Passos Coelho em segundo lugar. Santana Lopes em último... Patinha Antão disse “presente”!
Os resultados finais das "directas" para a liderança do PSD, deram a vitória a Manuela Ferreira Leite, que será a nova presidente do Partido Social Democrata. Pedro Passos Coelho fica em segundo lugar e Santana em terceiro, com margens de distância curtas. Os candidatos perdedores deram os parabéns à nova líder.
Manuela Ferreira Leite arrecadou 16564 votos (37,66%); Pedro Passos Coelho chegou aos 13664 (31,07%) e Santana ficou-se pelos 13115 (29,82%). Patinha Antão teve 294 votos (0,67%).
Contados os votos, alguns dados curiosos, foram entretanto, conhecidos. Passos Coelho e Patinha Antão disponibilizaram-se para colaborar em tudo "lealmente com a nova líder", como sempre fizeram com os anteriores.
No discurso que efectuou assumindo a derrota, Santana Lopes disse que perdia a “batalha” mas continuava pronto para a “guerra”... Santana venceu com vantagem na Madeira e também conquista a concelhia de Gaia, mas não venceu em Ílhavo, apesar do apoio de Ribau Esteves. No Algarve, colheu pouco mais da metade dos votos dos militantes algarvios, embora apoiado pelo líder distrital, o deputado Mendes Bota, o que representa significativa derrota para este e para o mandatário da campanha, o presidente da Câmara de Albufeira, Desidério Silva. Ferreira Leite ganha nos Açores, Beja, Santarém, Paredes e Matosinhos, enquanto Passos Coelho vence em Vila Real, Leiria e Porto.
Primeira mulher a chegar à presidência do PSD
Manuela Ferreira Leite, economista, 67 anos, entrou para o PSD pela mão do Presidente da República, Cavaco Silva, seu grande amigo e principal referência política. Agora, chega ao poder, sagrando-se a primeira mulher a chegar à presidência do partido.
Maria Manuela Dias Ferreira Leite nasceu em Lisboa a 3 de Dezembro de 1940, filha de um casal de advogados e neta do protagonista do «último duelo realizado em Portugal» e autor de um Tratado de Finanças Públicas.
A tradição familiar na área das Finanças vai ainda mais longe no tempo. Manuela Ferreira Leite é bisneta de José Dias Ferreira, que foi ministro da Fazenda do rei D. Carlos, que o nomearia presidente do Conselho em 1892.
Licenciou-se em Economia pelo Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras (ISCEF) em 1963 e pouco depois conheceu Cavaco Silva, com quem dividiu aulas práticas de Finanças Públicas e Economia Pública e de quem foi chefe de gabinete quando este exerceu o cargo de ministro das Finanças de Sá Carneiro.
Manuela Ferreira Leite filiou-se no PSD alguns anos mais tarde, depois de Cavaco Silva se tornar presidente do partido no Congresso da Figueira da Foz de 1985 - momento a que assistiu pela televisão. A seguir, foi directora-geral da Contabilidade Pública, secretária de Estado do Orçamento e ministra da Educação dos governos de maioria absoluta do PSD chefiados pelo actual Presidente da República.
Foi como ministra da Educação que ganhou a imagem pública de austeridade e passou a ser comparada à ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher, recebendo o seu epíteto «Dama de Ferro», que alguns que a conhecem de perto desmentem. «É das pessoas mais humanas e sensíveis que conheço», afirmou o eurodeputado do PSD Carlos Coelho. «Toda a gente diz que tenho um ar de bruxa, e não posso fazer nada contra isso. Não sou é pessoa que mostre um grande à-vontade nos primeiros contactos», observou a própria.
Manuela Ferreira Leite é católica, divorciada e mãe de três filhos. Cancelou o último dia de campanha, na sexta-feira, para ver o seu novo neto, que nasceu em Inglaterra. «É muito mãe galinha. A vida dos filhos ocupa um espaço enorme na cabeça dela», segundo o seu director de campanha, Luís Marques Guedes.
Cavaco Silva escreveu sobre a sua ex-ministra e amiga, na sua autobiografia política: «Viria a revelar-se mais tarde uma mulher de grande visão política, qualidade de que, na altura, confesso, não me apercebi». Depois dos governos cavaquistas, Manuela Ferreira Leite foi deputada da oposição, vice-presidente e presidente do grupo parlamentar do PSD e liderou a distrital do partido de Lisboa. Voltou ao Governo em 2002 para ser a «número dois» de Durão Barroso, despenhando as funções de ministra de Estado e das Finanças.
Afastou-se de cargos políticos quando em Pedro Santana Lopes substituiu Durão Barroso na liderança do Governo e do PSD em 2004, mas aceitou o convite de Cavaco Silva para ser membro do Conselho de Estado, após este ter vencido as presidenciais de 2006.
Agora, regressa pela porta grande, como primeira mulher a presidir o Partido Social Democrata.
Primeira mulher a chegar à presidência do PSD
Manuela Ferreira Leite, economista, 67 anos, entrou para o PSD pela mão do Presidente da República, Cavaco Silva, seu grande amigo e principal referência política. Agora, chega ao poder, sagrando-se a primeira mulher a chegar à presidência do partido.
Maria Manuela Dias Ferreira Leite nasceu em Lisboa a 3 de Dezembro de 1940, filha de um casal de advogados e neta do protagonista do «último duelo realizado em Portugal» e autor de um Tratado de Finanças Públicas.
A tradição familiar na área das Finanças vai ainda mais longe no tempo. Manuela Ferreira Leite é bisneta de José Dias Ferreira, que foi ministro da Fazenda do rei D. Carlos, que o nomearia presidente do Conselho em 1892.
Licenciou-se em Economia pelo Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras (ISCEF) em 1963 e pouco depois conheceu Cavaco Silva, com quem dividiu aulas práticas de Finanças Públicas e Economia Pública e de quem foi chefe de gabinete quando este exerceu o cargo de ministro das Finanças de Sá Carneiro.
Manuela Ferreira Leite filiou-se no PSD alguns anos mais tarde, depois de Cavaco Silva se tornar presidente do partido no Congresso da Figueira da Foz de 1985 - momento a que assistiu pela televisão. A seguir, foi directora-geral da Contabilidade Pública, secretária de Estado do Orçamento e ministra da Educação dos governos de maioria absoluta do PSD chefiados pelo actual Presidente da República.
Foi como ministra da Educação que ganhou a imagem pública de austeridade e passou a ser comparada à ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher, recebendo o seu epíteto «Dama de Ferro», que alguns que a conhecem de perto desmentem. «É das pessoas mais humanas e sensíveis que conheço», afirmou o eurodeputado do PSD Carlos Coelho. «Toda a gente diz que tenho um ar de bruxa, e não posso fazer nada contra isso. Não sou é pessoa que mostre um grande à-vontade nos primeiros contactos», observou a própria.
Manuela Ferreira Leite é católica, divorciada e mãe de três filhos. Cancelou o último dia de campanha, na sexta-feira, para ver o seu novo neto, que nasceu em Inglaterra. «É muito mãe galinha. A vida dos filhos ocupa um espaço enorme na cabeça dela», segundo o seu director de campanha, Luís Marques Guedes.
Cavaco Silva escreveu sobre a sua ex-ministra e amiga, na sua autobiografia política: «Viria a revelar-se mais tarde uma mulher de grande visão política, qualidade de que, na altura, confesso, não me apercebi». Depois dos governos cavaquistas, Manuela Ferreira Leite foi deputada da oposição, vice-presidente e presidente do grupo parlamentar do PSD e liderou a distrital do partido de Lisboa. Voltou ao Governo em 2002 para ser a «número dois» de Durão Barroso, despenhando as funções de ministra de Estado e das Finanças.
Afastou-se de cargos políticos quando em Pedro Santana Lopes substituiu Durão Barroso na liderança do Governo e do PSD em 2004, mas aceitou o convite de Cavaco Silva para ser membro do Conselho de Estado, após este ter vencido as presidenciais de 2006.
Agora, regressa pela porta grande, como primeira mulher a presidir o Partido Social Democrata.