram adquirindo ao longo da vida no seu percurso profissional e social, tendo como finalidade a validação e certificação desses saberes, através de um programa inserido na Iniciativa de Novas Oportunidades, na dependência do CRVCC que recebeu, desde 2006, 2.250 inscrições para estudos de equivalência ao 9º. Ano e, a partir de 2008, ao 12º. Ano. Só durante o ano passado foram certificados 218 adultos, num total de 414 equivalências escolares ao 9º ano e 3 ao 12º ano.
O Centro de Novas Oportunidades de Lagoa orienta os Adultos para a realização de um processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências, para um Curso de Educação e Formação de Adultos ou para outra oferta formativa que se revele mais adequada.
O processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC) destina-se os cidadãos com mais de 18 anos que pretendam ver reconhecidos, validados e certificados os conhecimentos e competências adquiridos em vários contextos de vida. Para obter a certificação, o participante terá de demonstrar que, durante a sua experiência pessoal e profissional, adquiriu conhecimentos e competências que equivalem a um Diploma escolar num dos três ciclos do Ensino Básico (4º, 6º ou 9º ano).
A inscrição no processo de RVCC, pode ser feita nas instalações do Centro de Estudos e Formação de Lagoa, (282356060), ou aceder a http://www.ese.ualg.pt/crvcc/ ou ainda através do e-mail: crvcc@ualg.pt



sexta-feira, 25 de julho de 2008

Governadora na “campanha do agrião”

Agricultura depende da iniciativa privada

Dedicando “Junho aos Primores, Isilda Gomes afirma que o sector Agrícola no Algarve é economicamente rentável

“A agricultura no Algarve é economicamente rentável e deve ser repensada pelos responsáveis do sector”, defendeu a Governadora Civil de Faro, Isilda Gomes, dando como exemplo os volumes de produção alcançados por três explorações da região, onde se deslocou no âmbito da campanha “Junho dos Primores”.
A Governadora Civil de Faro, que encerrou a quarta iniciativa integrada nas “Agendas Temáticas”, salientou a propósito o facto de dois dos empreendimentos visitados, a Fitacresse e a Pelpor, vocacionadas, respectivamente, para a horticultura ao ar livre e a floricultura, serem realizados por investidores estrangeiros, que apostaram na região devido às excelentes condições existentes.
Um dos casos de sucess é a da Vitacress, empresa fundada em 1981, que exporta anualmente mil toneladas de agrião para os mercados ibérico e inglês. Com um total de 15 hectares de área produtiva e investimentos já iniciados em mais seis para o modo biológico, a empresa segue uma política de investimento que lhe permitiu expandir-se internacionalmente, comercializando um grupo de produtos altamente perecível. “O futuro da agricultura depende muito da iniciativa privada e da intervenção das associações de produtores, que devem estabelecer metas e trabalhar com vista a concretizar objectivos”, considera a Governadora Civil, destacando o acompanhamento “muito próximo” feito junto do sector pela Direcção Regional e o Ministério da Agricultura. “Há uma grande atenção em relação a esta área, porque todos nós entendemos que ainda há muito para fazer e pode ser feito mais e melhor”, defendeu Isilda Gomes.

O ‘rosto’ da campanha

Luis Figo alerta para “Férias em Segurança”

Campanha com Luís Figo contra o álcool, pede aos condutores para que durante os meses de Verão adoptem comportamentos responsáveis.
E porquê só durante o verão?

Sob o lema “Se conduzir beba Sagres Zero”, a campanha de rádio e imprensa arrancou este mês e surge no âmbito de um protocolo entre a Sagres Zero, o Automóvel Clube de Portugal e a Prevenção Rodoviária Portuguesa com vista ao desenvolvimento de acções de prevenção rodoviária durante os meses de Verão.
Esta campanha insere-se num acordo inovador entre a Sagres Zero, ACP e PRP que aposta numa atitude activa e positiva de recomendação de consumo da cerveja sem álcool para a ocasião da condução, baseando-se no pressuposto de que é mais importante e construtivo dar soluções alternativas aos “amantes da cerveja” do que proibir o seu consumo.
Outra das apostas, passa por acções em vários postos de abastecimento, nas vias mais concorridas neste período de Verão, onde serão distribuídas Sagres Zero Limalight , folhetos com informações úteis a todos os automobilistas e alguns brindes. A primeira destas acções, teve lugar durante a habitual concentração motard de Faro, nos dias 18 e 19 de Julho, registando um claro sucesso entre motociclistas e automobilistas.
Esta é mais uma iniciativa inédita no mercado das cervejas protagonizada por Sagres Zero, a cerveja sem álcool nº1 em Portugal. A parceria com o ACP e PRP, tem como objectivo sensibilizar os condutores para os perigos de conduzir sob o efeito do álcool, através de campanhas publicitárias desenvolvidas pela empresa cervejeira.

E porquê esta campanha, só durante o Verão?
É esta mentalidade pequenina, hipócrita e bem portuguesa, de enfrentar os problemas "às prestações" nunca erradicando por completo os vícios adquiridos por esta sociedade pobrezinha e leviana, que esconde o Sol com a peneira, e finge preocupação humanitária por não se consumir álcool durante o Verão, porque alguma coisa a cervejeira tem de vender no Inverno...

Depois da música... Vida Nova

Cliff Richard vende vinho na Galé

Agora que as cantorias já deram o que tinham a dar, restam os ‘royaltis’ musicais e o que a cepa dá

O famoso cantor inglês ‘Sir’ Cliff Richard andou ontem a promover o seu vinho ‘Vida Nova’, com uma sessão de autógrafos num supermercado da Galé, em Albufeira. Cerca de mil pessoas tiveram paciência de enfrentar filas ao sol, para marcar presença naquele espaço para verem de perto o cantor britânico e poderem levar para casa uma recordação com a assinatura do artista, agora também produtor de vinhos na região algarvia.
Os primeiros fãs de Cliff Richard começaram a chegar manhã cedo, quando as portas do supermercado abriram. Foram muitos os clientes do Apolónia Supermercados - de qualidade a condizer com o elevado preço dos produtos, que conversaram com Cliff Richard enquanto este assinava as garrafas de vinho. Aproveitaram também para fotografar o cantor e elogiar o facto de terem tido a possibilidade de estar perto do seu ídolo de cinco décadas.
O cantor mostrou-se sempre descontraído e sorridente, como de costume, entusiasmado com o elevado número de pessoas que acorreram à Galé para o verem de perto, pensando naturalmente que isso se traduzirá em futuros bebedores de ‘Vida Nova’, por sinal um dos mais caros do mercado. Mesmo no final, depois de assinar mais de um milhar de garrafas, manteve a boa disposição: “Estou surpreendido por terem vindo tantas pessoas, pensei que estariam na praia”, disse o cantor, referindo-se ainda à última colheita: “Foi muito boa e o nosso Rosé foi considerado o melhor em Portugal. Estou muito satisfeito”.
Questionado sobre o que prefere, a música ou a produção de vinhos, Sir Cliff Richard optou por dizer que “são as duas excelentes”. Sobre o seu último álbum, lançado em 2007, o cantor garante que a adesão do público tem sido boa. Entre os concertos, passa grande parte do tempo na sua quinta no concelho de Albufeira, onde gosta de participar na produção do vinho que produz desde 2000.
Lá diz o ditado: para um bom vinho, quanto mais velho, melhor!



A outra Muralha da China

Internautas curiosos atrás das grades

A poucos meses dos Jogos Olímpicos, o país monta um superprojecto para censurar a internet

Os chineses gastaram uma fortuna para fazer da Olimpíada de Pequim a mais moderna de todos os tempos. Mas, além de estádios futuristas e infra-estrutura de primeira, os 500 mil atletas, jornalistas e turistas esperados para o evento vão encontrar outra surpresa: um serviço de internet inacreditável, em que os sites falham ou demoram para abrir e a conexão cai sem motivo aparente.
Tudo por causa do Projecto Jin Dun (“Escudo de Ouro”, em chinês), uma verdadeira muralha digital erguida para censurar a internet dentro do país. O sistema, que custou incríveis 29 bilhões de dólares, tem 640 mil computadores e um exército de 30 mil funcionários - o dobro da CIA, a super-agência de espionagem americana. O Google, o YouTube, a Wikipedia... tudo isso é censurado, e os sites chineses também. Quando um chinês entra no Google e digita “praça Tiananmen”, por exemplo, não recebe os mesmos resultados que qualquer outro cibernauta - a rede chinesa elimina as menções ao massacre de estudantes que ali ocorreram. Mas como é possível controlar a internet se ela foi, justamente, criada para ser descentralizada e imune a possíveis obstáculos?
Porque os chineses colocam filtros nos pontos de entrada e saída, que conectam a sua rede à de outros países. Apenas 17 cabos são responsáveis por todas as conexões da China, o país onde há mais internautas (220 milhões), com o resto do mundo. Assim, é mais fácil censurar. E é por isso que, mesmo com uma rede super-rápida (326 gigabits por segundo, 15 vezes mais que noutros países), o dragão arrasta a sua asa de censura.
Nunca se prendeu tanta gente por causa da internet: segundo um levantamento da Universidade de Washington, no ano passado triplicaram as prisões de blogueiros. Nessa modalidade de comunicação, a China é medalha de ouro: somente ali, 48 pessoas estão presas pelo “crime” de manifestar as suas opiniões na rede.O mais novo preso é Huang Qi, que publicou alguns textos acusando o governo de ter vacilado na ajuda às vítimas dos terremotos que o país sofreu em maio. “Quanto mais você mexer com a imagem da China, maior o risco. Eles [os espiões chineses] têm sofisticação tecnológica e conseguem identificar os blogueiros”, revelou a ong francesa Repórteres sem Fronteiras - que publica anualmente um relatório mostrando quais são os países que mais reprimem a internet.
Nos momentos em que o país passa por turbulências políticas, como protestos no Tibete, a rede fica mais lenta. “Com certeza, é por questões de segurança [censura]”, dizem alguns ocidentais que moram na China há 4 anos e vêem os seus blogs vetados pela muralha digital.



quinta-feira, 24 de julho de 2008

Novas áreas de licenciatura no Algarve

INUAF abre quatro novas licenciaturas

O Instituto Superior Dom Afonso III (INUAF) apresenta quatro novas licenciaturas para o ano lectivo de 2008/09

«Gestão e Mediação Imobiliária», «Formação Musical», «Turismo Sustentável» e «Gestão Turística» são as novas licenciaturas aprovadas para este instituto, numa perspectiva de acompanhar a crescente evolução e progresso da região do Algarve e face às necessidades de formar profissionais capazes, num contexto exigente e competitivo.
O curso de Gestão e Mediação Imobiliária pretende dotar os alunos de competências que lhes permitam realizar as tarefas e equacionar os problemas que se enquadram no âmbito de uma empresa de mediação e gestão imobiliária. Adicionalmente, pretende-se que o curso possa conferir vários tipos de certificações profissionais, tal como de avaliador imobiliário.
A licenciatura em Formação Musical visa a formação de músicos profissionais habilitados a desenvolver actividades musicais, artísticas e culturais em contextos diversificados. Dá acesso ao curso de Mestrado que garante a profissionalização para professor de Educação Musical nos Ensinos Básico e Secundário.Além de uma sólida formação na área da Música, este curso pretende uma abordagem holística, contendo valências noutras artes performativas, garantindo-se assim a tão desejável transversalidade nas artes.
O curso de licenciatura em Turismo Sustentável responde a um dos principais objectivos do INUAF, que é a formação de profissionais com novos conhecimentos e competências, capazes de se actualizar autonomamente, na perspectiva de aprendizagem ao longo da vida, e habilitados a responder ao desafio das sociedades modernas de criar riqueza respeitando a qualidade ambiental e sustentabilidade.
O Curso de licenciatura em Gestão Turística tem como objectivo conferir os instrumentos e a “vocação” para gerir organizações em ambiente de crescente complexidade e ritmo de mudança. O Curso visa uma preparação sólida dos profissionais, desenvolvendo competências que permitam ao futuro licenciado exercer com sucesso determinadas actividades profissionais correspondentes ao sector, nomeadamente gerir empresas turísticas, bem como desempenhar funções em organismos oficiais de turismo, desenvolvendo, deste modo, um espírito empreendedor, aberto à inovação e mudança, motivado para a qualidade na prestação de serviços, indispensáveis no sector turístico.



Autarca de candeias às avessas...

Câmara de Aljezur ameça processar a GNR

O Presidente da Câmara, Manuel Marreiros, está de “candeia às avessas” com a GNR local. Tudo porque esta não resolve o caótico estacionamento de veículos naquela vila

Constitui seguramente uma das missões da GNR zelar pelo correcto estacionamento de veículos, pela comodidade da circulação do trânsito e pelas condições de segurança dos cidadãos. Desde há vários anos que a autarquia de Aljezur vem manifestando a sua preocupação pelo facto da GNR não garantir o que esta lhe tem solicitado sobre o mau estacionamento de veículos na vila.
Assistimos, especialmente no Verão, a situações que põem em causa a segurança dos cidadãos, a segurança e comodidade da circulação viária, sem que a GNR actue com a pedagogia e eficácia necessárias. Dezenas de veículos estacionam irregularmente, dificultam a circulação de outros veículos e impedem a circulação de veículos de maior porte. A recolha de lixo em alguns locais do município não se faz porque as viaturas da autarquia não conseguem circular por força da existência de veículos indevidamente estacionados. Mais grave será, se em caso de incêndio ou outra emergência, os veículos dos bombeiros não conseguirem circular.
Perante isto o que faz a GNR? Limita-se diariamente, a retirar as matrículas dos veículos e a enviar os autos para casa dos proprietários. Muitos deles quando chegam a casa, depois das suas férias têm várias multas para pagar. Estacionam indevidamente e como não é colocado nenhum aviso na viatura, continuam a estacionar. Outros condutores como não vêem avisos nas outras viaturas, estacionam também.
Entretanto a GNR vai arrecadando receitas e o problema continua por resolver, com graves inconvenientes para os serviços de recolha de lixo da autarquia, com graves problemas para a circulação viária e com potenciais problemas para a segurança dos cidadãos. Diz a GNR que não está autorizada a colocar qualquer aviso nas viaturas e que os condutores devem saber que não podem estacionar.

Para o Presidente da autarquia “não nos interessa saber se os condutores sabem que não podem estacionar. O que nos interessa é que não estacionem indevidamente e que a GNR tome as medidas necessárias, a que o estacionamento indevido não se eternize durante todo o verão”, diz Manuel Marreiros, que acrescenta: “Face ao exposto, pedimos mais uma vez que a GNR não se limite a cobrar o dinheiro das multas e que coloque nas viaturas um aviso a dizer que a viatura foi autuada, pois é a única forma de evitar que todos os dias , nos mesmos locais, estacionem viaturas indevidamente. A norma (interna) da GNR que proíbe a colocação de avisos nas viaturas, persegue apenas um objectivo - arrecadar dinheiro. Se fossem colocados avisos o estacionamento indevido diminuía drasticamente e a GNR cobrava menos multas. È apenas isto que se passa! Com esta norma arrecada-se dinheiro, mas não se resolve as dificuldades do trânsito e põe-se em causa a segurança dos cidadãos”.
Manuel Marreiros diz que está farto de “reclamar e não ser ouvido”, deste modo ameaça a GNR que, “caso não sejam colocados avisos nas viaturas autuadas , não hesitaremos em responsabilizar criminalmente o comando da GNR pelos danos materiais ou humanos que vierem a resultar, em caso de acidente , incêndio ou outra qualquer emergência, à qual não seja possível acorrer por estacionamento indevido de viaturas. Note-se que esta nossa preocupação nada tem a ver com o trabalho da GNR local, que faz todos os esforços para resolver os problemas, mas como estão impedidos de colocar avisos, vêem-se incapazes de controlar as situações descritas”.




Campanhas de sensibilização

Governadora apela a
«comportamentos seguros»

Dirigida a turistas e pescadores, a campanha espalha-se por todo o Algarve

“O Algarve trabalha e investe para construir uma região cada vez maior e melhor”, garantiu em Aljezur, a Governadora Civil de Faro. Isilda Gomes falava durante o lançamento das campanhas sobre o uso adequado das falésias, praias e outros pontos de interesse da região e da pesca lúdica em segurança, que classificou como uma intervenção pela “positiva”.
“Aprecie a natureza do sítio certo” é o slogan da campanha dirigida a turistas estrangeiros e nacionais, a qual recomenda aos visitantes a recolha de informação nos postos de turismo, hotéis e câmaras municipais, sobre os locais mais adequados para apreciarem as belezas naturais da região. Editada em português, inglês, espanhol e alemão, o desdobrável integra fotos e informação específica dos principais locais referentes a cada um dos 16 municípios algarvios.
De acordo com Isilda Gomes, a campanha irá manter-se durante todo o ano, tendo em conta que a maioria dos problemas registados na costa algarvia ocorre durante os meses de Inverno, sendo por isso necessário que a prevenção se desenvolva também em períodos de menor vigilância nos locais mais visitados.
“O objectivo é conseguirmos uma mudança de comportamentos dos cidadãos, de forma a que todos possam usufruir de umas férias em total segurança”, frisou a Governadora Civil. Dirigida aos pescadores desportivos, a campanha intitulada “Vou ali pescar e já volto para jantar” visa sensibilizar para o cumprimento das regras de segurança durante o exercício desta actividade tradicional na região. O folheto, que será distribuído à populaç-ao, e integra, para além de um conjunto de recomendações sobre o uso adequado de falésias e outros locais de risco, informações sobre o código de comportamento dos pescadores desportivos.
Durante a apresentação do projecto, realizada na Praia da Amoreira Sul, em Aljezur, a Governadora Civil de Faro sublinhou a importância da segurança numa região predominantemente turística, tendo apelado a visitantes e residentes para que adoptem comportamentos que permitam evitar acidentes desnecessários.

Campanha da AMI

Talvez não saiba, mas o óleo alimentar que já não serve para si pode ainda ajudar muita gente. Em vez de o deitar fora, entregue-o nos restaurantes aderentes para que este seja recolhido. Além de diminuir a poluição do planeta, cada litro de óleo será transformado num donativo para ajudar a AMI na luta contra a exclusão social. Dê, vai ver que não dói nada.



Os cidadãos que queiram entregar os óleos alimentares usados, poderão fazê-lo a partir de agora. Para tal, poderão fazer a entrega numa garrafa fechada, dirigindo-se a um dos restaurantes aderentes, que se encontram identificados e cuja listagem poderá ser consultada no site http://www.ami.org.pt/.

Para participar neste projecto da AMI:

- Junte o óleo alimentar que usa na sua cozinha numa garrafa de plástico e entregue-a quando estiver cheia num dos restaurantes aderentes. Os restaurantes estão identificados e a lista completa está disponível aqui;

- Distribua folhetos pelos seus colegas. Solicite estes materiais, enviando um e-mail para reciclagem@ami.org.pt;

- Divulgue esta informação no seu site, e-mail ou blog, incluindo o anúncio de rádio.

Chegou A Verdade da Mentira


Maddie está «morta»

No livro escrito pelo ex-inspector da PJ, este diz acreditar que menina morreu «por acidente» e que os pais são «suspeitos de ocultar cadáver e simular rapto». Polícia inglesa ocultou durante seis meses relatos de um testemunho importante.

No último capitulo do livro «Maddie, a verdade da mentira», Gonçalo Amaral, ex-inspector da Polícia Judiciária (PJ) que liderou a investigação ao desaparecimento da menina britânica, não tem dúvidas em afirmar que «a menor Madeleine McCann morreu no apartamento 5 - A do Ocean Club, da Vila da Luz, na noite de 3 de Maio de 2007».
Para si e para os investigadores que consigo trabalharam no caso até Outubro de 2007 os resultados a que chegaram foram os seguintes:

1 - a menor Madeleine McCann morreu no apartamento 5 A do Ocean Club, da Vila da Luz, na noite de 3 de Maio de 2007;
2 - ocorreu uma simulação de rapto;
3 - Kate Healy e Gerald McCann são suspeitos de envolvimento na ocultação do cadáver da sua filha;
4 - a morte poderá ter sobrevindo em resultado de um trágico acidente;
5 - existem indícios de «negligência na guarda e segurança dos filhos».

Estas são as cinco grandes conclusões que para Gonçalo Amaral não podem ser postas em causa após a investigação desenvolvida.
Dia 8 de Maio de 2008, Gonçalo Amaral sentou-se à mesma mesa com o seu colega e amigo inspector-chefe Tavares de Almeida, que trabalhou consigo no processo. Um ano depois do desaparecimento de Maddie, e apesar de Gonçalo Amaral estar afastado da investigação desde Outubro de 2007, a conversa resvala sempre no mesmo assunto. É com a descrição desta conversa que começa o último capitulo do livro dedicado ao misterioso desaparecimento. «Como é possível esquecer a menina... quero é esquecer-me das barbaridades de algumas pessoas», comenta um dos intervenientes.
O diálogo prossegue: «Não duvides, aqueles resultados estão devidamente fundamentados em factos, indícios e prova material». Alguém, dos dois sentados na mesa, parece ter dúvidas de que seja sustentada uma acusação e a conversa termina com: «Não fomos só os dois a chegar a tais resultados, foi toda a equipa de investigação.
No passado dia 21 de Julho, a Procuradoria-geral da República determinou o arquivamento do processo do caso Maddie, «por falta de provas». Um facto desconhecido destes intervenientes, à data da conversa. Ainda neste último capitulo, Gonçalo Amaral não tem dúvidas: «Há um cadáver não localizado, constatação validada pelos cães ingleses EVRD e CSI e corroborada pelos resultados laboratoriais preliminares». Os factos que agora dá a conhecer ao grande público, deixam antever que ainda vamos ouvir falar durante muito tempo de Madeleine McCann.

Ttestemunha «escondida» seis meses

O capítulo 9 do livro de Gonçalo Amaral, relata o depoimento de um casal amigo dos McCann sobre conversas suspeitas entre Gerry e David Payne

A polícia britânica demorou cerca de seis meses a revelar à Polícia Judiciária (PJ) a existência do depoimento de um casal amigo da família McCann, «SG» e «KG», que levantava suspeitas sobre o comportamento de alguns membros dos grupo de amigos que estava de férias na praia da Luz, no Algarve, quando Madeleine desapareceu.
Os factos estão descrito no capítulo 9, do livro que o ex-inspector da PJ, Gonçalo Amaral, apresenta quinta-feira em Lisboa - «Maddie a verdade da mentira». «KG», do sexo feminino, disse às autoridades inglesas ter assistido, em 2005, em Maiorca, a conversas suspeitas entre Gerry (pai de Maddie) e Dave Payne, que teriam índole sexual e se referiam a crianças.
O Correio da Manhã, na sua edição de sábado, já tinha noticiado estes factos constantes do livro de Gonçalo Amaral. Excertos do capitulo 9 intitulado «Maiorca, Setembro de 2005».
«Madeleine Beth McCann, com 2 anos e meio, e os seus irmãos gémeos, na altura com poucos meses de idade, partem de férias na companhia dos pais para a ilha de Maiorca». «Juntamente com eles vão outros três casais de médicos com os respectivos filhos. [...]».
«S. G.» casado com K. G. «tinha frequentado a Universidade de Dundee, entre 1987 e 1992, tendo ali conhecido a futura mãe de Madeleine. K. G. só veio a conhecer Gerry McCann no casamento deste com Kate Healy, por volta de 1998». Ficaram «amigos íntimos dos pais de Madeleine, encontrando-se com regularidade, passando fins-de-semana juntos, mantendo contacto por telefone».

Acto de «chupar o dedo»

Qual a razão da polícia inglesa ter, ao que tudo indica, ocultado este depoimento durante seis meses?

Ao terceiro parágrafo do capitulo 9 pode ler-se: «Na terceira ou quarta noite em Maiorca, depois do jantar, comendo e bebendo, quando se encontravam sentados ao redor de uma mesa num pátio exterior da casa, K.G. assiste a uma cena que lhe causa receio relativamente ao bem-estar da sua filha e das outras crianças. Estava sentada entre Gerry McCann e David Payne, quando ouviu este último perguntar se ela, talvez referindo-se a Madeleine, faria "isto", começando em acto seguinte a chupar um dos seus dedos, o qual entrava e saía da boca, insinuando um objecto fálico, ao mesmo tempo que, com os dedos da outra mão, fazia círculos à volta do mamilo, de uma forma provocadora e sexual. No momento em que K.G. olhou com estupefacção para Gerry McCann e para David Payne, fez-se um silêncio nervoso. Depois continuaram todos a conversar como se nada tivesse acontecido. Este episódio provocou em K.G. uma séria dúvida relativamente ao relacionamento de David Payne com crianças».
«Depois dessas férias em Maiorca, K.G. só encontrou o casal David e Fiona Payne numa ocasião, não falando com eles desde essa altura [...]».
«O que acima fica escrito foi relatado a 16 de Maio de 2007, treze dias apenas depois do desaparecimento de Madeleine à polícia inglesa, pelo casal S. G. e K. G. Era uma informação importante e pertinente para a investigação. No entanto, nada foi transmitido à polícia portuguesa. [...] só depois da minha saída da investigação», escreve Gonçalo Amaral, «talvez em finais de Outubro de 2007, é que o depoimento de K.G. terá sido remetido à polícia portuguesa. Com legitimidade se pergunta: qual a razão da polícia inglesa ter, ao que tudo indica, ocultado aquele depoimento durante seis meses?».
Os excertos agora divulgados são uma pequena parte dos factos vividos na primeira pessoa pelo ex-inspector da PJ, Gonçalo Amaral, afastado da investigação após declarações sobre a polícia inglesa a um jornal diário português. O livro 'Madie, A verdade da Mentira', «surge da necessidade que o autor sentiu de repor o seu bom nome que foi enxovalhado na praça pública», escreve Gonçalo Amaral numa nota introdutória do livro.
Recorde-se que o PGR mandou arquivar o processo esta semana.



quarta-feira, 23 de julho de 2008

Os plasmas da Quinta da Fonte

Limpeza étnica

O homem, jovem, movimentava-se num desespero agitado entre um grupo de mulheres vestidas de negro que ululavam lamentos. "Perdi tudo!"

"O que é que perdeu?" perguntou-lhe um repórter. "Entraram-me em casa, espatifaram tudo. Levaram o plasma, o DVD a aparelhagem..." Esta foi uma das esclarecedoras declarações dos auto desalojados da Quinta da Fonte.
A imagem do absurdo em que a assistência social se tornou em Portugal fica clara quando é complementada com as informações do presidente da Câmara de Loures: uma elevadíssima percentagem da população do bairro recebe rendimento de inserção social e paga "quatro ou cinco euros de renda mensal" pelas habitações camarárias.
Dias depois, noutra reportagem outro jovem adulto mostrava a sua casa vandalizada, apontando a sala de onde tinham levado a TV e os DVD. A seguir, transtornadíssimo, ia ao que tinha sido o quarto dos filhos dizendo que "até a TV e a playstation das crianças" lhe tinham roubado.
Neste país, tão cheio de dificuldades para quem tem rendimentos declarados, dinheiro público não pode continuar a ser desviado para sustentar predadores profissionais dos fundos constituídos em boa fé para atender a situações excepcionais de carência. A culpa não é só de quem usufrui desses dinheiros. A principal responsabilidade destes desvios cai sobre os oportunismos políticos que à custa destas bizarras benesses, compraram votos de Norte a Sul.

É inexplicável num país de economias domésticas esfrangalhadas por uma Euribor com freio nos dentes que há famílias que pagam "quatro ou cinco Euros de renda" à câmara de Loures e no fim do mês recebem o rendimento social de inserção que, se habilmente requerido por um grupo familiar de cinco ou seis pessoas, atinge quantias muito acima do ordenado mínimo. É inaceitável que estes beneficiários de tudo e mais alguma coisa ainda querem que os seus T2 e T3 a "quatro ou cinco euros mensais" lhes sejam dados em zonas "onde não haja pretos". Não é o sistema em Portugal que marginaliza comunidades. O sistema é que se tem vindo a alhear da realidade e da decência e agora é confrontado por elas em plena rua com manifestações de índole intoleravelmente racista e saraivadas de balas de grande calibre disparadas com impunidade.
O país inteiro viu uma dezena de homens armados a fazer fogo na via pública. Não foram detidos embora sejam facilmente identificáveis. Pelo contrário. Do silêncio cúmplice do grupo de marginais sai eloquente uma mensagem de ameaça de contorno criminoso - "ou nos dão uma zona etnicamente limpa ou matamos." A resposta do Estado veio numa patética distribuição de flores a cabecilhas de gangs de traficantes e auto denominados representantes comunitários, entre os sorrisos da resignação embaraçada dos responsáveis autárquicos e do governo civil. Cá fora, no terreno, o único elemento que ainda nos separa da barbárie e da anarquia mantém na Quinta da Fonte uma guarda de 24 horas por dia com metralhadoras e coletes à prova de bala.
Provavelmente, enquanto arriscam a vida neste parque temático de incongruências socio-políticas, os defensores do que nos resta de ordem pensam que ganham menos que um desses agregados familiares de profissionais da extorsão e que o ordenado da PSP deste mês de Julho se vai ressentir outra vez da subida da Euribor.


Mário Crespo


Morre Directora do MAPS

ANABELA MARTINS

Uma mulher de armas

Afinal, depois de tantas guerras vencidas e outras perdidas, tantos projectos realizados, tantas que foram as acções de solidariedade envolvida e percorridas, com quilómetros de sacrifícios e sucessos, partes assim, de repente, tal como de repente me ligavas para aparecer aqui ou acolá, nas mais variadas acções em que te envolvias.
E agora, entras aqui nesta notícia pelo pior motivo.
Sem avisar, mais uma vez foste a surpresa, mas desta vez trágica e angustiada pela injustiça (eras uma “moçoila”!), ao seres apanhada manhã cedo numa curva do destino, não tendo conseguido transpores esse hediondo obstáculo nebuloso que te surgiu pela frente.

Afinal, Anabela, porque partiste tão cedo?

Juntos estivemos naquele projecto em que empenhaste os últimos anos da tua vida, quando a sede do MAPS era uma cave escura com chão de terra batida, e a SIDA despontava como flagelo que atravessou este século e a todos metia medo. Numa Direcção, onde eu como vice-presidente te respondia com desafios permanentes, e que levaram a que hoje seja uma Associação “quase” modelo neste Algarve tão pouco solidário.
As dificuldades superadas a pulso, mas sempre vencidas pela tua teimosia saudável em tudo o que fazias. Uma aventura permanente era o que acontecia a quem tinha a sorte de se envolver em projectos contigo, pela energia e alegria que colocavas em tudo o que te metias.
E aquele teu gosto e entusiasmo tão verdadeiro por dares a conhecer aos outros o Algarve profundo...

Sabes que espalhaste felicidade por muita gente.
Que incutiste alguma paz no espírito de muitos doentes.
Chegou agora a hora de tu também a encontrares.
Aqui, ficámos ainda mais pobres.
Um dia voltaremos a rir juntos, por ver que tudo afinal foi uma pequeníssima viágem.

Sinceramente, vou ter saudades da tua tenacidade...
Do teu sentido de humor e das tuas gargalhadas.

Carlos Ferreira

O que se lê na Internet

Vladímir Maiakóvski
(1893-1930)
Poeta russo "suicidado" após a revolução de Lenin… escreveu, ainda no início do século XX:

Na primeira noite, eles se aproximame colhem uma flor de nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem, pisam as flores, matam nosso cão.
E não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles, entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua, e, conhecendo o nosso medo, arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada, já não podemos dizer nada.

Depois de Maiakovski…
Bertold Brecht (1898-1956)

Primeiro levaram os negros.
Mas não me importei com isso.
Eu não era negro.
Em seguida levaram alguns operários.
Mas não me importei com isso.
Eu também não era operário.

Depois prenderam os miseráveis.
Mas não me importei com isso.
Porque eu não sou miserável.

Depois agarraram uns desempregados.
Mas como tenho meu emprego...
Também não me importei.

Agora estão me levando.
Mas já é tarde.

Como eu não me importei com ninguém,
Ninguém se importa comigo.
Martin Niemöller, 1933
- símbolo da resistência nazi.

Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu.
Como não sou judeu, não me incomodei.

No dia seguinte, vieram e levaram o meu outro vizinho que era comunista.
Como não sou comunista, não me incomodei.

No terceiro dia vieram e levaram o meu vizinho católico.
Como não sou católico, não me incomodei.

No quarto dia, vieram e me levaram.
Já não havia mais ninguém para reclamar...

Cláudio Humberto, em 09 FEV 2007

Primeiro eles roubaram nos sinais de trânsito,
mas não fui eu a vítima.

Depois incendiaram os ônibus,
mas eu não estava neles.

Depois fecharam ruas,
onde não moro.

Fecharam então o portão da favela,
que não habito.

Em seguida arrastaram até a morte uma criança,
que não era meu filho...

Sócrates, logo no dia da posse, atacou os farmacêuticos... Eu não disse nada, porque não sou farmacêutico.
A seguir atacou os magistrados; também nada disse, porque não sou magistrado.
Depois foi aos médicos e enfermeiros. Também nada disso é comigo.
A seguir congelou as carreiras dos funcionários públicos. Quero lá eu saber, nem sou manga de alpaca.
Maltratou os polícias, os militares, os professores... os padres também não escaparam!
Aumentou os impostos. Aumentou a idade da reforma, a insegurança nas ruas, nas escola e até nas nossas casas.
Ah! Mas criou “as novas oportunidades”, “o divórcio”, a insegurança, o crime, a violência, os “canudos” de férias e domingos.
Hoje bateu à minha porta com a Lei da Mobilidade e atirou-me para o desemprego.
Já gritei e ninguém me ouve, até parece que a coisa só me afecta a mim.
O que os outros disseram foi depois de ler Maiakovski.
Incrível é como, após mais de cem anos, ainda nos encontremos tão desamparados, inertes e submetidos aos caprichos da ruína moral dos poderes governantes, que vampirizam o erário, aniquilam as instituições e deixam aos cidadãos os ossos roídos e o direito ao silêncio: porque a palavra há muito se tornou vã e inútil…

Até quando?...

(Texto de acordo com apresentação PowePoint, que circula pelos e-mails, e cujo autor desconhecemos)

Ser PORTUGUÊS é...

Mandamentos para o bom Tuga!

- Levar arroz de frango para a praia.
- Guardar aquelas cuecas velhas, para polir o carro.
- Ter o colete reflector no banco do passageiro.
- Lavar o carro na rua, ao domingo.
- Ter pelo menos duas camisas traficadas da Lacoste e uma da Tommy (de cor amarelo-canário e azul-cueca).
- Passar o domingo no shopping.
- No restaurante, largar o puto de 4 anos aos berros, e a correr como um louco, a incomodar os restantes Tugas.
- Tirar a cera dos ouvidos com a chave do carro ou com a tampa da esferográfica.
- Receber visitas e ir logo mostrar a casa toda.
- Enfeitar as estantes da sala com as prendas do casamento.
- Exigir que lhe chamem 'Doutor' quando ainda não saiu da faculdade.
- Exigir que o tratem por Sr. Engenheiro em circunstâncias especiais.
- Axaxinar o Portuguex ao eskrever.
- Gastar 50 mil euros no Mercedes C220 cdi, mas não comprar o kit mãos-livres, porque 'é caro'.
- Fazer férias em Agosto sem se esquecer de visitar uma tia no norte, ou um amigo no Algarve.
- Já ter 'ido pelo menos 1 vez à bruxa'.
- Filhos baptizados e de catecismo na mão, mas nunca pôr os pés na igreja.
- Não ser racista, mas abrir uma excepção com os ciganos.
- Ir de carro para todo o lado, aconteça o que acontecer, e, pelo menos, a 500 metros de casa.
- Dar os máximos durante 10 km, para avisar os outros condutores da polícia adiante.
- Conduzir sempre pela faixa da esquerda da auto-estrada (a da direita é para os camiões).
- Cometer 3 infracções ao código da estrada, por quilómetro percorrido!!!
- Ter três telemóveis.
- Gastar uma fortuna no telemóvel mas pensar duas vezes antes de ir ao dentista.
- Ir à bola, comprar 'prá geral' e saltar 'prá central'.
- Gravar os 'donos da bola'.
- Ver diariamente, pelo menos 8 telenovelas brasileiras e 2 imitações rascas da TVI na televisão.
- Ser mal atendido num serviço, ficar lixado da vida, mas não reclamar por escrito 'porque não se está para aborrecer'.
- Criticar o poder local, mas jamais se queixar dele oficialmente.
- Falar mal do Governo eleito e esquecer-se que votou nele.

Isto sim, é ser portuga!