Liberdade e o Direito de Expressão

Neste blog praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão, próprios de Sociedades Avançadas !

segunda-feira, 30 de junho de 2008

CRÓNICA DE DOMINGO

Ainda se caçam bruxas

Cair na armadilha do rancor primitivo, do ódio que só atenua quando a vida do nosso antagonista cai no fosso e viver numa atitude permanentemente destrutiva, torna a vida numa selva onde pessoas honradas são impedidas de executar projectos positivos, e às vezes têm a sua vida injustamente aniquilada.

Na Idade Média, uma tropa de psicopatas autorizados caçava gente com o mesmo entusiasmo com que se caçariam animais selvagens. O maior divertimento era julgar, esfolar vivo e queimar na fogueira, depois de outros inimagináveis sofrimentos. Quem eram as vítimas da doutrina daqueles tempos? Em geral homens e mulheres simples, que lidavam com o que hoje chamaríamos de medicinas alternativas - a sabedoria popular dos seus antepassadas. Havia também os bruxos, os que diferiam da doutrina religiosa ou da política dominante, os que contrariavam alguma autoridade, ou ainda, aqueles cuja ira do vizinho não encarava com a nossa cara, ou a nossa liberdade de pensamento. Relatos e actas oficiais desses processos públicos enchem bibliotecas com milhares de páginas da época e - se pensarmos bem, dão-nos hoje vergonha de ser humanos, a quem reste um pouco dela.
Eu, que nalguns artigos já escritos abordei com o respeito devido algumas crenças, achava que neste mundo dito moderno a nossa falta de limite estava só na má-educação em casa e na escola, na inversão de público e privado, no interesse pelas cuecas de certa gente (ou na falta delas) e na postura geral de desleixo que se espalha por este País. Engano meu.
Melhoramos, civilizamos-nos q.b., cortamos alguns preconceitos. A servidão, ao menos concreta e legal, acabou. Mas servidões morais temos ainda muitas. Uma delas é esse impulso primitivo, das cavernas que a democracia fez despontar no português, a febre de destruir, essa ferocidade no julgar e sentenciar, essa vontade de que o outro ao lado passe mal. Parecemos doentes de ansiedade por ver alguém enxovalhado, na mó de baixo, sem remissão, com notícias diárias de miséria moral e física por esse País fora. Muito além da lei e da Justiça, queremos sangue - ainda que seja só o sangue moral, o sangue da alma. E o Algarve, não foge à regra nacional.
Sou quase fanático contra todos os tipos de crimes, incluindo o tráfico de influências, a corrupção e a intimidação - ainda que velada, hoje mais praticada do que nunca por certos dragões da política: “se não és por mim, és contra mim” - o meio termo para eles não existe, e a independência de pensamento não lhes é bem vinda.
Mas valorizo muitíssimo a lei. Quero o infractor descoberto, julgado e severamente punido. Apoio todas as justas acções da polícia para proteger a sociedade, isto é, cada um de nós. Mas preocupam-me e repudio procedimentos que agridem levianamente, interrogatórios em vez de diálogos, ataques de qualquer ângulo, a execução moral de inocentes na fogueira da opinião pública, mais disposta a ver o mal em tudo, do que ler para além do que está nas linhas. Por toda parte no País, ao lado da Justiça e da Lei que funcionam, esta parece ser a hora dos cantos escuros da psique humana e da democracia, lá onde a Lei e a Justiça não funcionam como devem. Ainda bem que a maioria de nós não é assim.
Numa recente palestra a que assisti, um grupo de jovens questionava a agressividade com que hoje se tratam as pessoas em situações como as dos mais variados inquéritos, averiguações, processos e julgamentos. Há interrogatórios violentos, alusões cruéis, ofensas directas; quebram-se todos os limites da decência em que deviam ocorrer dignamente perguntas e esclarecimentos entre homens dignos. Os jovens tinham razão na sua perplexidade. Ao ser questionado sobre a minha opinião, respondi que bastava ler um pouco de história dos povos para ver que não há nada de novo entre nós. Às vezes, como grupos ou como sociedade, adoecemos.
Não é generalizado, não é permanente: por isso mesmo podemos acreditar que ainda possa existir respeito no convívio público. Cair na armadilha do rancor primitivo, do ódio que só atenua quando a vida do nosso antagonista cai no fosso e viver numa atitude permanentemente destrutiva, torna a vida numa selva onde pessoas honradas são impedidas de executar projectos positivos, e às vezes têm a sua vida injustamente aniquilada.
É quando as bruxas boas fogem nas suas vassouras, deixando-nos um mundo mais pobre e sombrio.
C. Ferreira

domingo, 29 de junho de 2008

PRÉMIOS DE TURISMO

A Pousada do Castelo de Palmela foi palco para a entrega dos prémios referentes a 2007.
O Algarve foi eleito pela 2ª. vez como a «Melhor Região de Turismo Nacional».

A Região de Turismo do Algarve (RTA) recebeu, pelo segundo ano consecutivo, o prémio de «Melhor Região de Turismo Nacional» na Gala Anual do Turismo, uma iniciativa do jornal Publituris, o qual elegeu pelo quinto ano os melhores profissionais e as empresas que - na sua filosofia, mais se destacaram no turismo nacional e internacional.
À semelhança do que já acontecera em 2006 - ano da criação desta categoria - o Algarve foi premiado em 2007 como «Melhor Região de Turismo» pelo júri do concurso, constituído por personalidades empresariais, associativas, académicas, políticas e de media ligados ao sector.
O Algarve foi também premiado na categoria «Melhor Campo de Golfe», com o Oceânico Victoria Clube de Golfe, em Vilamoura, a repetir igualmente a distinção. A gala, contou com a presença de cerca de 600 convidados, dos quais se destacou a presença do secretário de Estado do Turismo, Bernardo Trindade.
Após uma votação que decorreu no site do Publituris, aberta aos profissionais do sector, foram encontrados três finalistas em cada categoria. Somente o prémio Personalidade do Ano foi alvo de uma escolha feita inteiramente por um júri presidido, este ano, por André Jordan, tendo o troféu da Personalidade do Ano sido atribuído a Dionísio Pestana, presidente do conselho de administração do Grupo Pestana.
FÁTIMA LOPES 2008

O "despir" do Verão com FL veio ao Algarve

A estilista Fátima Lopes apresentou as suas mais recentes criações num desfile que decorreu nos jardins do Pestana Dom João II Hotel, com o apoio da Câmara Municipal de Portimão.
O cantor Nuno Guerreiro abriu o espectáculo, e seguiu-se um desfile estonteante de cores, ritmos e nuances, onde os fatos de banho foram as estrelas maiores.
Desde biquínis a sofisticados e deslumbrantes vestidos de alta-costura, passando pela roupa masculina, “Fátima Lopes 2008” mostrou 100 novas propostas da designer, reveladoras das tendências que vão aquecer e “despir” os seus (suas) fãs os próximos meses.
As texturas, as cores, os cortes e os materiais - das sedas às rendas e aos cristais Swarovski - bem como os acessórios “Fátima Lopes 2008” – fazendo conjuntos com malas, sapatos e jóias – tudo promete seduzir e surpreender o cliente.
Esta foi a única passagem de modelos da criadora durante este Verão, e a primeira em Portimão, contando com a presença de mais de 20 manequins e top models, da agência Face.
Os jardins do Pestana Dom João II Hotel, localizado na praia de Alvor - que foi recentemente remodelado, apresentavam-se com uma moldura humana de requinte e muita sofisticação. Coisa rara pelas terras algarvias.

PSD/Algarve

“Frente-a-frente”
BOTA recusa-se a MACÁRIO

As eleições para a presidência da Distrital do PSD/Algarve estão aquecer, com as tropas no terreno contando armas, e contabilizando apoios. Já não são só os tiros no Pavilhão do Arade festejando a ausência de José Sócrates. Agora, aqui o que conta são os tiros que cada candidatura dá nos pés...

No modo exuberante, hollyoodesco e populista como já é conhecido, Mendes Bota “faz pela vida” pois está em risco a continuidade da sua carreira como Deputado. Faz conferências de Imprensa, mostra-se e anuncia Comissões de Honra, apresenta programas que podem ou não ser cumpridos, e contabiliza os milhares de horas, minutos e segundos que dá na sua vida em prol do "Partido", porque não o reconhece como "patrão" da sua profissão de político.

De modo mais comedido, estilo “faz obra primeiro e fala depois”, sorrateiro como é conhecido Macário Correia, tem-se desdobrado em contactos desde que o “empurraram” para esta disputa. Macário está de “pedra e cal” como presidente da Câmara de Tavira, o que aliado a outros compromissos políticos, nada fazia prever este seu avanço para liderar o PSD/Algarve. Como é seu hábito, gosta de defrontar os adversários “frente-a-frente”, o que desta vez não vai poder fazer, porque Mendes Bota rejeitou o convite que lhe foi dirigido nesse sentido, para um debate a ser feito numa Conferência, numa Rádio ou onde quizesse!

Bota não quer enfrentar Macário. Estranho, quando se sabe que o actual lider do PSD algarvio nunca perde oportunidade de “botar discurso”.

Estranho, não é?

Porque será? - Quem souber, que o diga!

sábado, 28 de junho de 2008

PORTIMÃO: Tiros depois da saída de Sócrates

Seis tiros contra o Portimão Arena, poucos minutos depois de José Sócrates ter abandonado o local. As marcas das balas ficaram no Pavilhão.

"Eu penso que se tratou de uma brincadeira de mau gosto", afirmou ao Observatório do Algarve Isilda Gomes, a Governadora Civil de Faro, que era uma das muitas militantes socialistas que se encontravam na noite de ontem num encontro em que participou também o Secretário Geral do PS, José Sócrates.
O primeiro-ministro havia abandonado o local cerca de meia-hora antes, quando alguém disparou seis tiros contra o Pavilhão, recorda um funcionário da Câmara Municipal de Portimão: "Houve seis tiros, as marcas visíveis de três deles estão no pavilhão, que ficou amachucado”, adianta. “No interior quase ninguém se apercebeu, não houve nenhum tipo de pânico. Ao que sei, lá fora também ninguém se apercebeu que houvesse alguma viatura que chegasse, parasse e se dessem os disparos, por isso suponho que fosse alguém que estivesse de longe e parado”, acrescentou.
A polícia já encontrou, entretanto, cinco invólucros de balas de calibre 7.65 mm, um calibre idêntico ao que é usado habitualmente pelas forças de segurança. De acordo com a Governadora Civil de Faro, o local já foi vedado e as cápsulas da arma que atingiram a cobertura do Pavilhão Arena foram recolhidas por agentes da Polícia Judiciária para que sejam enviadas para análise num laboratório de balística. “O primeiro ministro nunca esteve em risco”, assegurou um alto responsável da PSP. “Tudo indica que foi fora do contexto”, acrescenta a mesma fonte.
Recorde-se que José Sócrates participava em Portimão num jantar com militantes socialistas, onde terá falado das políticas de saúde, família e educação, após ter recebido das mãos dos socialistas algarvios as conclusões de um relatório regional sobre "Políticas de apoio às famílias".
O Estado da Região foi uma iniciativa de auscultação de empresas, entidades e associações do Algarve, pela distrital socialista, em sectores como a saúde, educação e protecção social, com vista a identificar os principais problemas e encontrar soluções para a região algarvia.
A segurança e “brincadeiras de mau gosto” deverão ser temas a debater num futuro próximo...

sexta-feira, 27 de junho de 2008

SEGURANÇA INFANTIL

Criança que caiu a piscina morreu

É preciso reforçar as medidas de vigilância às crianças e protecção junto das piscinas, avisam os pediatras.

A criança de dois anos que no sábado passado caiu a uma piscina, tendo ficado em coma, faleceu no Hospital Central de Faro, onde estava internado nos Cuidados Intensivos Pediátricos em estado «muito reservado», informou o HDF. «A criança, infelizmente, acabou por falecer hoje (ontem)» foi o único comentário obtido do Hospital de Faro. Recorde-se que a criança caiu a uma piscina de moradia de familiares, no concelho de Lagos, foi retirado da água pelo próprio pai e transportado para o Hospital do Barlavento Algarvio, tendo depois sido transferido para Faro.
Entretanto, a equipa de Urgência de Pediatria do Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio lançou um alerta à população em geral para aumentar a vigilância das crianças junto a piscinas e aumentar a segurança naquelas estruturas de lazer.
Os médicos apelam para as pessoas que tenham piscinas adquiram ou reforcem as medidas de segurança adequadas. Na ausência de medidas de segurança, os médicos sugerem ainda que as famílias «acampem, almocem e jantem, enfim, realizem as diversas actividades lúdicas de olhos postos na piscina», e recordam que a «presença de muitos adultos não implica a responsabilização pela guarda das crianças, mas que deveria implicá-lo», lê-se no comunicado enviado à comunicação social esta manhã.
«Quando uma piscina não está a ser utilizada por um adulto deverá ser barrada fisicamente, mesmo que corresponda a cobri-la e voltá-la a abrir passados 10 minutos. Só desta forma a segurança actua», indica o mesmo documento.

Dia Internacional de Apoio às Vítimas de Tortura

«Air Torture» aterrou em Lisboa

Amnistia Internacional recriou uma viagem a bordo dos voos da CIA para denunciar a tortura e o tratamento «cruel».

A Amnistia Internacional (AI) recriou, em Lisboa, uma viagem a bordo dos chamados «voos de rendições da CIA» para denunciar formas de tortura e o tratamento «cruel», «desumano» e «degradante» a que diz serem sujeitos os suspeitos de terrorismo. - A foto é verdadeira, e foi conseguida por um membro da tripulação.
Uma silhueta de avião pintada no chão da Praça Luís de Camões, em Lisboa, dentro da qual vários «prisioneiros» algemados ouviam órdens pelas condições desumanas, de tortura e de maus-tratos físicos e psicológicos a que iriam ser submetidos, durante a viagem, e mais tarde nos centros de detenções secretas norte-americanas, fez parte de uma encenação levada a cabo pela AI Portugal.
«Encenamos e recriamos aquilo que nós achamos que se passa a bordo de um voo de rendição da CIA. Queremos sensibilizar a opinião pública para a existência e gravidade destas situações. Para os tratamentos cruéis, desumanos e degradantes a que estes prisioneiros são sujeitos», explicou o director-executivo da AI Portugal, Pedro Krupenski.
No dia em que se comemora o Dia Internacional de Apoio às Vítimas de Tortura, a Secção Portuguesa da AI realizou várias acções de sensibilização para lembrar um «número incerto» de pessoas que em todo o Mundo são vítimas de tortura, como «as pessoas presas nos centros de detenção no Afeganistão ou em Guantánamo, em Cuba».
Nesse sentido, a AI convidou as pessoas a entrarem a bordo da «Air Torture» e a assistirem ao «ambiente de horror» vivido nos voos norte-americanos em aviões descaracterizados de siglas, os quais «transportam ilegalmente pessoas suspeitas de terrorismo, para países onde a tortura e outros maus-tratos são praticados durante os interrogatórios».

Governo admite passagem de 56 voos da CIA

A confirmação foi recebida no Parlamento, pelo PCP, através de uma lista enviada pelo Ministério das Obras Públicas, responsável pelo controlo do tráfego aéreo nacional e apresenta dados claros: de Julho de 2005 até Dezembro de 2007, passaram pelo espaço aéreo português 56 voos que vinham ou iam para a base norte-americana de Gunatánamo.
Segundo avançou o Jornal de Notícias, e tendo em conta os últimos voos, de 28 de Dezembro de 2007, «a única conclusão possível é que subsiste a utilização do espaço aéreo português por aviões descaracterizados e sem qualquer tipo de controlo», disse o deputado Jorge Machado ao matutino.
Segundo a nota do Ministério das Obras Públicas, a maioria dos voos são militares, não tendo, por isso, sido verificada a carga, passageiros ou missão de cada um dos voos. Contudo, recorda o JN, o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros Freitas do Amaral garantiu, no Parlamento, que qualquer voo militar que passe por espaço aéreo português tem que ter uma autorização do Ministério dos Negócios Estrangeiros ou do Ministério da Defesa, com a caracterização do que transporta».
Para o deputado comunista, «se o Governo não os fiscalizou foi porque não quis. Deviam ter sido feitas inspecções, até porque havia fortes indícios de que transportavam prisioneiros de guerra para Guantánamo. A única conclusão possível é que Portugal continua a ser conivente com o procedimento da CIA a soldo dos EUA».

quinta-feira, 26 de junho de 2008

SÃO TEMPOS DIFÍCEIS

Pela primeira vez assistimos a greves de patrões e empregados. Pela primeira vez vemos a CGTP do lado do Governo. Este país está estranho...

Nos últimos meses, José Sócrates recebeu o maior cartão vermelho da história política dos últimos tempos. Nem o buzinão da Ponte 25 de Abril a Cavaco Silva, em 1994, teve o impacto do país a paralisar, como o que vimos nas últimas semanss.
Uma imagem que se junta à manifestação dos 200 mil trabalhadores da função pública e à dos cem mil professores que saíram à rua contra a política de Educação. E que foi precedida pelo grito colectivo contra o fecho de maternidades e urgências, terminando com o bloqueio de patrões e empregados camionistas.
José Sócrates tem motivos para se sentir desconfortável no cargo de primeiro-ministro porque a pressão contra as suas políticas faz-se na rua de forma inédita. Todos somados, os portugueses destas manifestações são muita gente. E ele próprio assumiu no debate parlamentar sobre o (mau) estado da nação que não estava preparado para este embate: «Foi a primeira vez que enfrentei uma situação deste tipo»; «foi um momento difícil».
Pela primeira vez assistimos a greves e paralisações de patrões, como aconteceu com os armadores e os proprietários de empresas de transporte de mercadorias. Pequenos e médios empresários que pagam IRC, PEC, Segurança Social, IVA e que chegam ao final do mês sem dinheiro para custear os aumentos do combustível que não param de subir. Uma paralisação criticada pela CGTP, o que foi, certamente, um momento inédito na sua história, colocando-se ao lado do Governo nesta crise, contra os camionistas.
Este país está a viver tempos difíceis, e os protagonistas políticos e até os sindicais estão desorientados. E ainda não chegámos ao tempo em que o crude custa 200 dólares o barril (como dizem os especialistas que irá acontecer no final deste ano) e ao consequente aumento da crise alimentar que nos tem mostrado hordas de gente em países asiáticos na fila para o arroz racionado - uma imagem impossível.
Por cá, não fossem as alegrias que a selecção portuguesa nos foi dando por escassas duas semanas - neste campeonato da Europa, e a sardinha assada dos santos populares, que ainda vai havendo, este país estaria ainda mais deprimido.
Já se adivinha que até às eleições de 2009 José Sócrates andará entre a população a receber vaias, como nas comemorações do 10 de Junho, em Viana do Castelo. Ou a receber sinais de fragmentação interna com as declarações públicas de Manuel Alegre. Ou a receber lições de política de Mário Soares sobre as crescentes desigualdades sociais e pobreza no país.
É que vêm aí mais momentos difíceis para o Governo.

Internacional

GOODBYE MR. W. BUSH

O pior presidente da história dos Estados Unidos está de saída. É a despedida desejada de W. Bush... e o mundo não agradece!

George está de saída. E o mundo parece não sentir falta dele, da sua política externa, das gaffes, do seu estilo urban cowboy e, porque não, da sua gargalhada cómica tantas vezes mimetizada por John Stewart.
Talvez sejam mesmo os profissionais da comédia a sentirem mais a sua falta, pelo vazio que se abre em voltar a haver um outro presidente (a) sério na Casa Branca.
E o mundo? O mundo, esse, já decidiu que tudo vai ficar melhor sem W. Bush. Nem que seja o mundo extra-Estados Unidos, sedento de novas referências, de uma renovada esperança que consiga abrir outras saídas para a resolução dos conflitos.
A nota positiva é a sua despedida, primeiro da Europa, com um périplo pelos amigos do peito, deixando recomendações e lembranças, com passagem obrigatória pelo Reino Unido.
E de que fala Bush? Guerra, armas, tropas... É esse o seu legado e o mundo, de facto, não agradece.
O ponto final em dez anos de mediocridade está cada vez mais próximo. Lá diz o nosso velho ditado: não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe... Faltam meses, poucos meses, para que alguma coisa mude realmente na cena política internacional.
É certo que John McCain será mais do mesmo, caso consiga vencer a eleição para a presidência americana, mas pelo menos tem substância, um legado, uma memória e a experiência dos erros provocados em combate.
A esperança, essa porém, está em Barack Obama. E é nessa antítese que reside toda a vontade desse mundo extra-Estados Unidos juntamente com metade da América. São duas realidades bem distintas, gritantemente opostas e que podem registar a mudança dos tempos.
Mas Bush será lembrado como o pior presidente americano de todos os tempos, uma imagem difusa que fez uma vírgula na história. Resta saber se o seu sucessor vai conseguir recuperar o respeito e a dimensão de um país demasiado importante para passar despercebido (ou odiado).

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Um Português no Brasil

POR FAVOR NÃO DÊ DESCARGA!!!

A 23 de março de 2001, desembarcava alegre e cheio de ambição em Fortaleza, este vosso escriba, na famosa cidade do sol deste pobre e sub-desenvolvido Estado que dá pelo nome de Ceará!

Tudo maravilhoso, sol nos 365 dias do ano, praias paradisíacas e um povo hospitaleiro que nos recebe em primeira instância com o titulo de DOUTOR para lá e para cá. Assim bem tratado, pensei eu com os meus botões: é por aqui que vou passar os próximos anos - quiçá - até ao fim dos meus dias!
Inicialmente vim com a missão de terminar um complexo que reunia em três pisos diversas áreas de animação (bar, discoteca, privês e área cultural destinada a teatro) propriedade de um conhecido e bem sucedido empresário da nossa famosa cidade de Albufeira, que se tinha encantado com a cidade, e não sóóóóóóó... (se bem me entendem)!
Assim começou a minha odisseia por terras de Vera Cruz, tentando inicialmente adaptar-me e fazer contactos com outros portugueses residentes, visando ajuda para poder socializar-me também com todos os fortalezenses, e levar a bom porto a minha tarefa.
Para minha surpresa, descubro que havia dois tipos de portugueses residentes: os residentes de mais de 20 anos aqui implantados (que realmente trabalham e prestigiam a nossa cultura e raça com reconhecimento governamental) já com segundas e terceiras gerações aqui nascidas, e os tristementes famosos COWBOYS GRINGOS que viajam duas a três vezes por ano para estas bandas, onde investiram à margem de capitais exportados dentro da legalidade, e possuem vários apartamentos que lhes garantem fonte de renda mensal, e que ainda se iniciaram em varios tipos de negócios (de origem muito duvidosa) para se justificarem perante os seus cônjuges as idas e vindas a Fortaleza (ou simplesmente procurar sexo barato e infantil) e ainda muitos deles fugir à justiça portuguesa!!!
Perante este cenário comecei a entender a animosidade latente dos cearenses perante tal estirpe de estrangeiros (inicialmente confundi com uma espécie de racismo, puro engano) a quem eles começaram por chamar gringos de quinta categoria. Surpreendido ainda como as autoridades locais que não tomavam uma atitude perante a avalanche crescente de pedófilos, homens à procura de sexo fácil e barato, e bandidos fugidos a justiça no seu pais natal!!!
Entretanto terminada minha tarefa inicial, decidi me estabelecer por conta própria, e assim abri o meu primeiro negócio na já tristemente famosa PRAIA DE IRACEMA. E foi quando comecei realmente a tomar melhor noção da vasta podridão que rapidamente se alastrava e minava esta bela cidade!
Em 7 anos de permanência aqui, montei e inaugurei 11 casas comerciais (bares, restaurantes, discotecas, charutaria, etc) e vos garanto que nunca conheci tanta porcaria como nesta cidade, indivíduos que em Portugal jamais teriam a oportunidade de sequer me dirigir a palavra e que aqui fui obrigado a convivêr diariamente com esse esgostos a céu aberto!
Por aqui passaram, ou ficaram, ex-governadores indiciados em vários processos, famosos dirigentes sindicais a contas com a justiça em Portugal por sonegação e desvios de fundos, politicos corruptos e pedófilos bem conhecidos da nossa praça, aposentados da pior especie, tarados sexuais com adolescências mal resolvidas, e os tais de famosos "empresários" que entraram aqui com muito $$$ e saíram com uma mão à frente e outra a atrás (um desses empresarios chegou a fazer um LEILAO para ver o que podia apurar para não sair sem nada) .
Estatisticamente esta provado que, em cada 10 portugueses que aqui investem, 8 se dão mal e voltam sem nada, 1 está mais ou menos, e 1 consegue sucesso, assustador mas real, e acreditem que a cidade grande campeã de exportação desses empresarios-camaleões, é ALBUFEIRA!
O resultado dessa invasão de dejectos vindos de Portugal estão a vista, com a destruição do cartão postal que era a PRAIA DE IRACEMA, face ao abjecto crime do "portuga que atraiu seus compadres", transformando-se num Cais de Sodré de quinta categoria; a rejeiçao e desconfiança dos fortalezenses perante qualquer português (pelo justo paga o pecador) o que dificulta a mobilidade dos poucos que aqui se encontram para ganhar a vida, transformando a nossa permanência aqui um inferno!
Cada vez que se dá uma descarga em Portugal, o esgoto sai aqui e a céu aberto!!!
Apesar de atravessar momento conturbado, continuo de alma e coração nesta cidade que me acolheu de braços abertos, e onde conquistei muitas vitorias e acumulei derrotas também, fazendo-me enxergar o quanto é importante ter espírito para falar bem, e bastante bom senso para ficar em silêncio quando necessário!
Agora é hora de dar um grito de alerta e fazer um pedido a todos os portugueses: POR FAVOR, NÃO DÊ DESCARGA... no seu vaso sanitário - nesta direcção.
JÁ ESTAMOS COM MERDA PELO PESCOÇO!!!
Abraço bem forte deste escriba que não esquece a terra Lusa.

Hugo Brasil em Fortaleza (Brasil)

Nota: Em breve escreverei cronica analisando vários casos e experiências conhecidas, em particular dando o nome aos bois... me aguardem!

Bué da fácil! Porreiro, pá!

A propósito do artigo aqui publicado, CRÓNICA DE DOMINGO, em 15.06.08 – "Que ricos Paizinhos": Parabéns.

Sou Professora. Eu sei... peço desculpa por ser professora e atrever-me, enquanto cidadã a fazer um comentário.
Estou consciente que por ser professora, ou seja, por ter sido excelente aluna, por ter tido "bons" e "maus" professores enquanto estudei, e por ter assumido a responsabilidade das minhas aprendizagens ao invés de atribuir culpas aos meus professores por "insucessos", sou culpada. Por ter tido excelentes notas no ensino superior, no estágio profissional, por fazer o meu melhor para ser boa professora, por ser boa cidadã, por ser minimamente culta e educada.
Sei que o meu comentário poderá ser dissecado, ridicularizado e eu, eventualmente seria cruxificada em praça pública, apenas, por estar dentro do sistema de ensino português e por ser boa professora. Peço desculpa, também, por fazer tudo para ser boa professora, ensinar bem e gostar do que faço e estar só a 1,5 km de casa. Mas claro, perdoem-me... só posso ensinar a quem quiser aprender, e só posso ensinar bem, a quem realmente assim o deseja.
Aos outros, só posso esperar que pelo menos se mantenham sentados e me escutem de vez em quando, quando lhes apetece, claro.
Mas, mais uma vez, peço desculpa por ter o atrevimento de, enquanto professora, dar uma opinião sobre a minha profissão, para a qual adquiri e adquiro continuamente formação científica e pedagógica à custa de sacrifício e boa aprendizagens realizadas por mim própria. Ah, e peço desculpa, ainda, por ter currículo para ter sido aceite em três mestrados, e dos três ter desistido por ser incompatível com o bom desenvolvimento da minha profissão, que é ser simplesmente professora.
Por isso... se este Governo e certos paizinhos e alunos querem fazer de contas "que tudo está bem", força, por mim, força - mas, sejam honestos, e reconheçam que estas provas são uma fraude, um faz de conta. O futuro o dirá... e as consequências de Bolonha e de Lisboa vão muito mais além do que o interesse das actuais estatísticas...
Querem estatísticas bonitas (à custa da nudez do rei e cruxificação de professores) ou querem a felicidade e o sucesso, verdadeiro e a longo prazo, dos nossos alunos, dos nossos filhos???
Por favor, vejam o Diário de Notícias de hoje, as páginas 2 a 5. E avaliem com honestidade... o futuro deste país.
Felizmente o país está a acordar, e só mesmo os xicos-espertos e os pobres de espírito é que ainda acreditam no Pai Natal e no verdadeiro significado, no quotidiano da vida de professores e dos alunos esforçados, na cacofonia de que subitamente, os alunos são mestres em Matemática e em Língua Portuguesa...

Luísa M. Guerreiro - 21.06.2008

Portugal condenado por permitir touros de morte

Sampaio e Barroso condenados!

A sentença do Tribunal Internacional dos Direitos dos Animais é simbólica, mas os defensores dos animais consideram-na um «primeiro passo»
.

O Tribunal Internacional dos Direitos dos Animais condenou simbolicamente o ex-Presidente português Jorge Sampaio e o antigo primeiro-ministro e actual presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, por atentados contra os direitos dos animais, sobretudo nas touradas. O juri acusou-os ainda de tirarem «uma satisfação evidente da tortura de touros«, bem como de terem permitido a abolição parcial da legislação de 1928 que protegia a morte dos touros nas arenas, o que, no entender do tribunal, reflecte um recuo de Portugal «em 80 anos em matéria de protecção animal».

Contactado pela Agência Lusa, o gabinete de Durão Barroso escusou-se a fazer quaisquer comentários sobre o assunto, mas associações defensoras dos direitos dos animais já se manifestaram «agradadas» com a «condenação», esperando que este «passo simbólico» seja o primeiro para acabar com os touros de morte em Portugal e na Europa.


O chefe de Governo espanhol, José Luís Zapatero, o Presidente da França, Nicolas Sarkozy, e seu primeiro-ministro, François Fillón, foram outros dos visados pela sentença simbólica proferida pelo órgão internacional sedeado em Genebra, na Suíça.
«Espero que este simbolismo se torne realidade e que haja outras forças políticas que se juntem a esta voz de condenação para que finalmente se possa acabar com a crueldade dos touros mortos», afirmou o presidente da Sociedade Protectora dos Animais, Tomé de Barros Queiroz.

Por sua vez, Rita Silva, uma responsável da ANIMAL que participou na votação final em Genebra, sublinhou que a sentença acaba por ser uma condenação pela «grande maioria da opinião pública portuguesa e europeia», que é «claramente contra esta prática de tortura».
Na sua sentença, o Tribunal incluiu também um pedido para que sejam fechadas as escolas de tauromaquia e para que o acesso às praças de touros seja proibido a menores de 16 anos. Solicitou ainda ao Parlamento Europeu que convoque um referendo para que os cidadãos da União Europeia se possam pronunciar sobre a abolição desta prática.

Albufeira
Pela terceira vez, este ano...

Banhos proibidos na Praia do Inatel devido a uma descarga de águas residuais para o mar.

As autoridades ambientais estão desde ontem de manhã a desaconselhar a ida a banhos na Praia do Inatel, em Albufeira, devido a uma descarga de águas residuais para o mar, disse à Lusa fonte oficial.
De acordo com a CCDR/Algarve, a descarga, que se tornou visível ao largo da praia, foi provocada por uma avaria na Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Vale Faro. A avaria foi resolvida ao final da manhã, não se registando desde a parte da tarde qualquer escorrência de águas residuais para o emissário submarino que existe naquela praia, adiantou a mesma fonte.
Como medida cautelar, a CCDR/Algarve está a desaconselhar a ida a banhos, tendo sido colocada uma placa indicativa da situação e hasteada a bandeira amarela pela Autoridade Marítima. Técnicos daquele organismo vão agora proceder à análise das amostras de água recolhidas hoje, sendo previsível que haja resultados quarta-feira.
No início do mês de Junho, uma avaria numa estação elevatória junto à praia dos Pescadores, também em Albufeira, já tinha provocado uma descarga de esgotos para o mar e a proibição de banhos, levantada no dia seguinte.
Esta, é já a terceira vez que este ano, a Praia do Inatel fica vedada a banhos, pelas mesmas causas: avarias consecutivas na ETAR, com descargas residuais para o mar. Um problema que a Câmara Municipal de Albufeira tarda em ter capacidade para resolver, arvorando a falta de recursos, a menos que se dispusesse a poupar alguns milhões de euros nas festas e foguetório que vem fazendo, em benefício de uma promoção que acaba na... água suja, numa das principais praias do concelho.

Justiça portuguesa “arrasada” internacionalmente

VALE E AZEVEDO:

«Ando a ser perseguido há oito anos... Não vou pelo meu pé para Portugal. Se quiserem, venham buscar-me. Sabem onde estou, e confio na justiça inglesa!»

Numa entrevista “arrasadora” para a Justiça portuguesa, João Vale e Azevedo garantiu em ‘directo’ de Londres para a SIC, que não está «fugido». Pretende «continuar a trabalhar em Londres», e diz que nunca foi «notificado de nada», mas que não vai voltar a Portugal pelo seu pé. «Não quero voltar a ser o bobo da justiça portuguesa», justificou, afirmando-se perseguido.
Em resposta às sensacionalistas reportagens publicadas por um vespertino português, ele afirmou: «Não estou fugido, não sou foragido, nunca fugi nem fugirei. Tive mais de 500 audiências e nunca faltei», disse o ex-presidente do Benfica. E à pergunta do jornalista da SIC sobre se pondera sair de Londres para outro país ou mesmo para outro continente, Vale e Azevedo respondeu: «Isso é absurdo».
Garante que nunca foi notificado de nada, nem que a sentença de prisão tinha transitado em julgado e que tudo o que sabe é pela comunicação social. Ainda assim, Vale e Azevedo garante que quando receber o mandato irá «obedecer ao que as autoridades inglesas indicarem». Porque só confia na justiça inglesa. Uma coisa é certa: «Não vou pelo meu pé para Portugal. Se quiserem, venham buscar-me».
Durante toda a entrevista, Vale e Azevedo assumiu-se como uma «vítima» da justiça portuguesa: «Parece que em Portugal não há mais ninguém a ser perseguido»; «Há oito anos que ando a ser julgado em Portugal - pelos mesmos crimes, as mesmas testemunhas, os mesmos factos»; «o tribunal não aceitou nenhuma prova, condenou-me com base em convicções»; «Não quero continuar a ser o bobo da justiça portuguesa».
O ex-presidente encarnado lembra ainda um processo que tem contra o Benfica e que se arrasta em tribunal há seis anos: «Em Portugal não tenho direito a ter razão, não tenho direito a nada». Já em Londres, sublinha, «sei que tenho justiça. Em Portugal não. Vou ser gozado e continuar a ser o bobo da corte. Em Portugal nem sequer me é permitido o cúmulo jurídico, só existe a preocupação de me achincalhar», e relembrou alguns dos famosos “directos” televisivos, um dos quais de quando é solto, e já na rua no mesmo instante volta a ser preso, à porta da prisão.
Em Londres, onde foi «bem recebido», Vale e Azevedo é presidente de uma sociedade financeira e de «muito sucesso», garante, anda em «carros muito bons, como já andava antes do sr. Dantas da Cunha existir», e passa férias em iates, algo que acontece «há mais de 20 anos».

PGR diz que fez «tudo o que tinha a fazer»

O Procurador-Geral da República (PGR), Pinto Monteiro, garantiu que a Procuradoria fez «tudo o que tinha a fazer» relativamente ao mandado de captura europeu e internacional emitido contra o antigo presidente do Benfica, Vale e Azevedo, a viver em Londres.
«A Procuradoria-Geral da República fez exactamente tudo o que tinha a fazer. Foram passados mandados de detenção europeus e à cautela um internacional», afirmou Pinto Monteiro à saída hoje à tarde de uma audição na 1ª Comissão Parlamentar (Direitos, Liberdades e Garantias).
O PGR adiantou que aguarda agora que «as autoridades inglesas cumpram os mandados», lembrando que não há prazos para cumprir essa ordem judicial.
Edward Perrott, advogado britânico de João Vale e Azevedo, reiterou hoje que este ainda não foi notificado pelas autoridades britânicas da existência de um mandado de detenção europeu.

Finais do Euro 2008 contra racismo

Os Capitães dos semifinalistas do Euro vão estar em campanha contra o racismo. Os jogos vão servir para passar uma mensagem de respeito pela diferença.

Ballack, Rustu, Semak e Casillas, os capitães das selecções semifinalistas do Euro-2008, vão ler uma mensagem contra o racismo e o respeito pela diversidade, antes dos dois jogos que colocarão duas das equipas na final, revelaram os responsáveis da UEFA, através do site oficial do organismo. A iniciativa partiu da organização Futebol Contra o Racismo na Europa (FARE).
A ideia é que os jogadores leiam, antes do lançamento dos hinos de cada nação, uma mensagem sobre um problema que há muito preocupa os líderes dos organismos que regulam o futebol.

O presidente da UEFA, Michel Platini, explicou que a campanha tem como objectivo demonstrar o «respeito pela diversidade»: «Queremos assegurar-nos que todas as grandes competições de futebol se desenvolvem num ambiente harmonioso e respeitoso.»
Tanto em Basileia como em Viena, os adeptos vão encontrar, nos assentos dos estádios, adereços que permitirão participar numa coreografia contra o fenómeno, com o slogan «Unidos Contra o Racismo».
Já o director de comunicação da UEFA, William Gaillard, mostrou-se satisfeito por não se conhecerem casos de racismo durante o Euro-2008: «Temos sorte de, neste torneio, ainda não
ter havido qualquer incidente racista ou xenófobo. É um sinal real da maturidade dos adeptos que vêm de toda a Europa e com diferentes culturas.» No entanto, o dirigente reconhece que «o fenómeno não desaparece de um dia para o outro».

Selecções “caseiras” com mais sucesso

Coincidência ou não, a verdade é que são as selecções com menos emigrantes que estão a conseguir maior sucesso no Euro-2008. A começar pela sensacional Rússia que conta apenas com um futebolista que joga fora do país. Espanha, Alemanha e Turquia, os restantes semifinalistas, também estão entre as equipas com menos jogadores com ligações a clubes estrangeiros.
Guus Hiddink é o treinador que conta com a equipa mais caseira do Campeonato da Europa com apenas um «estrangeiro» na lista dos 23. Trata-se de Saenko, médio que joga na liga alemã, com a camisola do Nuremberga, e talvez o menos fresco dos russos. Todos os seus companheiros jogam na liga russa, cujo campeonato está, nesta altura, a decorrer.
Logo a seguir destaca-se a Alemanha. Entre os 23 eleitos de Joachim Low, apenas quatro jogam no estrangeiro: o guarda-redes Lehmann (Arsenal), Metzelder (Real Madrid), Ballack (Chelsea) e Odonkor (Bétis). A Espanha também conta com apenas cinco jogadores que não jogam em casa, quase todos integrantes da armada do Liverpool - Reina, Arbeloa, Xabi Alonso e Fernando Torres - aos quais se junta apenas Fabregas (Arsenal). No entanto, destes cinco, apenas Torres integra habitualmente o onze titular de Aragonés.
A surpreendente Turquia destoa um pouco nestas contas mas, ainda assim, conta apenas com nove futebolistas a jogar fora de portas e nem todos integram as primeiras escolhas de Fatih terim.
Entre as selecções que já estão eliminadas, a Itália, que caiu nos quartos-de-final, diante da Espanha, no desempate por grandes penalidades, era que contava com menos «estrangeiros», com apenas cinco jogadores.
No campo oposto destacaram-se a Croácia e a República Checa, com apenas três jogadores a representar clubes dos próprios países e outros vinte a jogar no estrangeiro. Portugal destacou-se a meio da tabela neste campeonato com um plantel equilibrado na relação entre jogadores a actuar no país e fora. São onze os elementos que estiveram esta época na Bwin Liga e doze os que competiram em ligas estrangeiras.

terça-feira, 24 de junho de 2008

PSD/Algarve: Macário com novos apoios

“É um dos poucos algarvios que consegue erguer a sua voz e ser ouvido a nível nacional”, diz Hélder Martins

O social-democrata Macário Correia vai apresentar-se como candidato à liderança do PSD/Algarve, eleição que terá lugar a 11 de Julho e a que concorre também o actual presidente, Mendes Bota. A revelação da sua intenção em encabeçar uma lista alternativa, tem levantado uma onda de adesão nas principais figuras social democratas da região. Macário diz que está disponível para “mostrar que há hipótese de uma alternativa clara, com um estilo objectivo e com uma maneira diferente de trabalhar, e quero mostrar qual das duas opções é que deve ser tomada pelos militantes algarvios como a melhor", disse o também presidente da Câmara de Tavira.
Macário Correia - actual presidente da Associação de Municípios do Algarve (AMAL) - apoiou Manuela Ferreira Leite na corrida à presidência do partido, mas a presidente eleita conseguiu apenas 27,4 por cento dos votos no Algarve, contra 44,3 de Santana Lopes e 24,6 de Passos Coelho.

Sobre as possibilidades de vencer o candidato (Mendes Bota) que recentemente apoiou Santana Lopes na disputa da liderança nacional (o ex-primeiro-ministro venceu nas mesas do Algarve) -, Macário respondeu que não é "igual a Santana Lopes nem a Mendes Bota" e quer oferecer a sua disponibilidade como alternativa.Se um certo número de pessoas se revêem no Algarve de uma ponta à outra, neles os dois, acho que haverá algum equívoco", ironizou, para comentar logo em seguida: “Nas últimas directas, Mendes Bota conseguiu apoiar três candidatos diferentes, Luis Filipe Menezes, Alberto João Jardim e depois finalizou com o apoio a Santana Lopes. Isto não revela serenidade, e gera um ciclo de instabilidade que é preciso acabar, para que os PSD seja respeitado. É isso que os militantes algarvios devem ter em conta no momento da votação”, frisou.

No pós Congresso Nacional do PSD, a candidatura de Macário Correia à liderança do PSD/Algarve tem suscitado vários apoios públicos de conhecidos sociais democratas, um dos quais vindos de Hélder Martins, ex-presidente da Região de Turismo do Algarve, e actualmente gestor: “Eu apoio a candidatura do Engº Macário Correia à presidência do PSD Algarve,” - diz Hélder Martins, “fundamentalmente, porque acho ser, de momento, a única hipótese de uma liderança forte, eficaz e orientada para a defesa dos algarvios. Macário Correia, ao longo da sua vida profissional e política já deu provas de ser capaz de enfrentar qualquer desafio, colocando sempre o interesse público à frente dos interesses privados. É um dos poucos algarvios que consegue erguer a sua voz e ser ouvido a nível nacional, pelo que o PSD e o Algarve só têm a ganhar com a sua eleição. Sendo conhecido o seu apoio recente à candidatura da Drª Manuela Ferreira Leite, a sua eleição garantirá que o PSD/Algarve estará alinhado com o partido, a nível nacional, não entrando em guerrilhas estéreis às quais lamentavelmente já estamos habituados e que para além da resolução de alguns problemas pessoais de alguns, nada acrescentam. Estou certo de que o Engº Macário Correia se irá rodear de um conjunto de figuras de grande prestígio e reconhecidas capacidades técnicas e políticas para que o próximo ano possa ser preparado com toda a estabilidade para que se possam obter importantes vitórias para o PSD e, essencialmente, para o Algarve”, disse Hélder Martins a finalizar o seu depoimento.

Ainda o caso Maddie McCann

Será este um crime perfeito?

Livro de Gonçalo do Amaral vai fazer luz... Não, na Praia, mas na cabeça dos leitores. Agora os McCann querem documentos da investigação. Pais de Maddie vão pedir a um tribunal britânico que obrigue a polícia a dar-lhes acesso ao processo.

Os pais de Madeleine McCann vão pedir a um tribunal britânico que obrigue a polícia de Leicestershire a dar-lhes acesso ao processo de investigação sobre o desaparecimento da criança ocorrido em maio do ano passado na Praia da Luz. O pedido será analisado a 7 de Julho na secção de família do Tribunal Superior e visa o acesso a documentos relacionados com alegados avistamentos da criança.
Até agora, a polícia de Leicestershire - que coordena a colaboração das autoridades britânicas com as congéneres portuguesas neste caso -, não revelou pormenores do processo a pedido da polícia portuguesa. Mas a família e a agência de detectives espanhola que os pais contrataram para encontrar Madeleine querem ter acesso a estes documentos para poderem fazer as suas próprias averiguações.
De acordo com a imprensa britânica, esta diligência só foi possível porque Kate e Gerry McCann numa jogada de “mestres” face à lei inglesa, colocaram a sua filha à guarda do Tribunal Superior,
o que dá aos juízes o direito de agir no seu melhor interesse. Normalmente, esta decisão é tomada quando uma criança está em risco, mas neste caso o processo foi iniciado a pedido dos pais há vários meses atrás.

O casal inglês McCann reage mal ao ser questionado sobre o facto de terem deixado a menina sozinha.

O porta-voz da família, Clarence Mitchell, confirmou a data da audição e que foi requerido o acesso a «certos documentos», mas recusou dar mais pormenores. Madeleine McCann desapareceu a 3 de Maio de 2007, então com três anos, quando dormia num quarto de um complexo hoteleiro na Praia da Luz (Algarve) enquanto os pais jantavam com um grupo de amigos num restaurante das proximidades.
Recentemente, os pais de Madeleine McCann reagiram mal, em Estrasburgo, a questões sobre o facto de terem deixado a filha sozinha na noite do desaparecimento, sustentando que a «verdadeira questão» é o rapto. Kate e Gerry McCann participavam numa conferência de imprensa no Parlamento Europeu (PE) para promover uma petição lançada há dois meses em
Bruxelas com vista à instauração, a nível comunitário, de um sistema de alerta para crianças desaparecidas.
Quando questionados sobre o facto de, na noite em que desapareceu, em Maio do ano passado, no Algarve, Madeleine McCann encontrar-se sozinha no apartamento, os pais da criança britânica – que foram oficialmente constituídos arguidos em Portugal - disseram estar cansados dessa questão, afirmando que as pessoas devem é focar-se no crime cometido.
«Não abandonámos nem negligenciámos a Madeleine. Alguém entrou no apartamento e levou uma criança. Essa é a questão. Repisar esse assunto é realmente muito aborrecido», declarou Gerry McCann. Também Kate McCann afirmou que «a verdadeira questão é que uma criança foi raptada e há um criminoso que ainda anda por aí. Temos de nos concentrar na verdadeira questão. Não ajuda estar a continuar a levantar esse assunto. Nada mudou nos últimos 14 meses e não percebo por que voltamos a falar nisso», disse.

Algumas verdades já se sabem, outras talvez se encontrem no livro de Gonçalo do Amaral. A sair por estes dias...

As verdades que se sabem são poucas, contraditórias e confusas, mas uma pervalece: a criança estava em casa e deixou de estar. Ou foram estranhos que a levaram, o que seria mais difícil se os pais estivessem presentes ou foram os pais, ou alguém por eles aproveitando a sua ausência como forma de os inocentar, que lhe deram sumiço. E é muito difícil encontrar outra resposta.
Se há um facto que é verdade e está comprovadíssimo, é este: aquelas crianças estavam sózinhas, num País desconhecido, num Mundo em perigo. Aqueles maus hábitos (de pais que deixam crianças sós para se divertirem com amigos) tornaram-se decerto num convite a gente mal intencionada... Isto, no caso da criança ter sido mesmo raptada.
Noutro País que não fosse Portugal, estes pais tinham logo sido acusados de abandono negligente, pois foi por aí que "tudo" começou, com as devidas consequências.
Também a forma tardia que a Polícia Judiciária foi chamada a intervir, depois de muitas das provas estarem destruídas por acção da balbúrdia instalada no apartamento, no pós-anúncio de rapto, primeiro à GNR, depois a Cônsul Britânico e Televisões inglesas... e posteriormente, não se percebe muito bem o que levou a PJ a não actuar mais decisivamente, numa espécie de estranha vassalagem “ordenada” a partir de cúpulas.
Talvez o anunciado livro de Gonçalo do Amaral - o agente da PJ de Portimão que foi afastado do caso, com o título “A Verdade da Mentira” possa agora desvendar muita coisa. Uma verdade já se sabe: durante a investigação, a casa particular do agente foi assaltada, e este recebeu inúmeras ameaças de morte anónimas.
Ler o que o inspector da PJ escreveu sobre o assunto vai ser obrigatório, não para saber a verdade comprovadamente, do destino da criança, mas para saber avaliar o País em que vivemos. Mesmo sem poder pronunciar-se sobre o material que está em segredo de justiça, bastarão as entrelinhas para elucidar muitos dos leitores, vindo ao encontro de esboços já feitos a partir da leitura de muitas notícias e reportagens, em muitos jornais, revistas e sites portugueses e estrangeiros, os quais deixam antever a grande mentira deste processo.
Outra verdade é também mais que certa: Pobre Maddie... Merecia pais mais responsáveis.
Ou, será que há mesmo crimes perfeitos?

segunda-feira, 23 de junho de 2008

HOMENAGEM A PROFISSIONAIS DA COMUNICAÇÃO SOCIAL

Jornalistas algarvios foram distinguidos em Portimão


“Pela dedicação impar à causa da Comunicação Social, pela verdade e rigor colocado no relato dos acontecimentos do dia-a-dia, quer ainda
igualmente por esta profissão ser um dos pilares institucionais da democracia”, disse Manuel da Luz.

Num país, cuja tradição normalmente só festeja pessoas depois de mortas, foi agradável verificar que o trabalho vivo dos “homens da Imprensa” não é relegado para segundo plano nos acontecimentos regionais. É verdade que dantes até havia concursos jornalísticos, e prémios para as “melhores peças” jornalísticas, o que galvanizava e incentivava a profissão, mas, há falta de melhor e mais imaginação, pelo menos que as autoridades se lembrem de vez em quando (da carreira) dos que tem por vida profissional informar o público com rigor e isenção.
Foi o que aconteceu quando o presidente da Câmara de Portimão, Manuel da Luz,
dirigiu algumas palavras aos homenageados e convidados presentes na iniciativa levada a cabo pelo segundo ano por aquela autarquia, na Homenagem a Profissionais da Comunicação Social. A cerimónia concretizou-se durante um jantar no Clube de Golfe Reguengo do Morgado, em Portimão, no qual compareceram muitos admiradores dos homenageados (na foto da esqª. a Governadora Civil acompanhada do presidente da Câmara do Funchal e esposa), mas onde a falta de alguns “colegas algarvios” foi bastante notada, revelando uma vez mais ser o “calcanhar de aquiles” desta profissão.
Os prémios foram entregues pelo presidenta da Câmara de Portimão aos homenageados, que agradeceram em improvisos muito aplaudidos.

...E os galardoados foram:

Raul António Pires Durão

(A título póstumo)
Nasceu a 9 de Setembro de 1942 e faleceu com 65 anos
a 8 de Outubro de 2007.Iniciou a sua carreira jornalística aos 19 anos, quando cumpria o serviço militar obrigatório na Guiné, como locutor da Rádio Nacional da Guiné. Terminada a comissão militar, regressa a Lisboa e inicia a sua carreira na extinta Emissora Nacional, como locutor de rádio. Em 1971, Raul Durão entra para a RTP, através de um concurso público, para admissão de locutores e apresentadores, juntamente com Ana Zanatti, Maria Elisa, Eládio Clímaco e Fernando Balsinha. A sua imagem fica marcada ao BOM DIA PORTUGAL, visto que apresentou este magazine durante os 8 anos em que ele esteve no ar. Apesar de se ter retirado da RTP em 2002, Raul Durão fez sempre questão de se manter ligado ao mundo da comunicação, colaborando com a RTP ÁFRICA, no programa “LATITUDE” praticamente até falecer.

Artur Manuel de Jesus Linha

Nasceu em Lisboa 1 de Março de 1940. É jornalista há mais de 52 anos, tendo desempenhado funções em Portugal e Angola. Carteira Profissional d Sindicato dos Jornalistas e da Comissão Carteira Profissional de Jornalista, nº 1253.
Cargos e funções actuais a nível jornalístico e associativo: Director do
Semanário «Gazeta de Lagoa», desde 31.3.1989; Director do Quinzenário «Voz de Silves», desde 16.7.1990; Director-Geral e Coordenador da Revista «Tribuna do Algarve», desde7.12.1982; Presidente da Direcção da Associação de Amizade Lagoa/S. Domingos (Cabo Verde).
Percurso profissional: (de 1956 a 1962 – em Portugal). Colaborador da revista «Flama», contos, usando dezenas de pseudónimos; colaborador da revista «Plateia», colaboração diversas; c
olaboração do «Diário Popular», contos, usando dezenas de pseudónimos.


Francisco Pinto Balsemão

Presidente da holding Imprensa, SGPS-AS, e presidente da SIC. A Impresa detém as seguintes participações; Sojornal, Expresso, Medipress, Blitz e Autosport, Imterjornal, Courrier Internacional, Publisurf, Surf Portugal, Imprensa Classificados, Lusa. A Imprensa detém ainda uma participação na Edimpresa, Exame, Exame Informática, Caras , Activa, Cosmopotitan, Visão, TV Mais, Telenovelas, Jornal de Letras, Turbo, Witch, Casa Claudia, Caras, Super Interessante, FHM, Stuff, Rotas do Mundo, etc.
Licenciado em Direito, foi jornalista e administrador (1965-71) do Diário Popular; fundador do jornal EXPRESSO (1973-80), fundador do Partido Social Democrata (1974), deputado e vice-presidente da AR, Ministro de Estado Adjunto no VI Governo
Constitucional (1980), Primeiro Ministro dos VII e VIII Governos Constitucionais (1981-83).


João Francisco Manjua Leal

Nasceu em Faro (Freguesia de São Pedro), verdadeiramente a 26 de Dezembro de 1937. Casou na Fuseta, em28 de Outubro de 1963, com Maria Armanda de Sousa Leal, pai de duas filhas. Desde de menino e moço que pagou no vício do jornalismo, tendo trabalhado nos principais OCS do Algarve.
Chefiou a Delegação do «Jornal do Algarve», em Faro e foi Correspondente Regional de «Rádio Renascença» (23 anos, que lhe mereceu a «Medalha do pontificado de João Paulo II), «Diário de Notícias», (onde trabalhou durante mais de 40 anos e de que foi Redactor Regional), «O Primeiro de Janeiro»,
«Jornal de Notícias», «Diário Popular», «A Capital», Emissora Nacional (actual RDP/ Sul), «Publituris», «Magazine do Algarve», «Sol do Algarve» (revista de Turismo, de que foi director), «Algarve Mais, «La voz de Huelva», «A voz de Loulé», «O Barlavento», etc.

Armindo Jorge Abreu

Nasceu no Funchal a 28-3-1935 tendo feito o curso do ensino secundário no Liceu Moniz. Iniciou-se no jornalismo em 1961, como colaborador do Madeira Popular tendo ingressado nos quadros do jornal da Madeira em 1966 onde desempenhou funções de revisor, repórter e redactor. Em 1972 transfere-se para o Diário de Notícias do Funchal onde se mantém até 86. Neste matutino atinge a chefia de redacção sendo nomeado director interino,
por breve período, em 1974.
No período de 70 e 73 acumula a locução e o jornalismo radiofónico na antiga Emissora Nacional. Fá-lo mais tarde na Estação Rádio Madeira. A sua carreira na Radiotelevisão Portuguesa inicia-se em 6 de Agosto de 1972 como jornalista pivot. Exerce, sucessivamente, os cargos de chefe de redacção, chefe do departamento de informação e director do centro regional de 1988 a 1998. Passou à situação de aposentado em Março de 200. É detentor da carteira profissional de jornalista nº 48.

Maria Antónia Palla

Nasceu no Seixal em 1933, no seio de uma família “republicana, laica e socialista”. Fez a instrução primária em casa, o secundário no Liceu Francês Charles Lepierre e licenciou-se em Histórico-Filosóficas pela Faculdade de Letras de Lisboa.
O jornalismo foi sua única profissão, iniciada em 1968 no “Diário Popular” após um concurso que permitiu que, pela primeira vez, três mulheres entrassem numa redacção, com funções indiferenciadas. Seguiram-se o “Século Ilustrado”, “Vida Mundial”, “A luta”, Agência ANOP, “A Capital”, RTP, e a revista “Máxima”, de que foi chefe de redacção. Em 1972 foi destinguida com o prémio de reportagem “João Pereira Rosa”.
Foi membro do Conselho de Imprensa, eleita pela classe e foi a primeira mulher eleita para a Vice-Presidência do Sindicato dos Jornalistas. Foi também a primeira mulher a ocupar o cargo de Presidente da Caixa de Previdência dos Jornalistas, função que desempenhou nos últimos dez anos. Foi agraciada com a Ordem de Liberdade, em 2004, pelo Presidente Jorge Sampaio.

João de Jesus Ribeiro

Natural de Silves, de onde saiu aos 2 anos de idade em 1927. É casado há 39 anos com Rosa Ribeiro, tem uma filha. Aos 17 anos, João Ribeiro, após concluir o curso comercial, contrariando vontade da mãe, que considerava a profissão de fotógrafo, uma vida de saltimbanco, troca um emprego certo na Seguradora Comércio e Industria, pela aventura da reportagem fotográfica, no Portugal dos anos 40.
Passou por grande parte dos jornais da capital até ser contratado, em 1966, para a delegação de Lisboa no JN.
Um descarrilamento em Vigo, em 1966, que vitimou 30 portugueses, foi um dos seus últimos trabalhos para aquele jornal. Nesse ano transferiu-se para o JN, onde esteve ligado durante 40 anos e o trabalho que elege durante este período é a cobertura do incêndio na Câmara Municipal de Lisboa, em 1996, o qual teve honras de primeira página, integralmente preenchida com uma fotografia sua mas, desta vez a cores. O decano do jornalismo passou ainda pelo Diário Popular e pelo Diário de Lisboa.

ALLGARVE JAZZ 2008

De 4 a 13 de Julho,

o Allgarve Jazz recebe grandes artistas nos seus palcos

O Allgarve Jazz é só, e logo à nascença, o maior festival de Jazz realizado em Portugal, e o primeiro festival transversal a uma região.

A qualidade dos músicos e sua relevância no mundo do jazz são indiscutíveis.

O resultado é uma manifestação cultural de elevada qualidade que irá proporcionar “experiências que marcam” no ambiente de férias e glamour do Algarve.

A não perder, pelos apreciadores...

Lucky Peterson (4 de Julho: Portimão)
Herbie Hancock
(5 de Julho: Monumento Duarte Pacheco, Loulé)
Maria João e Mário Laginha
(6 de Julho: Fortaleza de Sagres)
Dee Dee Bridgewater
(11 de Julho: Golf da Balaia, Albufeira)
Manhattan Transfer
(12 de Julho: Portimão)
Freddy Cole
(13 de Julho: Parque das Fontes, Lagoa)

Portugal e Marrocos com maior cooperação

Fruto da recente visita de entidades portuguesas ao reino de Marrocos, os acordos visão áreas como a economia, segurança, transportes, ciência e tecnologia.

Em reunião do Conselho de Ministros foram aprovados vários textos legais que consignam matérias de intensificação da cooperação entre a República Portuguesa e o Reino de Marrocos, assinados recentemente em Rabat. Os acordos referem-se a várias várias de cooperação:
Proposta de Resolução que aprova a Convenção em matéria de Extradição, a submeter à aprovação da Assembleia da República, visando reforçar a cooperação na prevenção e eliminação do crime, mediante o estabelecimento das regras referente à extradição recíproca de pessoas para fins de procedimento criminal ou para cumprimento de uma pena privativa da liberdade aplicada por um Tribunal de uma das Partes;
Proposta de Resolução, a submeter á aprovação da Assembleia da República, visando permitir a isenção fiscal recíproca em matéria de impostos de circulação, evitando as dificuldades burocráticas decorrentes das passagens por território marroquino dos veículos de transportes portugueses, estimulando os nossos exportadores para a utilização de empresas portuguesas no transporte por via terrestre de mercadorias para aquele País;
Acordo de Cooperação Científica e Tecnológica, apoiando o desenvolvimento da cooperação bilateral, no âmbito da ciência e da tecnologia, que assenta no intercâmbio de informação e documentação sobre ciência e tecnologia, na realização de conferências, simpósios e seminários, bem como de projectos conjuntos de investigação e desenvolvimento e na promoção da Sociedade de Informação e do Conhecimento;
Acordo de Cooperação no domínio da Marinha Mercante, que estabelece uma base jurídica para o desenvolvimento da cooperação na área da Marinha Mercante e do sector portuário e da promoção da abertura de contactos ao sector empresarial com vista a estimular o desenvolvimento das relações a nível económico;
Acordo sobre a Promoção e Protecção Recíprocas de Investimentos, visando facilitar a cooperação económica, criando condições favoráveis ao investimento de capitais, à intensificação da cooperação entre nacionais e sociedades, privadas ou de direito público, nomeadamente nos domínios da tecnologia, da industrialização e da produtividade. Este Acordo permite, ainda, o estabelecimento de um fluxo internacional de capitais adequados respeitando a soberania e as leias do País receptor, protegendo a transferência de capitais com vista à promoção da prosperidade económica dos dois Países.